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terça-feira, 15 de janeiro de 2019

ÁLVARO DE CAMPOS RASURADO


O livro escolar Encontros 12.º ano, da Porto Editora, omite três versos da Ode Triunfal, de Álvaro de Campos, por se tratar de «versos que têm linguagem explícita e se relacionam com a prática da pedofilia». A versão do mesmo livro destinada aos professores insere o poema na íntegra.

Os argumentos morais do comunicado da equipa de autores do livro [«Os professores conhecem as suas turmas e conhecem o poema integralmente, pelo que saberão também se têm ou não condições para abordarem os referidos versos com o tempo e o cuidado necessários, uma vez que podem, obviamente, constituir fator de desestabilização ou de desvio da atenção dos alunos.»] não merecem comentário.

Imagem: excerto da Ode Triunfal, in Álvaro de Campos, Poesia, Lisboa: Assírio & Alvim, 2002, p. 87, edição de Teresa Rita Lopes. Clique para ler melhor.

terça-feira, 3 de abril de 2018

CÁFILA

Não há dinheiro para a Cultura mas sobra para os contratos de associação entre o Estado e o ensino privado. Lembram-se da pouca vergonha das manifs pelo ‘direito de escolha’ organizadas por colégios ditos privados, porém subvencionados com os nossos impostos?

Então é assim. Cinco administradores do grupo GPS estão acusados de desviar 35 milhões de euros, usando-os em proveito próprio: carros de luxo, seguros pessoais, viagens, jantares gourmet, etc. Uma parcela desse dinheiro (meio milhão de euros) saiu dos pagamentos feitos pelos alunos na papelaria e no bar dos colégios São Mamede, da Batalha, e Miramar, de Mafra. Juntamente com o Bando dos Cinco, o Ministério Público acusou José Manuel Canavarro, ex-secretário de Estado Adjunto e da Administração Educativa, e José Maria de Almeida, ex-director regional de Educação, ambos do PSD, dos crimes de burla qualificada, abuso de confiança, corrupção, peculato e falsificação de documentos.

Quando é que um Governo terá a coragem de acabar com os contratos de associação?