Na minha quietude
procuro refúgio entre sombras e flores,
sob o sol que arde fortemente
incendiando-me o olhar e o pensamento.
O meu corpo, lento, arrasta-se
como asa ferida, de ave em sobressalto.
A travessia é difícil; a sede seca-me os lábios.
As palavras emudecidas
não localizam o caminho até à fonte.
O suor molha-me o rosto, todo o corpo.
O silêncio incita-me a resistir
e a abraçar o verão.
Texto e foto
@Emília Simões
21.06.2025