Há dias que começam mal: hoje, a notícia da morte de Ângelo de Sousa.
Encontrei Ângelo de Sousa na Bienal de Veneza de 1978, onde, com Ernesto de Melo e Castro, José Rodrigues e Noronha da Costa, representaram Portugal, era Comissário para o evento Fernando Pernes.
Outra vez, no já aqui citado Pavilhão Alvar Aalto.
Durante cerca de uma (ou duas?) semanas pude avaliar o artista sensibilíssimo e o homem íntegro que era.
A nós, juntou-se, inevitável, o mago das mãos de oiro: Aldo Zari.
Lá corremos as osterie e as calle venezianas, até de madrugada, e debatemos arte e os dias da vida.
E ali começou uma grande amizade.
A reserva, a discrição, a timidez mal escondida, de Ângelo de Sousa, enganaram, provavelmente, muita gente.
Nunca conheci ninguém mais generoso do que ele.
Estimava-o, admirava-o e respeitava-o muito.
Uma grande perda para todos nós.
ResponderEliminarGostei das obras que aqui aparecem.
Generoso, inquieto e interventivo na defesa dos valores humanistas assim foi, em síntese, este homem que agora partiu. Quanto à obra que nos legou, dela ressalta o seu apurado sentido estético associado a uma incomensurável paixão pelas artes.
ResponderEliminarAqui fica a minha homenagem à sua memória.
A. Mendonça
Só conheço algumas pinturas e agora fiquei a saber um pouquinho mais.
ResponderEliminarPerda lamentável!
No entanto, os passeios venezianos valem uma vida.
Abraço!
Caro Manoel,
ResponderEliminarQue suas perdas se transformem em pérolas.
bjs - 5 e muita ternura, ainda assim podemos resistir aos baques.
Creio que o pintor continua vivo: nas suas obras.
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