Sei que o assunto já está mais que requentado. Talvez, até, morto e enterrado para muitos. No entanto, desde que optei, pelos mais diversos motivos, em assistir ao máximo que pudesse e, principalmente, me aprouvesse, instalado no melhor camarote VIP do Rock In Rio IV -o meu sofá!- devidamente cercado de fumaça e cerveja por todos os lados, mantive a louca e desafiadora ideia de escrever uma resenha do que conseguisse assistir através de observações as mais suscintas possíveis e divididas por tópicos. E muito da demora nesta postagem deveu-se ao fato de que aguardei os repetecos das -excelentes em sua esmagadora maioria, por sinal- transmissões de alguns shows que não me foram possíveis assistir no instante em que ocorreram. Bem, o resultado está logo aí em baixo. Leia quem tiver paciência.
MANDOU MUITO MAL
Milton Nascimento & OSB & Toni Belotto
Caralhooooooooooooooooooooooo*...o que foi isso??? Ok, continuo sendo fã do Bituca pelo conjunto da obra mas...sua bela carreira, nos últimos 10 anos já tão combalida pela profusão de trabalhos ruins e sempre aparentando uma voz rastejante, não precisava de um mico de tamanha grandeza. E o pior é que 'Love Of My Life', escolhida para homenagear o grande e de saudosas lembranças Freddie Mercury, é uma canção simples e sua letra é, propositalmente, tatibitati; no entanto, mesmo com uma prestigiosa carreira internacional, Milton foi incapaz de cantá-la de maneira afinada e sequer com a letra decorada. E o que dizer de seu inglês macarrônico? Por que será que esta falta de vontade em aprimorar-se lembrou-me tanto um certo presidente da história muitíssimo recente de nosso país? E o que dizer do boa praça Toni Belotto? Melhor não dizer. Salvou-se, entre mortos e defuntos, o bom arranjo para orquestra defendido com muita garra, simpatia e competência pela Orquestra Sinfônica Brasileira de Roberto Minczuk. É muito pouco para a abertura oficial de um evento deste porte. Já começo a temer por uma abertura da Copa do Mundo 2014. Já imaginaram se resolvem convidá-lo a cantar o Hino Nacional? Que tragédia!
Glória
Com uma
Mindflow com
4 discaços na bagagem, um excelente
show já montado e certamente louca para tocar em um evento histórico como este
RIR IV e os caras resolvem abrir uma das noites mais concorridas do evento com...
Glória?! Só resolvi conferir porque li em algum lugar, certamente muito desinformado, que os caras eram considerados uma espécie de
Avenged Sevenfold brazuca. Fosse eu a
A7X, ajuizaria uma ação de danos morais. Mas no meio daquele supra-sumo de amadorismo salvou-se o baterista, que posteriormente descobri chamar-se
Elói Casagrande. Um conselho, meu rapaz: procure melhores parceiros.
Ke$ha
Mais uma punk bitch de butique, cercada de dançarinos por todos os lados e fazendo dance music rasteira sem ao menos conseguir emitir uma nota sequer dentro do tom. Dizer mais seria redundância. Lixo.
Rihanna
A caribenha que tirou a sorte grande ao cair nas graças de Jay-Z para tornar-se a nova diva de quem não sabe bulhufas do significado da palavra talento, demonstrou ser fake da cabeça aos pés, a começar pela gostosura e sensualidade apresentada em seus clipes e estranhamente ausentes ao vivo. Incapaz de coordenar a respiração com a emissão de sua pequena e irritante voz, sua performance foi de um amadorismo atroz. Não fosse por Nuno Bittencourt nas guitarras, imprimindo um bom peso aos arranjos, sequer conseguiria assistir até o final.
Katy Perry
Confesso que simpatizo com o charme misto de pin-up e brejeirice de Mrs. Perry e até admito que, após algumas doses, chego a bater os pés ao contagiante som glam de 'I Kissed A Girl'. No entanto, a temática infantilóide de sua apresentação é irritantemente insuportável. Cheguei a supor que estivesse assistindo um show do Trem Da Alegria por engano. Em determinado momento, poderia jurar ter visto os integrantes da Turma do Balão Mágico misturados ao corpo de baile e, delirante, torci por uma participação especial de Xuxa & As Paquitas dublando 'Ilariê'. Cetamente, teria sido bem mais interessante.
Snow Patrol
Tendo já assistido algumas boas apresentações -é verdade que em climas bem mais intimistas- desta banda indie folk, em que quartetos de corda, naipes de sopro e até harpas são fartamente utilizados e indissociáveis de sua música, desapontou-me profundamente a simplicidade do line-up básico. Pareceu-me que subestimaram a importância do evento e, ao se aperceberem disso, subiram ao palco e 'amarelaram', como dizemos. Ficou flagrante o estado de catatonia que tomou conta de todos os integrantes.
Angra (& Tarja Turunen)
Uma banda em estado flagrante de embate de egos e um Edu Falaschi com a voz em frangalhos, o fracasso desta apresentação era uma tragédia anunciada. E ainda ficaria pior com a entrada da convidada especial Tarja Turunen para cantar (ou seria um caso de homicídio doloso?) a emblemática 'Wuthering Heights', clássico de Kate Bush. Sinceramente, não entendo o status de divindade alcançado por esta senhora que veio do gelo mas me incomodava ainda mais ser eu uma das poucas vozes dissonantes a este respeito. O que posso dizer é que, após esta apresentação, já posso dormir com a consciência tranquila.
Guns'N'Roses
Quem era aquele indivíduo cruza de Kid Rock e um MC qualquer de Japeri e arredores em cima daquele palco? E ainda por cima afirmando ser o líder da Guns'N'Roses! Não não não não não! Recuso-me a crer que aquela é a mesma banda que já esteve por aqui há 20 anos e brindou-nos com um show histórico. Pelo menos serviu para que conhecesse o maluquete (e excelente músico) Bumblefoot e suas belíssimas guitarras double neck, com o braço superior fretless. Fiquei até com vontade de construir uma. Um triste fim.
MANDOU MAL
Motorhead
Sei que estou pisando em terreno extremamente perigoso mas...não dá mais para Mr. Lemmy Killminster. A garra e talento de Phil Campbell e do lendário Mickey Dee foram insuficientes para segurar um espetáculo em que a outrora poderosa e gutural voz de seu líder mostrou-se um constrangedor fiapo.
Maná
Nunca entendi o sucesso desta banda mexicana junto à comunidade latina. Menos ainda o esforço de sua gravadora, certamente através de muito jabá, em encaixar suas baladinhas insossas nas trilhas sonoras de diversas novelas globais e muito menos ainda sua escalação para um festival de tamanha magnitude. Seus apenas competentes músicos foram insuficientes para segurar a peteca face a um repertório tão ridículo e uma estética brega de envergonhar Reginaldo Rossi.
Evanescence
Gosto demais da gorduchinha sexy Amy Lee e sua Evanescence mas o set-list privilegiando as faixas de seu novo e muito bom auto-intitulado trabalho lançado há poucos dias -muito providencialmente vazado para a grande rede uns 15 dias antes de sua apresentação em terra brazillis- em detrimento de alguns de seus cult hits e com sua voz deixando a desejar em muitos momentos, claramente perceptíveis nas passagens mais pesadas, tiraram muito do brilho do que prometia ser um show impecável assim que soaram os primeiros acordes de 'What You Want', contagiante faixa deste novo álbum. Uma pena.
MAIS DO MESMO
Coldplay
Confesso minha implicância com o marido de Gwyneth Paltrow (...aaaaafffff!!!) e seu pop insosso executado em performances enjoativas fartamente plagiadas do messianismo à Bono Vox. Aliás, plágio é uma acusação recorrente no currículo da banda -de imediato, me vem à mente 2. Para não dizer que não gosto de nenhuma canção da banda, 'In A Place' é muito bonita. Resumindo, um show correto (até demais) e sem graça, como de hábito. Mas há quem goste.
Elton John
O espalhafatoso colecionador de óculos e, nas horas vagas, compositor inspirado e cantor de personalidade única, é um dos ícones de minha geração e atravessou décadas sempre caindo no gosto de todas as que se seguiram. Entretanto, um show seu, hoje, é um mosaico de exemplares hits executados sem tesão algum, monocórdios. E isto apesar do empenho de sua excelente banda, principalmente seus fiéis escudeiros desde sempre, Davey Johnstone (toca muito!) e Nigel Olsson.
Red Hot Chili Peppers
A mesma excelência na execução, as mesmas performances cheias de energia, um novo guitarrista amorfo e um fraco novo disco. Isto posto, ficou fácil demonstrar porque não me empolgaram.
Jamiroquai
Pode-se dizer que sofrem do mesmo mal da RHCP. Sou um admirador do disco/acid jazz de Jay Kay e sua turma desde o lançamento de seu primeiro trabalho mas não consegui perceber diferenças entre suas apresentações de 10 ou mais anos atrás para esta que trouxeram para o RIR, apesar da inclusão das melhores faixas de seu bom último trabalho, 'Rock Dust Light Star' de 2010, terem caído muito bem. Em contrapartida, deixaram de fora muitos de seus hits e eles fizeram falta. Valeu pela competência dos músicos mas nem mesmo JK se animou a executar as suas famosas 'dancinhas'.
Shakira
A necessidade de se colocar no mercado norte-americano fez um tremendo mal à música desta talentosa e personalíssima cantora (além de gostosa demais!). Acompanhei um pouquinho a carreira de Shakira -conheci-a através de uma cantora chilena em cujo CD coloquei guitarras e violões- e tenho para mim que 'Pies Descalzos' e 'Donde Están Los Ladrones?' estão entre o que de melhor o pop latino já apresentou ao mundo. Seu último suspiro de integridade musical deu-se no 'MTV Unplugged' que, por sua vez, acabou tornando-se responsável por exilá-la musicalmente nos EUA e, a partir daí, transmutá-la em uma espécie de Beyoncé cucaracha. Valeu pela sensualidade, por seu timbre único e por uma jovem banda com muita pegada.
Skank
Quanta saudade das músicas pula-pula de Samuel Rosa em parceria com o chapa Chico Amaral -'Partida de Futebol' é um clássico!. A estética musical pretensamente psicodélica, mais para um brazuca sunshine pop, que passaram a adotar de alguns bons anos para cá é sem graça demais e deixa claro o indiscutível: os mineirim não sabem fazer psicodelia. Simples assim. Será que ninguém jamais bateu a real pros caras? Levantaram a galera? Todos naquele vai-vem de braços levantados? Claro que sim, mas nem sempre isto significa muito. No entanto, só por isso não estão encaixados entre os tópicos anteriores.
MANDOU BEM
Metallica
Um show com a costumeira competência de Hetfield no domínio da horde metal, as mesmas engasgadas nos solos por parte de Hammett, os indefectíveis dreads de Trujillo e a incapacidade de Ulrich em manter o andamento por mais de 3 minutos. Mas um show da Metallica é sempre um acontecimento inigualável, clássicos seguidos de mais clássicos. E isso é muita coisa. Mas...fui só eu quem achou o som polido demais?
System Of A Down
Um show quase impecável o que o carismático clone do Visconde de Sabugosa & Cia. nos proporcionaram em um set recheado de hits e pérolas mais obscuras, em um total superior a...30. Um dos shows mais comentados do festival e que surpreendeu muito favoravelmente, apesar do susto inicial, a quem não os conhecia. Músicos impecáveis executando um heavy com a cara de suas raízes armênias e ainda assim fazendo muito neófito em SOAD se transformar em headbanger de carteirinha. Percebia-se, é verdade, uma certa carência de ensaio em alguns momentos mas é bom lembrar que estão apenas saindo de uma longa hibernação. Em breve estarão nos cascos.
Stone Sour
A outra banda de Corey Taylor e Jim Root. Queeeem???? Os excelentes vocalista e guitarrista da Slipknot. Pois é, né? Sem aquela máscara, o macacão vermelho e algumas tatoos a menos, o gente finíssima Taylor poderia até ser considerado o genro que toda mãe zelosa desejaria para sua filha. Um show visceral que acabou por tornar-se um ótimo cartão de visitas para um público que, percebia-se, pouco conhecia de seu trabalho. E neste ponto a presença do grande Mike Portnoy, em substituição a um também excelente Roy Mayorga recém-papai, agregou a credibilidade que a banda necessitava para embalar. E aproveitaram de maneira notável.
Coheed & Cambria
Esta foi uma banda que me surpreendeu muito positivamente. Já a conhecendo de outros carnavais, sempre me chamaram a atenção pelo conceito do trabalho mas também por em alguns momentos apresentarem um incrível talento para a chatice e o histrionismo. Junte a isso algumas performances muito ruins em outros festivais, que conferi também pela TV, e minhas expectativas para esta apresentação não eram das melhores. No entanto, a banda liderada por Claudio Sanchez -o genuíno homem-samambaia- e seu amálgama de Rush, Mars Volta e Opeth fez muito bonito e a excelência de todos os músicos foi um dos grandes responsáveis por este feito, com o virtuosismo funcionando a favor em grande parte de um estratégico set em que privilegiaram seu material mais acessível.
Lenny Kravitz
Esse já é figurinha fácil em terras brazucas e tudo levava a crer que assistiria material requentado. Mas um dos pioneiros do que hoje chamamos de retrô -'Let Love Rule', de 89, foi o pontapé inicial- foi arrebatador e perfeito como performer. Como de hábito, coadjuvado por excelentes músicos, especialmente um Craig Ross muito inspirado e com um bom arsenal de pentatônicas e licks, desfilou sua carreira -dando atenção na medida certa ao seu último trabalho, o excelente 'Black And White Music'- com uma elegância destinada a poucos.
Sepultura (& Les Tambours Du Bronx)
Nem de longe sou admirador da banda hoje liderada por Andreas Kisser. Mas não preciso gostar de um gênero para reconhecer-lhe virtudes e respeitar alguns de seus representantes. E, apesar de seríssimas restrições à qualidade de Kisser como músico, reconheço que o cabra não tem medo de ousar. E foi essa grande qualidade que o levou a convidar a trupe francesa de percussão industrial Les Tambours Du Bronx com o firme propósito de recriar a estética fusion adotada pela banda a partir de 'Roots'. E o conseguiram com folgas!
Matanza
Essa já me é velha conhecida mas seu hardcore country certamente foi novidade para muitos. Letras cafajestes purgadas da mente doentia de Donida sempre regadas a porres colossais, porradaria no saloon, duelos ao por do sol e putaria, muita putaria, aliadas a uma pancadaria comandada com maestria pelo carismático lenhador Jimmy London e sua garrafa de Jim Beam encravada na goela, marcas registradas da banda. Ficar parado é simplesmente i-m-p-o-s-s-í-v-e-l!
Capital Inicial
Qual o segredo do gente fina Dinho Ouro-Preto e seu Capital Inicial para tamanha longevidade? Ok, sei que muitos dizem que seu cantor (hummm...há controvérsias) alimenta-se de doses cavalares de formol diariamente, mas são só boatos...perfeitamente críveis, mas ainda boatos. Mas a explicação não pode ser tão simples assim pois isto seria insuficiente para mantê-los no topo por tanto tempo, um dos bons cachês do pop nacional e com excelentes vendagens nestes tempos tão (merecidamente) bicudos para a indústria musical. Acho que o segredo está no perfeito gerenciamento da carreira e a experiência adquirida em anos de palco. E além disso não existe engasgada de Yves Passarell que o excelente Fabiano Carelli não cubra com perfeição e timbre de voz anasalado e semitonado que Dinho não suplante com muito carisma.
Tributo À Legião Urbana (OSB & Convidados)
Se na medonha abertura oficial do Festival, a OSB salvou-se do amadorismo de Milton e Belotto, aqui a excelente sinfônica comandada por Roberto Minczuk foi brilhante, arrasadora, a principal responsável pelo excelente resultado final. Os arranjos espetaculares encontrando fraseados antes insuspeitos e a alegria estampada no rosto de cada componente (muitos certamente cresceram tendo Legião Urbana como trilha sonora) chegaram a emocionar e foram fundamentais para contagiar Dado e Marcelo e seus convidados. E é justamente aí que a porca torceu o rabo. Alguém poderia me explicar o que o muito chato bagarai Rogério Flausino estava fazendo naquele palco? O cara é tudo que Renato Russo desaprovaria! E a Pitty? Tudo bem que ela já tem uma maior intimidade com o espírito russeano, mas escolheu muito mal o que defender. A presença do Dinho é incontestável mas a ausência de figuras-chave como Edgar Scandurra, Clemente e Phillipe Seabra, só para citar alguns, é imperdoável.
MANDOU MUITO BEM
Slipknot
Imperdível! Impecável! Insuperável! É o mínimo que se pode dizer sobre a impactante apresentação dos mascarados de
Iowa. Mesmo quem não suporta as vertentes mais extremistas do
metal caiu de quatro naquele sábado,
25 de Setembro. Para mim, não foi nenhuma novidade mas não esperava tamanha repercussão, a ponto de tornarem-se o assunto do dia seguinte em qualquer mesa de
boteco, independendo de faixas etárias, e na mídia. Será, para sempre e sem sombra de dúvidas, o
show mais lembrado desta edição do
RIR. O que mais me espantou foi o fato de, recém-saídos de um hiato forçado, terem se apresentado de forma tão coesa. Posso afirmar isto pois já assisti a
2 DVDs da banda e nenhum deles se equipara à hecatombe que promoveram na
Cidade do Rock. Obrigatório o lançamento em
DVD. Desde já, um clássico!
Stevie Wonder
É muito difícil para mim exprimir corretamente o que esse gênio significa para minha formação musical. É claro que eu tinha certeza que sua apresentação estaria entre as melhores -senão a melhor- do Festival. Foi um desfile de clássicos, competência, talento, musicalidade e muita simpatia. Um tesão de estar pisando o altar de todo artista que poucos veteranos demonstram ainda ter -vide
Sir Elton John e seu semblante de enfadonho alguns dias antes. Dessem mais
2 horas a
Little Stevie e ele manteria o mesmo sorriso orgásmico por todo o tempo. Emocionante!
Joss Stone
Convidada de luxo para o palco Sunset e ainda em fase de montagem de turnê e entrosamento da uma nova banda, a melhor cantora 'negra' da atualidade dominou (ou será hipnotizou?) uma plateia em torno de 70.000 cabeças com um show intimista em que os fãs chegavam a pedir músicas não ensaiadas e eram prontamente atendidos enquanto derretiam-se com a simpatia daquela bela menina sempre descalça, que caga e anda para as tais 'tendências' e com personalidade suficiente para, ainda recém-saída da adolescência, chutar o balde da indústria musical. Mais um momento histórico deste RIR IV.
Janelle Monàe
Esta neguinha foi uma das gratíssimas surpresas desta edição, até mesmo para mim que já a conhecia mas ainda não havia sido seduzido por sua música. Mas não houve como não me render ao bom gosto de uma apresentação em que tudo era relevante, da música ao cenário, passando por ousados figurinos retrô e uma banda fantástica, com destaque para o clone de Andre 3000 na guitarra. Se em estúdio a produção recheada de drum machines e fáceis recursos de produção não me chamou a atenção devido à semelhança com a sonoridade Outkast, em palco a bela baixinha mostrou toda a envergadura de um talento forjado através de muito estudo para tomar o mundo de assalto.
Maroon 5
Curto o blue eyed pop soul de Adam Levine & Cia. desde sua estreia com o temático e excepcional 'Songs About Jane'. É bem verdade que todos os demais trabalhos lançados pela banda sequer chegaram ao dedinho do pé daquele debut, até porque renderam-se descontroladamente aos apelos da indústria, mas sempre trouxeram algumas boas canções. Formada por músicos talentosos, muito embora seu único DVD oficial registre uma apresentação apenas sofrível, fizeram um espetáculo perfeito em todos os sentidos e deixando no ar a intenção de retornar às diretrizes de seu início de carreira quando acrescentaram um peso incomum a perfeitos exemplares pop soul de própria lavra.
* Desculpem-me pelo termo mas nada expressaria melhor o horror daquela apresntação.
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Pois bem, é isso! No mais, nunca é demais elogiar o empenho do Multishow que disponibilizou mais de 500 profissionais e 36 câmeras para trazer este RIR IV pra dentro de minha casa.