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domingo, 20 de dezembro de 2020

SEF EM RODA LIVRE


Isto continua a acontecer?

Clique na imagem do Público.

sábado, 12 de dezembro de 2020

O SEU A SEU DONO


Não isenta ninguém do torpor dos últimos nove meses, mas reconfigura o retrato dos acontecimentos subsequentes à morte de Ihor Homenyuk, nas instalações do SEF no Aeroporto de Lisboa, na noite de 11 para 12 de Março passado.

Vi a entrevista. A embaixadora confirma ter sido informada pessoalmente pelo ministro da Administração Interna, no início de Abril, altura em que lhe foram apresentadas condolências em nome do Estado.

Quando a jornalista lhe perguntou o que fez com a informação [«Informou a família...?»], afirmou ter despachado o assunto para o cônsul. Acto contínuo, levantou-se e deu a entrevista por terminada.

Clique na imagem do Expresso.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

INDIGNAÇÃO E VERGONHA

Acabo de ver na televisão as reacções indignadas dos partidos ao facto de, só hoje, a directora nacional do SEF ter apresentado a sua demissão.

Considerando eu que Cristina Gatões devia ter sido demitida no passado 30 de Março, devo deduzir, pela indignação manifestada hoje, que os partidos estiveram oito meses a hibernar.

O que se passou nas instalações do SEF no aeroporto de Lisboa (o brutal assassinato de Ihor Homenyuk, cidadão ucraniano) envergonha Portugal. Conhecemos os factos ocorridos na noite de 11 para 12 de Março graças a uma denúncia anónima divulgada pela TVI no Jornal das 8 de 29 de Março. Repito: 29 de Março. Cristina Gatões devia ter saído no dia seguinte. Mas não saiu.

Mais grave: o ministro Cabrita foi informado pelo IGAI a 17 de Março, e nada fez. Portanto, sem a denúncia anónima que permitiu à TVI divulgar o horror na noite de 29 de Março, é provável que o assunto nunca tivesse chegado ao conhecimento da opinião pública.

O que andaram os partidos a fazer este tempo todo?

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

MONTIJO VS AUTARCAS


Uma lei aprovada em 2007, no primeiro Governo Sócrates, exige o parecer favorável das autarquias afectadas pela construção, ampliação ou modificação de um aeroporto. A lei foi alterada em 2010, mantendo o poder de veto dos autarcas. Continua em vigor. Ponto.

Seis das dez autarquias envolventes do Montijo estão contra a transformação da Base Aérea do Montijo (um aeródromo militar) num aeroporto civil. A Base Aérea do Montijo, inaugurada em Janeiro de 1953, continuava activa em 2019. Ponto.

Durante 66 anos, 45 dos quais em democracia, nenhum ambientalista piou de forma audível. Ponto.

Como não nasci ontem, o zelo das autarquias não me comove. Ponto.

O Governo Costa apostou no Montijo, tendo cumprido, by the book, o catecismo ambiental. Azar dos azares, ninguém se lembrou da existência da lei que dá poder de veto às autarquias. Ponto.

Parece que o PS se prepara para modificar a lei. Pedro Nuno Santos, o ministro da tutela, tem razão quando diz que um presidente de Câmara não pode ter o poder de impedir obras de interesse nacional. Nessa medida, o PS deve tentar modificar a lei. Mas, uma vez modificada, não a deve usar no Montijo. Ponto.

Agora o acessório. Embora manhosa, a solução Montijo pareceu-me aceitável. Primeiro: não tinha conhecimento do diploma que faz prevalecer a vontade dos autarcas. Segundo: supunha, como grande parte da opinião pública, que a coisa se faria depressa e a custo residual (o grosso da despesa seria suportado pela ANA, uma empresa privada). Afinal não. São quatro anos e uns quantos milhões do Estado. Quatro anos? Estão a brincar com o pagode?

Em quatro anos faz-se um aeroporto a sério.

Clique na imagem.

segunda-feira, 12 de agosto de 2019

QUEBRAR O TABU


O imbróglio da Ota, no primeiro Governo Sócrates, deixou o PS refém da esquizofrenia direitista do novo aeroporto de Lisboa. Alcochete, que era uma boa solução, a meu ver melhor do que a Ota, ficou pelo caminho por causa da crise da dívida.

Mas não podemos estar eternamente amarrados ao tabu.

Inaugurado em 1940, o aeroporto da Portela não dá resposta adequada a 30 milhões de passageiros e 214 mil movimentos por ano (números de 2018). Desde 1961 que os sucessivos governos, do Estado Novo e da II República, estudam uma alternativa à Portela. Repito: desde 1961.

Regressei ontem a Lisboa depois de cinco dias em Madrid. A partida de Barajas fez-se com 70 minutos (01:10) de atraso. Até aqui, problema da TAP. Mas nada justifica que o avião, por congestionamento de tráfego aéreo na aproximação a Lisboa, tendo tido que dar voltas sobre a península de Setúbal durante 20 minutos. Aqui o problema já é do aeroporto.

E ao atraso temos de acrescentar as inenarráveis condições do desembarque, com mais de 150 passageiros compactados numa carrinha que levou 10 minutos a percorrer (a uma velocidade inqualificável, perigosa para os passageiros que viajavam de pé) o trajecto, cheio de curvas, entre Figo Maduro e o local onde nos despejaram.

Não havia mangas disponíveis? Errado. Havia várias. Para agravar a situação, o aeroporto não dispõe de passadeiras rolantes, obrigando quem chega a percorrer a pé, cerca de meia hora, fazendo gincana entre os utentes das lojas e manjedouras.

Venha o Montijo, e depressa.

Imagem: maquete do futuro (2021 ou 22) aeroporto do Montijo. Clique.