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sábado, setembro 20, 2025

Verão, quase outono

Pixabay


Verão, quase outono.
Tempo em brasa,
dias curtos
que ensombram a vida.
Nos olhos a solidão
das folhas que, aqui e ali,
pintam o chão de amarelo.
A minha alma veste-se 
de melancolia.
O tempo, implacável,
continua desafiando
a contemplação,
a serenidade,
na esperança
do retorno aos dias,
em que as horas se prolongam na luz.
É quase outono.
Uma folha amarelecida,
trémula, ressequida,
desprende-se de mim
.

Texto 
Emília Simões
20.09.2025

sábado, junho 21, 2025

Abraçar o verão


Na minha quietude
procuro refúgio entre sombras e flores,
sob o sol que arde fortemente
incendiando-me o olhar e o pensamento.
O meu corpo, lento, arrasta-se
como asa ferida, de ave em sobressalto.
A travessia é difícil; a sede seca-me os lábios.
As palavras emudecidas
não localizam o caminho até à fonte.
O suor  molha-me o rosto, todo o corpo.
O silêncio incita-me a resistir
e a abraçar o verão.


Texto e foto
@Emília Simões
21.06.2025




sábado, junho 14, 2025

Na solidão dos dias

Pixabay


Na solidão dos dias a minha mente viaja
para um tempo em que o mundo era puro
habitado por gentes simples e com um sol mais radiante.

Nas correntes de águas límpidas viam-se cardumes de peixes
que se moviam com graça e suavidade.

A lua e as estrelas cintilavam no céu
e a noite era um cenário majestoso e belo.

Nos campos flores de mil tonalidades
sorriam-me sempre que me debruçava para as apreciar.

Era uma época de quase nada,
porém oferecia quase tudo em termos de beleza, cor e harmonia.

Gestos singelos mitigavam  dores e sedes,
em amistosos convívios nas sombras, dos dias quentes de verão.

A palavra guerra não existia.
A amizade, a entreajuda, as risadas e brincadeiras
ajudavam a amenizar períodos de trabalho árduo,
mas a respiração era leve.

Texto
@Emília Simões
14.06.2025

sábado, junho 29, 2024

Tarde de verão


Sentada na escarpa observa o mar

que, num doce vaivém, beija as areias da praia.

Forte neblina envolve todo o cenário

duma estranha tarde de verão.

Os barcos já há muito que partiram 

deixando os rastos no horizonte.

Iam cheios de ilusões e esperanças,

mas o mar anda sufocado

por detritos incontroláveis,

que estonteiam a vida marinha.

Regressarão mais cedo,

vazios os sonhos dos pescadores

que desesperam.

Olha em seu redor.

A praia está deserta.

Chove, no mar das ilusões

e as gaivotas partem em debandada.


Texto e foto
Emília Simões
29.06.2024



sábado, agosto 13, 2022

Do verão

 


O verão das sedes, dos fogos, das inquietações,

mas também de águas frescas, de sombras e reencontros.

De desertos, de alvoradas, que anunciam dias claros.

De estradas cheias de pó, de pés descalços no chão que escalda.

Uma mão estendida no meio do nada.

Gotículas de sal a escorrer dos olhares

pelas faces, esculpidas pela dor das distâncias

dos silêncios, onde as palavras se aninham

sem encontrar o sentido das vozes,

que tardam em pronunciar a brancura dum sorriso.

No verão, ao relento, tardam os dias claros.

A noite preenche os vazios do silêncio.


Texto
Ailime
13.08.2022
Imagem
Google





terça-feira, julho 27, 2021

O verão é feito de sol



O verão é feito de sol, areia e água salgada.

(por vezes a chuva cai impiedosa)

As ondas beijam as praias e os barcos 

navegam na costa os teus cabelos ao vento.


Na esplanada corpos tisnados pelo sol

brilham como a luz do crepúsculo 

e saboreiam um coquetel gelado

para mitigarem a sede.


No regresso à praia 

envolvem-se na brisa marinha

como nuvens de espuma

a reter as marés.


O verão é também o pôr do sol

quando o céu incendiado

derrama sobre os corpos nus

a luz do entardecer.


Texto e foto
Ailime
27.07.2021