Mostrando postagens com marcador trailers. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador trailers. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 14 de outubro de 2025

Arraste-me para a ilha

Sam Raimi refilmando Swept Away do jeito certo? Tô dentro.


Achei o trailer bem divertido, mas sou suspeito. Rachel McAdams e Bylan O'Brien, por si sós, já têm a minha atenção. Em lados predatoriamente opostos, num híbrido doido de Náufrago com Louca Obsessão, melhor ainda.

E sempre que Raimi volta à direção, pra mim, deveria rolar aquele Plantão da Globo no meio da madrugada. Meu único pé atrás é com o roteiro, escrito pela dupla operária Mark Swift & Damian Shannon. Veremos.

Socorro! (!) tem estreia prevista para 30 de janeiro lá fora, mas se saísse por aqui na época do Natal, seria lindo.

domingo, 14 de setembro de 2025

Terror do cão

Um trailer que dá vontade de brincar, coçar a barriguinha e levar pra passear.


Good Boy tem tudo pra ser o filme que todo cachorreiro veterano sempre esperou. Em sua estreia em longas, o diretor Ben Leonberg corroteirizou com Alex Cannon uma história que gira em torno de uma das perguntas mais inquietantes dos tutores de canídeos: "que diabo esse cachorro late tanto para o nada?"

Ou é ladrão ou ele está vendo freiras macabras e criancinhas vitorianas trançando pela área de serviço. Ou é só doido mesmo. Depende do horário da madrugada.

E o filme ainda faz a adoção (responsável!) da perspectiva do totó, interpretado pelo talentoso e muito bom garoto Indy. O que é sensacional. Quase um Sempre ao Seu Lado dos infernos.

Uma abordagem que vale o risco-trasheira. Além disso, os pôsteres são bem bacanas.


Good Boy passeou, fez xixi e cocô no festival indie SXSW de março último, com boas críticas. A estreia no circuito comercial está prevista para 3 de outubro.

Se sair por aqui, serei o 1º da fila. Espero que ele não morra no final.

sexta-feira, 6 de junho de 2025

SemanAlien

Abrindo e fechando a semana com os ETs babões. Faz bem pra alma.


Esse Alien: Earth da joint venture Hulu-FX-Disney+ parece lindo, cheio de possibilidades e, mais importante, sem medo da classificação etária. Só não me agrada essa coisa de "super-humanos" num mythos que nos confronta com nossos medos e fragilidades enquanto humanos.

Fora isso, tenho lá minhas reservas sobre ser um prequel do clássico de 1979. Mas parafraseando o Anton Ego, "me surpreenda!"

quarta-feira, 14 de maio de 2025

Homem e Super-Homem


Gosto da humanização e da visão sem restrições – é o Universo DC ali, transposto para a tela. Não gosto de estouradinhos e aparentemente teremos dois no filme, Lex Luthor e o próprio Superman.

Mesmo nas questões mais espinhudas, deveriam sempre se perguntar: o que Jesu... Christopher Reeve faria?

Por hora, sigo na torcida...


Na torcida para que esta velha manchete se converta em algo bem real e não apenas mais uma fake news.

Ps: a Engenheira bastante descaracterizada... então pra quê?
Pps: argh, detesto celulares!

quinta-feira, 17 de abril de 2025

Trailer de família

Hoje é o dia dos trailers inesperados. Fantástico!


Quarteto Fantástico enfim numa adaptação live action decente e sem tergirversar o material original de Stan Lee e Jack Kirby. E com um crescendo climático que os Vingadores levaram dez anos para construir nas telonas. A Marvel Studios parece dar os primeiros passos para reencontrar o caminho.

É um alívio finalmente ver o Pedro Pascal menos gaiato e mais sério e cerebral com seu Reed Richards. Reed é um racionalista chatão arrogante, pô. Gostamos dele assim. Já Vanessa Kirby soa meio gélida e indiferente como a Sue Richards. A ver. Joseph Quinn acerta no alvo com o Johnny Storm e o Coisa visualmente perfeito de Ebon Moss-Bachrach carece de mais diálogos. A Shalla Bal/Surfista Prateada (já falei que é Luminaris!) ficou bacana e praticamente reedita o pique-pega com o Tocha Humana no filme do Quarteto de 2007. Não vi sinal do John Malkovich. E o rolê Galáctico pelas ruas de NY fecha com um tiro de Nulificador Total.

Além disso, a vibe de recap retrô me dá a impressão de que adotaram a ótima Quarteto Fantástico: História de Vida como bíblia de produção.


Expectativa lá no alto, portanto. Droga.

65 Dias Antes

Trailer novo e novamente espetacular de 28 Years Later (Extermínio 3... bah!²). Agora com maiores e aterradoras infos sobre aquele bravo mundo novo arrancando tinta do spoiler.


É preciso admirar o marketing da produção, que teve a sagacidade de resgatar o elemento mais comentado do 1º trailer (exatamente 1 frame mostrando um possível Cillian Murphy faquir), expandir aquilo e ainda promover a thumb da prévia! Fizeram o dever de casa direitinho.

A dinâmica pai-e-filho dos personagens de Aaron Taylor-Johnson e do guri Alfie Williams vagando por uma terra maldita recheada de territórios autônomos, pra mim, foi um gatilho quase imediato para o universo de The Walking Dead. Irônico, visto que as franquias tiveram pontos de partida idênticos, com Rick/Jim acordando de um coma em pleno apocalipse zumbi/infectado. Nunca esqueceremos.

Mas Extermínio (bah!³) veio antes.

terça-feira, 8 de abril de 2025

Predador de matadores


Pela prévia, a animação Predator: Killer of Killers parece um bom aperitivo para o longa live action Predator: Badlands, previsto para novembro. Ambos são co-escritos e dirigidos pelo Dan Trachtenberg, de Predador: A Caçada, o que é uma grande referência.

Não sou lá muito fã dessa tendência de animações em 3D com baixo frame rate, mas é ranhetice minha. Arcane e Samurai de Olhos Azuis usam essa técnica e são excelentes. E meu sonho era ver o honorável Hiroyuki Sanada de samurai fatiando um Yautja no Japão feudal, mas essa versão digital genérica vai ter que dar pro gasto. E ainda terá ninjas. E uma batalha aérea contra uma nave predadora. E pelas empalações e torsos decepados, a Disney+ liberou geral para a Hulu.

Ok, noves fora, acho que já temos algo lá fora e que não é um homem. E se sangra...®

terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

A vinda do Fantástico

Trataram logo de tirar o Coisa do meio da sala.


Não passa despercebida a atitude Die Hard Silver Age à James Gunn no trailer de Quarteto Fantástico: Primeiros Passos. Não tenho a menor dúvida que o diretor Matt Shakman mergulhou de cabeça nessa fonte. Sem medo de ser feliz, a produção assume todo o colorido, o farsesco, o H.E.R.B.I.E. e o Ben Grimm mais fiel aos quadrinhos desde o Quarteto Furado do saudoso Roger Corman. Assume o fantástico, enfim.

Confesso não estava dando a mínima para a proposta. Mas até a estética retrofuturista, calcada no genial Syd Mead, ficou linda. Só perde mesmo para a Sue Storm Vanessa Kirby, uma mulher nada invisível para 400 talheres. Agora o filme tem a minha atenção.

Se bem que aquele Galactus, assim, na seca, sem nem um drinkzinho antes, ativou os sensores de alerta do Edifício Baxter...

quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

O Superman pré-Crise está aqui


E o temAÇO clássico também.


Atualização 20/12


O Escoteirão não merecia nada menos.

terça-feira, 10 de dezembro de 2024

28 Anos Depois 22 anos depois de 28 Dias Depois


Finalmente.

A franquia Extermínio está de volta dos mortos. E meio que na surdina – não ouvi um pio sobre a produção, que, ao que consta, se concentrou toda em 2024. O novo filme marca o retorno da colaboração entre Danny Boyle e Alex Garland. Por mais que tenha adorado o trabalho de Juan Carlos Fresnadillo em Extermínio 2 (triste como os títulos brasileiros desperdiçaram toda a sacada dos originais), ver a saga novamente nas mãos dos criadores chega a ser emocionante. É uma das maiores duplas do cinema pop-transgressor, ora pois.

Trailer maravilhoso. Sem mais. E atenção para o retorno do Jim/Cillian Murphy na marca dos 1:48. Não me arrisco a palpitar sobre o que se vê ali, mas é de arrepiar.

28 Years LaterExtermínio 3... bah! – conta com o ex-Mercúrio & ex-Kick-Ass Aaron Taylor-Johnson, a sensação Jodie Comer (de Killing Eve) e o grande Ralph Fiennes no elenco principal. A estreia está prevista para 20 de junho de 2025 lá fora.

Ps: já há uma sequência a caminho, chamada 28 Years Later Part II: The Bone Temple e está sendo dirigida pela Nia DaCosta.
Pps: tecnicamente, essa não é uma série de zumbis. São "infectados". Mas a tag está mantida para efeitos práticos.

segunda-feira, 4 de novembro de 2024

A última nota de Quincy Jones


Quincy Delight Jones Jr.
(1933 - 2024)

Se foi o Quincy Jones. Isso nem parece uma expressão de verdade. É quase como afirmar que "se foi a música" ou "se foi um instrumento". Lendário? Também é muito pouco.

Quincy não foi apenas o produtor, compositor e arranjador que moldou a cara dos anos 1980 com os estelares Off the Wall (1979), Thriller (1982) e Bad (1987), de Michael Jackson. E nem apenas o produtor e condutor de "We Are the World", um dos singles mais vendidos de todos os tempos. Do alto de seus 28 Grammys (e desculpe, mas, sim, isso vale muita coisa), a história de Quincy se confunde com a história da música pop contemporânea e da própria história da comunidade negra da América no século 20.

Neto de uma ex-escrava, a vida não facilitou para Quincy. Desde criança, quando vivia de pequenos roubos, até sua estreia na banda do jazzista Lionel Hampton e suas colaborações com nomes como Frank Sinatra, Ray Charles, Dinah Washington, Louis Armstrong, entre outros gênios, e ainda sentindo na alma toda a violência da segregação racial dos Estados Unidos, pode se dizer que Quincy fez e viveu o seu próprio milagre. Que vida. Que história.

Neste momento, é impossível não recomendar Quincy, documentário da Netflix co-dirigido por sua filha Rashida Jones (também uma ótima atriz) e por Alan Hicks. Se ainda não assistiu, recomendo demais. É excelente e imperdível.


Ninguém é eterno, lógico. Mas algumas vezes, vivenciar um momento histórico traz uma sensação de fim de festa absurdo e que daqui pra frente a ladeira abaixo será ainda mais íngreme. Essa é uma dessas ocasiões.

Rest in Power, Quincy Jones.

segunda-feira, 28 de outubro de 2024

Nobres Criaturas

Com estreia apenas em 5 dezembro na Max, Comando das Criaturas fez questão de entregar um trailer no bonde do Halloween ‘24.


No post sobre Lobisomem na Noite, sonhei acordado sobre como seria bacana se a DC chamasse o diretor Michael Giacchino para o... comando de um Comando das Criaturas. No fim das contas, a produção não virou um longa-metragem, tampouco um live action. É uma série animada em 7 episódios com o próprio James Gunn como roteirista e showrunner.

Apesar da mera existência do desenho parecer um arrojo, não é o 1º rodeio da macabra superequipe no formato. Em 2019, o grupo estrelou um dos curtas da divertidíssima série DC Showcase ao lado do Sgt. Rock. E com roteiro de Walter & Louise Simonson e Tim Sheridan e direção de Bruce Timm. Régua lá em cima, portanto.

Mas a prévia é deliciosa e o gore é de lamber os beiços. A nova formação, apesar de ser uma variação de qualquer Esquadrão Suicida, parece lindamente disfuncional: os desmortos A Noiva e Eric Frankenstein, a anfíbia Nina Mazursky, mais o Doutor Phosphorus, Robô Recruta e Doninha, queridinha(o) do Gunn. Todos sob a liderança de Rick Flag Sr. – pai do Jr., duh – e tentando impedir a feiticeira Circe de alguma coisa aí. Cara-de-Barro também dá as... caras.

Um curioso adendo é a dublagem de Viola Davis re-re-reprisando a sua Amanda Waller, hoje uma instituição DC. Em meio a tantos astros varridos para o limbo das adaptações, a sua versão da personagem passou incólume pelo fim do Snyderverso e pela Revolução Cultural de James Gunn. Façanha comparável à Poderosa e ao Pirata Psíquico sobrevivendo alegres e faceiros a Crise nas Infinitas Terras.
De resto, diria que só faltou uma frase de efeito estúpida e badass pra fechar a conta. Mas fuçando nas informações do vídeo...
“You wanted monsters? You got motherfuckin’ monsters.”
...acho que essa se enquadra no perfil.

quinta-feira, 3 de outubro de 2024

Lendas do Amanhã


“Quadrinhos de super-heróis enquanto mitos modernos do nosso mundo pós-Revolução Industrial personificando nossas esperanças, medos e ideais.”

Certeza que já vi isso em algum papo-cabeça McCloudiano ou no prefácio de alguma das trocentas reedições de Reino do Amanhã (alguém aí pegou a versão pocket?). É mesmo lapidar. E se existe um quadrinho que cabe à perfeição é a obra máxima de Mark Waid e Alex Ross.

O documentário The Legend of Kingdom Come promete estudar os processos de concepção e construção que deram origem a esta grandiosa saga de super-heróis, para muitos definitiva. Provavelmente. Entre as 5 mais, pelo menos. Certo, fechemos em 10.

A direção é de Remsy Atassi com produção executiva de Sal Abbinanti, o criador de Atomika: God Is Red, quadrinho indie resenhado aqui em posts imemoriais, e que é só agora soube ser o agente/gerente de negócios do Ross. Daí a presença massiva do reservado ilustrador nas promos do projeto, que além dele e do Waid, trará nomes como Todd MacFarlane, Bill Sienkiewicz, Jimmy Palmiotti, Amanda Conner, Paul Dini e outros – e tomara que entre esses "outros" esteja James Robinson, para quem o Ross propôs a ideia da HQ originalmente.

A campanha do doc no Kickstarter vai até o dia 25 próximo. Com a meta em US$ 50 mil e os apoios rasgando na casa dos 350 mil, as preocupações passam longe dos envolvidos. Mesmo assim, um projeto só acaba quando termina.

Quem acompanha a rotina de produções independentes e financiamentos coletivos sabe que o caminho até a sala de projeção pode ser longo e tortuoso. Vide A Riddle of Steel: The Definitive History of Conan the Barbarian curtindo um hiato eterno e o longa animado The Goon, 100% financiado pelo KS e que simplesmente desapareceu no limbo – este, realmente cheguei a tomar um porre no dia em que meta foi alcançada.

Se for o caso, só o Clark com o emblema preto e surtadão pra dar jeito.

sexta-feira, 20 de setembro de 2024

Hora Cero Semanal presenta...


A Netflix me pegou de surpresa com esse teaser trailer de O Eternauta. Ao exemplo do sempre visado Akira, há tempos parei de acompanhar as notícias sobre a adaptação. Talvez estivesse imerso em negação ceticista, certo de que submeteriam a obra-prima de Héctor Oesterheld e Francisco Solano López ao mesmo processo de pasteurização de tantos outros. Mas até que a prévia sinaliza um outro caminho – e talvez o caminho certo.

A série em 6 episódios é uma produção argentina com estreia prevista para 2025. É criada e dirigida pelo premiado cineasta Bruno Stagnaro, que também coescreve a adaptação com Ariel Staltari. Pelo pouco que se vê, fizeram um bom uso do orçamento nos efeitos. Juan Salvo, o protagonista da HQ, é interpretado pela instituição celeste Ricardo Darín. Não brincaram em serviço.

Resta saber se O Eternauta, a série, sobreviverá ao legado do material, publicado originalmente entre 1957 e 1959 e que foi largamente influente através das décadas. A badalada Falling Skies (2011-2015), por exemplo, é um completo rip-off da obra de Oesterheld/López. Principalmente no que tange às metáforas à luta contra o fascismo e o autoritarismo, tão presente no mundo atual.

Talvez, em uma justiça poética, seu possível sucesso até lance novas luzes sobre aquilo que realmente importa. Mas sendo fiel ao espírito do quadrinho, já está de bom tamanho.

sexta-feira, 16 de agosto de 2024

RELEASE THE KRAVEN

É Sony e seu Spider-Verse picareta. Óbvio que será um lixo. Mas pode ser divertido. Afirmo isso com a (falta de) autoridade de quem viu os dois Venom no cinema – e curtiu.


Este sangrento novo trailer de Kraven: O Caçador resgata aquela saudável atitude badassery has no limits que Blade implementou lá em 1998 pra escapar da vala comum dos filmes de super-heróis. Senão, vejamos.

Em ritmo de Bourne com esteróides, Kraven foge de uma prisão de segurança máxima na base da porrada, cai de um penhasco, faz kite surf com helicóptero, é bombardeado, massacra guardas, gângsteres e mercenários armados até os dentes e ainda sai no braço com o Rino em meio ao estouro de uma manada de búfalos!

Em outras palavras, o cara é foda, patroa. Não via um pack de ação tão exagerado e nonsense desde que o Vin Diesel saiu arrastando um cofre gigantesco pelas ruas do Rio de Janeiro.

Em que pesem as presenças do ex-Kick-Ass, ex-Mercúrio e sempre canastrão Aaron Taylor-Johnson no papel-título e de Russell Crowe (um pé-frio certo no gênero) como o patriarca Nikolai Kravinoff, o filme traz alguns pontos ao seu favor. O roteiro a seis mãos é de Richard Wenk, da boa trilogia O Protetor, juntamente com a dupla Art Marcum/Matt Holloway, de Homem de Ferro e Justiceiro: Em Zona de Guerra. E o diretor é o ótimo J.C. Chandor, que só fez filmaços até aqui.

Por fim, não esqueceram do mais importante: o colete de juba de leão. Imprescindível num filme sobre um macho alfa diferenciado como o Kraven.


Abril e sua tradução à Montanha & Maçaranduba

Ainda falta a legging de oncinha, mas tudo ao seu tempo.

Kraven: O Caçador tem estreia prevista nos cinemas daqui em 12 de dezembro. Olha que eu vou.

quinta-feira, 27 de junho de 2024

Nosferatu de Henrik Galeen

Nosferatu parece trazer um Robert Eggers diferente de tudo o que ele mostrou até aqui. Ou talvez seja o trailer aplicando um corta-luz em quem esperava drops atmosféricos de slow burn.


Produção suntuosa, tomadas épicas, cenografia lindamente gótica, trilha histriônica na veia da velha Hammer. Um grande exercício de estilo, como Drácula de Bram Stoker foi há 32 anos.

Plus, as filmagens foram na República Tcheca, como convém, o tétrico Conde Orlok é personificado pelo Bill Skarsgård e o lançamento será em pleno Natal. Tudo muito promissor.

O clássico expressionista alemão está em boas mãos garras. Mas nada que ameace o reinado da melhor releitura de Nosferatu já feita.

Irônico ver o Willem Dafoe retornando aos domínios nosferatescos, só que desta vez do outro lado das presas...

sexta-feira, 7 de junho de 2024

Americano genioso

Indulgente, não diria. Celebratório, com certeza.


O trailer de Frank Miller: American Genius traz uma vibração que lembra bastante a condescendência de Stan Lee, da Disney+. E a presença do bom, velho e malandrão Stanley Lieber deixa a coisa ainda mais sintomática. Infelizmente, o documentário deve fazer vista grossa ao aspecto mais polêmico e fascinante de sua carreira: o Frank Miller pôs-11/9.

Ao que tudo indica, o tom é 100% chapa-branca e não traz menções às suas epifanias de extrema direita, às tentativas pernetas de redenção e muito menos ao injusto revisionismo negativo que sua obra tem experimentado nos últimos anos. São tópicos de ouro para qualquer documentarista que almeja fomentar o debate e a reflexão. Pelo jeito, não será desta vez. A direção é da estreante Silenn Thomas, produtora executiva de 300 e Sin City: A Dama Fatal e que, por acaso, também é a CEO da Frank Miller Ink, empresa do quadrinista. Pois é.

Curiosamente, a premiere oficial foi no Rome Film Festival, em 2021. Contudo, só agora descolou uma estreia pela rede Cinemark (dos EUA, claro), prevista para 10 de junho. Em seguida, o doc será disponibilizado on demand.

A lista de convivas foi generosa e trouxe de Neal Adams e Zack Snyder a Jim Lee e Robert Rodriguez. E também me pegou de supetão com a indefectível Jessica "Nancy Callahan" Alba ressurgindo e tecendo juras de amor aos gibis do Frank. Melhor que isso, só se aparecesse de cowgirl e recriasse a clássica cena no Kadie's.

O doc é sobre o Miller gênio, mas podia ser também sobre o Miller genioso. Renderia demais em tela. Não vai rolar. E claro que verei e me divertirei mesmo assim. Acima de tudo, é melhor um tributo em vida do que a opção. Ele merece.

terça-feira, 9 de abril de 2024

Mad MaXXXine

A trilogia X do cineasta Ti West e sua musa Mia Goth chega ao fim (?) nos loucos anos 80. Lógico.


"Obsession", do Animotion, a versão do clássico das boates "Self Control", da Laura Branigan... só na trilha já deu pra perceber que o filme foi embebido na década dos excessos. A cenografia é estonteante e a sinopse é digna de qualquer contracapa de VHS da CIC Video, Top Tape ou Look Vídeo:
“Na Hollywood dos anos 1980, a estrela de filmes adultos e aspirante a atriz Maxine Minx finalmente tem a sua grande chance. Mas enquanto um misterioso assassino persegue as estrelas de Hollywood, um rastro de sangue ameaça revelar seu passado sinistro.”
Recapitulando, X, de 2022, é um divertido slasher mezzo paródico mezzo fora da curva. Mia Goth – neta da veterana global Maria Gladys – brilha em papel duplo. O prequel Pearl, do mesmo ano, é ainda melhor. Direção, atmosfera, texto e Goth em seu auge performático. Um filmaço.

Se MaXXXine simplesmente seguir no piloto automático, já está no lucro. Mas a gringa brasileira vende bem o peixe:

“É o melhor roteiro dos três, de longe. Será o melhor filme dos três.”

Curiosamente, a trilogia não tem causado muito burburinho no Brasil. Talvez porque muitos miguxos resenhistas têm um ranço enorme das produções do estúdio A24. Don't believe the hate. Ao menos neste caso.

MaXXXine estreia 5 de julho nos EUA. Por aqui, nem sinal ainda. Seja como for, a maratona já me aguarda...

terça-feira, 19 de março de 2024

Entrevista com o Diabo

Nada como um programinha leve e descontraído antes de dormir...


Cabuloso.

Late Night with the Devil nem saiu em circuito comercial e vem sendo considerado uma das grandes apostas do gênero neste ano. Stephen King já assistiu e adorou. Mesmo com o hype, err, infernal, o trailer eletrizante mostra que o filme não vem pra brincar. Alta octanagem que chama?

O longa foi escrito e dirigido pelos manos aussies Colin e Cameron Cairnestudo indica que na Austrália agora é obrigatório que todo filme de terror seja dirigido por uma dupla de irmãos. Na premissa, situada em 1977, um show de variedades genérico escala uma menininha possuída entre as atrações. O problema é que a coisa é séria mesmo e logo o programa ao vivo vira um... pandemônio.

A convergência entre os temas é providencial, já que em meados daquela década parece ter havido mesmo um boom demoníaco nas mídias de massa. Programas de tevê, músicas, livros, artigos de revistas e jornais, todos pareciam interessados no que o cramulhão tinha a dizer. Talvez um efeito do pessimismo generalizado impulsionado pelas sucessivas crises econômicas – incluindo aí uma certa Crise do Petróleo de 1973 – aliado ao sentimento amargo pós-Vietnã e ainda o imenso impacto popular de O Exorcista.

Por sinal, uma sequência memorável da subestimada série de 2016 era justamente com a jovem protagonista figurando num desses talk shows dos 70's.

Também será a chance de ver o ótimo David Dastmalchian no papel principal, pra variar. Nos últimos anos, o ator esteve em vários hits do cinemão hollywoodiano, de Duna a Oppenheimer, sempre como coadjuvante. Ele é um exímio ladrão de cenas, como visto em Esquadrão Suicida e em sua estreia nas telonas, em Batman: O Cavaleiro das Trevas – ofuscando Christian Bale sem uma fala sequer.

De cara, dá pra ver que a direção de arte é sensacional, evocando a estética dos late shows clássicos dos anos 1970, tipo Dick Cavett e Johnny Carson. Esmero do Shudder que fica parecendo até produção do A24. Esse cuidado se estende ao pôster retrô, que parece saído da vitrine de algum cinema de rua das antigas.


Bons tempos.

Late Night with the Devil estreia nos cinemas lá fora no dia 22 próximo. E no Brasil, só no dia 22 de agosto (!!). Mas não tema, pois em 19 de abril já estará disponível no Shudder. 😈

E agora... Nossos comerciais, por favor! ®️

Dica do Sandro Sem Link 666.

domingo, 11 de fevereiro de 2024

Whoa, Wade, whoa, Wade, whoa, Wade, whoa, Wade...

...o trailer de Deadpool & Wolverine / Deadpool 3 ficou bom bagarai!


Provavelmente vai pegar um pouco para quem não viu Loki e passou batido pela TVA, mas devem mastigar e regurgitar o conceito em dois minutinhos. Além do mais, após Ultimato, a ideia de multiverso viralizou bolha afora. Fora que nem é nova. Taí o crossover entre os universos Bombril & Bamerindus que não me deixa mentir e ainda entregam minha velhusquice. Sopa no mel para os neófitos.

Confesso que acho a metalinguagem dos filmes do Deadpool um pouco demais, mesmo alinhado com o quadrinho. O problema é que esse "God mode" e a autozueira me impedem de me importar o suficiente com as ameaças que o maluco enfrenta – particularmente em Deadpool 2. Mas é indiscutível que ver algo diferente da fórmula Marvel já dá uma injeção de ânimo na veia. E foi só um trailer.

A pergunta, então, se faz inevitável: Deadpool & Wolverine poderá salvar o Universo Cinematográfico Marvel?

Na minha opinião, o MCU tem sido mais dispensado do que assistido, propriamente. É o "não é você, sou eu" das franquias blockbuster interligadas. Algo previsível e inevitável se não apimentarem a relação. E é aí que entra o Wade Wilson.

Ryan Reynolds nasceu pra isso, sem discussão. Assim como Hugh Jackman – sabiamente não revelado – também já nasceu pra isso, uma vez. Surpreso apenas de rever a Morena Baccarin na série. E foi estranho e muito legal me deparar com o Matthew Macfadyen na prévia. Esse cara é fodão (já assistiu Um Refúgio no Passado, nome merda brasileiro para In My Father's Den?) e completamente estranho nesse nicho. E tem outro nome do elenco registrado no IMDb que só podia figurar nesta produção mesmo. Se não ligar para spoiler, vá lá.

No mais, precisei voltar ao ponto 1:47 só para me certificar de que não era o Victor ali. Que susto. E quero o Troféu Cata-Piolho pelo gibi de Guerras Secretas atirado no chão lá no finalzinho. Fiquei bem curioso para ver como o diretor Shawn Levy (Gigantes de Aço, Free Guy) trabalhou as zilhões de referências dessa gigantesca caixa de brinquedos.

Mas voltando... sim, acho que pode salvar sim.