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sexta-feira, 24 de abril de 2020

MORO SAIU


Depois de 24 horas de avanços e recuos, Bolsonaro demitiu mesmo Maurício Valeixo, director-geral da Polícia Federal do Brasil.

Em consequência, Sérgio Moro, ministro da Justiça e Segurança Pública, demitiu-se: «Nem na Lava-Jato houve tamanha interferência política

Valeixo estava a investigar personalidades próximas de Bolsonaro, mas o Presidente afastou-o e, com ele, todo comando da Polícia Federal e vários superintendentes regionais.

Clique na imagem do New York Times.

segunda-feira, 20 de abril de 2020

VEM AÍ GOLPE?


Ao mesmo tempo que grandes caravanas automóveis entupiam as ruas do Rio e de São Paulo com buzinões tonitruantes, exigindo o fim das quarentenas, milhares de manifestantes juntaram-se ontem em Brasília pedindo a Bolsonaro a dissolução do Congresso (Câmara de Deputados e Senado) e a substituição do actual Governo por um executivo militar.

Num recado directo aos Governadores que impuseram quarentenas, Bolsonaro disse-lhes: «Todos no Brasil devem entender que estão sujeitos à vontade do povo

Ontem, o Brasil contava oficialmente com 2.462 mortos, número que as autoridades de saúde dizem (sob anonimato) dever ser multiplicado por 15. Seriam portanto cerca de 37 mil. Lembrar que o país tem 210 milhões de habitantes.

Na imagem, Bolsonaro fala aos manifestantes de Brasília.

quinta-feira, 22 de agosto de 2019

FRIOLEIRAS, CHECKS AND BALANCES


No momento em que a parte brasileira da Amazónia arde mais uma vez, naquela que é a pior onda de incêndios dos últimos sete anos (segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), Bolsonaro desdobra-se em alarvidades inenarráveis. Trump não faria pior.

Pego no assunto porque me enganei nas previsões que fiz sobre o Presidente evangelista. Previ que Bolsonaro dissolvesse o Congresso Nacional, ou seja, o Senado Federal e a Câmara dos Deputados, nos primeiros três ou quatro meses do seu mandato (não aconteceu); previ a prisão de Dilma e Haddad (e só o segundo está em vias de); previ a repressão violenta dos media (não aconteceu); previ a interdição de temas fracturantes na programação da Globo (não aconteceu), etc. A parte em que acertei foi no regime de teocracia escolar e na concessão de luz verde ao arbítrio policial.

O mais curioso é que o “travão” sejam os militares, desde logo os que estão no Governo. Não esquecer que o vice-Presidente é o general Hamilton Mourão, opositor, dizem-me amigos bem informados, da linha autoritária.

Verdade que Bolsonaro diz muitos disparates. Mas o Brasil, para surpresa nossa, tem um sistema de checks and balances que “trava” o Planalto.

Veja-se o caso da tentativa de nomeação do filho, Eduardo Bolsonaro, para embaixador do Brasil em Washington. Vários Procuradores federais interpuseram um processo em tribunal, alegando que o deputado não tem a experiência necessária para exercer qualquer cargo diplomático. Desse modo, a formalização do acto ficou para já bloqueada. Significa isto que a Lei brasileira prevê a interferência de magistrados na esfera de actuação do Presidente (em matéria que em princípio seria de seu exclusivo alvedrio), algo impensável em Portugal e no resto da Europa.

Portanto, aguardar para ver.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

SINISTRO


Fui ler o discurso de posse de Bolsonaro.

Highlights

Hoje, aqui estou, fortalecido, emocionado e profundamente agradecido a Deus [...]

Vamos restaurar e reerguer nossa Pátria, libertando-a definitivamente do jugo da corrupção, da criminalidade, da irresponsabilidade económica e da submissão ideológica [...]

Vamos unir o povo, valorizar a família, respeitar as religiões e nossa tradição judaico-cristã [...]

Vamos combater a ideologia de género... O Brasil voltará a ser um país livre de amarras ideológicas [...]

O cidadão de bem merece dispor de meios para se defender, respeitando o referendo de 2005, quando optou pelo direito à legítima defesa [...]

Contamos com o apoio do Congresso Nacional para dar o respaldo jurídico aos policiais para realizarem seu trabalho. [...]

Nossas Forças Armadas terão as condições necessárias para cumprir sua missão constitucional de defesa da soberania, do território nacional e das instituições democráticas, mantendo suas capacidades dissuasórias para resguardar nossa soberania e proteger nossas fronteiras [...]

À margem do discurso: Bandeira vermelha acabou / Nosso país liberta-se hoje do socialismo / Marxismo cultural dos mídia e das universidades vai acabar / Politicamente correcto nunca mais.

Há um ano, isto era uma anedota. Hoje é a realidade. Como a imagem demonstra, o homem tomou mesmo posse, sufragado por dois terços dos eleitores brasileiros.

Clique na imagem.

terça-feira, 1 de janeiro de 2019

BOLSONARO, DIA UM


Quando forem 16:45 em Portugal, Bolsonaro toma posse como 38.º Presidente do Brasil.

Estão milhares de pessoas na Esplanada dos Ministérios em Brasília, onde o longo cerimonial de investidura já teve início. O esquema de segurança é o maior da história do país. Três partidos representados no Congresso recusaram participar no acto: o PT, o PSOL e o PCdoB.

Com Bolsonaro tomam posse o vice-Presidente, general Hamilton Mourão, o presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, e 22 ministros.

Tereza Cristina, ministra da Agricultura, e Damares Alves, evangélica radical [Está na hora de dizer à nação que é a hora da Igreja governar], ministra da Família, Assuntos da Mulher e Direitos Humanos, são as únicas mulheres.

O executivo conta ainda com um almirante, três generais, um tenente-coronel astronauta (Ciência), um teólogo colombiano (Educação), um diplomata de extrema-direita (MNE) e o juiz Moro à frente da Justiça e Segurança Pública.

Martín Vizcarra, Presidente do Peru, que já estava em Brasília, regressou ao seu país.

Marcelo, único Chefe de Estado europeu presente, Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, e Mike Pompeo, secretário de Estado (MNE) americano, são os convidados de maior destaque.

Esta manhã tomaram posse os 27 governadores estaduais eleitos.

Clique na imagem.