quarta-feira, 30 de março de 2011

Na morte de Ângelo de Sousa





O artista de algumas das suas obras: pinturas e uma escultura



Há dias que começam mal: hoje, a notícia da morte de Ângelo de Sousa.

Encontrei Ângelo de Sousa na Bienal de Veneza de 1978, onde, com Ernesto de Melo e Castro, José Rodrigues e Noronha da Costa, representaram Portugal, era Comissário para o evento Fernando Pernes.

Outra vez, no já aqui citado Pavilhão Alvar Aalto.

Durante cerca de uma (ou duas?) semanas pude avaliar o artista sensibilíssimo e o homem íntegro que era.

A nós, juntou-se, inevitável, o mago das mãos de oiro: Aldo Zari.

Lá corremos as osterie e as calle venezianas, até de madrugada, e debatemos arte e os dias da vida.

E ali começou uma grande amizade.

A reserva, a discrição, a timidez mal escondida, de Ângelo de Sousa, enganaram, provavelmente, muita gente.

Nunca conheci ninguém mais generoso do que ele.

Estimava-o, admirava-o e respeitava-o muito.

5 comentários:

  1. Uma grande perda para todos nós.
    Gostei das obras que aqui aparecem.

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  2. Generoso, inquieto e interventivo na defesa dos valores humanistas assim foi, em síntese, este homem que agora partiu. Quanto à obra que nos legou, dela ressalta o seu apurado sentido estético associado a uma incomensurável paixão pelas artes.
    Aqui fica a minha homenagem à sua memória.

    A. Mendonça

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  3. Só conheço algumas pinturas e agora fiquei a saber um pouquinho mais.
    Perda lamentável!
    No entanto, os passeios venezianos valem uma vida.
    Abraço!

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  4. Caro Manoel,

    Que suas perdas se transformem em pérolas.

    bjs - 5 e muita ternura, ainda assim podemos resistir aos baques.

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  5. Creio que o pintor continua vivo: nas suas obras.

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