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Um poema nem sempre segue o raciocínio do poeta.
Entra em ziguezague para a direita e para a esquerda
buscando num labirinto de memórias
imagens presentes e passadas
de pessoas, de paisagens, de cidades,
de amores e desamores, de luzes e cores.
Na insatisfação do que escreve, o poeta
continua obstinadamente o seu esforço
num procura infrutífera, que insiste
em negar-lhe a razão de um poema
que o satisfaça.
Não desiste e continua teimosamente.
Mistura palavras com e sem nexo.
Até que cansado, pousa a caneta
sobre o caderno, abre a janela e
deixa o vento entrar!
Talvez daqui a pouco se faça luz
e o pensamento se liberte,
para que, finalmente, o poema germine.
Texto
Emília Simões
15.11.2025
Emília Simões
15.11.2025