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segunda-feira, abril 22, 2019

Naquela madrugada


Naquela madrugada 
a cidade acordou antes do tempo. 
Pássaros em alvoroço 
sobrevoavam barcos 
marés cheias 
escarpas e silêncios. 

O rio, lá em baixo, a espreitar, 
azul de tanto céu. 
Estalavam foguetes 
Rostos mudos de espanto 
Clarões 
Olhares incrédulos. 

Onde estavam as sombras? 
Multidão em êxtase 
sorrisos e abraços. 
A longa noite expirara. 

Uma flor ergueu-se 
rubra como sol nascente  
no cano duma espingarda 
iluminou Abril. 


Texto
Ailime
22.04.2019
Imagem Google

quarta-feira, abril 25, 2018

Em Abril


Em Abril sonhei-te como pólen no chão adormecido
E abriguei-te no meu peito aberto ao vento
Qual noite a emergir na madrugada
Do silêncio a luz se fez espanto.

Como um véu abriste-te em amor
E deste-te em abraços e harmonias
Num só voo ainda entoo
Alvorada em flor até ser dia.




Texto  (reedição revista)
Ailime
25.04.2015
Imagens Google

terça-feira, abril 25, 2017

Em Abril


Em Abril sonhei-te como pólen no chão adormecido
E abriguei-te no meu peito aberto ao vento
Qual noite a emergir na madrugada
Do silêncio a luz se fez espanto.

Como um véu abriste-te em amor
E deste-te em abraços e harmonias
Num só voo ainda entoamos
Alvorada em flor até ser dia.


Texto (reposição revista)
Ailime
25.04.2015
Imagem Google

sexta-feira, abril 22, 2011

Largo do Carmo

Em Abril sonhei-te,
e  coloquei um cravo
numa espingarda
no Carmo, por entre a multidão,
também fiz Revolução.

Imaginei um país de poetas e
 cantores, de pessoas felizes
onde a pobreza não fosse.

Imaginei o jardim que não eras
todo vermelho de cravos
e de campos alegres, onde
o sol haveria de brilhar

para todos, porque sim.
Mas a noite era de muitos
e tu não quiseste a flor;

pisaste-a, despedaçaste-a
e o sol não brilhou nas searas.

As cidades ficaram escuras,
tristes, cada vez mais vazias
e ainda a flor continua pisada,
sem cor, os rostos ausentes
e  o  País que sonhei
ainda não é.
Ailime
18.04.2011
Imagem da Net