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segunda-feira, 6 de julho de 2020

ENNIO MORRICONE 1928-2020


Morreu hoje o compositor italiano Ennio Morricone, o mais importante compositor de cinema de todos os tempos.

Autor de uma centena de peças clássicas, Morricone notabilizou-se no vasto mundo pela música que compôs para cinema, em especial para filmes de Sergio Leone. Quem não se lembra da extraordinária trilha sonora de Il buono, il brutto, il cattivo (1966), o terceiro filme da Trilogia do Dólar? Os mais jovens, que não têm idade para ter visto o filme, podem e devem ouvir a música numa das muitas versões disponíveis. A minha preferida é a da Danish National Symphony Orchestra.

Além de Leone, Morricone compôs também para filmes de Duccio Tessari, Giuseppe Tornatore, John Carpenter, Mike Nichols, Oliver Stone, Terrence Malick, Brian De Palma, Barry Levinson, Roland Joffé, Quentin Tarantino e outros.

Recebeu dois Óscares, onze David di Donatello, seis Bafta, quatro Grammy e dezenas de outros prémios e distinções pelos mais de 500 filmes que musicou. De bandas rock & heavy metal a orquestras sinfónicas, passando por Joan Baez, toda a gente que conta reinterpretou obras suas.

Uma queda com fractura do fémur levou ao internamento de Morricone numa clínica de Roma, onde morreu. Tinha 91 anos.

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domingo, 21 de junho de 2020

FESTIVAL AO LARGO


Este ano, o festival de música clássica patrocinado pelo Millennium BCP transfere-se do Chiado para a Ajuda. Mais exactamente, do Largo de São Carlos para o Palácio Nacional da Ajuda. Não é tão prático para quem utiliza transportes públicos, mas agora não seria possível colar milhares de pessoas umas às outras como tem acontecido nos últimos doze anos em São Carlos. Em contrapartida, o Palácio Nacional da Ajuda garante o distanciamento exigido pelo novo normal.

Portanto, vamos ter o Millennium Festival ao Largo já a partir do próximo 10 de Julho.

A Orquestra Sinfónica Portuguesa e o Coro do Teatro Nacional de São Carlos asseguram seis concertos. Mas há mais. Também participam a Companhia Nacional de Bailado (com três espectáculos, um dos quais com Henriett Ventura e Xavier Carmo), a Camerata Atlântica, a Orquestra Invicta All Stars e a Orquestra de Câmara de Cascais e Oeiras.

Tal como, com produções autónomas, o Teatro Nacional D. Maria II e o Teatro Municipal de São Luiz. Até vai haver uma exibição de Metropolis, de Fritz Lang, em formato de filme-concerto. Quem gosta de metais e percussão, orquestras de cordas, octetos de violoncelo, música de câmara e repertórios corais, não foi esquecido. Relativamente a anos anteriores, a novidade é o teatro.

Responsáveis pela programação, a soprano Elisabete Matos, directora artística do Teatro Nacional de São Carlos, e Sofia Campos, directora da Companhia Nacional de Bailado.

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terça-feira, 19 de novembro de 2019

JOSÉ MÁRIO BRANCO 1942-2019


Sem que nada o fizesse prever, morreu esta madrugada o músico José Mário Branco, autor do mítico Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades (1971), álbum que junta letras suas com poemas de Camões, Natália, O’Neill e Sérgio Godinho.

Compositor, letrista e cantor, mas também produtor de vários artistas, entre eles Camané, José Mário Branco nasceu no Porto, foi dirigente da Acção Católica até 1958, militou no PCP [«saltei de uma igreja para a outra»], foi perseguido pela PIDE, exilou-se em Paris em 1963 e regressou a Portugal depois do 25 de Abril.

Em Maio de 1974 fundou o GAC — Grupo de Acção Cultural Vozes na Luta. Colaborou activamente com grupos de teatro, em especial A Comuna, e compôs música para duas dezenas de filmes de, entre outros, Luís Galvão Teles, Solveig Nordlund, Jorge Silva Melo, Paulo Rocha, Noémia Delgado e João Canijo.

Em 2018 foi editado Inéditos, juntando canções do período de 1967 a 1999.

Numa das últimas entrevistas que deu, afirmou: «O mundo está mesmo muito diferente. Deixámos de ter um projecto, aquela coisa ideológica do futuro

Tinha 77 anos.

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segunda-feira, 14 de maio de 2018

NETTA & SOBRAL


Vi algumas passagens das semi-finais do festival da Eurovisão e o que vi era agitprop LGBT+ sem disfarce. Nada contra, pelo contrário.

Hoje, o embaixador de Israel em Lisboa confirmou o meu juízo: «Será uma grande celebração, uma grande festa para a comunidade LGBT e será uma outra oportunidade para a comunidade LGBT receber e celebrar com gays de toda a Europa, e nós damos as boas-vindas a todos na Gay Parade, do próximo mês e na Eurovisão do próximo ano

Terá sido isso que incomodou o rapaz Sobral? O vencedor do ano passado considerou a canção vencedora uma merda, e está no seu direito de achar isso mais um par de botas, mas não havia necessidade.

Na imagem, a vencedora Netta Barzilai. Clique.

quinta-feira, 30 de novembro de 2017

ZÉ PEDRO 1956-2017


Morreu hoje o Zé Pedro, guitarrista e músico fundador da banda Xutos & Pontapés.
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segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

GEORGE MICHAEL 1963-2016


Vítima de paragem cardíaca enquanto dormia, George Michael (1963-2016), aliás Georgios Kyriacos Panayiotou, filho de pai cipriota grego e mãe inglesa, morreu ontem na sua casa em Oxfordshire. Tinha 53 anos. Em 1981 fundou com Andrew Ridgeley a banda Wham! que o tornaria conhecido em todo o mundo. Em 1987 saiu do armário, assumindo-se como gay, e passou a actuar a solo. Em Abril de 1998 foi preso num urinol público de Los Angeles por um polícia de nome Marcelo Rodríguez, membro do Squad Pretty, o corpo de polícias handsome que, actuando à paisana, induzia homossexuais a praticar sexo em locais públicos para depois lhes darem ordem de prisão, como também acontecia em Portugal antes de Abril de 1974. George Michael vendeu mais de cem milhões de discos, recebeu dezenas de prémios, e marcou de forma decisiva a música pop de língua inglesa. Crítico da invasão do Iraque, lançou em 2002 o álbum Shoot the Dog (os cães são Bush e Blair), cujo vídeo promocional inclui um urinol da Casa Branca, em referência explícita ao episódio de 98.

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

LEONARD COHEN 1934-2016


Aconteceu na passada segunda-feira, dia 7, mas só ontem a notícia foi divulgada: Leonard Cohen morreu. Tinha 82 anos. Poeta, compositor e cantor, Cohen pôs-nos todos a cantar Hallelujah, a canção de 1984 que se tornou um hino de dimensão planetária. Canadiano de origem judaica (era praticante), deixou álbuns memoráveis, como, entre outros, Songs of Leonard Cohen (1967), Songs from a Room (1969), Songs of Love and Hate (1971), o meu preferido, New Skin for the Old Ceremony (1974), Death of a Ladies’ Man (1977), Various Positions (1984), I’m Your Man (1988), The Future (1992), Dear Heather (2004), Old Ideas (2012), Popular Problems (2014) e You Want It Darker (2016). Entre 1956 e 2012 publicou catorze livros de poesia e dois romances: The Favourite Game (1963) e Beautiful Losers (1966). Em 2011 recebeu o Prémio Príncipe das Astúrias na categoria Literatura. Desde os anos 1990 que o seu nome era apontado para o Nobel da Literatura.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

PIERRE BOULEZ 1925-2016


Morreu Pierre Boulez, maestro e compositor, figura maior da música contemporânea, director de orquestra em Baden-Baden, Berlim, Viena, Nova Iorque, Chicago, Cleveland, Londres (BBC), etc. A doença já não lhe permitiu dirigir a Filarmónica de Paris. O óbito ocorreu ontem à noite.

A imagem é do Libération. Clique.