As andorinhas voltam na primavera,
fazem os ninhos
sempre no mesmo local
e espanto-me com a sua precisão.
Ganham asas, voejam
e regressam de novo
não se desviando da rota.
Não sei medir o tempo por palavras
que guardo nos silêncios
quando as manhãs acordam
para o ciclo da vida.
Não sei medir o tempo por sóis
que dançam nas sombras dos abismos
e ressoam nos ecos das escarpas.
Sei medir o tempo apenas quando o relento
me fala de uma nova lucidez.
Texto
Ailime
15.06.2021
Imagem Google
Ailime
15.06.2021
Imagem Google