com sabor a mel, brilhantes
como os teus olhos,
que fitavam o mundo
misterioso e belo,
que te sorria ao amanhecer,
quando abrias a janela
No horizonte raiavam
as cores ténues da aurora,
que acolhias no teu regaço
como se um novo universo
se revelasse a teus pés.
Debruçada na manhã
desviavas o olhar
para o rio azul que,
serenamente, te entoava
uma canção de embalar,
melodia que, ainda hoje,
guardas como um barco a balouçar,
no silêncio das nuvens
Emília Simões
11.10.2025