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terça-feira, 16 de setembro de 2025
Até logo, Jeremiah
Se foi o Robert Redford. O lendário ator, diretor, produtor e fundador do Sundance Film Festival é dono de um legado gigantesco na indústria cinematográfica. Difícil pensar em alguém com tanto respeito, importância e conquistas em seu ramo de trabalho. Emblemático, atravessou incólume décadas (mais de seis delas) de movimentos e zeitgeists, da Era de Ouro e da Nova Hollywood até aos filmes da Marvel, cabulando seguidamente a sua aposentadoria oficial de 2018.
O homem foi — sempre será — uma instituição. E só de mencionar isto, me dá calafrios em lembrar dos pouquíssimos nomes que ainda restam com essa moral.
É um exercício de futilidade escolher qualquer destaque na brilhante filmografia de Redford. Toda ela é interessante e vale muito ser descoberta e redescoberta. Mas, por muitos anos, tive meus hits de cabeceira.
Perfeitos para fechar com elegância qualquer dia, por mais puxado e mundano que fosse. E, como todos sabem, Redford era a personificação da elegância...
Até logo, Sundance Kid.
Até logo, Jeremiah Johnson.
Até logo, Ken Parker.
Até logo, Robert Redford.
quinta-feira, 19 de janeiro de 2023
Era uma Vez no Noroeste
Publicada em Tex Platinum #4 (outubro/2016), a história "Em Território Selvagem" já é uma velha conhecida dos brasileiros. Saiu lá fora originalmente em Maxi Tex #5 (outubro/2001), foi editada pela Mythos em Tex Anual #4 (dezembro/2002), depois na Platinum e ainda pela Salvat, no volume 45 da coleção Tex Gold (março/2020). Nada mal. E merecido. Em pouco mais de 300 páginas, o roteiro de Mauro Boselli decupa a bem sucedida fórmula do ranger da Bonelli e experimenta perspectivas fora de seu contexto habitual.
Tudo começa com a descoberta de um cadáver portando uma enigmática mensagem para o Coronel Jim Brandon, da Polícia Montada Canadense. Para investigar o caso, o jaqueta vermelha vai até o extremo noroeste selvagem, onde desaparece sem deixar vestígios. Logicamente, seus velhos camaradas Tex Willer e Kit Carson partem em seu encalço numa jornada até os distantes territórios gelados, com ajuda do boa-praça Gros-Jean e da guia indígena Kathy Dawn.
Com essa premissa básica à Josey Wales, Boselli agrega vários elementos clássicos dos Texones a algumas inovações muito bem-vindas. Uma delas é a própria Dawn.
Devo admitir que a personagem balançou alguns sinos da minha memória juvenil. Durante toda a leitura visualizei a jovem Sydney Penny no papel. Certamente pela sua presença marcante em O Cavaleiro Solitário (Pale Rider, 1985), clássico Eastwoodiano da Sessão das Dez, como a contestadora guria Megan Wheele — por sinal, a minha 1ª "crush" de filmes (ass.: dogg, the millennial fake). Assim, a bela, carismática e invocada Dawn, envolvida em uma situação mortalmente ambígua, conquista um protagonismo poucas vezes visto em novatos(as) nos enredos dos pards.
O mesmo se aplica a Jim Brandon, cuja inspiração cinematográfica é destrinchada no ótimo prefácio de Júlio Schneider. Tipo de extra bacanudo que a Mythos sempre fez muito bem, que conste nos autos. Há sequências generosas dedicadas à odisseia solo do bravo Coronel (incluindo trips alucinógenas-Blueberryescas de dar gosto) que evidenciam todo o carinho de Boselli pelo cast de coadjuvantes. Difícil sair da leitura sem desejar um título solo do oficial canadense.
E claro que os vilões também mordem uma gorda fatia da trama. Os violentos indígenas Jericho, Ghost e Nathanael são retratados de forma rústica, mas tridimensional, enfrentando seus próprios desafios logísticos e de pessoal — como a inesperada elaboração do personagem Sombra-que-Foge, capanga nível Z que precisa se virar sozinho atrás das linhas "inimigas".
Isso também inclui o misterioso chefão Golden Eye, com um perfil Bondístico que vai além do pseudônimo. Opa, spoiler?
O genial Alfonso Font brilha nos desenhos como sempre, mas aqui, parece em estado de graça. Seus landscapes cobrindo os biomas congelados das montanhas, vales e florestas do Canadá e do Alasca são de tirar o fôlego. É a oportunidade perfeita para o espanhol voar baixo pelo chiaroscuro (repare o contraste entre as cenas noturnas e diurnas e testemunhe a explosão cerebral de Mike Mignola). Também é certeiro nas linhas duras pero flexíveis e expressivas dos personagens. Tex, em particular, está com um rosto tão sulcado e austero que parece ter saído de um épico de Sergio Leone.
Sem dúvida, artistas mais jovens, como Goran Parlov e Jacen Burrows, beberam muito nesta... Font.
(trocadilho infame na conta do efeito mescalina da arte maioral do Alfonso!)
Um aspecto sempre presente nos gibis do Tex é o dia a dia árduo e sofrido dos heróis retratado da forma mais realista e crua possível. Quanto mais difícil e extenuante, melhor e faz a expressão "o que vale é a jornada" ganhar contornos bem mais intimistas e imersivos. Aqui não é diferente — aliás, qualquer capa que tenha o Tex com neve até o joelho são um convite irresistível pra mim, pois já sei que os perrengues serão imensos e as reclamações do friento Carson maiores ainda...
Essa abordagem mais orgânica geralmente é limada dos comics de super-heróis, mas rende horrores em ambientações de época ou pós-apocalípticas. Funciona nas viagens do Conan pela Hiperbórea, funcionava nas tortuosas road trips de The Walking Dead (quem não lembra dos protagonistas matando a fome com ração canina e se apertando num trailer fedido a suor e mijo?) e funciona muito nas cavalgadas de Tex pelo Velho Oeste, onde a engenhosidade e as técnicas de sobrevivência são lei. Aqui ele chega ao despojamento de ter as roupas secando num varal enquanto faz uma pausa para lamber as feridas.
E que pausas. E que feridas.
Um equívoco comum é achar que Tex é um mocinho à moda antiga, daqueles que só atiram na arma ou no ombro dos inimigos. A fama de bom moço realmente o precede. E não descarto motivos como seu inabalável código de honra ou seu compromisso irrestrito com a lei, mas acho que a camisa amarela reluzente tem mais culpa nesse cartório. A verdade é que Tex Willer é um dos maiores carniceiros que já pisaram numa página de história em quadrinhos.
Em 1997, no livro Non Son Degno di Tex, o genovês Claudio Paglieri esmiuçou o body count do ranger, que passava da casa dos milhares. Em 2008, o autor fez uma recontagem atualizada e aterradora: até aquele momento, Willer havia levado 78 tiros (sendo 23 na cabeça!!) e despachado nada menos que 2.783 almas para o inferno.
Yippee-ki-yay, motherfucker!
Ao longo de "Em Território Selvagem", além das baixas em combate direto, o ranger manda vários evil-nativos para o além numa só tacada (ou, no caso, explosão) com uma frieza e profissionalismo de dar inveja a meninos como Frank Castle e Adrian Chase.
Será que um dia sai um "Old Man Tex", com o ranger amargando uma velhice à William Munny, de Os Imperdoáveis? Esse merecia...
TecaLibri: Non Son Degno di Tex
quarta-feira, 23 de novembro de 2022
“Tex! Ah - aaaa... He'll save every one of us!”*
* favor ler no ritmo da "Flash", do Queen.
Atualizações Texianas: pacote só da maravilhosa salve-salve Tex Platinum, edições #30 a #36 (mais 1 Ken Parker). Como estava saindo ora bimestral, ora trimestral, deixei acumular. A notícia ruim é que a Mythos descontinuou o título aí mesmo. A #36 saiu há quase um ano. Perdi o memorando.
A Platinum era uma delícia. Cada edição trazia um arco fechado da Tex Anual (dependendo, até dois). Praticamente um Best Of do Satanás e seus pards. E ainda tinha material pela frente. É realmente uma pena.
Como não faço as mensais, já que Tex procria na coleção mais rápido que uma maldita lebre no cio, só me restaram a Tex Edição de Ouro e a sumida Tex Edição Histórica (cancelaram também?), ambas selecionadas por um rigoroso olheiro Navajo-Vilavelhense. O critério varia, mas qualquer coisa que tenha os traços de José Ortiz, Stefano Andreucci, Alfonso Font (esse, muito, muito perto de fechar tudo), Pasquale Frisenda, Miguel Angel Repetto e os textos de Antonio Segura, Claudio Nizzi e, claro, do onipresente Mauro Boselli, já sai na dianteira.
Vamos ver como será daqui pra frente. Enquanto isso, a Platinum #35 já me aguarda, com o velho Willer enfrentando um... dinossauro.
E não foi a 1ª vez...
Atualizações Paninísticas: chegou em mãos o pedido-dado-como-perdido. 2 meses depois. O pack-faroeste da Mythos veio num galope só: 7 dias corridos. Vergonha, Panini. Ou melhor... Porra, Panini!®
Atualizações Texianas: pacote só da maravilhosa salve-salve Tex Platinum, edições #30 a #36 (mais 1 Ken Parker). Como estava saindo ora bimestral, ora trimestral, deixei acumular. A notícia ruim é que a Mythos descontinuou o título aí mesmo. A #36 saiu há quase um ano. Perdi o memorando.
A Platinum era uma delícia. Cada edição trazia um arco fechado da Tex Anual (dependendo, até dois). Praticamente um Best Of do Satanás e seus pards. E ainda tinha material pela frente. É realmente uma pena.
Como não faço as mensais, já que Tex procria na coleção mais rápido que uma maldita lebre no cio, só me restaram a Tex Edição de Ouro e a sumida Tex Edição Histórica (cancelaram também?), ambas selecionadas por um rigoroso olheiro Navajo-Vilavelhense. O critério varia, mas qualquer coisa que tenha os traços de José Ortiz, Stefano Andreucci, Alfonso Font (esse, muito, muito perto de fechar tudo), Pasquale Frisenda, Miguel Angel Repetto e os textos de Antonio Segura, Claudio Nizzi e, claro, do onipresente Mauro Boselli, já sai na dianteira.
Vamos ver como será daqui pra frente. Enquanto isso, a Platinum #35 já me aguarda, com o velho Willer enfrentando um... dinossauro.
E não foi a 1ª vez...
Atualizações Paninísticas: chegou em mãos o pedido-dado-como-perdido. 2 meses depois. O pack-faroeste da Mythos veio num galope só: 7 dias corridos. Vergonha, Panini. Ou melhor... Porra, Panini!®
quinta-feira, 28 de novembro de 2019
A Volta Selvagem de Conan
Recém agregadas A Espada Selvagem de Conan - A Coleção volumes 5 e 6. Agora sim acaba a vantagem das edições-teste da Salvat e começa a ESC clássica pela Panini pra mim.
Folheando rapidamente, eliminei as últimas dúvidas sobre embarcar na empreitada. Não é opção e, agora percebo claramente, nunca foi. Todos aqueles nomes creditados na parte inferior das capas não estiveram ali a passeio. É material de excelência. Não é só quadrinho, adaptação de livro ou cultura pop. É outro bicho.
E ver o cimério me encarando decidido e com sangue nos olhos após tantas frustrações e incertezas...


Crom!
Bonus tracks: meus primeiros Martin Mystère e Zagor.
Loiras...
Folheando rapidamente, eliminei as últimas dúvidas sobre embarcar na empreitada. Não é opção e, agora percebo claramente, nunca foi. Todos aqueles nomes creditados na parte inferior das capas não estiveram ali a passeio. É material de excelência. Não é só quadrinho, adaptação de livro ou cultura pop. É outro bicho.
E ver o cimério me encarando decidido e com sangue nos olhos após tantas frustrações e incertezas...
Crom!
Bonus tracks: meus primeiros Martin Mystère e Zagor.
Loiras...
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quarta-feira, 25 de junho de 2014
R.I.P. Tuco, Calvera, Vacarro...
Eli Wallach
(1915 - 2014)
Outros tempos, outro cinema... Incomparavelmente melhores.
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Blend scotch western
Há um sem número de coisas a se comemorar aí - Josh Brolin finalmente pegando a trilha certa para o oeste, uma nova colaboração entre Bridges e os Coen, o Cash arrepiante lá pelas tantas.... mas o melhor mesmo é só degustar a vibe casca-grossa, como um bom Black Label doze anos.
Ordem do dia: rever a produção de 1969 enquanto não chega a estreia.
sexta-feira, 28 de maio de 2010
Bom, mau e feio
Os recentes trailers de Jonah Hex não negam. Vem aí mais um genérico de ação pop-sobrenatural aos moldes de Elektra e Motoqueiro Fantasma, com uma boa dose de As Loucas Aventuras de James West. Isso pode até soar pessimista demais, mas aquelas cenas "divertidas" e modernosas passam a semanas de cavalgada do anti-herói original, um elo perdido entre Bronson, Van Cleef e Eastwood e um dos primeiros badasses de fato dos quadrinhos.
Pois o velho confederado ganhou boas chances de atravessar esse hype tosco com alguma dignidade. Um curta animado do Hex será incluído nos extras do Blu-Ray/DVD de Batman: Under the Red Hood. Hip Hip Hooray!
Segue o release oficial da Warner Home Video:
The second DC Showcase animated short, “Jonah Hex,” will appear as a bonus feature on the Special Edition Blu-Ray and 2-Disc Special Edition DVD release of “Batman: Under the Red Hood.”
Scripted by renowned author Joe Lansdale and starring the voices of Thomas Jane (Hung), Linda Hamilton (The Terminator), Michelle Trachtenberg (Mercy, Buffy the Vampire Slayer) and Michael Rooker (Days of Thunder), the DC Showcase short is based on the award winning comic series. The short is rated PG-13.
In the DC Showcase story, the tough-as-nails bounty hunter Jonah Hex always gets his man – until someone else gets to him first – in this case a murderous madam who wants to steal more than just her bounty from Jonah Hex.
“Batman: Under the Red Hood,” the next entry in the popular ongoing series of DC UNIVERSE Animated Original PG-13 Movies, arrives July 27, 2010 from Warner Premiere, DC Entertainment and Warner Bros. Animation. The full-length film will be distributed by Warner Home Video.
É só um curta. Mas se mantiver o nível das animações da DC, já será o suficiente, filho. Rrrc... cusp.
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