Nos momentos em que o silêncio
arde no meu peito,
ouço a voz do vento
que arrasta no tempo
as primeiras folhas de outono
que, sob o meu corpo,
estremecem de tanta secura.
ouço a voz do vento
que arrasta no tempo
as primeiras folhas de outono
que, sob o meu corpo,
estremecem de tanta secura.
Ainda é cedo, mas o outono
insinua-se e as horas encurtam
os dias, que os ponteiros
dos relógios, já gastos,
vão empurrando com espanto.
O meu desejo é que
as flores continuem a brotar,
nos campos áridos,
junto à minha porta.
as flores continuem a brotar,
nos campos áridos,
junto à minha porta.
Texto
Emília Simões
23.08.2025