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sábado, junho 28, 2025

RAGTIME (1981)

Um filme de MILOS FORMAN



Com James Cagney, Howard E. Rollins Jr., Elizabeth McGovern, Brad Dourif, Moses Gunn, Kenneth McMillan, Pat O’Brien, Mary Steenburger, James Olson, Mandy Patinkin, Debbie Allen, Donald O’Connor, Norman Mailer, Jeff Daniels, etc.

EUA / 155 min / COR / 16X9 (2.39:1)


Estreia nos EUA: 1981, Novembro 20
Estreia em Portugal (Lisboa): 1982, Maio 6





“Ragtime” é o elo perfeito, o casamento feliz e duradouro entre a música de Randy Newman e a cinematografia de Milos Forman. Desse conjunto harmonioso, a partitura musical tem a sua autonomia assegurada, conseguindo existir por si própria. Sobrinho de Alfred Newman (1900-1970), um compositor reconhecido em Hollywood pelas muitas bandas-sonoras que compôs para o cinema, Randy Newman ficará na história da música mais por causa dos seus discos de música popular do que propriamente pela meia-dúzia de vezes que se aventurou por trilhos cinemáticos. “Ragtime” é a excepção que confirma a regra: uma banda-sonora arrebatadora que confere ao filme de Milos Forman  uma força enorme. Valeu-lhe a nomeação para dois Óscares de Hollywood (música e canção, "One More Hour"), mas perderia para Vangelis (“Chariots of Fire”) e Burt Bacharach (“Arthur’s Theme”), respectivamente.



Milos Forman (1932-2018), checo por nascimento (Cáslav, 18 de Fevereiro), perdeu os pais ainda criança, que vieram a morrer em campos de concentração nazis (o pai em Buchenwald, a mãe em Auschwitz). Educado por familiares, começou mais tarde a frequentar a Academia do Filme de Praga, realizando os seus principais filmes entre 1964 e 1967: “O Ás de Espadas”, “Os Amores de Uma Loura” (nomeado para o Óscar de melhor filme em língua estrangeira) e “O Baile dos Bombeiros”, nos quais começou a introduzir um estilo de humor muito próprio. Quando no Verão de 1968 a chamada “Primavera de Praga” é interrompida pela invasão das forças do Pacto de Varsóvia, Forman encontra-se em Paris negociando a produção do seu primeiro filme americano. 



Os directores do estúdio checo para o qual ele trabalhava resolvem demiti-lo, alegando que Forman se encontrava fora do país ilegalmente. Forman decide então não voltar ao seu país e viaja para os EUA, onde fica hospedado no célebre Hotel Chelsea, sem que lhe seja cobrada a estadia durante um ano. Consegue finalmente emprego como professor de cinema na Universidade da Columbia. Em 1971 estreia o primeiro filme rodado em solo americano, “Taking-Off”, que vem a vencer o Prémio especial do Júri do Festival de Cannes. Quatro anos depois chega a consagração total com o filme “Voando Sobre um Ninho de Cucos”, que ganha os 5 Óscares principais: Filme, director, actor principal (Jack Nicholson), actriz principal (Louise Fletcher) e argumento-adaptado (Bo Goldman e Laurence Hauben). A reputação de Forman na indústria do cinema americano é assim consolidada, e um ano depois adquire a nacionalidade americana.



Ao longo da sua carreira, que não é muito vasta, Milos Forman assinaria outros filmes importantes, “Hair” (1979), “Amadeus” (1984), de longe o seu filme mais premiado, com 8 Óscares, 2 Globos de Ouro e 4 Baftas, entre muitos outros troféus em todo o mundo, “Valmont” (1989), “Larry Flynt” (1996) ou “Homem na Lua” (1999). “Ragtime” viria a ter 8 nomeações para os Óscares e 7 para os Globos de Ouro, mas não venceria em qualquer categoria. Uma injustiça das grandes, uma vez que “Ragtime” é provavelmente (pessoalmente tenho essa opinião) o melhor filme de Milos Forman. Tinha 48 anos quando o realizou, mais onze do que Randy Newman, nascido em 28 de Novembro de 1943.



Milos Forman tomou aparentemente uma decisão básica logo no início da produção do romance best-seller de E. L. Doctorow. Decidiu deixar de lado a confusão caleidoscópica de pessoas, lugares e coisas do livro e  concentrar-se apenas numa das várias narrativas. Em vez de contar dezenas de histórias, “Ragtime” segue principalmente a história de Coalhouse Walker Jr. (Howard E. Rollins Jr.), um pianista negro que insiste que a justiça seja feita após ser insultado por alguns bombeiros voluntários, que lhe danificam o carro. É a sequência preferida do realizador e muito provavelmente a que o fez realizar o filme. Forman refere as circunstâncias pelas quais Coalhouse entra e afecta a vida de uma família do interior do estado de Nova York na primeira década do século. A família mora em White Plains, numa vasta e arejada mansão antiga, e é composta por pai (James Olson), mãe (Mary Steenburger) e irmão mais novo (Brad Dourif), para além de um avô e um filho pequeno.



Logo no início do filme seguimos o despertar da paixão desse irmão pela corista Evelyn Nesbit (Elizabeth McGovern). Isso antes da saga de Coalhouse Walker alterar a sua vida. Coalhouse (uma actuação fabulosa de Howard E. Rollins Jr., que eclipsa todo o restante elenco) conhece a família por acidente, ou talvez pelo destino. Uma jovem negra dá à luz o filho de Coalhouse, e então a família acolhe a mulher e o filho, contratando-a como empregada doméstica, devido à alternativa ser a prisão para a jovem e o envio do recém-nascido para uma instituição. Coalhouse vem visitá-los. Ele quer casar-se com a mãe do seu filho, uma vez que já ganha dinheiro suficiente para os sustentar. Tudo está pronto para a cerimónia, quando acontece o que já se referiu, o incidente com os bombeiros, que vem alterar tudo. Enfurecidos pelo facto de um homem negro possuir o seu próprio automóvel, um moderno Modelo T, bloqueiam a passagem do carro em frente à estação. Quando Coalhouse abandona o local para ir chamar a polícia, os homens decidem divirtir-se, espalhando esterco de cavalo no banco da frente do carro. E Coalhouse não consegue descansar e ficar bem com a sua consciência até ver todos os danos restaurados pelos próprios bombeiros. Para piorar a situação, a mulher com quem pretende casar vem a falecer em consequência de uma agressão bárbara, quando ingenuamente procurava ajuda junto aos eleitores brancos de um novo presidente. A história desenvolve-se rapidamente por entre os aspectos raciais próprios daquela época (não esquecer que estamos nos inícios do século XX) e Coalhouse barrica-se na Biblioteca Morgan de Nova Iorque, impondo as leis do (seu) jogo.

A biblioteca é cercada por forças policiais, lideradas pelo comissário Rhinelander Waldo (James Cagney) e a tensão vai sendo sempre crescente até ao trágico epílogo, que eclode após a ordem de disparar. Os companheiros de Coalhouse conseguem escapar, mas ele será abatido sem dó nem piedade, de modo a que a sua história não chegue aos tribunais. Percebe-se bem a razão pela qual Milos Forman optou pela história de Calhouse Walker Jr., em detrimento de todas as outras que compõem o livro original e que só são abordadas na sua relação com o tema principal. O que Forman pretendeu foi fazer um filme não apenas sobre o racismo branco (embora o lado liberal também seja abordado), mas sobretudo um filme sobre o orgulho e a raiva de se ser negro naquele princípio de século. 



O grande trunfo de "Ragtime" está sobretudo no naipe dos grandes actores escolhidos, especialmente Howard E. Rollins Jr. (1950-1996) no papel de Calhouse, que acompanhamos em diversas matizes, que vão do amor romântico e juvenil a um grito dilacerante: «Senhor, por que me encheste de tanta raiva?» Depois temos ainda Mary Steenburgen, uma mãe de voz clara e ética, que surpreende a todos com as mais variadas tomadas de posição; Pat O'Brien com duas óptimas cenas como um advogado corrupto e cansado do mundo ou Kenneth McMillan como o odioso e cobarde chefe dos bombeiros. «As pessoas dizem-me que você é nojento», chega a dizer-lhe James Cagney, num papel que se revelaria o último da sua gloriosa carreira no cinema. Morreria alguns anos depois, a 30 de Março de 1986, com 86 anos.



“Ragtime” é um filme magnífico e esplenderoso, que retrata todos os seus personagens com grande clareza. Entendemos a posição de cada um e, na maioria das vezes, até sabemos o porquê. Forman cerca-os com alguns dos outros personagens do romance de Doctorow (incluindo Harry Houdini, Teddy Roosevelt ou o arquiteto Sanford White), mas no filme eles são apenas uma atmosfera, uma fachada. A decisão de Forman se centrar na história de Coalhouse é assim totalmente justificada, porque para além dele ser exímio a contá-la aos espectadores, é na verdade o núcleo mais importante de toda a narrativa original.

CURIOSIDADES:

- O produtor do filme, Dino de Laurentis, solicitou a Milos Forman que incluísse um nome importante no casting, o que facilitaria a venda do filme, sobretudo na Europa. Forman recordou-se que James Cagney o tinha convidado recentemente para o ir visitar à sua propriedade e Forman anteveu a possibilidade de vir a contratar o célebre actor que se encontrava retirado há cerca de 20 anos. Cagney não o reconheceu de início, mas ao saber que Forman tinha realizado o filme “Hair”, lembrou-se  de algo que tinha guardado sem entender muito bem a razão: era o poster original da apresentação de “Hair” na Broadway. Ofereceu-o a Forman e este disse-lhe que era um sinal para que  viesse a participar no seu filme. O actor acedeu, com a condição de fazer um test-screen e de não assinar qualquer contrato. Assim foi, e no fim ficaram todos a ganhar.

- Milos Forman contratou Donald O'Connor a pedido de James Cagney. O'Connor estava com problemas pessoais e profissionais, e Cagney queria ajudá-lo.

- Uma sequência de cerca de dez minutos no Lower East Side, com a activista social Emma Goldman, foi cortada da versão final, por influência directa do produtor e do escritor do livro. Nessa sequência, Goldman leva Evelyn Nesbit de volta ao seu apartamento, explica suas preocupações com mulheres que usam roupas íntimas restritivas, tira-as a Nesbitt e tenta recrutá-la para a causa socialista. No blu-ray do filme a sequência, a preto e branco (não existia um negativo a cores) está incluída como extra, e Forman sempre se arrependeu de ter cedido. Tinha toda a razão, uma vez que a sequência é bem esclarecedora da moralidade daqueles tempos.



- Mary Steenburgen estava grávida durante as filmagens. Ass roupas antigas usadas pela actriz escondiam a gravidez.

- Da duração de duas horas e trinta e cinco minutos do filme, 49 minutos são musicais. O álbum da banda sonora inclui 13 minutos de música inédita no filme. Isso implica que Randy Newman compôs mais de uma hora de música apenas para vê-la cortada. Uma canção, "Change Your Way", deveria ser cantada por Scatman Crothers nos créditos iniciais, mas a cena nunca foi filmada. A música pode ser ouvida no álbum da banda sonora, cantada por Newman. Quem estiver interessado, pode fazer o respectivo download aqui: 

https://ratosreturn.blogspot.com/2024/11/randy-newman-ragtime-ost-1981.html

- O filme é notável por apresentar vários actores para os quais esta foi uma das suas primeiras aparições num filme americano: Samuel L. Jackson , Debbie Allen , Jeff Daniels , Andreas Katsulas, Ethan Phillips , Elizabeth McGovern , Stuart Milligan e John Ratzenberger .










domingo, novembro 21, 2010

ONE, TWO, THREE (1961)

UM, DOIS, TRÊS




Um filme de BILLY WILDER


Com James Cagney, Horst Buchholz, Pamela Tiffin, Hanns Lothar, Lilo Pulver, Arlene Francis


EUA / 115 min / PB / 16X9 (2.35:1)


Estreia nos EUA a 15/12/1961
Estreia em Portugal a 23/3/1963 
(cinema S. Jorge)



Otto Ludwig Piffl: “Is everybody in this world corrupt?” 
Peripetchikoff: “I don't know everybody”

“One, Two, Three” é uma frenética screwball comedy ligada à corrente contínua, não de 220 mas de 1000 volts. Faz lembrar os loucos Keystone Cops em que o chefe da esquadra é James Cagney, naquela que era para ser a sua derradeira aparição no cinema (o actor voltaria 20 anos depois para o seu último desempenho, no papel de um comissário de polícia no filme “Ragtime”, de Milos Forman). Durante todo o desenrolar do filme tememos por Cagney, que lhe sobrevenha um fulminante ataque de coração, tal a intensidade da sua representação. O filme, que hoje em dia pode ser visto como uma sátira monumental à Guerra Fria, foi na época a única obra de Wilder que ninguém defendeu e que mesmo muitos anos depois continuou a ter imensos detractores, um pouco por todo o lado. Lembre-se, por exemplo, que em 1980, ano em que o Festival Internacional de Berlim homenageou Billy Wilder com uma grande retrospectiva da sua carreira, este foi dos raros filmes que não esteve presente. Coincidência?
Mas afinal, qual o “grande crime” de “One, Two, Three”? Provavelmente o seu anti-comunismo de base, onde as críticas aos sistemas totalitários atingem uma ferocidade invulgar. Mas não se julgue que esta sátira corrosiva se limita a ridicularizar a URSS e seus alcólitos. Poderá ser esse o objectivo principal, mas os EUA também apanham por tabela e pela medida grande; a carga burlesca de “One, Two, Three” é tão intensa que ultrapassa toda e qualquer crítica ideológica; e Wilder não poupa ninguém, demonstrando como tudo se compra em todo o lado e que a corrupção se encontra em qualquer sistema político.
Billy Wilder chegou a Berlim na Primavera de 1961, numa altura em que a Guerra Fria se encontrava ao rubro, e por isso muita coisa aconteceu durante os meses de rodagem. No início ainda se passava, mais ou menos livremente, de oeste para leste e vice-versa (uma situação que está no cerne do desenrolar da história do filme). Quando as filmagens chegaram ao fim e Wilder abandonou o local, já o famoso muro tinha sido erguido. Em tais circunstâncias, como é que o filme não teria que ser afectado? «Quando via matarem os refugiados que tentavam fugir de leste para oeste na vida real, parecia-me que ia ser difícil que as pessoas aceitassem uma comédia situada em tal décor», afirmou Wilder mais tarde.
Não se enganou. Os alemães odiaram-no, como seria óbvio acontecer. Na América a crítica acusou o filme de ter diálogos ultra-rápidos, que faziam lembrar uma metralhadora a disparar indiscriminadamente sobre todo o tipo de audiências. Até mesmo os Cahiers du Cinéma, que em tão boa conta tinham o realizador, se limitaram a uma seca nota em que  acusaram “One, Two, Three” de ser pesado e vulgar. Bem pior foi o que Michel Ciment escreveu no Positif, rotulando o filme de “abjectamente reaccionário” e dizendo que Wilder tinha conseguido reduzir tudo ao seu nível, que era o mais baixo. Quanto aos russos nada disseram, porque evidentemente jamais viram o filme. Sete anos depois, os mesmos intelectuais que torceram o nariz a “One, Two, Three” (Godard, por exemplo, que falava de “un, deux, trois pas en faux”) enchiam a boca com a história dos filhos de Marx e da Coca-Cola, esquecendo-se que Billy Wilder tinha sido o verdadeiro inventor de tal metáfora, ao terminar o seu filme com o casamento de um “filho de Marx” com a filha do dono da Coca-Cola.
Provavelmente a crítica que melhor se cola a “One, Two, Three” será a de apontar a velocidade supersónica a que ele se desenrola. Na verdade o ritmo diabólico do filme não nos deixa respirar, de gag em gag e de diálogo em diálogo. O próprio Wilder veio a interrogar-se se não teria ido longe demais com aquela sua experiência de “keeping up the tempo the whole time”. E o facto desse prodigioso actor que era James Cagney estar permanentemente no centro do vulcão terá contribuído decisivamente para um certo desequilíbrio que o filme apresenta.
E no entanto “One, Two, Three” está recheado de figuras e cenas memoráveis. Os dizeres dos cartazes da manifestação logo no início do filme; o fabuloso Schlemmer (Hanns Lothar) que ainda não perdeu o “tique” de bater com os calcanhares ou os funcionários que não conseguem evitar levantar-se sempre que o patrão passa por eles; a descontraída entrada de Otto Piffl (Horst Buchholz) na parte leste com o balão “Ruskys go home” no escape da sua motoreta e o processo original de tortura sonora a que é submetido (“Itsy bitsy teenie weenie yellow polka dot bikini”...); ou aquele gag final, em que um exemplar da Pepsi-Cola se encontra por acaso na máquina da Coca-Cola como a lembrar que “nothing is perfect”, um piscar de olho ao célebre final de “Some Like It Hot”.
Finalmente, essa sequência fabulosa do Hotel Potemkine (que dantes se chamava Bismarck e nos anos de Hitler se chamava Göering), uma das mais antológicas de toda a obra de Wilder, em que a escultural Ingeborg (Lilo Pulver) substitui a saia esvoaçante de Marilyn em “Seven Year Itch” por aquele vestido às bolinhas, bem justo ao corpo curvilíneo. A dança frenética em cima de uma mesa povoada de vodka e caviar, e presenciada euforicamente pelos convivas em redor, tem tamanho estrépito que o retrato de Krustchev estremece e acaba por caír, revelando um outro retrato, o de Estaline, que se encontrava por baixo.
Como já foi referido, ninguém entendeu Billy Wilder na época e todos ficaram irritadissimos pelo facto de uma maneira ou de outra se terem sentido retratados no filme. “One, Two, Three” tem ainda hoje esse mérito enorme que é o de nos conseguir fazer rir de nós próprios, não interessando o lado da barricada em que nos encontramos. O mundo continua como sempre dividido, política ou ideológicamente, e a roda gigante continua a girar ao ritmo de um, dois, três, tal como acontecia com os alemães, os russos e os americanos da cidade de todos os cruzamentos que Berlim era em 1961.

CURIOSIDADES:

- O muro de Berlim começou a ser erigido na noite de 13 de Agosto de 1961. A equipa de filmagens só se deu conta de tal facto pela manhã, tendo-se posteriormente mudado para os estúdios Bavaria, em Munique, onde uma réplica da porta de Brandenburger teve de ser feita para completar as cenas ainda não concluídas.

- Red Buttons tem um breve cameo como um elemento da Polícia Militar americana, onde faz uma imitação do próprio James Cagney.

- Durante a hilariante sequência rodada no Grand Hotel Potemkin, a orquestra toca o tema “Yes, We Have No Bananas” em alemão. A mesma canção já tinha sido usada por Wilder em “Sabrina” (1954)

- Na sua autobiografia James Cagney refere que Horst Buchholz foi o único actor com quem detestou contracenar devido à sua falta de cooperação

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