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sábado, novembro 08, 2025

Morreste-me, minha mãe.

Uma rosa do teu quintal

Morreste-me, minha mãe.
Amanhã faz um ano que partiste.
Quem diria que, aquele engasgo traiçoeiro,
te tiraria a vida!
Ainda te estou a ver... Deitada, 
serena, como se esboçasses um sorriso.
Uma imagem que me acompanha
e que guardo escondida no meu coração.
Assim, como os últimos beijos que
trocámos.
Como eram carinhosos os teus afagos.
Tardaram, mas senti-os, porque únicos.
Como tu, que também eras única!
Eras uma pessoa muito especial.
Tardei em conhecer-te e 
foi breve o nosso tempo, mas
estava guardado o melhor para o fim.
É que a vida não é como desejamos,
mas conforme a vontade de Deus.
Descansa em paz, minha mãe!
Tua filha que sempre te amou.

Para a minha mãe.
5/8/1931-9/11/2024

Texto
Emília Simões
08.11.2025

quarta-feira, maio 26, 2021

Já não sei das palavras



Já não sei das palavras.


Procuro-as entre o amontoado de papéis

e só vislumbro rascunhos indecifráveis,

restos de folhas amarelas, com pó,

pétalas de rosas secas.


Vem-me  à memória o que escrevi

e não sei enxergar o tempo

que me leva até ti,

no esplendor dos dias ontem.


Tudo tão belo, mas tão breve.



Texto e foto
Ailime
26.05.2021