Mostrar mensagens com a etiqueta gloria grahame. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta gloria grahame. Mostrar todas as mensagens

quinta-feira, dezembro 11, 2014

IT'S A WONDERFUL LIFE (1946)

DO CÉU CAÍU UMA ESTRELA
Um Filme de FRANK CAPRA


Com James Stewart, Donna Reed, Lionel Barrymore, Thomas Mitchell, Henry Travers, Beulah Bondi, Frank Faylen, Ward Bond, Gloria Grahame, H.B. Warner, Frank Albertson, etc.

EUA / 130 min / PB / 4X3 (1.37:1)

Estreia nos EUA a 20/12/1946
Estreia em PORTUGAL a 30/11/1947
(Lisboa, cinema Politeama)
Não existe filme mais apropriado para o Natal do que esta pequena maravilha de Frank Capra. Ao longo das décadas foi certamente  o filme mais programado pelas televisões de todo o mundo para a noite de consoada ou para o próprio dia de Natal. E é no mínimo estranho o facto de "It's a Wonderful Life" ter sido um autêntico flop comercial quando se estreou a 20 de Dezembro de 1946 - em plena época natalícia portanto - na cidade de Nova Iorque. Mas como diz o ditado, «ri melhor quem ri por último» e hoje, passados que são 68 anos (!), "It's a Wonderful Life" (por uma vez bem traduzido em português como "Do Céu Caíu Uma Estrela") aí está, com o mesmo brilho de sempre, a encantar sucessivas gerações de cinéfilos. Não serei portanto original, mas não posso deixar de o sugerir para (mais) esta quadra festiva. Se puderem, mandem vir a versão em blu-ray, que não está bloqueada (região 0), inclui legendas em brasileiro, o documentário "The Making of It's a Wonderful Life" e ainda a versão a cores do filme (esta obviamente perfeitamente dispensável). Deixo-vos com os votos de um Bom Natal e o comentário que o saudoso João Bénard da Costa fez sobre o filme em 1999.


Clarence: «You've been given a great gift, George: 
A chance to see what the world would be like without you»

Em "The Name Above the Title", Frank Capra conta com vagar a génese deste wonderful film. Capra regressava da guerra a Hollywood e tinha que se readaptar a uma capital do cinema que mudara muito (post-guerra quente e pré-guerra fria). Um dia, Charles Koerner entrou-lhe pela porta (porta do recém inaugurado Liberty Films, que Capra fundara com William Wyler e George Stevens para continuar a ter "The Name Above the Title") com meia dúzia de páginas dactilografadas em forma de cartão de Natal que continham o script que Dalton Trumbo extraíra do conto de Van Doren Stern "The Greatest Gift". Dou a palavra a Capra: «Era a história que toda a vida procurara. Uma cidadezinha. Um homem. Um homem bom, ambicioso. Mas tão preocupado em ajudar os outros, que deixava perder as oportunidades da vida. Um dia, perdeu a coragem. Desejava nunca ter nascido. E esse desejo era-lhe satisfeito. Meu Deus, que história! O género de história que fará dizer às pessoas quando eu fôr velho e estiver a morrer: foi ele quem fez "The Greatest Gift"». Capra comprou imediatamente os direitos mas encarregou o casal Hackett - Albert Hackett e Frances Goodrich - (que tinham feito a série do "Homem Invisível" e depois escreveriam musicais como "The Pirate", "Summer Holiday", "Easter Parade", "Give a Girl a Break", "Seven Brides for Seven Brothers" ou a série dos "Pais da Noiva") de reescrever a história. Para o protagonista escolheu imediatamente "o único actor que podia fazer aquele papel": Jimmy Stewart, como Capra, no seu primeiro filme post-guerra. E rodou "It's a Wonderful Life" em quatro meses (de Abril a Agosto de 46) "num orgasmo ininterrupto", Quando o concluiu estava firmemente convencido de ter feito «the greatest film I have ever made. Better yet I thought it was lhe greatest film anyboby ever made».

 Mas a América (e o mundo) tinham mudado muito. E se o filme ainda valeu a Capra a sua sétima (e última) designação para o Oscar (que perdeu a favor de outra produção da Liberty Films, "The Best Years of Our Lives" de Wyler), como designação valeu a James Stewart, o sucesso foi bastante relativo. Não faltou quem dissesse que o Capra-corn se estava a tornar cada vez mais corn e menos Capra e quem escrevesse que «a história era tão piegas, que roçava o infantilismo». Bosley Crowther no New York Times chamava-lhe «um repertório de banalidades melodramáticas». E nenhum anjo desceu do céu para o ajudar no meio dessa irónica indiferença. Capra ainda fez mais meia dúzia de bons filmes, mas o seu inconfundível touch chegou aqui ao final. Nunca mais houve um Capra assim. Mas o tempo, nas suas muitas voltas, veio dar razão ao cineasta. 53 anos depois," It's a Wonderful Life" é um cult-movie e o mais amado dos filmes de Capra. Danny Peary na sua obra sobre os cult-movies afirma mesmo acreditar que qualquer inquérito o incluiria entre os mais populares filmes americanos de sempre, ao lado do "Feiticeiro de Oz", de "E Tudo o Vento Levou", de "Casablanca", de "Música no Coração" ou de "A Guerra das Estrelas"

Para mim, "It's a Wonderful Life" é paixão antiga desde que o vi no Politeama, tinha eu doze anos. E muitas vezes, ao longo da vida, me tenho lembrado da moral desta fábula (corn ou not corn) e a tenha contado a gente que repete, com James Stewart, que «era melhor não ter nascido». E nunca consegui deixar de chorar no tear-jerking finale, «admittedly one of the most sentimental endings of all time» (estou a citar Danny Peary). Mas se esse final, após a "ressurreição" de James Stewart, com "The Bells of Saint Mary" no cinema da terra (second feature), a dedicatória no Tom Sawyer, a música de Natal, os milhões de merry christmas, os milhares de dólares a cair no cesto e os milhares de amigos a entrar é, de facto, o mais tear-jerking e o mais natalício dos finais de um filme (que deve ser o que mais vezes foi programado pelas televisões para a noite de Natal) não penso, como a maioria dos críticos, que este filme seja o mais optimista dos filmes de Capra. Já em tempos comparei a estrutura das suas obras precedentes (sobretudo "Mr. Smith Goes to Washington") com a dos westerns clássicos. O cowboy que veio parar a uma cidade de "duros" , apanha   muita "porrada"  e no final vence o "mau" da fita, no último duelo.

Nesses filmes, esse herói, chamasse-se Gary Cooper ou James Stewart, vencia sózinho ou acompanhado por uma minoria de "bons", a princípio aterrorizada e depois, à medida que o "herói" crescia, mais desenvolta nos seus auxílios. Aqui, neste filme com que se encerra o ciclo do great old Capra, James Stewart vence também, mas precisa de uma ajuda de que até aí jamais precisara: a do anjo de 293 anos chamado Clarence Goodbody que, de resto, desceu à terra não apenas para o ajudar, mas para ganhar as asas que em todo esse tempo ainda não tinha conseguido alcançar. O personagem é prodigioso, Henry Travers é-o também, mas essa "descida à terra" não nos deve fazer esquecer que todo o filme é visto do ponto de vista do céu. Ao princípio estamos na terra («You are now in Bedford Palls») na mesma noite de Natal do fim, com a neve a cair e os sons do Natal. 

Ouvimos em off orações e a câmara vai até às estrelas, onde Clarence trata Deus por "Sir". Deus tem uma voz de patrão, firme e dura, manda-o sentar e dá-lhe uma hora para ele se vestir. E quando ele está "sentado" (a câmara sempre nas estrelas, sem personagens) convida-o para um "bom filme": a vida de George Bailey desde o dia, aos sete anos, em que salvou o irmão mais velho de morrer afogado, até à noite de Natal que é tempo de todo o filme. Ao princípio, não se vê nada (quem não tem asas, não vê dos outros planetas) até que a imagem foca "o começo do filme". E quando passamos da infância à idade adulta, de Bobby Anderson a James Stewart, Deus  diz a Clarence «Take a good look on him» e o plano imobiliza-se em paralítico com James Stewart de braços todos abertos, no arquétipo da imagem capriana, que também no cinema nunca mais voltou a ter (depois é o James Stewart de Mann, de Hitchcock, de Ford, tão genial como sempre, mas bem diferente como personagem). É como se Capra nos dissesse também que nunca mais ninguém o iria ver assim, como fora em "You Can't Take It With You" ou como fora em "Mr. Smith".

A história da vida de George Bailey é a história de coisas tão bonitas, como Gloria Grahame a fazer parar o trânsito, o graduation ball de 1928, com James Stewart a dançar o Charleston como Fonda dançava a valsa no "Young Mr. Lincoln"; aquele espantoso mergulho colectivo; Donna Reed "the prettiest girl in town"; o roupão caído, ela atrás dos arbustos e a morte do pai; os discursos de Stewart (sempre vagamente demagógicos); o "point me in the right direction"; o telefonema a três e o beijo a dois (a câmara sem se mexer, num dos mais prodigiosos planos que alguma vez alguém assinou); a "wedding night"; e o beijo de Ernie a Bert (essa sequência é inadjectivável); James Stewart, o charuto e o aperto de mão a Barrymore; a guerra em filigrana, e tanto mais. Mas é também, em surdina, o elogio do sacrifício e por breves apontamentos (um olhar de Stewart para o irmão ou para a mãe, o espantoso e patético personagem de Thomas Mitchell) a insinuação que basta um leve toque e podemos ver o negativo de tudo isso. E a noite da inexistência de Stewart é esse negativo. 

Os mesmos geniais secundários, fraternais e solidários, "mudam de filme" e quem vence são outros arquétipos deles, patentes nos casos de Beulah Bondi, Ward Bond, Frank Foylen. Aparentemente, esses eram os que não tinham razão para mudar. Se percebemos que o farmacêutico tivesse ido parar 20 anos à cadeia, não fosse George, se percebemos que o irmão tivesse morrido, não fosse George, se percebemos (já mais forçadamente) que Donna Reed tivesse ficado solteirona e de óculos, não fosse George, porque mudaram tanto todos os outros, porque são todos tão agrestes e rudes? E - o que é mais - porque mudou a cidade toda (mudou até de nome) convertida num vasto lupanar, entre strip-teases e luzes agressivas? E por que é que o único personagem que George não re-visita é Lionel Barrymore, o único que não podia ter mudado? Pode um homem só transformar tanto a vida de todos? Capra diz-nos que sim, mas diz-nos que sim, não no real, mas no "filme mostrado" por Deus a Clarence e, depois, na noite que resultou do "truque" do Anjo. De certo modo, "It's a wonderful life" (mas no cinema...), "it's an awful city", mas com batota.

É por isso que a explosão final é tão forte. Porque tudo o que até aí fora um pouco mágico (coisa de anjos e estrelas) e encarna naquela noite de Natal, em que a presença do Anjo é apena a de uma discreta campainha, sob a força do plano de George com os filhos ao colo e dos dólares que vêm de tudo e de todos. Para um tal hino à vida e ao amor (a palavra final da dedicatória de Clarence) foi preciso ir até às estrelas. Forçar um pouco a mão ao destino, para melhor tentar a liberdade. Não se trata de viajar no passado para descobrir a inelutabilidade dele, mas de não sair da mesma noite, para mostrar como o futuro a modifica. Aparentemente construído em flashback, este filme desfila como as imagens dele. A vida na terra, mesmo em Bedford Falls, é bem mais maravilhosa e mais comovente do que a vida dos anjos que a deixam (apesar das asas ganhas) com uma secreta nostalgia. No céu, não há Natais. Esse é o lote dos homens e é por isso que "it's a wonderful life". Por mais simpático que o anjo seja, não temos pena nenhuma de o ver desaparecer. O nosso amor é George Bailey - James Stewart, em paralítico ou na agitação frenética da imensa alegria final.
(João Bénard da Costa, 1999)


CURIOSIDADES:

- A primeira versão do filme terminava com a canção "Ode to Joy", que depois foi substituída por "Auld Lang Syne"

- James Stewart estava nervoso quando filmou a cena do beijo ao telefone, com Donna Reed. No entanto, o actor acabaria por fazer a cena num único take e de tal modo persuasivo, que a cena teve de ser encurtada para evitar problemas com os censores da época.

- Jean Athur foi a primeira escolha de Frank Capra para o papel de Mary. No entanto a actriz já se encontrava comprometida para uma peça na Broadway e teve de declinar o convite

- A piscina situada por baixo do ginásio existia na realidade (não foi trucagem), e pertencia ao Liceu de Beverly Hills, em Los Angeles

- Dalton Trumbo, Dorothy Parker e Clifford Odets colaboraram todos eles no argumento do filme, sem que os seus nomes alguma vez tenham sido citados.

- Em 2006, o American Film Institute votou "It's a Wonderful Life" como o filme mais inspirador de todos os tempos. No ano seguinte, o mesmo AFI classificou-o em 20º lugar na lista dos melhores filmes de sempre

- Apesar de centrado na época natalícia, o filme foi rodado em pleno Verão, debaixo de altas temperaturas

- Filme favorito de James Stewart e Frank Capra

- Frank Capra ganhou o Globo de Ouro pela realização e o filme teve 5 nomeações para os Óscares, nas categorias de Director, Filme, Actor Principal, Som e Montagem



LOBBY CARDS:

terça-feira, dezembro 20, 2011

HUMAN DESIRE (1954)

DESEJO HUMANO
Um filme de FRITZ LANG






Com Glenn Ford, Gloria Grahame, Broderick Crawford, Edgar Buchanan, Kathleen Case, Peggy Maley, Diane DeLaire, Grandon Rhodes, etc.


EUA / 91 min / PB / 
16X9 (1.85:1)


Estreia nos EUA a 5/8/1954
Estreia em PORTUGAL a 22/6/1955



"She was born to be bad...to be kissed...to make trouble". Assim rezava a publicidade deste filme de Fritz Lang, remake americana de "La Bête Humaine" [Jean Renoir, 1938], e com argumento baseado no romance homónimo de Emile Zola. Tenho lido que o filme de Renoir é superior (o próprio Lang assim o pensava) mas não concordo com essa premissa. Este "Human Desire" (título não muito do agrado de Lang, que o achava redundante) é um dos melhores exemplos de film-noir que tenho memória e Gloria Grahame - num papel que esteve para ser entregue a Rita Hayworth - nunca esteve tão perversamente bela e sedutora. «Parece que foi criada para o filme negro, a não ser que seja o contrário», disse dela Tavernier, que cita um crítico americano que escreveu: «quando ela olha, olha realmente; quando está apaixonada, acreditamo-la; e quando está em apuros, em apuros ficamos também.» De facto, três características dos papeis representados por Gloria, bem em evidência neste filme.

"Scarlet Street" [1945] já falava de velhos senis a quem a frustração levava a cometer assassínios, quer na pessoa da mulher desejada perante a qual não se sentem à altura, quer na do rival que outrora a possuiu. Aqui é um marido ciumento, Carl Buckley (Broderick Crawford), que abre as feridas do passado ao insistir com a mulher para interceder por ele junto ao patrão, afim de que possa recuperar o emprego perdido. A recusa inicial de Vicky (Gloria Grahame) prende-se com o facto de em muito nova ter sido amante daquele, situação de que só com muita dificuldade se conseguiu libertar. Ansiosa por uma nova oportunidade de vida, Vicky acaba por ceder à insistência e ir ter com o velho amante. Regressa com a promessa da readmissão do marido, mas este, desconfiado, acaba por ver confirmadas as suspeitas de que a mulher se deitou com o patrão para conseguir o pretendido.

Menos por ciúme ou desejo de vingança do que para fazer de Vicky cúmplice e ligá-la de novo a ele, Carl obriga-a a escrever um bilhete para um novo encontro, na sequência do qual assassina o superior numa carruagem de comboio. Depois do crime, e mais uma vez induzida pelo marido (que agora tem em seu poder a carta incriminatória para a poder chantagear), Vicky seduz Jeff Warren (Glenn Ford), maquinista que por acaso viaja no mesmo comboio, de modo a afastá-lo das imediações do compartimento onde o crime foi cometido. Disposta a tudo para se libertar da chantagem de que passa a ser vitima, Vicky torna-se amante de Warren com o objectivo de o levar a eliminar o marido. Só que no último instante Warren arrepia caminho e é Vicky que no fim vem a sofrer as consequências.


Henri Langlois (antigo director da Cinemateca Francesa), escreveu um dia a propósito dos dois maiores cineastas alemães: «O que há de notável na obra de Murnau é a sua mobilidade. O que há de notável na obra de Fritz Lang é a sua estabilidade.» Por outras palavras, o que Langlois quis certamente salientar foi a sólida implantação arquitectónica duma inabalável estrutura nos filmes de Lang. Estrutura moral (neste homem cuja obra tem o rigor dum tratado de ética), estrutura metafísica (impossível não identificar os seus filmes com as grandes questões a que normalmente se aplica esta etiqueta), estrutura estética assente numa construção rigorosa em que o olhar dos Deuses (ou do destino) se confunde com o da câmara, abarcando todas as aventuras numa só aventura: a que inelutavelmente mantém o homem preso da fatalidade que sobre si se abate. Fatalidade que, para Lang, é o outro nome da deusa de olhos vendados, a Justiça, escrevendo direito por linhas mais que tortas.

"Human Desire" começa por nos mostrar o andamento da locomotiva conduzida por Warren e Alec Simmons (Edgar Buchanan), colegas de profissão. Da cabine de comando a câmara desce para os carris, e quando se encontra entre duas vias, com um comboio a passar à direita e outro à esquerda, os flancos lisos que desfilam são só superfícies imóveis e vibrantes que estão de repente ali e desaparecem de repente. Nunca no filme os comboios são vistos no seu movimento horizontal, nunca é comunicada a sensação de deslocação ou de viagem. É como se os dois ferroviários constituissem os órgãos vitais da locomotiva que conduzem. António Nahud Júnior, ao comentar este filme no seu blogue, "O Falcão Maltês", refere também este aspecto muito particular de "Human Desire": «...personagens decaídos que se despedaçam entre si em um universo asfixiante de apartamentos simplórios e estações de trem, de linhas ferroviárias com traçados retilíneos e restritivos, que são como uma espécie de imagem de seus próprios destinos


O cinema de Lang, neste seu último período (e "Human Desire" é um dos exemplos mais evidentes), tende a ser uma justaposição de imagens, presididas geralmente pela obsessão da simetria, filmadas com aparente impassibilidade por uma câmara quase sempre imóvel, cujas poucas deslocações obedecem apenas à mais limitada funcionalidade. Uma planificação concebida com um sentido rigoroso da síntese reduz estas obras ao que André Bazin chamou «o vazio barométrico da encenação.» Esta sobriedade e concisão convertem o Lang da velhice num dos casos mais exemplares e incompreendidos de um cineasta que levava o estilo próprio às sua últimas e mais arriscadas consequências.




POSTERS

LOBBY CARDS