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sábado, abril 26, 2025

Na sede que se fez alvorada

LovePik


Na sede que se fez alvorada

ainda ressoa o canto dos pássaros

que, em grande alvoroço,

sobrevoavam as cidades

clamando por justiça e amor.

Os ecos eram tão vigorosos,

que estradas se rasgaram de lés a lés

e todos avançavam no mesmo sentido,

a espalhar a notícia, que pairava no ar.

Foi um dia único na vida de um país

cinzento, triste, em que a primavera

se celebrava apenas nos campos.

Foi plena a festa que, nesse dia,

fez germinar nas cidades

campos de flores vermelhas.


Texto 
Emília Simões
26.04.2025

sábado, outubro 19, 2024

Ainda será tempo de salvar a Terra?



Ainda será tempo de salvar a Terra

se o Homem não ambicionar tesouros

se o poder não for a sua sede

mas o amor a sua ambição.


Ainda será tempo de salvar a Terra

se os vilões que fomentam a guerra

e fazem alastrar a fome e a morte

semearem campos de trigo

e plantarem sementes de paz.


Ainda será tempo de salvar a Terra

se o egoísmo der lugar ao desapego

e o Homem aprender a viver

com modéstia  e sentido de justiça.


Ainda será tempo de salvar a Terra

se o Homem beber das águas das fontes

e ficar saciado com o ar puro, a beleza e a luz

que emanam deste ainda tão fascinante Planeta.


Ainda será tempo de salvar a Terra?


Texto
Emília Simões
19.10.2024
Imagem Net

sábado, julho 20, 2024

No meu silêncio



Debruçada na tarde
do meu silêncio
escuto a minha voz interior
que me fala de amor
de paz
de justiça
de um mundo melhor.


Mas desperto
e à minha volta
ouço a voz do mundo
que  me fala de guerra
de inequidade
de desatino
de ódio.


Dos meus olhos
deslizam 
gotas de orvalho.
que me rasgam a pele.


Resgato o silêncio
e ouço a tua voz
que me fala de
claridade e esperança.

Texto
Emília Simões
20.07.2024
Imagem Google

sexta-feira, março 24, 2017

Onde estão as flores...?

 

Onde estão as flores de mil e uma tonalidades
que plantavas no jardim e que cuidavas com tanto amor?

Onde estão as manhãs frescas e o sol cintilante
que nos davam os bons dias e acariciavam de mansinho
como a água leve e pura que caía da pequena fonte ali próximo
e nos mitigava a sede nos dias soalheiros de verão?

Onde está o rio azul de águas transparentes e líquidas
que nos refletia no rosto o verde azul das lezírias,
que se estendiam verdejantes a perder de vista no horizonte?

Hoje restam apenas flores murchas (só os lírios continuam viçosos),
a flutuar no rio contaminado pela ignomínia do Homem.
O sal dos que clamam por justiça escorre-lhes no rosto a revolta.





Texto 
Ailime
24.03.2017
Imagem Google