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sexta-feira, 8 de dezembro de 2023

Obrigado, Sepultura!


Obrigado ao Max Cavalera, ao Iggor Cavalera, ao Jairo Guedz e a todos os que ajudaram a escrever a história da maior banda que este país já teve.

Confesso: dei uma tremida aqui. É muito tempo acompanhando essa jornada.

Ps: Gastão não poderia ter sido uma escolha melhor para o momento.

segunda-feira, 13 de março de 2023

Opa! Peraí, Canisso


José Henrique Campos “Canisso” Pereira
(1965 - 2023)

Pegando todos os quarentões-e-além no contrapé, se foi o grande Canisso. E com ele, boa parte do elemento "diversão" no rock brazuca dos anos 90. Aliás, nem vou fingir que não achava o Raimundos a banda mais divertida do cenário noventista nacional e certamente aquela na qual mais fui aos shows. Era o lugar certo, na hora certa.

Canisso parecia, de longe, o cara mais sussa entre os quatro integrantes. Fosse no palco, fosse nas entrevistas em meio aos seus inflamáveis colegas, ele sempre manteve uma postura, digamos, Coach Beard: estóico, imperturbável, pé no chão e com um pavio de 12 quilômetros de extensão. Um cara-crachá inequívoco de sujeito boa praça.

E figura no seleto clube de baixistas que me faziam cometer um air bass criminoso, mas daora, debaixo do chuveiro.

Também, com esse naipe de estaladas matadoras, quem nunca?






Valeu por tudo, Canisso!

quarta-feira, 29 de junho de 2022

Panela vegan é que faz comida boa


Já espalhei a palavra em tudo que é lugar: há tempos o Panelaço é o melhor programa de entrevistas brasileiro. E de culinária vegana. Os pratos são saborosos (os que arrisquei copiar, pelo menos) e inacreditáveis: coxinha de jaca, strudel de maçã e banana, penne ao abacaxi, cebolada com farofa de maracujá, pudim de tapioca e por aí vai.

E o Gordo, cara.

Gordo é foda. A cancha que o cara tem hoje é anos-luz de sua época na MTV, que já era muito legal. Ele sabe criar/manter um clima informal como poucos e deixar os convidados bem relaxados (excetuando uma), dispostos a responder praticamente qualquer coisa. Ele não é de desperdiçar chances. Além de tudo, é obrigatório para quem se interessa pela fauna musical brasileira.

Portanto: feito, feito e feito. E vou dormir feliz, crucificando o sistema.

domingo, 5 de setembro de 2021

“O pior pesadelo da América branca”


Difícil esquecer o impacto da capa do álbum de estreia do Body Count, de 1992. Na época, o mundo assistia estupefato à onda de violência que varreu as ruas de Los Angeles após a absolvição dos cinco policiais que espancaram Rodney King. Além do próprio vídeo da brutalidade policial que circulava há um ano pelos telejornais do mundo inteiro, algumas cenas dos ataques são hoje históricas, no pior sentido da palavra. O clima era de total convulsão social, política e racial. E, bem no olho do furacão, nenhuma imagem foi tão provocativa quanto aquela capa.

Era como assistir alguém jogando gasolina em um incêndio. Em entrevista para o Metal Injecion, o artista e designer californiano Dave Halili relembrou o brainstorm da obra:
“Queríamos um símbolo de um anti-herói/vigilante — um defensor contra abusos de poder autoritários. A imagem do pesadelo do Cop Killer é uma síntese da angústia urbana, um Frankenstein de Tookie Williams [o fundador da infame gangue Crips] misturada com práticas centrais dos Panteras Negras e outros motivos sinistros. (...) Então, com o que Ice e eu discutimos em reuniões a portas fechadas, tive permissão para desenvolver um simulacro de fantasia para representar a visão e o esquema do Body Count: chocante, hediondo, apavorante, amedrontador, ofensivo, repulsivo, ardente, efetivo, verdadeiro, bela escuridão ou qualquer sinônimo que você deseja adicionar era o nosso compromisso...”
Até aquele ponto, já havia visto minha cota de capas intensas e controversas dentro do punk/hardcore e do thrash/death metal até do 'classic rock' e da música pop. Mas quando vi a ilustração de um gigante negro pronto para a guerra e com a frase "Matador de Policiais" tatuada no peito, já sabia que daria B.O.. Um negro forte, livre, incontrolável e indo atrás de retribuição? Nada é mais aterrorizante para a elite branca, seja de qual país for —o que me lembra os outdoors de um clube de tiro local, estampados com fotos de homens, mulheres e até idosos caucasianos ostentando pistolas com um belo sorriso nos rostos, mas nenhum com uma mísera foto de uma pessoa negra portando as mesmas armas. Risível de tão óbvio.

De alguma forma, a arte de Halili conseguiu transcender a mera apelação e catalisar toda aquela frustração e urgência por justiça, além de levantar uma discussão sobre as consequências da falta de lisura das instituições. Claro, pra mim, também era uma peça altamente influenciada pelos quadrinhos. Desde o 1º momento, olhar para aquela ilustração era como vislumbrar um "What If..." Luke Cage se tornasse o Justiceiro? A tempestade perfeita jamais quadrinhizada.

Além do timing surreal —o disco foi lançado apenas 1 mês antes dos chamados 1992 Los Angeles riots— e da já tensa relação do vocalista Ice-T com as autoridades, a capa teve todo o alcance que pretendia na mídia americana. E além. Halili comentou:
“Quando a controvérsia de Cop Killer atingiu sua massa crítica, eu vi minha pintura de capa sendo exibida nas redes de TV como uma peça de evidência de uma cena de crime pelas mãos do vice-presidente dos EUA Dan Quayle. Até Charlton Heston segurou minha arte na TV. Eu tinha 22-23 anos naquela época.”
E aquele B.O. acabou chegando de fato.

Desesperada com a polêmica, a Sire/Warner Bros. optou por uma nova tiragem com a capa completamente preta e apenas com o nome da banda. Depois, alterou a pintura original por conta própria, removendo o "Cop Killer" do peito do vigilante e inserindo digitalmente o nome do grupo.


Tão icônico quanto a capa é esse exemplo de censura sofrível para a posteridade.

Halili ainda trabalhou em vários projetos de Ice-T, incluindo outra capa bastante polêmica, cuja nova tentativa de censura culminou com sua saída definitiva da Warner. Curiosamente, é dele também a capa de Born Dead, o 2º disco do Body Count.

Desta vez, a ilustração mostrava vários bebês brancos deitados em seus berços e um único bebê negro... num caixão. Uma imagética muito mais chocante e terrível que a anterior, mas que, evidentemente, não teve um décimo da repercussão...

sexta-feira, 12 de julho de 2019

Bons tempos que voltam sempre

E agora, algo completamente diferente: um unboxing post. De um CD. Que rufem os tambores...!



Não é um unboxing qualquer. Pelo menos, para mim. Foi meu primeiro contato direto com a pioneira, veterana, icônica, formadora de caráter, aleluia-salve-salve Cogumelo Records, a pioneira, veterana, icônica, etc, loja/selo/gravadora de Belo Horizonte. Tecnicamente, já comprava os LPs e CDs produzidos pela Cogumelo desde os onze anos, mas nunca direto da fonte. Aposto que o sujeito que viu o crédito na conta, embalou o CD, digitou o endereço no Word, imprimiu, passou durex e pegou trânsito pra colocar a encomenda no correio não imaginava a minha emoção no estado ao lado.

Então é um marco pessoal, ainda que facilitado pela comodidade da internet e com o timing há muito perdido. O álbum Who Is Your Enemy Anyway?, da banda santista Safari Hamburguers, é de 2007 (e compila também o bolachão de estreia, o excelente Good Times, de 1993). Fora o pequeno detalhe de ser um disco de hardcore lançado por um selo famoso por seu trabalho com o metal. Fosse nos anos 1980 eu entraria para a lista negra da comunidade heavy.

Como dizem, a 1ª vez a gente nunca esquece... Até por que foi agora há pouco. E com uns 30 anos de atraso.

Ps: o blog Desova fez uma ótima entrevista com João Eduardo de Faria Filho, proprietário da Cogumelo. Como convém, foi publicada em 2014, mas feita em 2005...

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Mr. Catra's in the House


Deu no feice: tudo certo pro álbum de estreia do Mr. Catra & Os Templários, a banda de metal e hardcore do digníssimo embaixador/engenheiro/diplomata Wagner Domingues da Costa, vulgo Mr. Catra - e dou o serviço, foi o Wikipédia quem caguetou essa informação. Quem estava acostumado com o folclórico cancioneiro do MC, abordando de conduta moral à crise na instituição do casamento até relações trabalhistas, vai arrepiar os cabelos descoloridos, franzir as tocas ninja e inverter os sorrisos de suas tatuagens do Jóker. 

Ao que parece, as músicas realmente não fazem a menor concessão pra malandro (e muito menos pra mané) e mostram que Catra & cia não vêm pra perder viagem. O som é papo reto!






O que normalmente pareceria mais um atentado ao rock 'n' roll nosso de cada dia, se desenha não como sua salvação, mas como a injeção de sangue quente que o pop brasileiro vem implorando há muito tempo. Sim, o underground é fervilhante, só que aquela ponte para o mainstream continua no fundo do rio. Catra, por sua vez, é um dos artistas nacionais com maior exposição na grande mídia - agora mesmo ele está lá, distribuindo seus vaticínios pra revista grande. E com público próprio e fidelizado garantido a autossuficiência comercial.

Usando todo esse alcance pra tocar o terror num programa dominical, ou mesmo sabático, o estrago seria antológico.

Habitué em qualquer atração da TV aberta, seja pra falar de maconha, do funk proibidão ou de seus 788 filhos e 354 esposas, a correção política é a menor de suas preocupações. Não é balela poser, o cara vive isso. Fosse na gringolândia, certamente seria parte da turminha do Lil Jon, Big Boi e Snoop Dogg. Transposto para o idioma do rock pesado, acaba adquirindo contornos de autêntico bad boy, saído direto da favela/gueto/trenchtown. Um Ice-T dos trópicos - e olha que Ice é um chihuahua perto da besta-fera carioca. 

Marrento que só, diz que "curte e respeita" Led Zep, Biohazard e Body Count. Sem descansar a artilharia, se compara a David Coverdale. E antes que alguém leve à ponta da faca, é bom frisar que isso também tem tudo a ver com a melhor tradição malaca do rockstar.

Trash talk, inadvertido que seja. E se for, melhor ainda.


Pra quem está de saco cheio de rockinho cara limpa, Chicos Buarques de CCE universitário e indies de SESC, o álbum do Catra (e d'Os Templários) parece até providência divina. Chuva de fogo e enxofre pra cima de uma ceninha de bastardos bossa-novistas e penetras no Clube da Esquina. 

Ou como ele mesmo explica numa síntese que só as mentes mais aerodinâmicas são capazes:

"Acho que esse disco vai acabar com a brincadeirinha que virou o rock. Agora é porrada. O rock voltou. Acabou o colorido. Acabou a matinê."

sábado, 17 de maio de 2014

Biotecnologia é o Godzilla

Não que seja tão mal. Como toda tecnologia, está nas mãos erradas.

(Atualizado!)



Rebaixado a bônus:



Sub-Bonus trackZilla: essa me ganhou pela edição impecável, melhor que a porcaria do filme inteiro.


Godzilla... Rrrrrauu!

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Jeff Hanneman



1964 - 2013

Porrada. Apesar de tudo, duvido que alguém esperava por essa.

E lá se vai um dos músicos mais insanamente criativos de todo o rock and roll.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

sábado, 21 de abril de 2012

Migué Open Air


A essa altura há pouco o que ser dito sobre o malfadado Metal Open Air 2012, que está acontecendo (ou melhor, não está) este fim de semana em São Luís, Maranhão. Mesmo assim vou dar meus 50 centavos, por dois motivos: ouço rock todo santo dia, desde que me conheço por gente - heavy metal é o meu pastor e barulho não me faltará; ainda tenho a capacidade de me indignar. Sou um romântico incurável, infelizmente.

Projetado com ares de mega-festival, o evento teve uma line-up pesada poucas vezes vista em terra brazilis: ao lado de formações expressivas que iam de Fear Factory e Saxon até Blind Guardian e Venom, estavam também atrações de peso - Megadeth, que conseguiu tocar ontem, e Anthrax - e, claro, uma esmagadora maioria formada por bandas nacionais, como Hangar, Korzus, Andre Matos, Torture Squad, Stress e Ratos de Porão. Tudo parecia correr normalmente até a última semana, quando a coisa toda desandou de uma hora pra outra, como num passe de mágica - de magia negra, pra ser mais exato.

Notícias - uma chuva torrencial delas - davam conta de quebras de contrato dos produtores, especificamente em relação aos grupos nacionais (falta de cachê, transporte, etc), o que motivou uma série infinda de cancelamentos. Acompanhar os grupos dando baixa a cada meia hora foi tragicômico, admito. Mas além disso, ainda havia a situação precária do local dos shows, incluindo área de camping estabelecida num estábulo, 1 banheiro, stands de alimentação em péssimas condições, problemas com a firma contratada para dar segurança, com a liberação dos Bombeiros, com os patrocinadores e, o mais surreal, com a falta de equipamentos de som até o início do festival. Os detalhes são fartos e chocantes (e pode ser acompanhado no Whiplash), mas não mais do que decepcionantes.

Ao que parece, houve um racha entre as produtoras "responsáveis" pelo evento, a Negri Concerts, a CK Concerts e a Lamparina Produções. As poucas declarações oficiais refletem um cenário ainda mais caótico.

Apesar de tudo, neste momento o festival ainda acontece, apesar da quase ausência de seguranças, do desmonte de um dos palcos e da desistência de 30 das 47 bandas originalmente programadas (Anthrax incluso, com os membros do grupo abandonados no aeroporto). O evento, que vem sendo chamado de fiasco e que havia ganho repercussão nacional de ontem pra hoje, está ganhando contornos internacionais com os depoimentos em uníssono dos artistas estrangeiros que foram prejudicados.

É horrível? Ô. É muita merda (de cavalo) no ventilador em tão pouco tempo. O MOA não era só uma promessa de shows antológicos, mas também de um fluxo alternativo digno para o rock. Talvez o início de uma descentralização do eixo Rio-São Paulo. O que se viu (e se vê) foi justamente o oposto. Só não acho que nem o metal nem o Brasil inteiro entrarão pra história como os grandes prejudicados. O metal vai tirar isso de letra, assim como já tirou coisas muito piores. O Brasil também vai superar, apesar da mancha emporcalhada que ficou. Rio e São Paulo (e Porto Alegre e Belo Horizonte) continuarão recebendo sua cota de shows internacionais, conforme os cachês e os traslados estejam OK. Mas não duvido que novas garantias contratuais se tornem parte do menu daqui por diante.

O grande prejudicado - além, claro, dos abnegados que se deslocaram de outras partes do país até o Maranhão em busca de uma grande aventura rock'n'roll (ao invés de um programa de índio) - é mesmo o público rockeiro cujo CEP não é do Rio, nem de Sampa. Maranhenses, anotem o ano de 2012. Salvo um improvável esforço heróico de algum maluco sortudo e competente, levará anos até vocês se recuperarem desse baque e as guitarras voltarem a ressoar em alto e bom som novamente por aí.

E afirmo isso por experiência própria, de uma terra tornada maldita para grandes eventos de rock and roll, há quase dez anos atrás.




Atualização 22/04:

E o Metal Open Air está oficialmente cancelado. Finalmente o pesadelo acabou. Que os esfíncteres dos produtores sejam duramente castigados.

terça-feira, 31 de outubro de 2006

SEND MORE ROCK'N'ROLL


"Sua música pode ser descrita como zombiecore - uma tétrica fusão de thrash metal e punk hardcore moderno, contaminado e desfigurado por uma obsessiva fascinação por filmes B de mortos-vivos."

Os ingleses do Send More Paramedics talvez sejam os caras mais dedicados à "cultura zombie" dentro do circuito rocker atual. Eles levam a coisa à sério mesmo. Nos shows, os integrantes sobem ao palco devidamente caracterizados como mortos-vivos putrefactos - menos o baterista, que usa uma daquelas máscaras mexicanas de luta-livre (o que é tão trash quanto). As letras, verdadeiros relatórios de guerra narrando com detalhes um apocalipse canibal-zumbístico. E as músicas são abarrotadas de samplers com diálogos de filmes clássicos do gênero, como A Noite dos Mortos-Vivos, Dia dos Mortos, Zombie, etc. Fora o próprio nome da banda, tagline clássica de A Volta dos Mortos-Vivos. É a trilha sonora perfeita para um clip com trechos de filmes do George A. Romero.

B'Hellmouth [vocais], Medico [guitar], xUndeadx [baixo] e El Diablo [batera], formaram a banda em 2001 e, desde então, já atacaram os seres vivos com dois discos e dois EPs split. Seu mais novo álbum chama-se The Awakening, e mostra que eles retornaram sedentos por sangue quente e carne fresca. E cheios do profissionalismo! O crossover destruidor dos caras saiu do gueto e suas composições agora estão muito mais focadas, técnicas e furiosas. Chega a lembrar um mix thrashcore de Samhain/Misfits com a sonoridade do último do Slayer, mas com identidade própria. Jeff Walker e Ken Owen, dois integrantes do podraço e inesquecível Carcass, participam em duas faixas. Devem ter se sentido em casa.

Citar algum destaque é meio complicado, já que o CD 1 inteiro é um fôlego só. Mas na próxima festa punk que eu armar, tem de rolar The Crowd Is Crushing Me, Blood Fever, Virulence, Anthropophagi, Vital Signs e I Am Every Dead Thing. Sensacionais. Já no CD 2 a coisa atinge um nível de sofisticação inesperado. Trata-se de uma trilha instrumental com quinze faixas incidentais assustadoras, à John Carpenter, com toda aquela atmosfera tétrica horripilante de filme de terror.


Pra ouvir enquanto recarrega uma 12 com cano serrado e, munido de martelo, pregos e umas ripas de madeira, sela um barracão cercado por centenas de mortos-vivos pútridos com os estômagos necrosados roncando por tripas frescas. Hell yeah!


"Braaaaiinnss... braaaaiinsss..."

quinta-feira, 19 de agosto de 2004

OLIMPÍADAS 2004: LANÇAMENTO DE ALIEN À DISTÂNCIA



Então, notícia velha, mas imprescindível: cena de porradaria AvPeriana rolando na web. Opinião direta e sem firulas: divertidíssimo! Bastante malhado pela crítica, Aliens versus Predador tem arrebentado nas bilheterias norte-americanas. Não sei se chegou a garantir uma continuação, mas como o filme ainda não estreou em muitos países, é bem provável que chegue lá.

Quanto ao mal-humor - costumeiro - da crítica (17% no RT!), um conhecido meu lembrou bem: "o filme pode ser péssimo... mas carrega os monstros... tiroteio... sangue... predadores e aliens...". O quê?? Predadores armados até os dentes, detonando mariners e uma legião de Aliens, e ainda encarando a Rainha Alien?! Cara... só passa pra cá a minha pipoca e o meu refri...


BODY COUNT... MESMO!


D-Roc brincando com fogo...

Deu no site da Rock Brigade: mais um "desfalque" no grupo Body Count. Morreu terça-feira (17/08) o guitarrista da banda, D-Roc, devido à uma grave doença epidérmica. O nome verdadeiro do músico era Dennis Miles, e ele engrossa a já grande lista de integrantes do BC que passaram desta pra melhor (?).

Antes dele, o baterista da banda, Beatmaster V, morreu de leucemia, e o baixista Mooseman foi assassinado durante um tiroteio no barra-pesada South Central, LA (sinistro...), o que só alimenta a aura "maldita" do grupo.

O novo disco, Murder For Hire (sintomático...), terá Bendrix Williams, do Pitch Black, como substituto nas 6 cordas. Isso se ele sobreviver... :P


A banda no Sun n'Steel Metalfest, 06/03, na Flórida

O Body Count foi formado no início dos anos 90, pelo gangsta Tracy Marrow, a.k.a. Ice-T. Na época, Ice-T estava "bombando" no cenário musical norte-americano.

Mal comparando, ele atingiu o mesmo sucesso que Eminem, 50 Cent e Usher. A diferença era que ele tinha muito mais culhão. Comprou briga com chefe de polícia, governador, censura e gravadoras, carregou meio Compton para festas de arromba na sua mansão em Beverly Hills, e no auge do sucesso, montou uma banda thrash/hardcore (ele é fã confesso do Slayer, com quem já gravou).

O álbum de estréia homônimo do Body Count, foi lançado em 92, bem em meio aos conflitos raciais de LA, devido ao caso Rodney King. A música Cop Killer chegou a ser cortada do álbum e teve a sua veiculação proibida pelo ST da Califórnia. Grande "País da Liberdade"...

Esse disco é um verdadeiro clássico, tanto pela sua fuleiragem (gravação tosca, erros de execução) quanto pela sua ATITUDE (letras polêmicas e totalmente irresponsáveis, e um barulho de trincar os dentes). Foi uma combinação explosiva, como há muito tempo não se via em álbuns de rock’n’roll. Desde os primeiros discos do Dead Kennedys pra ser mais exato. Essencial.


O RETORNO DO GERALDÃO


Ninguém perguntou, ninguém questionou, ninguém pediu, mas é com orgulho que orgulhosamente eu anuncio a volta do Coelhinhas da Mansão Triple XXX!!

Pra quem não sabe do que se trata, é uma seleção das gurias mais bem-alimentadas da nona arte. Inicialmente, só eram focadas chicas carimbadas com o gene X no DNA, mas "pressões externas" (e cariocas!) me fizeram abranger a porra toda. O Coelhinhas passou a trazer sempre uma personagem diferente a cada vez, nas melhores posições...

A última "homenageada" foi a sensacional Druuna, alguns meses atrás. Já recuperada da experiência (afinal, é a DRUUNA pô!) a "Coluna Presta" está de volta, ainda mais rígida, mais ereta e rebimbando de felicidade.

E quem será a próxima...? Jean Grey, Diana, Fogo, Canário Negro, Roxy, Lara Croft, Supergirl...? Aceito sugestões.


dogg, assistindo no talo (vcs não conhecem o meu aparelho de som...) o DVD Stiff Upper Lip, ao vivo do AC/DC, tomando uma latinha geladaça de Skol que acabou de comprar na praça, e jurando que, antes de morrer, ainda vai no show dos coroas australianos...

domingo, 14 de março de 2004

O SHOW DO SEPULTURA EM VITÓRIA!


Antes de mais nada, queria dizer que estou QUE-BRA-DO fisicamente. A última vez que fiz tanto exercício foi com a minha ex-namorada no aniversário dela, ano passado. E também estou rouco, muito rouco. Mal consigo atingir 2 decibéis de ruído. Ah e, principalmente, estou surdo. Mais surdo que o Pete Townsend, do The Who. Eu não ia no show não, apesar de curtir a banda desde 89. Acontece que ontem, 3 amigos meus da minha fase headbanger (na época da escola!), e os quais eu não via há tempos, me ligaram e me recrutaram para encarar essa missão. Então, vambora... de volta ao final da década de 80/início dos 90...


Andreas Kisser arrancando sangue da guitarra

Ontem, sábado, dia 13 de março, no ginásio Álvares Cabral, em Vitória, caiu uma bomba atômica. Eu já fui à muitos shows de rock/metal e, sem fazer gênero, posso afirmar seguramente: quem ainda não foi a um show do Sepultura não sabe o que é um show de rock pesado. Com a força, coesão e profissionalismo de quem já está na estrada há mais de vinte anos, a banda mostrou que o sangue quentíssimo ainda corre nas veias com a mesma intensidade da época da garagem. E daí se Max Cavalera rachou fora? Problema dele. O vocal rasta Derrick Green não deixou que ninguém sentisse a sua falta, agitando a galera e batendo a cabeça durante duas horas ininterruptas. O baixista Paulo Júnior definitivamente deixou pra trás os tempos de "músico meia-boca", se tornando um verdadeiro carniceiro no baixo. O guitarrista Andreas Kisser se destaca de maneira única na cena da guitarra heavy. Ao contrário da maioria (leia-se Kirk Hammett, Dave Mustaine, Yngwie Malmsteen e outros), o cara não faz somente aquele bê-a-bá do metal, que é a digitação e acordes altos, ele imprime uma boa dose de experimentalismo, ruído e... silêncio! Um mestre, sem exageros.


Igor Cavalera, literalmente espancando a bateria

Esse aí é um assunto em particular. Eu já vi vários shows do Sepultura em vídeos, na MTV e no MuchMusic, e pra quem também já viu e não foi ao show, um aviso: o cara é muito melhor do que se vê na telinha. Considerem a opinião de alguém que já viu o Neil Peart tocando de perto. Misturando uma técnica intrincada e irrepreensível com uma intensidade incrível nas batidas, Igor ainda arranja tempo de combinar ritmos tribais com linhas de percussão quebraçadas. É ao vivo que vemos músicas mais experimentais como Sepulnation e Apes of God fazerem todo o sentido do mundo.

Falar do set-list fica até difícil, já que a apresentação inteira manteve a pressão lá no pico. Mesmo pra quem não é apreciador desse estilo extremo, acharia incrível a interação público/banda, através de um som pra lá de dicotômico. Stress zero após o show. De qualquer forma, a banda inciou o assalto com uma sessão do novo Roorback (Come Back Alive e Godless), emendou com clássicos mais recentes (Propaganda e a arrasadora Biotech is Godzilla), mais umas novas e depois só as antigas. Aí foi festa. Claramente pra compensar o atraso da banda em tocar no ES, clássicos do metal desfilaram no ginásio lotado: Troops of Doom, Arise, Dead Embryonic Cells, Innerself, Mass Hypnosis e outras pérolas do cancioneiro thrash. Um breve intervalo e uma citação ultra-cool de Dazed and Confused (do Zeppelin) prepara o terreno para uma versão tonelada de Bullet in The Blue Sky, do U2. Com pernas, braços e pescoço pedindo arrego, encaramos ainda uma seqüência matadora: Territory, Refuse/Resist e a arrasa-quarteirão Roots Bloody Roots.

Não teve Orgasmatron, mas, sinceramente, eu já estava paralisado do pescoço pra baixo e com um enxame de abelhas zumbindo dentro da cabeça. ROCKAÇO!



Dead Fish - hardcore na veia!!!

A abertura ficou a cargo do excelente Dead Fish, verdadeira referência hardcore brasileira. Ao contrário de baboseiras românticas, como CPM22 e Detonautas, o DF é uma metralhadora giratória com alvo certo no "sistema". Com mais de dez anos de estrada (e que estrada!), a banda está 100% profissional, com um show realmente arrasador, nível Pennywise/Bad Religion. Confesso que sou suspeito, pois curto esse grupo desde a fase das fitas demo, lá por 92/93. É uma pena que eles estão de mudança pra São Paulo, a nossa Babilônia moderna. Tomara que eles se dêem muito bem por lá, por mais burguês que seja.


O DUELO DAS RUIVAS!


Pode não parecer, mas o COELHINHAS DA MANSÃO TRIPLE XXX ainda está ereto e pedindo mais! Aproveitando a ocasião da estréia nacional (finalmente!) da revista Battle Chasers, façamos uma mini-pseudo-enquete aqui. De um lado, uma das pin ups mais bem dotadas das HQs, a cavalaça Red Monika. Cria do artista Joe Madureira, a guerreira ruiva protagoniza cenas pra lá de picantes e ensaia posições pra lá de tentadoras... Mas também ela é quase que um tributo à outra guerreira veterana, que anda meio sumida das HQs: Red Sonja. No traço de Frank Thorne ela já fez muito marmanjo (eu) babar a gola da camisa, "entre outras coisas mais" (eu). Ela já teve inclusive um filme bem tosco, com a ultra tesuda Brigitte Nielsen no papel principal. Putz, a Sonja era muito gostosa!!

Enfim, agora é com vocês... quem é a mais gostosa e mais merecedora de um Especial Coelhinhas? Red Monika ou Red Sonja??


E ANTES QUE EU ME ESQUEÇA: FODA-SE, BLOGGER BRASIL!


Todo "foda-se" é pouco pra expressar o ódio que eu tenho do Blogger Brasil e sua equipe de urubus leprosos. Os caras bloquearam o BZ, ainda que ele estivesse de acordo com as suas novas regras (10 MB por blog). Pra piorar, ainda me colocam no endereço que "Este site foi bloqueado por não respeitar as Normas de Utilização do Blogger"! Putz! Quem lê isso, pensa que eu sou um traficante de armas ou coisa parecida! E a cambada de cornos me deu um prazo até sexta pra acertar tudo, depois me "devolviam" o blog. Deletei quase tudo, só deixei os últimos 2 ou 3 posts, mais umas coisinhas - deu uns 600 Kb - e até agora nada! Não dá nem pra copiar as imagens... e eu achando que estava tudo certo e que eu estava fora da malha-fina... o pior soco é aquele que a gente não espera.

De qualquer modo, rapei o template (deu tempo!), e botei aqui no Blogspot - que também usa os servidores do Blogger Internacional. Só que aqui a coisa é bem mais às claras: nada de uploads. E já que o reflexo no Brasil demora mas acontece, podem esperar que em breve o Blogger Brasil vai zerar os 10 MB pra não-assinantes também. PAU NO CU DO BLOGGER BRASIL!

Ah, e valeu pela força (e informações!), OutZ, Alcofa, .:Logan:., Conde Dookan e mais uma galera (vocês sabem).