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terça-feira, 12 de julho de 2016
terça-feira, 5 de julho de 2016
COITUS INTERRUPTUS
Sanções tornou-se o santo-e-senha dos media que andam há meses a abrir telejornais e a estampar manchetes com o tema das sanções por défice excessivo (o que significa penalizar o excercício de 2015, que o mesmo é dizer as contas de Passos & Maria Luís). Hoje era o Dia D. Mas, azar supremo dos corifeus, a Comissão Europeia decidiu não sancionar Portugal pelo incumprimento de 0,2%.
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Eduardo Pitta
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18:30
quarta-feira, 22 de julho de 2015
A VIDA COMO ELA É
A notícia não é uma novidade absoluta, mas até aqui só alguns jornais estrangeiros a tinham referido, de forma discreta e com reticências. Agora faz parangona na imprensa grega. Tsipras queria mesmo voltar ao dracma mas, para isso, precisava de dinheiro para emitir a nova moeda e garantir reservas monetárias. Varoufakis e Kammenos (o líder dos Gregos Independentes) andaram meses a monitorizar a equipa técnica que tratava dos aspectos práticos e jurídicos da operação. Por isso Tsipras foi a Moscovo, mas Putin é contra a saída da Grécia do euro e recusou abrir os cordões à bolsa. Pequim e Teerão também recusaram emprestar dinheiro para esse fim. Agora, dezenas de deputados exigem ser informados dos detalhes deste imbróglio.
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10:00
terça-feira, 21 de julho de 2015
EUROPA A SEIS
É grande a tentação de comparar a proposta de Hollande com a silly season. Seria um erro fazê-lo. Hollande, para vergonha da Esquerda europeia, propõe um jogo perigoso. A ideia de uma Europa Premium, ou de Vanguarda (adjectivo dele), constituída pela França, Alemanha, Bélgica, Holanda, Itália e o Luxemburgo, dá a medida de como a Europa começa a desmoronar.
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13:00
quinta-feira, 16 de julho de 2015
COUP d'ÉTAT
Zoe Constantopoulos, presidente do Parlamento grego: «Genocídio social.» Varoufakis: «Tratado de capitulação do país.» Tsakalotos: «Não temos alternativa.» E assim foi aprovado o Diktat alemão: 229 votos a favor, 64 contra (sendo 39 do Syriza, um deles Varoufakis), seis abstenções e uma ausência. Eram duas da madrugada em Atenas. Tsipras esteve ausente do Parlamento durante quase todo o debate. Teria estado reunido com Prokopis Pavlopoulos, o Presidente da República, com quem discutiu a hipótese de demitir-se esta sexta-feira e serem convocadas eleições gerais. Um total de 109 membros do Comité Central do Syriza assinou uma moção demarcando-se do Acordo. Não consta que tenham sido dadas explicações aos 61,7% dos gregos que votaram OXI no referendo do passado dia 5. A imagem é do Expresso. Clique.
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08:15
terça-feira, 14 de julho de 2015
OS DIAS DE ATENAS
Na iminência de receberem os salários de Julho em promissórias, por não haver dinheiro vivo, os funcionários públicos gregos fazem hoje uma greve geral de 24 horas. Dezenas de contentores com medicamentos permanecem fechados nos cais do Pireu: não há dinheiro para os desalfandegar. E o Governo não pode invocar necessidade pública? O hipotético empréstimo intercalar que permitiria à Grécia manter a funcionar serviços básicos até obter o terceiro resgate, vai demorar. Enquanto Atenas não tiver aprovado tudo o que lhe foi imposto, o Eurogrupo não mexe um dedo. Os Parlamentos da Alemanha, Áustria, Eslováquia, Estónia, Finlândia e Holanda, que têm de aprovar o terceiro resgate da Grécia, vão entrar de férias. Três ministros do Syriza anunciaram a sua demissão. Pános Kamménos, ministro da Defesa e líder do ANEL (o parceiro do Syriza), já disse que o seu partido vai chumbar no Parlamento o acordo obtido por Tsipras. Entretanto, ontem, Atenas falhou mais um pagamento ao FMI. Os bancos continuam naturalmente fechados. O controlo de capitais impede centenas de empresas de funcionar. Sem surpresa, Dijsselbloem, ministro das Finanças da Holanda, foi ontem reeleito presidente do Eurogrupo.
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10:00
segunda-feira, 13 de julho de 2015
PROTECTORADO
Dezassete horas de reuniões (ontem) serviram apenas para deixar claro que Atenas não tem alternativa. Ou dança conforme Schäuble impõe, ou vai dar uma volta ao jardim da Celeste. Aconteça o que acontecer, a humilhação não decorre do anunciado veto finlandês. A humilhação suprema vem da “bondade” de Hollande, que mandou para Atenas uma equipa de técnicos, chefiados por um alto-funcionário do Eliseu. Esse petit comité vai redigir as leis que a UE quer ver aprovadas, no Governo e no Parlamento da Grécia, até ao meio-dia de quarta-feira. Isto tem um nome: colonialismo. E um significado: Hollande não acredita na capacidade técnica dos funcionários gregos. Vindo de ondem vem, não admira. A França nunca disfarçou a sua vocação imperial. A solidariedade (evitar um rombo nos bancos franceses) põe a Grécia ao nível do Mali. É isto que os gregos querem? Ninguém pede contas a Tsipras por ter virado o referendo do avesso?
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10:30
domingo, 12 de julho de 2015
ESTALOU
Um dia acontecia: a fina camada de verniz quebrou. Uma dezena de ministros das Finanças disse em voz alta o que pensava da Grécia, da cambalhota de Tsipras (o desrespeito pelo resultado do referendo), da inutilidade da reunião que os juntou. A Finlândia foi peremptória: vetará qualquer tipo de auxílio à Grécia. A Eslováquia foi curta e grossa: a Grécia ultrapassou o prazo de validade. A França foi convidada a pagar sozinha, do seu bolso, o terceiro resgate. Parlamentos de seis países fizeram saber que chumbariam novo auxílio. Já ninguém discute a veracidade do paper, teoricamente apócrifo, com a proposta de Grexit durante cinco anos. Neste clima, a reunião cessou pouco antes da meia-noite. Será retomada hoje, quando forem 10 da manhã em Lisboa. Após duas semanas de corralito, amanhã começa o corralón na Grécia. Neste ínterim, Varoufakis está a banhos na Austrália (saudades da filha, disse). Os 61% de votantes do NÃO entraram em estado catatónico?
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09:19
sábado, 11 de julho de 2015
CINCO ANOS OUT
A notícia foi desmentida por algumas fontes, confirmada por outras, mas já toda a gente percebeu que é uma forma de pôr o assunto em agenda de forma “oficiosa”. Escrevendo no Twitter, Varoufakis dá-lhe crédito.
Segundo o Frankfurter Allgemeine, que não é um jornal qualquer, Schäuble propõe a saída da Grécia do euro durante cinco anos. Ou isso, ou a imediata alienação de património da Grécia no valor de 50 mil milhões de euros. O ministro das Finanças alemão teria reagido desse modo à proposta que Tsakalotos levou ao Eurogrupo, considerando-a insuficiente. Clique na imagem.
Segundo o Frankfurter Allgemeine, que não é um jornal qualquer, Schäuble propõe a saída da Grécia do euro durante cinco anos. Ou isso, ou a imediata alienação de património da Grécia no valor de 50 mil milhões de euros. O ministro das Finanças alemão teria reagido desse modo à proposta que Tsakalotos levou ao Eurogrupo, considerando-a insuficiente. Clique na imagem.
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19:00
segunda-feira, 6 de julho de 2015
TSAKALOTOS
Euclides Tsakalotos, 55 anos, até ontem ministro-adjunto dos Negócios Estrangeiros, é a partir de hoje o ministro das Finanças da Grécia. Formado em Oxford, Tsakalotos chefiava a equipa negocial grega desde 27 de Abril. A imagem é do Público.
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16:00
DISCURSO DIRECTO, 6
Eduardo Paes Mamede em entrevista ao Negócios. Excerto:
«É impossível governar à esquerda com as actuais regras europeias. Isso causa grandes dificuldades à esquerda porque implica dizer às pessoas que o nosso projecto, por mais moderado que seja, só vai ser possível com uma ruptura, que tem sempre alguma coisa de radical. A maior parte da população vive mal com a incerteza.»
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15:00
VAROUFAKIS SAIU
Tsipras ganhou o referendo. A vitória do Não é inequívoca: 61,3% contra 38,7% do Sim. A abstenção foi de 37,6%. Vamos ver o que a Grécia ganhou ou poderá vir a ganhar com este desfecho. Para já, Varoufakis demitiu-se: Excerto do statement de despedida: «Soon after the announcement of the referendum results, I was made aware of a certain preference by some Eurogroup participants, and assorted ‘partners’, for my… ‘absence’ from its meetings; an idea that the Prime Minister judged to be potentially helpful to him in reaching an agreement. For this reason I am leaving the Ministry of Finance today.» Foi uma pena ter levado cinco meses a perceber o óbvio.
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09:20
sexta-feira, 3 de julho de 2015
quinta-feira, 2 de julho de 2015
A ESPIRAL
Um grupo de 246 professores gregos de Economia tornou público um dramático apelo ao Sim no referendo de domingo (se houver referendo). A imagem é do Ekathimerini. Clique na imagem.
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17:00
CONTRADIÇÃO NOS TERMOS
A ver se falamos português. Tsipras diz que votar no Não, como ele pretende, não significa sair da zona euro. Verdade que, dos 28 Estados-membros da UE, apenas 19 adoptam o euro. Os restantes não abdicaram das moedas nacionais. Mas é uma manobra de prestidigitação (a palavra certa é vigarice) induzir o eleitorado no sentido do Não, tendo como pressuposto a manutenção do status quo. O Não obrigará a Grécia a romper com o protocolo do Eurogrupo. Votar no Não e recomeçar no dia seguinte a ponte aérea para as reuniões de Bruxelas é uma contradição nos termos.
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08:30
quarta-feira, 1 de julho de 2015
NÃO HAVIA NECESSIDADE
Com quase 30% de desempregados (número que sobe para 60% entre os jovens), funcionários e pensionistas que em dois anos perderam cerca de metade dos seus rendimentos líquidos, meio milhão de pessoas sem acesso a electricidade, hospitais onde faltam as coisas mais básicas, farmácias à míngua de medicamentos, centenas de empresas encerradas, a economia paralisada, um rombo de 25% no PIB, etc., jornalistas portugueses que estão em Atenas fazem entrevistas nas lojas e cafés trendy dos bairros elegantes da capital grega.
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10:10
IRREVOGÁVEL
No dia em que a Grécia entrou oficialmente em default, Yannis Dragasakis (Syriza), vice-primeiro-ministro e responsável pela coordenação económica do Governo, foi à televisão dizer que o referendo pode ser cancelado. Zoe Konstantopoulou (Syriza), a presidente do Parlamento, diz que não: «Uma vez convocado, não pode ser cancelado.» Varoufakis disse aos colegas do Eurogrupo que Atenas cancelava o referendo em troca de dinheiro. Tudo no mesmo dia. Esta trapalhada não tem nome. A imagem é do Diário de Notícias.
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09:00
terça-feira, 30 de junho de 2015
CAMBALHOTA
A proposta partiu de Atenas. Aparentemente, o referendo foi pelo cano. A imagem é do Guardian. Clique.
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15:15
segunda-feira, 29 de junho de 2015
LUZ VERDE PARA O CAOS
Os bancos da Grécia ficam fechados nove dias, estando a reabertura prevista para 8 de Julho. Hoje não funcionará nenhum terminal de ATM. A partir de amanhã, cada cartão poderá levantar até 60 euros por dia. Os pensionistas idosos que não têm cartão de débito poderão levantar parte das suas pensões em data e locais a anunciar oportunamente. Enquanto isso, O Banco Central da Suíça desvalorizou a moeda nacional e Cameron manifestou preocupação com a situação dos pensionistas britânicos residentes na Grécia. A imagem é do Diário de Notícias. Clique.
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10:00
domingo, 28 de junho de 2015
DONE
Por 179 votos a favor, 120 contra e uma abstenção, o Parlamento grego aprovou ontem à noite o referendo do próximo 5 de Julho. Quem não gostou nada da iniciativa do Governo de Tsipras foram Merkel, Hollande, Juncker, Lagarde, Draghi, Tusk e dezoito ministros das Finanças do Eurogrupo, que ontem mesmo rejeitou o pedido da Grécia que pretendia ver prorrogado por alguns dias o programa de ajuda. Dijsselbloem foi claro: «As negociações terminaram. Não há extensão. O programa caduca na próxima terça-feira.» E sugeriu que Varoufakis abandonasse a reunião. O ministro grego das Finanças fez-lhe a vontade e saiu da sala, dizendo aos media que aquele era «um dia triste para a Europa». Os seus dezoito parceiros deram então início à segunda parte da reunião, começando a preparar a blindagem da UE às previsíveis consequências do default grego.
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09:00
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