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quarta-feira, 3 de maio de 2023

Os Marvels


Gosto do Shazam de Os Novos 52. Pronto, digitei.

Acho a reformulação de Geoff Johns uma atualizada bem-vinda e auspiciosa para o superguri octogenário de Bill Parker e C.C. Beck. Na busca por uma ponte com a nova geração, algumas mudanças foram até radicais, caso do próprio Billy Batson. Mas, mesmo nelas, a HQ manteve boa parte daquele charme incipiente da Fawcett na Era de Ouro. É um comic na mais pura acepção da palavra (mágica). Então, foi uma boa surpresa ver essa fase servindo de blueprint em Shazam!, de 2019, e também neste Shazam! Fúria dos Deuses. Foi a saída pop para o Capitão Marvel.

A direção é do mesmo David F. Sandberg com roteiro do mesmo Henry Gayden, agora em companhia de Chris Morgan, da franquia Velozes & Furiosos. Em outras palavras, quem não gostou do 1º filme vai gostar menos ainda do 2º. A nova produção tem os mesmos vícios, forçadas de barra e infrações graves às leis da Física. Mas a química do núcleo principal, as referências e a dinâmica de aventurona oitentista valem o ingresso.

Ou o play em sua fonte de preferência, já que Fúria dos Deuses foi um dos maiores fiascos de bilheteria do Universo Estendido DC.

Não merecia. Cheguei a rascunhar uma lista de filmes da DC que são flagrantemente inferiores, como os dois da Mulher-Maravilha, Esquadrão Suicida de 2016, Liga da Justiça, o agregado Adão Negro... mas a lista já estava enorme e alçando o Capitão Fraldinha a um Cidadão Kane de capa e é bem longe disso. O filme é só uma bobagem divertida e pueril para quem precisa de bobagens divertidas e pueris. E o mais importante: se assume como tal.

Note que usei aí minha melhor lábia de Zeca Urubu vendedor de carros usados.


A história segue a deixa do 1º filme, em que Billy repassa aos irmãos adotivos a senha do Wi-Fi para os poderes do Mago Shazam — tecnicamente, os poderes de um panteão de divindades greco-romanas e de uma suposta figura histórica hebraica, canalizados pelo Mago através de seu cajado, o MacGuffin de Fúria dos Deuses. Logo no início, os garotos e garotas aparecem atuando como uma "Shazamília" (ou seria "Família Marvel"?) e sofrendo com a falta de experiência e de espírito de equipe. A opinião pública, claro, não perdoa.

A estrutura é bem Marvel: vida secreta de super-herói, dificuldades de manter o grupo unido, problemas financeiros do lar adotivo, bullying na escola e, no caso de Billy, a iminência da maioridade o obrigando a seguir seu próprio caminho. Em meio a tudo, a chegada das Filhas de Atlas reivindicando os poderes divinos de seu pai que, por acaso, estão com os Marvels... ops, Shazams.

A premissa é um pires, porém o cânone era minimalista por natureza. Em contrapartida, o filme tem nada menos que dez co-protagonistas. Impossível montar algo nivelado e com uma distribuição razoável de diálogos. Zachary Levi, que embolsou 3 milhões e meio de doletas nesta sequência, obviamente monopoliza o tempo de tela. Já Asher Angel, como Billy Batson, teve uma participação ridícula em relação ao 1º. Trabalhou de bandido, o jovem. Neste sentido, o carismático Jack Dylan Grazer, reprisando o papel de Freddy Freeman, é o principal Júnior do filme. Sobra bem pouco para dividir entre os demais.

Para maquiar um pouco as deficiências, Sandberg usa elementos do gênero coming of age. A inspiração são produções como Deu a Louca nos Monstros, Uma Noite de Aventuras, Conta Comigo e até a série Anos Incríveis. O tempo todo Billy usa uma camiseta dos Goonies. O que funciona até certo ponto, já que o assunto principal da trama é outro e, bem, não estamos mais nos anos 1980. Infelizmente.

Pior é o fato dos meninos não serem nem de longe parecidos com suas contrapartes superadultas. Nem na fisionomia, nem no tom das interpretações — incluindo aí o "Capitão Marvel Jr."/Freddy Freeman adulto do Adam Brody (que fazia o nerdão Seth Cohen na novelinha The O.C. há 5 mil anos A.C.). Isso ocorre, literalmente, com os meninos, porque as meninas brilham.

Meagan Good está em sintonia perfeita com a atuação da figurinha Faithe Herman no papel da simpática Darla. E a Mary Bromfield de Grace Caroline Currey (de A Queda) simplesmente veste o traje de super-heroína, me deixando com uma certeza: Grace é uma graça.

Com isso, ela também gera um rombo na parte do roteiro sobre "identidades secretas". Quer saber? Tô nem aí. Quero um filme solo da Mary Marvel.


Um pecado foi submeter Lucy Liu e a maravilhosa Helen Mirren — as vilãs Kalypso e Hespera, respectivamente — a um figurino que parece sobra de produção dos Power Rangers. Mesmo assim, Dame Mirren parece à vontade e entrega 0.000½ de seu talento, o que, comparada ao resto do elenco, equivale a uma supernova dramática. Já Lucy Liu só bate ponto e está absolutamente canastrona, atuando como se estivesse tentando lembrar se deixou a torneira aberta em casa.

A presença de ambas só reforça a nova realidade do mainstream hollywoodiano. Cedo ou tarde, todos trabalharão numa adaptação de quadrinhos. O que deve tirar o sono do Martin Scorsese.

Um ponto bastante positivo foi o retorno de Djimon Hounsou como o Mago. Os bate-bolas dele com o Freddy são espirituosos e algo atrapalhados, no bom sentido. E, em dado momento, o Shazam Sênior praticamente repete o visual do Papa Meia-Noite, personagem de Hounsou em Constantine. Pagaria para ver esse crossover.

Na boa sequência em que a cidade é atacada por Ciclopes, Minotauros, Manticoras e Harpias (que tanto queria ter visto nos longas da Maravilha) é impossível não lembrar dos deliciosos clássicos com a mão de Ray Harryhausen, como Fúria de Titãs, Jasão e os Argonautas e a série de filmes do Simbad. E também evidenciou algo que já acontecia desde os primeiros minutos — morre gente para um caralho nesse filme. Inclusive como resultado direto das ações dos heróis. É algo no nível "precisamos de um recordatório do Mark Millar aqui!"

Parece que alguém na Warner mandou largar mão do PG-13 que depois ele resolvia com os censores. Geoff Johns, foi tu, meu filho?

No final, apesar dos tropeços, a experiência foi deveras satisfatória. Certo que assistirei outras vezes. Talvez n'alguma Temperatura Máxima com aquela moqueca, muita pimenta, cerveja trincando no bucho e um joguinho do Galo ou da Lusa na sequência.

Quanto ao nome do herói e as opções à pegadinha óbvia com a sua transformação, para mim, não há dúvidas...


O Billy Batson dos anos 70 é que sabe das coisas.

Ps: quando moleque, queria muito dar uma surra nesse cara.
Pps: tem duas cenas pós-créditos, bobas, esquecíveis e caras de mamão. Mas eu ri.

domingo, 3 de abril de 2005

JLA + SEINFELD =


JLA Classified é um título recente da Liga da Justiça. Nas três primeiras edições não vi muita diferença do approach que é habitualmente dado à equipe, mesmo com um roteiro leve e descompromissado de Grant Morrison e com o traço maneirão do Ed McGuinness. É aquele negócio: muita ação, corre-corre interdimensional, pancadaria envolvendo monstros gigantes e uma trama muito bem amarrada. Prato cheio quem gosta de uma boa aventura pop super-heroística.

Eu, por outro lado, gostaria que o Gorilla Grodd fosse morto em alguma dessas sagas homicidas da DC. Cansei desse negócio de macaco inteligente.

Mas eis que chega a edição #4 e JLA Classified vai pra galera. Keith Giffen, J.M. DeMatteis e Kevin Maguire estão de volta, malandros como sempre e apostando nos detalhes mais sacanas que fizeram o sucesso de Já Fomos a Liga da Justiça. Virou fórmula, mas mesmo assim continua genial. Todos aqueles personagens do 32º escalão da DC - as "baixas aceitáveis" da editora - em situações e diálogos constrangedores e cheios de duplo sentido. Mas, acima de tudo, retorna aquela fina flor da canastrice heróica: o empresário salafrário Maxwell Lord, seu personal sar"caustic" L-Ron, a dupla nonsense Besouro Azul & Gladiador Dourado, o Homem-Elástico-e-tapado, a brasileira boazuda e desbocada Fogo e a silly girl serelepe Mary Marvel.


Quem já leu a série antiga e as minis especiais já sabe o que esperar e o que não esperar desse balaio de gatos. Se a ação vinha diminuindo gradativamente em favor das gags bem-humoradas, aqui praticamente não há quebra-quebra. JLA Classified é quase um sitcom de super-herói. Isso é realmente ruim num certo ponto, mas por outro é uma festa para aqueles que gostam de diálogos afiados e pingando de cinismo (eu! eu!). E já pintaram seqüências antológicas, como a Fogo apresentando Mary ao cafezinho expresso e deixando a menina ligadona, Besouro zoando o casamento arranjado do Gladiador, a insistência do Homem-Elástico em espalhar que sua esposa Sue Dibny está grávida, sendo que ela não está... opa, peraí. Sue Dibny?! Pára tudo...

Lembra das "sagas homicidas" que eu comentei logo acima? Então... uma delas responde pelo nome de Identity Crisis e foi a maior pedra no sapato de Giffen e deMatteis na continuidade dessa Liga outsider. Eles acharam que assassinando personagens secundários e manchando o passado de alguns heróis renderia um roteiro "chocante". Talento passou longe por ali, e Sue Dibny foi a mais prejudicada nessa história. Praticamente desconhecida na cronologia principal, ela (e outros tantos) foi brilhantemente reformulada por Giffen/deMatteis, ganhando mais personalidade e carisma que muito herói famoso por aí. Aí veio Identity Crisis e fez a merda que fez. Sue Dibny encarou uma via crucis que começou num estupro imbecil e terminou numa morte idiota. Restou à dupla de roteiristas tomar a melhor atitude possível: ignorar esse fato. E eu aplaudo em pé.

Quanto à Identity Crisis, fico com a mesma opinião de Michael Deeley, do Silver Bullet:

"God damn Brad Meltzer and his mediocre pen!"

Em tempo... ao que parece a DC pegou a Liga de Giffen e deMatteis pra Cristo. Dizem que a próxima vítima será o Besouro Azul. E o local do crime será Countdown, a reformulação nº do Universo DC. Quanto mais eu rezo...

Mas voltando...

...um dos maiores achados de Já Fomos a Liga da Justiça foi a troca de Marvels na equipe. Sai o Capitão, entra a inocente Mary, com o mesmo ar de escoteira dos anos 40. Muitos podem reclamar da postura altamente "pollyana" dela (improvável nos dias safados de hoje), mas é justamente esse contraste que é bacana. É como se atirassem um coelhinho num mar de tubarões famintos. Isso rendeu muito antes e continua rendendo. Principalmente agora que ela divide a cena com outro resgatado... mr. Guy Gardner himself.






Essa cheiradinha no dedo foi foda. Mas teve troco. Depois que se recuperou, a doce Mary deu uns tabefes no "malfeitor". E acho que ela fará ainda pior nos próximos capítulos, como aparenta nesse preview da capa da edição #8.


Embora pareça uma versão playmate do Black Adam... gostei do visual. Será que ela tomou uma overdose de cafezinho expresso? :D


Ah, e cabe aí uma homenagem ao Kevin Maguire. Ele ainda é o rei das expressões faciais. Poucos conseguem transmitir tanto com traços tão simples. E a arte-final do ótimo Joe Rubenstein só aumenta ainda mais a sensação de realismo, dimensão e profundidade física dos personagens. Ver o trabalho dos dois é um colírio para os meus olhos, cansados de tantas expressões sisudas e "machonas".


dogg... esperando pra ver a merda que vai dar hoje lá no Maraca.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2005

THOR ESMAGA HOMEM-ROBÔ!


Yowza! Revistinha matadora essa #12 de Os Poderosos Vingadores...! Todo mundo falou, falou, e realmente é verdade. Quando começa uma certa comoção nerd por aí, pode crer que há um certo fundo de causa. Apesar de curtir muito a principal equipe da Marvel, nunca comprei sequer uma edição. Sinceramente, espero que as anteriores não tenham sido nesse nível, senão vou querê-las também!

Thor sempre foi sinistro. Ao lado dos Vingadores era sempre ele quem fazia a diferença contra adversários virtualmente invencíveis. Às vezes ele até topava com algum paredão (Hulk, Destruidor, Kurse), mas mesmo assim a treta era pau-a-pau. E finalmente aqui dá pra ver claramente o nível absurdo do Deus do Trovão, coisa que raramente foi feita a contento. Na revista, um jogo de maquinações levado à cabo pelo Dr. Destino coloca Thor contra a humanidade, e quem está lá para colocar juízo na cabeça do loirão? Homem de Ferro e Capitão América, seus ex-companheiros de Vingadores.

Sempre fui fã do traço classudo de Alan Davis. Nem sabia que era ele quem estava rabiscando os Vingadores, senão já tinha até comprado antes. Michael Ryan desenha a 2ª parte e também não faz feio. Pra falar a verdade, seu estilo lembra bastante o de Davis. Agora, o roteiro, dividido por Dan Jurgens, Mike Grell e Geoff Johns, é uma beleza de se ver. Principalmente na parte de Johns. Profissional é outra coisa. Simplista, ele realçou as características mais marcantes de cada personagem envolvido. Um bom exemplo é a seqüência dos soldados batendo continência para o Capitão América, contrariando ordens superiores.

Thor foi levado à um novo patamar. Suas responsabilidades como o senhor de Asgard, seu poder ampliado ainda mais, o conflito ideológico com os Vingadores... o Deus do Trovão cresceu e evoluiu, e agora trilha por caminhos muito promissores. E o Homem de Ferro. Muitos torceram o narigão pro mano a mano equilibrado entre ele e o deus viking. Injustificado, afinal ele estava super-equipado pra batalha (Stark não é trouxa). Sem contar que o latinha já bateu até o Hulk, certa vez. Tudo bem que a armadura travou logo depois e ele quase morreu asfixiado lá dentro, mas isso são detalhes...

Mas voltando, a edição #12 é pancadaria quase do início ao fim. Divertida ao extremo. Confira uns trechos abaixo. Clique nas imagens.





E depois disso, tem mais ainda. Quando parece que vai acabar, começa tudo de novo. Fazia tempo que eu não via uma HQ de pancadaria tão bacana quanto essa. Mais precisamente, desde a memorável Heróis da TV #85, onde os mesmos Vingadores enfrentaram a ira de um Conde Nefária ultra-bombado (essa HQ já esteve disponível no Alcofa Millenium).

Estou até vendo... essa edição arrasadora, mais tarde Disassembled ganhando sua versão nacional... Os Vingadores andam imperdíveis ultimamente. Mais uma revista regular a ser adquirida no mês que vem. Tsc... :)


GOTHAM ULTIMATE FIGHTING CHAMPIONSHIP


Esse aí é o Pantera, um dos 598 mestres do Bruce. A princípio, com "ajuda" desse visual... hã, esdrúxulo, ele parece uma bela bucha de canhão (da Estrela da Morte ainda por cima), mas a verdade é que o cara bate com força! Técnica? Sim, mas nada muito refinado: boxe, full-contact e briga sujona de rua. Ele não tem a mínima sensibilidade com a bandidagem. Bastante agressivo e selvagem, algo impiedoso, o Pantera lembra o Wolverine, e com o mesmo modus-operandi (i.e.: "vou, mato e volto"). É até estranho saber que ele foi um dos sansseis de Bruce, que é bem mais comedido e racional.

A revista Batman - Vigilantes de Gotham sempre foi bastante irregular, se revezando entre histórias fraquinhas e páginas a fio com a Mulher-Gato ou a Caçadora em poses porno-eróticas, mas às vezes até que acertava em sua tosqueira. A edição #27 é uma dessas. Na história, o Carcereiro e o gorilão Ernie Chubbs promovem lutas sanguinárias até a morte no submundo de Gotham. Para alavancar o público de snuff-movies (filmes de mortes reais), eles passam a usar vilões conhecidos nas lutas. Aliás, "conhecidos" em termos... só sub-vilões do universo do morcego. O tipo de gente que costuma freqüentar o Noonan's, aquele boteco vagabundo que o Hitman marca ponto.














A coisa começa a sair dos trilhos quando um dos lutadores mortos estava usando o mesmo uniforme do Pantera. Na verdade, tratava-se de um ex-aluno do vigilante, que logo parte pra vingança. Correndo por fora, o Batman, claro. E obviamente tem a obrigatória seqüência do mestre enfrentando seu antigo aluno, com a desculpa mais esfarrapada da história das desculpas esfarrapadas.

A trama, de Chuck Dixon e Beau Smith, é de uma nulidade sem tamanho, mas o legal mesmo é a pancadaria solta, que lembra qualquer filme que tenha "kickboxer" no título. Se tivesse um pouco mais de grafismo no traço de Sergio Cariello, seria perfeita. Tipo um John McCrea, mas sem ser caricatural demais.






Pantera rulz. Essa história daria um excelente fan film hardcore com o Sandy Collora na direção e o tough guy Clark Barthram fazendo o Pantera. E por falar neles... que fim levaram? Foi só acabar o hype que evaporaram do mapa?


Operação Resgate

Mary Marvel, Adão Negro, desenhos pré-Big Bang e garotinhas desaparecidas em combate...


ADÃO NEGRO E MARIA MARAVILHA


Depois do combo Giffen/deMatteis/Maguire e a sensacional Já Fomos a Liga da Justiça, hoje todo fanboy de nível humano médio (tsc, tsc... lixos humanos) já sabe quem é Mary Batson, a.k.a. Mary Marvel. Surpreendentemente, a ação do tempo só enriqueceu a personagem, que continua sendo aquela silly girl dos anos 40. Hoje, com um certo apelo teenager no visual, ela deixa os marmanjos babando, mas na época em que foi criada ela lembrava muito a Betty Boo...

Pelo visto, o conceito de beleza feminina é uma das coisas que mais mudam com o passar dos anos... Por outro lado, pin ups como Betty Page e Brigitte Bardot (nos áureos tempos, claro) são gostosas até para os padrões atuais.

Clique nas imagens para comparar as versões da Mariazinha Marvel. Lembraram até do chutinho que ela dá num malfeitor.


Black Adam é outro personagem bacanão do Universo Marvel (não confundir com Stan Lee e adjacências). Turbinado pelo mago ancestral Shazam, o egípcio Teth-Adam foi um Capitão Marvel que não deu certo. Tal qual Darth Vader, logo ele se bandeou para o Lado Negro da Força. Após a traição, o velho mago o deixou mudo (pra ele não pronunciar mais khazam!... digo, shazam!) e o mandou direto para o inferno, literalmente. Mas o jagunço Adam era mal mesmo e conseguiu retornar após fazer um acordo com a demoníaca Blaze.

O mais interessante é justamente essa origem dele. Da mesma forma que o Capitão Marvel, a versão original só precisou de uma página para contar como ele descolou seus super-poderes. Já a versão mais recente foi incrementada com mais alguns pormenores e umas enrolaçõezinhas de leve. Antigamente as coisas eram mais simples. Clique nas imagens para comparar.


E nesse clima de sarcófago, um viva em homenagem a clássica Editora Fawcett (que foi engolida pela DC) e seus Marvels inesquecíveis e narrativamente simplistas.


O próximo resgate foi patrocinado pelo Em Algum Lugar da Minha Memória. Nunca o nome desse blog foi tão feliz. E eu achando que era o único a ser assombrado pela imagem de um sujeito voando em um tornado...

JOHNNY CYPHER NA DIMENSÃO ZERO!


As poucas almas que lembram desse desenho estão nesta vida há pelo menos 26 anos. Naquela época, o que rolavam eram hits como As Aventuras de Cacá, Pirata do Espaço, Rei Arthur (versão animê), Speed Racer e Johnny Cypher... na Dimensão Zero. Apesar desse desenho ter sido exibido no Brasil na primeira metade dos anos 80 (não me lembro se na Manchete ou no SBT), ele é bem mais velho, pois estreou em 1967. Ao todo, foram 130 episódios, produzidos pela Oriolo Film Studios.

Seguem alguns screenshots para reativar a memória dos trintões. :)













Johnny Cypher era um brilhante cientista que adquiriu super-poderes que lhes davam a capacidade de viajar através do espaço-tempo e das dimensões (acho que é a mesma coisa, mas...). Foi então que ele passou a combater o mal na Via-Láctea. Como seus bravos ajudantes, o pequenino Rhom, um alienígena da Estrela Negra, e a bela Zena, uma loirinha-exocet que eu acho que ele comia.

Esse desenho é um dos menos lembrados por aí, mas na época ele bombava entre a gurizada. E se o seu cerebelo deu uma estremecida, mas mesmo assim você não recordou, vou ajudar. Mas tenha muito cuidado, pois é tratamento de choque: tente ouvir a singela musiquinha-tema sem querer destruir a placa de som do seu computador. É duro de acreditar, mas na época eu até cantava junto... :P


CAROLINE MARIE HENN



Nascida em 7 de maio de 1976 e mais conhecida como Carrie Henn, ela fez muito sucesso no papel de Rebecca Jorden - a Newt, do filme Aliens, o Resgate (1986). Sempre tive curiosidade em descobrir que fim levou aquela talentosa garotinha, e qual não foi a minha surpresa ao saber que Carrie nunca mais fez nenhum filme após a produção de James Cameron. É isso aí. Fora making of’s e especiais esporádicos sobre o clássico, esse foi o único filme que Carrie participou, infelizmente.

Apesar de jovem e inexperiente na época, Carrie fez de Newt uma das melhores personagens mirins de todos os tempos. Inteligente, corajosa e, ao mesmo tempo, carente e frágil, Newt passava ao largo da histeria e irritação comuns a maioria das crianças que se arriscam na telona. Muito pelo contrário... a menina Newt era absolutamente adorável. Carrie também conseguiu estabelecer com Sigourney Weaver uma relação emocional única, em um dos raros momentos de harmonia artística perfeita no Cinema. Empatia pura entre as duas. Foi uma atuação discreta e talentosamente natural de quem já nasceu com esse dom. E só lembrando que Aliens é um filme de ação...


Em 1995, Carrie concedeu uma entrevista muito interessante para a Empire Magazine. Lá, ela disse que jamais sentiu medo durante as filmagens (apesar da equipe sempre tentando lhe pregar algum susto), que sua família ficou um tanto preocupada com seu estado psicológico pelo fato do filme conter bastante violência e lingüagem pesada ("já ouvi coisas piores na escola", disse ela), e que ficou meio brava com o cruel destino de Newt, em Aliens³. Na época da entrevista, ela estava cursando a universidade e pretendia ser professora de jardim de infância.

Logo abaixo, duas imagens dela em uma convenção sobre o filme, no ano passado.




Fazer o quê né. Como bem lembrou o texto da Empire... "a vida continua".


SARAH PATTERSON


Essa é pra conhecedores. E sofridos, diga-se de passagem. Quem assistiu ao filme A Companhia dos Lobos (The Company of Wolves, 1984), dirigido por Neil Jordan, nunca se esqueceu da personagem de Sarah, a doce Rosaleen. O filme reconta a clássica história da Chapeuzinho Vermelho, do ponto de vista de uma pré-adolescente. Num belíssimo exercício de estilo, ele faz uso pesado de simbologia e metáforas ao fim da inocência, ao despertar da sexualidade e ao mito do animal selvagem que (sobre)vive em cada um de nós. Tudo isso embalado em um clima onírico, surreal, às vezes beirando o horror (o lobo-mau, p.ex., é um lobisomem). Um filmaço.

Contudo... é pra poucos. O filme do grande Neil Jordan não é difícil, apenas único, peculiar. Trata-se de uma obra autoral por excelência. Navegando na página que o Adoro Cinema! dedicou ao filme, me deparei com uma opinião hilária:

"Quer assistir a um filme sem pé nem cabeça? Então esse é o seu filme! Sinceramente, devo ser muito burro pois não entendi nada deste filme, cheio de sonhos e estórias sem explicação. E lobisomem que é bom só aparece 2 vezes e ainda parece de plástico! Terrível! A única coisa que se salva é a ambientação, uma pena!" - Eduardo R. Marcelino.

É pra poucos mesmo... mas que a crítica foi engraçada, lá isso foi. :D


A inglesinha Sarah Patterson é uma incógnita. Ela nasceu em 22 de abril de 1972, e estreou nas telas com A Companhia dos Lobos. Após esse, ela participou do filme Snow White (Branca de Neve... deve ter uma queda por fábulas infantis), de 1988, e, mais recentemente, de Do I Love You?, de 2002. Apesar da filmografia rala, há uma verdadeira legião de admiradores espalhados mundo afora, ávidos por novidades ou imagens mais recentes da atriz. Claro que esse sentimento de curiosidade foi alimentado, e muito, pelo status cult que A Companhia dos Lobos tem hoje, e pela aura sensual, sugestiva e quase libidinosa que ela conferiu à inocente Chapeuzinho.

E por quê da "incógnita"? Bem, pouco ou nada se sabe de Sarah hoje. Até mesmo suas imagens promocionais em A Companhia dos Lobos são raras. Depois de sua participação em Do I Love You? ela simplesmente sumiu do mapa. Segundo a página dedicada à ela no IMDB, Sarah hoje está "casada e feliz". Tudo bem, mas... casada com quem? E feliz aonde?

Sarah Patterson... WHERE ARE YOU?












E para não dizer que eu não consegui nada atual sobre a Sarah, segue uma imagem dela no filme Do I Love You?. Ela é a garota que está lendo, à direita.


Esses shots foram publicados originalmente nesse site, o melhor dedicado à Sarah que eu encontrei por aí. Aliás... isso é até interessante. Bruce, o mantenedor do site, tem uma banda chamada Turbulent Sky, e fez uma homenagem à Sarah na capa do disco Swathe. Belo trampo. Pelo visto, ele é tão apaixonado por ela quanto eu. :)


Clique na imagem para ampliar


A seção brief biography do site é mais intrigante do que elucidativa. Fala de várias suposições e boatos sobre Sarah, entre eles, que ela até publicou um livro chamado Distant Summer, mas que há a possibilidade de se tratar de outra Sarah Patterson (esse nome lá fora é uma espécie de "Maria da Silva" internacional... procure no Google e tome um susto com as toneladas de resultados).

Nessa mesma página da Amazon onde o livro está sendo vendido, um cliente alega que não é a mesma Sarah. Segundo ele... "Sarah Patterson, the author of this book, who was seventeen at the time it was published, is NOT the same Sarah Patterson who can be found on the web listed as an actress who appeared in the movie THE COMPANY OF WOLVES (79). The author Sarah Patterson was born in 1959 (verified through the Library of Congress Catalog of Publication Data - LC Number 76372791)".

Ele errou na data da produção do filme, mas pode ser que o resto seja verdade. Será...?

Mistério total!


Na trilha... Scream for me Brazil, ao vivo matador (apesar da capa horrenda) de Bruce Dickinson, gravado em São Paulo. Malditos sortudos!