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sábado, 26 de junho de 2021

TERRORISMO OU SIMPLES ESTUPIDEZ?

A forma como todos os canais de televisão têm estado a fazer a cobertura da pandemia ficará nos anais como epítome de abjecção.

O agitprop político percebe-se. É lamentável, mas faz parte do jogo democrático. O espírito pidesco é outra coisa. Vem isto a propósito dos checkpoints montados na Gare do Oriente (e outras partes) a pretexto das normas de circulação, aos fins-de-semana, na Área Metropolitana de Lisboa.

Vamos admitir que os assalariados de serviço, tendo nascido todos depois de 1974, não conheceram o Portugal da ditadura. Não é desculpa para terem um polícia dentro da cabeça. E é isso que tenho visto, pessoas a serem inquiridas como se estivessem numa Esquadra, o mesmo acontecendo a agentes da PSP e da GNR que, em vez de um seco não respondo (a perguntas idiotas), aturam a caterva.

segunda-feira, 15 de março de 2021

NONSENSE


Alguém no Público confunde o Golpe das Caldas, desencadeado e abortado a 16 de Março de 1974, com o Golpe Botelho Moniz, tentado e abortado a 13 de Abril de 1961.

Em 1961, tudo se passou no gabinete do ministro da Defesa. Os revoltosos (o general Botelho Moniz e todos os altos comandos militares, com excepção de Kaúlza de Arriada, subsecretário de Estado da Força Aérea, alegado denunciante da intentona) ainda discutiam como depor Salazar quando souberam que o ditador os tinha demitido com efeitos imediatos. Ainda não eram cinco da tarde. À noite, Salazar deu o tiro de partida para Angola.

Em 1974, o capitão Armando Marques Ramos saiu do quartel das Caldas da Rainha à frente de duzentos homens de Infantaria 5, mas a coluna militar foi interceptada antes de chegar a Lisboa.

O mais ridículo é que o insert não ilustra nenhuma passagem do texto de Ana Sá Lopes, que em parte nenhuma do seu artigo cita o Golpe das Caldas.

Clique na imagem do Público.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

PUNCTUM


Em jeito de síntese dos esclarecimentos dados pelo vice-almirante Gouveia e Melo, coordenador da task-force Covid-19, Rodrigo Guedes de Carvalho referiu que só no 3.º trimestre poderá ser atingido o pico de 93 mil vacinas diárias.

O pivô da SIC esqueceu-se de referir que não podem ser administradas mais cedo porque não existem

Dito de outro modo: esqueceu-se de referir o detalhe mais importante de toda a reportagem, aquilo a que Barthes, falando de fotografia, chamou punctum.

A manipulação da verdade não se esgota na linguagem desembestada da caterva trauliteira. Pelo contrário: em registo blasé, como quem não quer a coisa, tem maior eficácia.

Clique na imagem da SIC.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

AGITPROP COVÍDICO

O terrorismo noticioso afasta cada vez mais pessoas dos telejornais, transformados em almanaques de terror.

Não serve para nada estar 75 minutos (em cada 90) a misturar mentiras com meias-verdades, a manipular factos, a fazer insinuações torpes, a dar palco aos apparatchiks da Oposição e das corporações profissionais directamente envolvidas na gestão da pandemia, em suma, a provocar alarme social.

Não é por fazerem agitprop que diminui o número de infectados, internamentos hospitalares e mortos.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

NÃO HAVIA NECESSIDADE


É só ler a imprensa matutina.

Clique na imagem.

domingo, 23 de agosto de 2020

DEPLORÁVEL

No final da entrevista dada pelo primeiro-ministro ao Expresso, a conversa prosseguiu off the record, tendo António Costa dito o que muitos portugueses pensam acerca dos médicos de Reguengos de Monsaraz que, alegadamente, recusaram trabalhar no Lar da Fundação Maria Inácia Vogado Perdigão Silva, onde morreram 18 pessoas.

É precisamente essa parte da conversa em off que chegou às redes sociais em forma de vídeo. Bem pode o Expresso bramar contra o Whatsapp, o Facebook, o Twitter, o Youtube, blogues, etc. O mal está feito. Nunca o jornalismo português desceu tão baixo.

sábado, 22 de agosto de 2020

FOLHETIM


Como é que o primeiro-ministro, um político inteligente e um homem avisado, anuiu a dar uma entrevista em folhetim? Quem não sabe, fica a saber: a “entrevista” hoje publicada é o lead, em forma de teaser, de uma entrevista a publicar na íntegra no próximo dia 29.

Os inconvenientes são óbvios: durante uma semana, toda a especulação é possível.

Deplorável.

Clique na imagem do Expresso.

segunda-feira, 10 de agosto de 2020

TVI & DGS

Quatro dirigentes da Direcção-Geral de Saúde interromperam as suas comissões de serviço.

Uma morreu. Outra, tendo concorrido a um cargo na ONU, foi exercer as suas novas funções (internacionais). O antigo subdirector-geral havia pedido em 2019 para regressar ao lugar de origem. O quarto caso é análogo e também está documentado.

Por que raio a TVI insiste na chicana tablóidesca, falando com aleivosia de coincidências...? Nem os mortos escapam?

Já agora: o que é um dirigente de topo...?

TWILIGHT ZONE


Caiu perto da barragem do Lindoso, mas já em território de Espanha, um avião anfíbio Canadair que participava no combate aos fogos do Gerês. O piloto português morreu, o co-piloto espanhol ficou ferido em estado grave. Tudo aconteceu anteontem.

Narrativa dos media: socorros do INEM chegaram ao fim de três horas.

Fita do tempo: socorro do INEM chegou em oito minutos.

Imagem do Twitter. Clique.

terça-feira, 28 de julho de 2020

CONFLITO DE INTERESSES

A SIC e a TVI decidiram acabar com os programas de futebol em que os comentadores residentes são representantes dos clubes. Neste caso, representantes dos clubes significa representantes do FCP, do Benfica e do Sporting.

A decisão da SIC teve efeitos imediatos. A TVI mantém por enquanto o formato, mas acaba com ele após a próxima final da Taça de Portugal. Atenção: não acaba o comentariado futebolístico, o que acaba nestas duas estações é a presença de representantes dos clubes.

A medida podia (e devia) ser extensiva aos programas de comentário político, na rádio e na televisão, bem como às colunas de ‘opinião’ assinadas por deputados e ‘notáveis’ dos Partidos com representação parlamentar. Muita gente deixou de comprar jornais porque, em vez de notícias, progressivamente reduzidas à sua expressão mínima, vêem-se confrontadas com panfletos ‘ideológicos’ orientados para campanhas pessoais. São notórios os casos de Paulo Rangel e Francisco Assis (cito-os porque ambos têm noções de gramática), mas há mais.

Que saudades de Vasco Pulido Valente, Victor Cunha Rego e Nuno Brederode Santos. Com certeza que nenhum deles era independente. Mas nenhum escrevia sob tutela. Muito pelo contrário!

sexta-feira, 8 de maio de 2020

CENTENO & O FAZ


O artigo do Frankfurter Allgemeine Zeitung sobre Centeno provocou orgasmos-gêiser no comentariado de Direita. Foi penoso de ver a forma como os pivôs portugueses entraram em transe.

Segundo o jornal alemão, Centeno apresenta-se «mal-preparado nas reuniões [demonstrando] incapacidade para promover compromissos...» Insistindo na saída do ministro, que estaria interessado em trocar a presidência do Eurogrupo pela governança do Banco de Portugal, o FAZ faz o óbvio: lobby a favor de Nadia Calviño, ministra espanhola dos Assuntos Económicos.

Há meses que Espanha tenta colocar a sua ministra à frente do Eurogrupo, intenção desmentida pela própria, que não poupa elogios a Centeno.

Este tipo de campanhas faz parte do jogo político (com manobras de artilharia pesada nos canais diplomáticos). Nada de novo.

Novo, diria mesmo repelente, só mesmo a forma como a “notícia” tem sido tratada em Portugal. Vendo bem, nem isso é novo. Assim que chegou ao Governo, em Novembro de 2015, Centeno tornou-se um homem a abater. E não só pela Direita. Alguma razão haverá.

Clique na imagem do Frankfurter Allgemeine Zeitung.

terça-feira, 5 de maio de 2020

REGIME DE EXCEPÇÃO?

Hoje, à saída de Belém, onde o Presidente da República os anda a receber, alguns patrões dos media (Observador, Público, Visão, DN, TSF, etc.) queixaram-se do atraso no prometido apoio, ou seja, na compra de publicidade institucional no valor de quinze milhões de euros, verba considerada insuficiente por todos.

Dispenso detalhes de mercearia. Vamos ao que interessa. São os mesmos media que, todos os dias, fazem chicana com ajustes directos na compra, pelo ministério da Saúde, de máscaras e material médico.

Os mesmos que omitem o essencial: no âmbito da pandemia, os ajustes directos para aquisição de máscaras e material médico têm cobertura legal desde, salvo erro, 18 de Março.

Portanto, qual é a pressa? Publicidade institucional não cabe na categoria de «máscaras e material médico...» Presumo que tudo se faça por concurso (com visto do Tribunal de Contas), como é de regra, e eles são os primeiros a lembrar.

sábado, 2 de maio de 2020

EM NOME DE QUÊ?

Depois de alertado por amigos, fui ver em diferido a entrevista que Rodrigo Guedes de Carvalho fez esta noite, na SIC, à ministra da Saúde.

Fiquei pasmado. Rodrigo Guedes de Carvalho não é qualquer um, não é tonto, não é uma dessas pistoleiras de programa tremendista. Contudo, a tentativa de linchamento de Marta Temido ultrapassou todos os limites do razoável. Felizmente, a ministra esteve à altura da dignidade do cargo, respondendo com clareza e não fugindo a nenhuma questão.

Um profissional com os créditos de Rodrigo Guedes de Carvalho não pode levar os seus piores humores para o estúdio. Não pode, ponto. Uma entrevista não é um acto de guerra.

A SIC, que deixei de ver há muito tempo, prestou hoje um mau serviço à informação. As pessoas querem ser informadas, não querem saber dos estados de espírito do pivô de serviço. Não darei eco a comentários que me chegaram por telefone e por mensagens privadas (execrando o comportamento do jornalista), retendo apenas um que sintetiza todos os outros: descontrolo total.

Só vendo.

sábado, 4 de abril de 2020

NONSENSE


Só eu é que acho preconceituoso (e perigoso) o cartoon que hoje ocupa a capa do Público...?

É politicamente incorrecto fazer humor com mulheres, negros, muçulmanos, gays, judeus, pessoas obesas, etc., mas pode-se fazer com velhos?

Estou a falar apenas da bonecada, a qual ilustra um país de velhos taralhoucos.

Clique na imagem.

quinta-feira, 26 de março de 2020

ALARMISMO CRIMINOSO

Excerto do editorial do Público, hoje:

«Em tempos de dificuldades é normal que os nervos subam à flor da pele. É este estado que pode explicar a pressa com que autarcas de diferentes partidos e de várias regiões do país tratam de comunicar aos jornais o número de infectados ou de vítimas mortais que ocorrem nos seus municípios.

É bom que alguém os lembre [o director do jornal refere-se expressamente a Salvador Malheiro, de Ovar] que rebater em público os dados da Direcção-Geral da Saúde é de uma enorme gravidade.

Se desconfia dos números de infectados, que os esclareça com as autoridades competentes; se tem provas capazes de indiciar qualquer viciação intencional e dolosa dos resultados, que as apresente. [...]»  — Manuel Carvalho.

É isto mesmo.

quarta-feira, 11 de março de 2020

TVI SEM COMPRADOR

Em consequência do crash bolsista de segunda-feira, a Cofina não conseguiu realizar a oferta pública de subscrição de 189 mil acções ordinárias, facto que impediu o necessário aumento de capital.

Por esse motivo, abortou a compra da Media Capital, ou seja, da TVI.

A decisão, conhecida ontem pouco antes da meia-noite, já foi comunicada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

sábado, 29 de fevereiro de 2020

CLARO COMO ÁGUA


Graça Freitas é a pessoa certa no lugar certo. E não pode arcar com o ónus tremendista do Expresso.

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terça-feira, 14 de janeiro de 2020

MÍSSEIS & MENTIRAS

Gholamhossein Esmaili, porta-voz das autoridades judiciais do Irão, confirmou na televisão estatal a prisão de pessoas envolvidas no abate do avião ucraniano, repetindo afirmações de Rouhani: «A responsabilidade recai sobre mais do que uma única pessoa...» Não disse quantas, nem se eram militares ou civis, homens ou mulheres. Foi também anunciada a criação de um tribunal especial.

Entretanto, Gelare Jabbari, a mais famosa pivô da televisão estatal, demitiu-se, escrevendo no Instagram: «Ando há treze anos a dizer mentiras em nome do Estado. Desculpem-me.» Zahra Khatami, outra profissional respeitada, também bateu com a porta.

Nas ruas, as multidões em fúria têm sido dispersadas com gás lacrimogéneo e à bala.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

POPULISMO VENCE

Maria Flor Pedroso, directora de informação da RTP, demitiu-se esta manhã, por não ter condições para a prossecução de um trabalho sério, respeitado e construtivo.

O Conselho de Administração aceitou a decisão e, em comunicado, sublinhou a qualidade do trabalho desenvolvido de forma dedicada, competente e séria de Maria Flor Pedroso, jornalista de idoneidade e currículo irrepreensível.

Lamentável.

domingo, 15 de dezembro de 2019

MARIA FLOR PEDROSO


A violenta campanha orquestrada pela Direita contra Maria Flor Pedroso, directora de informação da RTP, encontrou resposta por parte da classe a que pertence.

Até ao momento, cerca de 120 profissionais assinaram um documento de apoio à jornalista:

«Confrontados com o grave ataque público à integridade profissional da jornalista Maria Flor Pedroso, os jornalistas abaixo-assinados não podem deixar de tomar posição em sua defesa, independentemente das questões internas da empresa onde é diretora de informação, que manifestamente nos ultrapassam. Maria Flor Pedroso é jornalista há mais de 30 anos, sem mácula [...] uma jornalista exemplar reconhecida e respeitada pelos pares, defensora irredutível do jornalismo livre, rigoroso, sem cedências ao mediatismo, a investigações incompletas ou à pressão de poderes de qualquer natureza...»

Entre os signatários encontram-se Adelino Gomes, Ana Sousa Dias, Anselmo Crespo, António Borga, Carlos Andrade, Cesário Borga, Cristina Ferreira, Fernando Alves, Francisco Sena Santos, Goulart Machado, Henrique Monteiro, João Garcia, João Paulo Guerra, José Carlos Vasconcelos, José Mário Costa, José Pedro Castanheira, José Silva Pinto, Luísa Meireles, Nicolau Santos, Ricardo Costa, Rui Pêgo, São José Almeida e Sérgio Figueiredo.

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