quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

APERTADO & PILADO by G&B VII: BILLY JOEL (Repost)

Originalmente postado em 15.01.2007

Sei que estou correndo um sério risco de apedrejamento ou linchamento em praça pública ao disponibilizar uma compilação -made by G&B, o que já é garantia de escolha criteriosa de material (a minha modéstia me impressiona)- deste excelente cantor/compositor/pianista (e multi-instrumentista, porque não?). Contudo, só reagirá assim quem realmente não conhecer BILLY JOEL ou, se tanto, conhecer parte do seu 'lado a' -que é espetacular, diga-se de passagem.
BILLY JOEL nasceu William Martin Joel em 1949, no Bronx, NY, mas cresceu em Long Island e é um dos poucos artistas a ter, desde o lançamento de seu primeiro álbum em 73 (aliás, segundo, mas esta história é mais para a frente), 10 enormes sucessos em sua carreira musical (pouco mais de 20 anos), além de ser ganhador de 6(!!!) Grammy. A qualidade de Joel é admirada por, entre outros, Elton John, Stevie Winwood, Bruuuuce Springsteen e Paul McCartney. Este último confessou ser 'Just The Way You Are' (admita, vá...é uma sonzeira!) uma das poucas canções fora de sua lavra que gostaria de ter escrito.
A história do cara se desenvolveria de maneira tradicional como um conto de natal americano do tipo jovem-talentoso-toca-em-bares-e-várias-bandas-até-estourar, mas tem pelo menos três curiosidades:
1.Apesar de nunca ter oficialmente concluído o ensino médio, por estar pendurado em inglês e já totalmente comprometido com a música, 25 anos depois sua antiga escola entregou-lhe o diploma de conclusão. Parece piada que um letrista tão talentoso tenha sido reprovado em tal matéria;
2.Seu primeiro álbum, de 71, foi masterizado com a velocidade alterada e, devido a isso, foi um fracasso de vendas. O efeito era de um Lp 33¹/³ rpm tocado em 45 rpm. Foi relançado em 83, desta vez sem o efeito pato donald e com adição e/ou subtração de elementos, mas o desempenho foi pífio, até porque Joel não avalisou o projeto;
3.Foi o primeiro a cantar 'Back In The USSR' na Rússia.
O resto é a história de um vencedor que, em 94, decidiu por retirar-se do showbiz.
Neste best of, em 3 partes cronologicamente ordenadas, procuro 'narrar' esta trajetória que, além dos hits de costume, está recheada das pérolas mais obscuras de cada álbum. É justamente este 'lado b' cheio de harmonias sofisticadas ora jazzy, ora folk, ou rock/boogie/blues, às vezes épico, que surpreende. Baixe sem medo. Surpreenda-se também.





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quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

NO ESCURINHO II: PRINCE - SIGN O' THE TIMES(1987)

Sei perfeitamente ser desnecessário dizer de quem e do que se trata este post. Mas não resisto em, ao menos, tentar passar para vocês o impacto de assistir esta performance. E tudo isto simplesmente por estarmos falando de um dos mais aclamados registros de um show em todos os tempos. No que tange aos anos 80, só pode ser comparado ao também espetacular 'Stop Making Sense', da Talking Heads. E não estou sozinho nesta afirmação.
Contando com um repertório exemplar recheado de funky, psych, rock, soul, jazz e r&b e uma banda, como sempre, esculachante, Prince, o baixinho andrógino e genial do funk naqueles infames eighties e ainda hoje muito influente -haja visto que 'Supermassive Black Hole', da Muse, e 'Highly Suspicious', da My Morning Jacket, só para citar algumas, são claras homenagens- detona tudo em uma performance antológica. Impressiona positivamente o fato de a direção, apesar de procurar dar o destaque merecido à sua diva, ter explorado perfeitamente a importância de todos os músicos em uma soberba banda liderada por Sheila E. que, além de não se conformar em apenas figurar entre os grandes bateristas/percussionistas do mundo, ainda consegue ser, seguramente, a mais gostosa (aaaafff...). Apesar da piada aparentemente sexista, nutro uma tremenda admiração por esta gost...digo instrumentista filha de um peixão da percussão latina. Duvidam? Citarei apenas dois de seus momentos neste vídeo: após uma performance destruidora em 'Play In The Sunshine', o baixinho manda na lata a manjada "Nada mal para uma garota!" e a handy cam imediatamente registra a linda expressão enfurecida de Sheila; mas seu melhor desempenho é o excepcional arranjo e o solo de sugar o fôlego de toda a platéia em 'Now's The Time', do mestre supremo Charlie Parker.
Isto posto, convenhamos, se é para chacoalhar o esqueleto no Carnaval, que seja da maneira correta. E nada melhor que a boa e velha funky music para proporcionar isso. E Prince está entre os maiores no gênero, além de ter uma agilidade espantosa em um salto 20!

Part 1


Part 2

domingo, 15 de fevereiro de 2009

THE ANSWER

E eis que, finalmente, foi lançado (na verdade, só o será em março) o novo álbum da -na minha modesta opinião, deixando bem claro- melhor banda hard surgida nos últimos 10 anos. Ou mais! E pelos vários téstidraives que já fiz, ao contrário da também excelente Black Stone Cherry -que passou raspando-, The Answer foi aprovada com sobras no famoso 'teste do 2º disco', mesmo não igualando a qualidade do petardo 'Rise', até porque, se algum dia conseguirem esta façanha, terão escrito seu nome na história. Aqui, contrariando as expectativas e apostando em uma maior crueza e beats mais acelerados e urgentes que seu antecessor, a banda manteve a pegada afiadíssima em performances de deixar o ouvinte totalmente sem fôlego, principalmente em sua sequência inicial. E com Cormac Neeson demonstrando estar plenamente apto a sentar praça na seleta galeria dos grandes vocalistas do gênero em todos os tempos, daqueles raros exemplares que -a exemplo de mestres supremos do porte de Plant, Coverdale e Hughes- aos seus timbres talhados para o hard emprestam uma providencial negritude em suas interpretações. Não acreditam? Então, prestem atenção em petardos como 'Cry Out Loud' (já escolhida como minha predileta), 'Why'd You Change Your Mind' e a zeppeliniana 'Walkin' Mat'. É daqueles discos em que a partir do momento em que acionamos o play, não há mais retorno. Continuo achando que The Answer é 'a resposta' para o hard. Desculpem, nunca resisto a essa piada.
Como gostaria de assistir um show destes caras!



PS: Este post vai dedicado ao parceiro Ayres Jr. pela enorme simpatia e incentivo.

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Originalmente postado em 22.01.2008.



Promessa é dívida, certo? Sendo assim, voltemos à pancadaria e desta vez com uma banda nova e que sabe tudo do bom e velho hard, com boas doses do melhor e mais velho ainda blues e algumas pitadas de folk: The Answer.
Essa molecada é natural de um país com relevantes serviços prestados ao rock -a Irlanda- e surgiu da necessidade de o guitarrista Paul Mahon e seu amigo de longa data, o baixista Micky Waters, tocarem o hardão setentista que tanto impregnava suas almas. Para os vocais pensaram imediatamente em um já experiente, apesar de jovem, cantor de blues da cena irlandesa: Cormac Neeson. Infelizmente, Neeson havia se mudado para New York em busca de melhores oportunidades no circuito blues enquanto se virava no rentável negócio (sic!) de entregar pizzas. Ao saber dos planos de Mahon e Waters, retornou imediatamente e começou a trabalhar nas letras de vários temas já escritos pela dupla. Para as baquetas recrutaram um músico diletante, James Heatley, que concordou mas com a condição de que pudesse terminar sua graduação em psicologia antes de se entregar a vôos mais altos. E assim passaram-se 5 anos entre composição, formatação, ensaios e shows para testar a receptividade ao trabalho.
O resultado é que, em 2005, The Answer foi eleita banda revelação pela Classic Rock Magazine tendo lançado apenas um single demo. Imediatamente, gravam um novo single, 'Never Too Late', já com uma produção mais esmerada, e passam a abrir para o Deep Purple. Detonam mais um single, 'Into The Gutter', disponível apenas via rede, enquanto preparam 'Rise' que, lançado ainda em 2006, arrancou urros de revistas e semanários diversos -de Kerrang! a The Sun- e foi por muitos destes considerado o ábum de 2006.
Começam a ser convocados para alguns dos melhores festivais da Europa, são aclamados no Japão e na Austrália, abrem para Whitesnake, Paul Rodgers e Aerosmith e excursionam com Rose Hill Drive e Roadstar.
Com o sucesso já esmurrando a porta, decidem lançar em 2007 uma edição especial de 'Rise' onde, em um segundo cd, incluiriam todos seus singles deixados de fora da edição simples, b-sides, outtakes, covers e quatro petardos ao vivo no Japão em um total de 15(!!!) faixas extras.
Certamente, junto aos primeiros discos de Wolfmother e Rose Hill Drive, considero 'Rise' um dos melhores álbuns de estréia dos últimos anos. É um som que nos remete ao melhor do hard em sua melhor fase mas com uma 'pegada' revigorada. O grande destaque, além dos pegajosos rocks, está na presença, no timbre vocal -um mix de Steve Marriott e Chris Robinson- e na excelente performance de Cormac Neeson.
Se você andava se perguntando onde o hard rock pode chegar em tempos tão confusos para o gênero, talvez aqui esteja a resposta.

Como de hábito, em meu aniversário, é com muito gosto que ofereço esse pedaço de bolo a todos vocês.
Lambam os beiços!!!


CD 1 CD 2
CAPA/CARATULA/COVER


PS: meus sinceros agradecimentos ao Lágrima Psicodélica por ter postado esse álbum em sua edição simples que, despretensiosamente, apenas por curiosidade, me decidi a baixar por pura falta do que fazer e...deu no que deu. Valeu, Johnny F e Fernando Jornalista!


quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

PURE REASON REVOLUTION


Como esse trabalho de uma das maiores promessas do atual cenário prog demorou a sair!!! E só está por aqui -em pré-lançamento, diga-se de passagem- devido à rapidez no gatilho do Sometime World e à sagacidade de meu irmãoSinho Maddy Lee, que me alertou tão logo o encontrou. Estava ansiosamente caçando-o sem nenhum resultado pela rede -só será lançado em meados de março- pois seus dois discos anteriores são estupendos. Até hoje não me canso de ouvi-los, apesar de tê-los conhecido há quase 2 anos. Ainda não degustei este 'O Amor Tudo Vence' como deveria mas algumas surpresas foram percebidas, principalmente na maior presença de teclados. Entretanto, as belas harmonizações vocais, as composições bem urdidas, os arranjos consistentes e o peso das guitarras estão todos aqui.
Vai ser um prazer descobri-lo junto com vocês.



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Bônus





Live At Near Fest 2007 (2008)

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Originalmente publicado em 21.09.2007

Essa galera aí de cima foi uma indicação da Ana (aka Ana Paloma/aka Deoliana) e, confesso, corri atrás sem muita expectativa e...SURPRISE!
Vou tentar explicar a sensação de ouvir Jon Courtney (vocais/guitarras/teclados), Chloë Alpen (vocais/baixo/teclados), Jamie Wilcox (vocais/guitarras) e Andrew Courtney (bateria), os talentosos membros dessa excelente banda inglesa criada em 2003 por colegas da University Of Westminster. Apesar de enquadrados pela mídia especializada no gênero new prog, diferenciam-se dos demais por dedicarem uma atenção muito especial às harmonizações vocais. Bom, até aí nenhuma surpresa a não ser pelo fato de soarem, basicamente, como uma cruza das delicadas harmonizações de Beach Boys e Mamas & Papas em uma jam com Porcupine Tree e Pink Floyd sobre uma base ora etérea, ora furiosa, ora as duas ao mesmo tempo agora. Parece loucura? E é! Mas que deliciosa loucura. Composições ganchudas, as já citadas harmonias vocais, os timbres e fraseados pegajosos e arranjos -inclusive para cordas- de uma beleza ímpar, como se fora uma Electric Light Orchestra heavy metal.
Neste pouco tempo de estrada lançaram singles, EPs e um mini-CD de forma independente, 'The Cautionary Tales For The Brave'(2005), até sua contratação pela Sony/BMG e o lançamento deste 'The Dark Third'. O tragicômico é que, logo após seu lançamento, a banda foi dispensada sob a alegação de baixa vendagem. É neste instante que surge Steven Wilson & Cia (leia-se Porcupine Tree), que os convida a abrir seus shows por um bom período e transformando-os rapidamente em objeto de culto -e em vertiginosa ascenção. A parceria está tão sedimentada que seu próximo álbum já está em fase de pré-produção e, ao que pareçe, deve ser lançado pelo selo No-Man de Steven Wilson.
São potenciais candidatos a tornarem-se, a exemplo do próprio Porcupine Tree, The Mars Volta e Muse, estrelas desse renascimento pop do progressivo.
Aqui, postei a edição especial do álbum 'The Dark Third' somente lançada em 2007 por incluir, em um cd bônus, o já citado mini-cd na íntegra acrescentado da excelente 'Victorious Cupid', faixa só disponibilizada em seu site oficial.
É, Aninha, como pupila estás se saindo muito bem. Em pouco tempo poderás superar o mestre.

CD 1 The Dark Third (2006) -Repost


CD 2 The Cautionary Tales For The Brave (2005)
+ Bonus
-Repost




segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

WHITE CHOCOLATE(1973) - G&B Remaster

Acredito que muitos aqui já conheçam 'Them Changes'(70) de Buddy Miles e 'Vindicator'(72) de Arthur Lee. Os que ainda não tiveram esse prazer façam um favor a seus corações, mentes e ouvidos e conheçam-nos imediatamente. Bem, mas qual a relação entre a White Chocolate e estes clássicos? Muito simples: este power trio foi formado a partir de dois músicos que participaram das gravações destes álbuns -o prodígio Charlie Karp (vocais/guitarras) e Dave Hull (baixo/vocais)- e aos quais foi adicionado Jimmy Maher (bateria/vocais). Aqui, à paixão de Karp e Hull pelo r&b, somou-se um muito bem dosado vigor hard resultando em um som pegajoso desde a primeira nota.
Quando comprei esse LP à época já esperava por um bom trabalho devido ao belo currículo de Karp, ainda um adolescente, e Hull com a banda -gravaram ainda mais 2 ou 3 discos- de Buddy Miles, já que ainda não conhecia o trabalho solo de Arthur Lee. No entanto, o resultado acabou por superar todas as minhas expectativas. O que não poderia prever é que Bárbara, minha primeira namorada (de verdade!), ficasse tomada de paixão por 'Sad Eyes' -uma belíssima balada- e a escolhesse como 'nossa música' e pedisse para tocá-la insistentemente nos momentos, digamos assim, mais românticos. Aaaahhh...o amor é lindo.
Hoje, Charlie Karp mantém um projeto, já em seu terceiro disco, com o monstro da guitarra Danny 'Kootch' Kortchmar denominado Slo Leak. Já escutei alguma coisa mas não consegui encontrar nenhum link para estes trabalhos. Se alguém descolar, já sabe o caminho das pedras.