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sexta-feira, 8 de dezembro de 2023

Obrigado, Sepultura!


Obrigado ao Max Cavalera, ao Iggor Cavalera, ao Jairo Guedz e a todos os que ajudaram a escrever a história da maior banda que este país já teve.

Confesso: dei uma tremida aqui. É muito tempo acompanhando essa jornada.

Ps: Gastão não poderia ter sido uma escolha melhor para o momento.

domingo, 20 de agosto de 2023

“More than words to show you feel...”


O retorno do Extreme após 15 anos de molho foi marcado da forma mais rock and roll possível: com um incendiário solo de guitarra. Crédito para o virtuose Nuno Bettencourt. O vídeo da música "Rise" bateu 1 milhão de visualizações só na primeira semana e seu engenhoso solo foi elogiado por gente como Justin Hawkins (The Darkness) e o multi-instrumentista e produtor Rick Beato. Merecido.

E não custa lembrar que o guitarrista luso utilizou a mesma técnica na música "Peacemaker Die", do álbum III Sides to Every Story, de 1992. É praticamente o mesmo solo, mas, na época, passou batido. Faz parte.

O reencontro de Nuno com o hype também rendeu suas turbulências – e fazia tempo que não surgia uma treta rockeira interessante.

Durante o gap no Extreme, o músico integrou a banda ao vivo da diva pop Rihanna, onde precisou assimilar uma variedade de estilos além do rock. O que não era nada novo para ele, tendo em vista (e ouvidas) suas colaborações anteriores com Robert Palmer, Perry Farrell, Lúcia Moniz e Toni Braxton, entre outros. O cara é bom. E sentiu que precisava lembrar isso ao mundo.

Em entrevisa à rádio inglesa Planet Rock, Nuno caminhou até a proa e bradou a plenos pulmões:
“Quando alguém como Rihanna te chama para tocar, todo mundo pensa ‘oh, que fofo. É uma artista pop, que seja’. Deixe-me dizer uma coisa, o que eu tinha que fazer noite após noite... botar um chapéu de reggae para um lance de reggae, em seguida tocar um R&B, então tocar algum punk rock e pop rock que ela fez, e então faixas dançantes de clube. Todos os tipos (de coisas), todas essas sensações diferentes. Desculpe, mas a maioria dos guitarristas que admiro não conseguiria fazer aquele show em seu tempo de vida. Digo isso da maneira mais elogiosa possível. Slash é um dos maiores guitarristas de rock de todos os tempos, mas eu garanto – e ele seria o primeiro a dizer a você – que se ele tentar tocar uma introdução limpa para 'Rude Boy' de Rihanna, não vai acontecer. Ele teria que lutar. Acredito que se eu não fosse tão diverso musicalmente e conhecido todo tipo de música quando era mais novo, não teria como estar nessa. E também ser aberto, ser um músico aberto no sentido de absorver tudo.”
Quem não ficou nada satisfeito com a declaração foi o Richard Fortus, guitarrista do Guns 'N Roses e amigão do Saul Hudson.

E instagramou seus sentimentos:


O que, no idioma de Luiz Carlini, quer dizer mais ou menos...
“Eu tenho que respeitosamente discordar. @nunobettencourtofficial é um dos grandes, com certeza. No entanto, há muito pouco que @slash não poderia fazer na guitarra (se ele quisesse). Eu fiz turnê com Rihanna antes de Nuno e passei muito tempo tocando com Slash. Este show não seria uma luta para ele.”
A reação de Nuno foi, metaforicamente, extreme escrevendo um TCC de morde-e-assopra em formato de Bíblia, Guerra e Paz e catálogo telefônico:


Resultando na seguinte revisão do que me entregou o Google Translator:
“Bem... sabia que isso eventualmente iria acontecer.

Você não pode ser abençoado e estar em várias capas de revistas de guitarra aos chocantes 56 anos de idade, receber tanta atenção por sua forma de tocar e pelo novo álbum como um guitarrista de rock sem que algum outro guitarrista agite alguma merda.

Estou respondendo a isso não porque eu dou a mínima para o que esse guitarrista pensa sobre mim, mas, em vez disso, porque eu odiaria pensar que minhas poucas palavras ofenderam um herói meu, @slash e possivelmente foderam meu relacionamento com ele.

@4tus eu ‘respectivamente’ nunca ouvi você tocar uma nota em meus 56 anos de vida e só sei seu nome do acampamento Rihanna e como um músico substituto no Guns.

Tenho certeza de que você é um músico decente, mas você realmente precisava repassar uma manchete que me fez parecer que estou falando mal de um colega músico, Slash.

Como se eu fosse pensar que Slash não é capaz de tocar nenhuma música da Rihanna enquanto dorme.

Vamos esclarecer uma coisa. Para mim, Slash é um dos maiores guitarristas de rock da minha geração e de todos os tempos. PONTO.

E @4tus, se você me conhecesse e onde está meu coração, saberia que o que eu quis dizer nesta declaração não era sobre Slash ou sua capacidade, era sobre guitarristas de rock como eu ou Slash trocando de estilo e a estranheza de tocá-los.

É óbvio que Slash pode tocar essas músicas, muito obrigado por apontar isso como se nós já não soubéssemos.

Mas para mim, como um guitarrista de ROCK predominante, obviamente não sou tão talentoso quanto você e achei um desafio acertar todas as diferentes pegadas e tons de guitarra de gêneros como Reggae, R&B, Electronic Dance, Trap e pop.

No que diz respeito à minha afirmação ridícula de que Slash iria ‘lutar’, sim, uma má escolha de palavras da minha parte, eu pessoalmente espero que Slash, que é um colega e uma influência, seja mais maduro o suficiente para entender o que eu realmente quis dizer como guitarrista por esse comentário.

Ao mencionar Slash como um exemplo icônico do Rock, quis dizer que, em geral, um guitarrista de rock o acharia, NÃO UMA LUTA, mas se sentiria como um peixe fora d'água como músico.
ISSO É TUDO QUE EU DISSE.

Eu não tive NADA além de respeito e admiração por @gunsnroses e @slash.

Peço desculpas se ofendi alguém sem querer.

N.”
Difícil tomar algum partido quando os dois têm sua cota de razão. Nuno, por observar os rigores de alguns (grandes) músicos do rock e Fortus, por observar o modo canhestro de Nuno afirmar isso.

De qualquer forma, esse episódio me lembrou algo que o baixista Jason Newsted articulou em entrevista à Rock Brigade sobre a diferença entre Andreas Kisser, guitarrista do Sepultura, e James Hetfield e Kirk Hammett, seus ex-companheiros de Metallica.


Entrevista a Fernando Souza Filho — Rock Brigade #190 (Maio/2002)

E ainda concluiu com uma voadora no Yngwie Malmsteen. Assim é que se faz, Nuno.

Jason é o cara.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

Zombie de Ouro 2020


Ah, 2020... um ano tão lazarento que não merecia sequer um Zombie de Ouro.

Entre meus planos mais modestos e pueris estava a confecção de um ZdO a prazo, na carona dos Retrospecs mensais. Mas até isso foi pelo ralo, atropelado pelo grande esquemão se-vira-nos-30 que virou a ordem do dia no pós-Carnaval. Não foi brincadeira. Sou mais um a fazer parte dessa massa e termino o ano pior do que comecei, tanto social, quanto profissional, quanto financeiramente.

A incógnita de 2021 já esmurra a porta e é surreal pensar que entre todas as atrocidades do atual governo, o sucateamento da cultura brasileira (que entrou, literalmente, numas Frias) é o menor dos males. Se observar os Retrospecs em perspectiva, dá pra ver claramente minhas energias se esvaindo até a derradeira edição, de outubro.




Apesar dos pesares, confesso que foi viciante fazer essa série de posts. E ainda estou na fase de abstinência.

Mas fora as razões já comentadas, o próprio formato frequentemente se revelava um instrumento de tortura medieval geek/nerd ("comento essa notícia bombástica agora ou seguro até o final do mês, quando ninguém mais dá a mínima?", "revisão de fechamento do mês: apaga essa informação que foi desmentida, essa também, e aquela outra, etc"). Então, provavelmente devo tentar algo mais dinâmico e flexível, como um BZ News em pequenos drops ou algo assim. Afinal, em 2021 precisarei de todo o dinamismo e flexibilidade disponíveis se quiser seguir com essa brincadeira aqui.

Música, filmes, séries, quadrinhos, livros? Quem tem o menor resquício de empatia, solidariedade e instinto de sobrevivência consumiu o máximo que pôde. Consumimos muito. Isso graças aos abnegados artistas, técnicos e criadores, que, se estivéssemos numa realidade justa, estariam agora alçados à categoria de salvadores da humanidade.

Neste ano, não passei um dia sequer sem recorrer aos seus valiosos talentos. E agora vámonos, cabrón!

One – Two – Three – Four!



Discos que mais ouvi


Nas primeiras audições de Quadra, lá no início de 2020, pensei com meus patches do Overdose: "sem chance de alguém bater o Sepultura esse ano." E, de fato, Quadra é o grande álbum de metal de 2020. Não só é o auge de Derrick Green como vocalista, como Top 5 imediato na já extensa discografia do grupo. Um feito do incansável e brilhante músico Andreas Kisser com um providencial "tapinha" do prodígio Eloy Casagrande – simplesmente um dos melhores bateristas em atividade do mundo. Espetacular.





Nunca fui o maior entusiasta da música do Bob Mould pós-Hüsker Dü. Com algumas exceções, lirismo demais e porrada de menos. O que mudou bastante no balaço Blue Hearts, cuja velocidade, barulheira e contestação em vários momentos remete ao inesquecível power trio de Minnesota. Claro, também tem seus momentos mais Sugar, com uma ou outra balada punk, pra descansar as zoreia. Aí sim.





Impressionante como o Body Count segue tão urgente e necessário quanto quando surgiu, há 30 anos. Ainda mais em tempos como esses, com aberrações fascistóides, George Floyds e vítimas da pandemia brotando aos montes a cada esquina do planeta – cenário fértil para o ataque frontal de Ice-T, Ernie C & Cia. Body Count's still in the house...





Para usar um dos termos de 2020, achava que o Run the Jewels já havia atravessado seu platô artístico. Ledo engano. RTJ4 está pau a pau com o brilhante Run the Jewels 2 (2014), mesmo reeditando parte daquela fórmula em vários momentos (convocaram até o rage Zack de la Rocha novamente). Os beats são uma tijolada, os raps certeiros e os samples cuidadosamente selecionados – aquela guitarrinha da "Ether" (Gang of Four) em "The Ground Below" ainda soa inacreditável. Tudo está no seu lugar. Graças a Deus.





Inesperado jogo de volta do Mr. Bungle. Em The Raging Wrath of the Easter Bunny Demo, Mike Patton, Trevor Dunn e Trey Spruance recrutam os medalhões metálicos Scott Ian e Dave Lombardo para uma regravação de uma (dã) demo homônima de 1986. Então, nada daqueles grooves jazzy-Zappísticos do Sêu Bãngou: o negócio aqui é total crossover thrash veloz, furioso, estúpido e divertidíssimo. Partyporradaria do início ao fim!





Entendi lhufas quando as Savages entraram num hiato em 2017, mesmo com dois discos sensacionais e aclamação de crítica e público (cult, mas ainda público). Eis que finalmente chega o debut solo da frontwoman Jehnny Beth e as coisas ficam um pouco mais compreensíveis. O caleidoscópio sonoro de To Love Is to Live é maior que a vida: tem estilhaços pós-punk da antiga banda com ejeções de som industrial e eletrônica minimalista. Muito disso, talvez, devido à lista de notáveis na produção (de Flood ao Atticus Ross) e, claro, à inquietude conceitual da cantora-performer. Um impactante reinício.





Apesar das presepadas, o Grammy acertou em cheio ao indicar Have You Lost Your Mind Yet? como o "melhor álbum de blues contemporâneo". Poucos artistas conseguem transportar aquele feeling roots para o contexto pop atual com tanta classe, fluidez e naturalidade quanto Fantastic Negrito. Além desse discaço, esse ano ele também lançou um EPzinho matador (Black Roots Music), mostrando que nem talento, nem inspiração são problemas. Negrito já figurou no Zombie de Ouro com o excelente álbum anterior e deve seguir figurando sempre que lançar algo novo. Grammy quem?!





Com o Afghan Whigs na geladeira desde a passagem do guitarrista Dave Rosser em 2017, cacei a estreia solo de Greg Dulli com tanta fome que parecia até que o cara estava me devendo grana. E felizmente, não me decepcionei. Numa pegada mais intimista e atmosférica que o habitual, Random Desire demonstra a fluência do cantor/guitarrista em sotaques soul e r&b com melodias doces e evocativas. Como diria Athayde Patrese, "simplesmente um luxo!"





Não queria estar nos sapatos (ou segurando o violão) de Stephen Malkmus. O gênio por trás do ícone indie Pavement sempre será cobrado por um alto standard. Que, humildemente, acho que Traditional Techniques cumpre com louvor. Poucas vezes ouvi um folk moderno tão envolvente e imersivo. Barato garantido.





The Makarrata Project é o 1º álbum do Midnight Oil após um gap de 18 anos. Só por isso já merecia uma menção honrosa, mas o disco também calha de ser fantástico e traz tudo o que fez do Midnight uma banda tão especial. A gravação é cheia de participações de artistas aussies, sendo alguns de ascendência aborígene – o que está diretamente relacionado às questões sociopolíticas que permeiam todas as faixas. Mais atual, impossível. Um registro pungente e emocional.





Foi primeira vez que ouvi a música de Chris Stapleton e devo dizer que fiquei deveras impressionado (e ele deve estar ainda mais, já que faturou um Zombie de Ouro logo de cara!). Starting Over é o quarto registro do cantor e guitarrista do Kentucky e é, digamos asism, um discaço de country. Ou melhor, um blend bem servido de country, bluegrass, southern rock e classic rock. Se sua "xícara de chá" for Allman Brothers, Lynyrd, Glenn Hughes, os Book of Shadows do Zakk Wylde, etc, pode ir sem medo. E cá pra nós... que vozeiraço!





Voivodes me mordam se V não é o melhor álbum do Havok. O quarteto do Colorado já passou por tantas mudanças de formação que é um milagre a fórmula não ter diluído. E ainda foi melhorada. As pancadarias thrash são um arregaço, mas a banda brilha mesmo quando se entrega à sua notória influência de Voivod com todas as suas progressivices sci-fi dissonantes. Rrröööaaarrr!





Heaven to a Tortured Mind é um compêndio envolvendo música lo fi, trip-hop, neo-psicodelia, rock, funk e soul. Todos juntos, amalgamados e shallow now. A deliciosa bagunça é obra do cantor e multi-instrumentista Sean Bowie, nome civil de Yves Tumor. Não dá pra saber ao certo o que se passa na mente torturada do Tumor. Só sei que é qualquer coisa de genial.





Speed Kills, do quinteto britânico Chubby and the Gang é punk 77 pra quem precisa de punk 77. E com uns goles de pub rock (Dr. Feelgood é meu pastor e nenhum chope me faltará). Esporros ultravelozes de um minuto e meio é tudo que precisamos!



Menções honrosas:

Live Forever, do promissor Bartees Strange
Throes of Joy in the Jaws of Defeatism, do Napalm Death
DSM-5, do Blood from the Soul (projeto do Shane Embury)
Fantasize Your Ghost, do ousado duo feminimo OHMME
Outlaws, dos veteranos do hard-de-boteco Rose Tattoo
Strange Lights Over Garth Mountain, da irretocável violonista Gwenifer Raymond (chega a lembrar a saudosa violeira Helena Meirelles)
Forgotten Days, do Pallbearer (o doom mais bonito de 2020)
Visions of Bodies Being Burned, do rapper clipping. (falta isso aqui pro cara acertar a boa)
Weapons of Tomorrow, do Warbringer (o melhor disco de thrash metal puro do ano)
Cycle of Suffering, do grande Sylosis
Optimisme, do Songhoy Blues (sensacional desert blues made-in-Mali)
Cocaine and Other Good Stuff, do Warrior Soul (álbum de covers com uma seleção divertidíssima, mesmo com a produção home studio tosca e o vocal completamente detonado do Kory Clarke)



Sessão de cinema (em casa) do ano


O ano foi generoso. Druk (o Another Round, de Thomas Vinterberg), His House (de Remi Weekes), Last and First Men (de Jóhann Jóhannsson), The Devil All the Time (de Antonio Campos) e Relic (de Natalie Erika James) seriam presenças obrigatórias na minha lista a qualquer tempo. Mas em meio a esses e tantos outros, fico com uma pequena grande produção japonesa de 2017: o surpreendente Plano-Sequência dos Mortos. Ou, em inglês, One Cut of the Dead. Ou, no original カメラを止めるな! (Kamera o Tomeru na!, literalmente, "Não Pare a Câmera!"). Não dá pra comentar muito sem estragar a experiência, mas o filme escrito e dirigido por Shin'ichirô Ueda é bem mais que um filme-de-zumbi-com-câmera-na-mão. É uma genuína e comovente declaração de amor ao cinema como há muito não via. Memorável.

Ps: valeu pela dica, rock4you!



Momento(s) do ano


O final da 2ª temporada de The Mandalorian, óbvio. Só acrescentando que o combo Fatality Luke-capacete-R2-elevador tem barrinha de energia infinita. Verei em 2040 e meus olhos ainda vão marejar.



A temporada final de She-Ra e as Princesas do Poder foi apenas satisfatória, mas cumpriu o prometido e também o não prometido. Catra/Felina (numa bela dublagem da atriz AJ Michalka) é uma das personagens animadas mais complexas e fascinantes dos últimos tempos. E o trabalho da quadrinhista Noelle Stevenson (de Lumberjanes e Nimona) na recriação daquele universo foi absurdamente instigante, grandioso, sagaz e um gigantesco salto para a inclusão e a diversidade dentro da cultura pop. Tudo pontuado, claro, pelo antológico momento Catradora – algo que, confesso, nem sonhava antes do derradeiro episódio duplo, mas agora faço coro: "Catradora é ca-non! Catradora é ca-non! Catradora é ca-non...!"



Série animada subestimada do ano


Essa é fácil: Hilda, uma adorável e divertida adaptação das graphic novels do cartunista britânico Luke Pearson. Lembra um mix de Coraline, Peanuts, Calvin e Harry Potter. O estilo de animação parece um gibi em movimento, as histórias trazem alegorias belíssimas e um subtexto de psicologia infantil extremamente evocativo. A trilha é repleta de artistas indie – o chicletudo tema de abertura é assinado pela Grimes. Até agora saíram duas temporadas pela Netflix e um longa está sendo produzido para o ano que vem. E aí acho que acaba, visto que não terá mais material nas HQs pra adaptar... :´(



Quadrinho do ano


Sapiens: O Nascimento da Humanidade estava na boca do caixa, mas Berlim, de Jason Lutes, foi quem fechou a conta e passou a régua. É quase impossível ler essa obra e, ao fim da experiência, não se sentir mudado de alguma forma – além de assombrado pelas circunstâncias perturbadoramente familiares. Clássico quase instantâneo (começou a ser publicada em 1996). A edição nacional pela Veneta era uma aquisição prioritária, mas a estarrecedora falha de encadernação adiou meus planos. Por pouco tempo...


That's all folks!


Dicas, sugestões & discordâncias na caixa de dicas, sugestões & discordâncias. Agradecemos a preferência.



Pós-créditos

2020 foi um ano tão fidumarapariga que até meu Thanos com a Manopla do Infinito sucumbiu ante uma reles espanada cósmica.

Trágico.



Pelo menos agora o Vader vai ganhar a Guerra!


Adaptação é o que há. Que tal isso como macete pra 2021?

sábado, 17 de maio de 2014

Biotecnologia é o Godzilla

Não que seja tão mal. Como toda tecnologia, está nas mãos erradas.

(Atualizado!)



Rebaixado a bônus:



Sub-Bonus trackZilla: essa me ganhou pela edição impecável, melhor que a porcaria do filme inteiro.


Godzilla... Rrrrrauu!

sábado, 24 de setembro de 2011

Smells like 1991


Hoje fazem exatamente 20 anos do lançamento de Nevermind. Numa comparação razoavelmente honesta, o 24/09/91 foi a Tunguska da cultura pop. Dos redutos alternativos mais restritos às periferias, digamos... menos antenadas (já viu um pedreiro cantarolando "On a Plain"? Eu já), conscientemente ou não, a onda de choque atingiu todos, em todos os escalões. O epicentro era na longínqua Aberdeen, fim de mundo white trash da costa oeste norte-americana. De lá pra cá, Nevermind e toda sua bagagem icônica atravessaram anos e mídias com intensidade reluzente e sem fim aparente. Nada mal para um disco de rock 'n' roll.

Não faço ideia de como as novas gerações exergam o álbum e tudo o que ele representou para uma indústria hoje semidefunta. Nem faço muita questão, pra falar a verdade. Para entender o impacto que Nevermind teve, é necessário ter vivido aquele início de década. E a década antes dela. Era o álbum certo para o momento certo - estávamos em plena ressaca dos 80's, a mediocridade imperava nas rádios, com programações regurgitando dejetos tão pútridos quanto os de hoje. Troque Lady Gaga, Rihanna e Katy Perry por Paula Abdul, Black Box e C+C Music Factory e pode fechar a equação. Eram tempos difíceis.

Frente a esse cenário altamente pasteurizado, havia um real esforço de continuidade que se confundia com os últimos resquícios de uma década pomposa demais. A entressafra de artistas e tendências resultou num ano incomum e prolífico de grandes lançamentos. É verdade que poucos deles tiveram a velocidade vertiginosa de assimilação de Nevermind. Alguns só estouraram no dial ao longo do ano seguinte, outros nem isso. Mas seguem influentes e ainda hoje são peças-chave nas carreiras de suas bandas e nos corações de seus ouvintes. 1991 definitivamente não acabou.

Segue abaixo uma lista dos 20 discos daquele ano que ouvi até a minha orelha derreter e escorrer pelo pescoço. A maioria tive em LP. Com o passar dos anos, substituí alguns por CDs. Após o advento do MP3 (e do FLAC), uns poucos ainda resistiram bravamente em seu formato físico. Early adopter, pero sin perder la ternura jamás...



O disco que virou tudo de ponta cabeça, iniciou a capitalização do movimento grunge, jogou a última pá de cal no hard rock poser, etc. Tenho vários amigos que odeiam Nirvana e imagino o inferno que deve ter sido pra eles - porque não dava pra ficar indiferente à massificação da coisa. O próprio Kurt Cobain foi vitimado e virou um prisioneiro. Almejava um direcionamento musical mais suave e melódico, ao exemplo do elogiado MTV Unplugged in New York e de uma de suas bandas favoritas, o R.E.M., mas cedeu às pressões da gravadora e da garotada "que só queria ouvir o som pesado da guitarra". O resto da história todo mundo conhece.



A virada sonora mais bem sucedida do metal, antecipando um futuro próximo onde o thrash já deu o que tinha que dar em termos de novidade. Um álbum excelente do início ao fim. Headbangers da facção true amaldiçoaram o grupo e os críticos indie esnobaram, taxando o disco de pretensioso. E eu, quem diria, fiquei ao lado dos fãs de última hora que conheceram o Metallica via "Nothing Else Matters".



Após uma viagem pelas raízes da América, o grande vencedor do pop rock dos anos 80 buscou uma estética mais globalizada em Achtung Baby. O experimentalismo era latente - "The Fly" e "Mysterious Ways" traziam peso e paisagens completamente alienígenas ao som do grupo. Passado o susto e ouvindo o disco com calma, era o U2 de sempre. Na época, isso era uma coisa boa.



Arise sedimentou o caminho aberto por Beneath the Remains e inseriu o Sepultura de vez nos charts metálicos internacionais. Missão difícil que o grupo mineiro, junto com Scott Burns (o melhor produtor thrash da época), cumpriu com louvor. Discaço. Um dos meus orgulhos ufanistas bestas é entrar ocasionalmente no Amazão e ler o que os gringos ainda escrevem sobre.



Técnica, sangue-frio e violência. Sempre encarei o Prong de Prove You Wrong como uma espécie de "Evil Rush". O power-trio liderado por Tommy Victor produzia um esporro extremamente complexo e original (principalmente pra mim, que não conhecia o Killing Joke na época!). Pena que nos discos seguintes se renderam à onda metal industrial que ajudaram a propagar, apostando num som mais simples e acessível.



Contrato com a Warner, orçamento de luxo, produção de Rick Rubin. Blood Sugar Sex Magik foi concebido pra dar certo. E deu, por merecimento. É um grande álbum dos Pimentas - e um baita catadão de suas influências e vertentes sonoras - embora meus favoritos continuem sendo o The Uplift Mofo Party Plan e o Mother's Milk. E todos esses dão uma surra nos últimos álbuns da rapaziada.



Antes é preciso entender que o KLF era da pá virada. O anti-establishment da dupla Bill Drummond e Jimmy Cauty era de mandar punk juramentado de volta ao jardim de infância. Não é todo mundo que tem cojones pra subir ao palco em companhia do Extreme Noise Terror pra subverter seu maior hit e assim sacanear uma network em horário nobre e uma plateia coxinha que aguardava uma apresentação tipicamente dance pop. Quem dirá enterrar sua estatueta de "Melhor Grupo Britânico de 1992" nos arredores de Stonehenge. De quebra, quando a coisa perigou ficar muito grande e rentável, eles puxaram o fio da tomada e retiraram todos os seus discos de catálogo. The White Room era um achado. Sofisticado, cheio de trucagens, camadas e climas num contexto deslavadamente popular. Musicalmente, estava a anos-luz à frente de "apostas certas" da crítica, como The Shamen e Altern 8. O KLF era foda.



Gosto muito do Superunknown e do Down on the Upside, mas esse é o disco do Soundgarden pra mim. Ainda lembro da primeira vez que ouvi "Outshined". Parecia que todos os espíritos dos Natais setentistas vieram me visitar ao mesmo tempo. Led Zeppelin, Grand Funk Railroad, Jethro Tull, Black Sabbath, psicodelia e paudurescência se estendendo por todo o álbum. E Chris Cornell parecia ser um dos maiores vocalistas de rock a pisar num palco. Parecia...



Devo dizer que naquele ano ouvi também muito o Várias Variáveis, dos desafetos/rivais Engenheiros do Hawaii. Mas o V (curiosa profusão de V's!) era o Legião abrindo mão de quase toda a facilidade comercial conquistada pelos discos anteriores. Respeito isso. V (e o VV, em menor escala) foi um rasgo de inspiração concentrada, ainda que refletindo uma tremenda bad trip, num ano particularmente ruim para o Brasil - na época, Collorido - e para o rock nacional.



O disco que fez o R.E.M. estourar no resto do mundo. Com o tempo, "Losing my Religion" sofreu os efeitos da mega-exposição, o que não tira os méritos da banda e do álbum. Aliás, muitos artistas deveriam aprender a sair de cena como esses caras. Genial.



Screamadelica foi tão bacana, refrescante e seminal que todo mundo combinou que não ia mais chamar o Primal Scream de "a banda do ex-baterista do Jesus & The Mary Chain". Dali em diante só era permitido "o Primal Scream não é apenas a banda do ex-baterista do Jesus & The Mary Chain". Certas correntes são difíceis de se livrar. Mas a notícia boa é que, nesse boom revisionista, tenho reouvido o disco e funciona como se tivesse saído hoje.



Foi Bandwagonesque que abriu os olhos (e os ouvidos) deste ogro metálico avesso a bandas indie. Quando menos percebi estava quase furando o vinil e assobiando as melodias por aí.



Nunca tinha ouvido nada tão sofisticado e ganchudo ao mesmo tempo. Nem sei se entendia direito o conceito de trip-hop e pouco importava. Ouvi e ainda ouço muito, nos momentos certos. Esse álbum é um clássico.



Eu tinha pirado no filme. Quando vi a trilha na loja, não pensei duas vezes. Foi minha porta de entrada para o universo do soul e do r&b. As versões são irresistíveis.



Há muito enrolava para conhecer os autômatos do Kraftwerk mais a fundo. The Mix cumpriu seu objetivo muito bem no meu caso - é uma perfeita introdução para um n00b. E que tal reouvir o álbum enquanto lê o artigo arrepiante da Cracked?



Quem diria que o Madman emergiria dos 80's em excelente forma e com um novo talento guitarrístico à tira-colo? Arrasador.



Esse está há vinte anos no volume 11. Um dos grandes balaços de Lemmy e seu bando. Difícil decidir qual a homenagem mais porradeira: "Ramones" ou "Going to Brazil".



Admito que só corri atrás desse porque a cantora da banda, Inger Lorre, era um tesão. Mas, que surpresa, o disco trazia um mix sensacional de glam, punk, alternativo e gótico. Iggy Pop participa de uma das faixas. Me surpreendi pelo fato do grupo ter sumido do mapa após essa estreia promissora (via Geffen, major das grandes). Talvez seja porque a Inger era uma encrenqueira das brabas, do tipo que fazia a Madonna parecer uma freirinha. Aliás, por onde será que ela anda? Inger, se estiver lendo, me liga!



"Mas que porra foi essa?", foi minha primeira reação ao ouvir o segundo LP desses monstros franceses. Era a trilha sonora de um pesadelo! Hoje sei que era um industrial post-metal altamente abrasivo e basáltico, mas na época me senti um neanderthal diante do Monolito Negro. Comprei, na mesma tacada, o excepcional debut também. Mas escolho esse pela versão tonelada de "Radioactivity", do Kraftwerk.



Esse já pertence a um escopo mais habitué pra mim. Curtia os mineiros do grupo The Mist desde a estreia com Phantasmagoria, mas o The Hangman Tree é uma pintura gothic thrash metal - e um dos registros mais subestimados do metal nacional. É um daqueles meus LPs que foram recomprados em CD e que permanecem comigo até hoje.


Bonus tracks

Como a intenção era só listar álbuns de estúdio, separei esses, igualmente essenciais pra mim e hits absolutos no meu playlist '91.


Ainda tenho esse e o home video com o show completo, You Fat B**tards. Mike Patton completamente insano e a banda nos cascos, dando um gás atômico até nas saturadas "Epic" e "Falling to Pieces". Antológico.



Esporreira clássica que levanta qualquer festinha. O lado ruim é que já devo ter comprado esse CD umas cinco ou seis vezes. Às vezes o one-two-three nem chegava ao four, que o disco era "apropriado irregularmente" por algum convertido. Valei-me, meu São Joey!

domingo, 14 de março de 2004

O SHOW DO SEPULTURA EM VITÓRIA!


Antes de mais nada, queria dizer que estou QUE-BRA-DO fisicamente. A última vez que fiz tanto exercício foi com a minha ex-namorada no aniversário dela, ano passado. E também estou rouco, muito rouco. Mal consigo atingir 2 decibéis de ruído. Ah e, principalmente, estou surdo. Mais surdo que o Pete Townsend, do The Who. Eu não ia no show não, apesar de curtir a banda desde 89. Acontece que ontem, 3 amigos meus da minha fase headbanger (na época da escola!), e os quais eu não via há tempos, me ligaram e me recrutaram para encarar essa missão. Então, vambora... de volta ao final da década de 80/início dos 90...


Andreas Kisser arrancando sangue da guitarra

Ontem, sábado, dia 13 de março, no ginásio Álvares Cabral, em Vitória, caiu uma bomba atômica. Eu já fui à muitos shows de rock/metal e, sem fazer gênero, posso afirmar seguramente: quem ainda não foi a um show do Sepultura não sabe o que é um show de rock pesado. Com a força, coesão e profissionalismo de quem já está na estrada há mais de vinte anos, a banda mostrou que o sangue quentíssimo ainda corre nas veias com a mesma intensidade da época da garagem. E daí se Max Cavalera rachou fora? Problema dele. O vocal rasta Derrick Green não deixou que ninguém sentisse a sua falta, agitando a galera e batendo a cabeça durante duas horas ininterruptas. O baixista Paulo Júnior definitivamente deixou pra trás os tempos de "músico meia-boca", se tornando um verdadeiro carniceiro no baixo. O guitarrista Andreas Kisser se destaca de maneira única na cena da guitarra heavy. Ao contrário da maioria (leia-se Kirk Hammett, Dave Mustaine, Yngwie Malmsteen e outros), o cara não faz somente aquele bê-a-bá do metal, que é a digitação e acordes altos, ele imprime uma boa dose de experimentalismo, ruído e... silêncio! Um mestre, sem exageros.


Igor Cavalera, literalmente espancando a bateria

Esse aí é um assunto em particular. Eu já vi vários shows do Sepultura em vídeos, na MTV e no MuchMusic, e pra quem também já viu e não foi ao show, um aviso: o cara é muito melhor do que se vê na telinha. Considerem a opinião de alguém que já viu o Neil Peart tocando de perto. Misturando uma técnica intrincada e irrepreensível com uma intensidade incrível nas batidas, Igor ainda arranja tempo de combinar ritmos tribais com linhas de percussão quebraçadas. É ao vivo que vemos músicas mais experimentais como Sepulnation e Apes of God fazerem todo o sentido do mundo.

Falar do set-list fica até difícil, já que a apresentação inteira manteve a pressão lá no pico. Mesmo pra quem não é apreciador desse estilo extremo, acharia incrível a interação público/banda, através de um som pra lá de dicotômico. Stress zero após o show. De qualquer forma, a banda inciou o assalto com uma sessão do novo Roorback (Come Back Alive e Godless), emendou com clássicos mais recentes (Propaganda e a arrasadora Biotech is Godzilla), mais umas novas e depois só as antigas. Aí foi festa. Claramente pra compensar o atraso da banda em tocar no ES, clássicos do metal desfilaram no ginásio lotado: Troops of Doom, Arise, Dead Embryonic Cells, Innerself, Mass Hypnosis e outras pérolas do cancioneiro thrash. Um breve intervalo e uma citação ultra-cool de Dazed and Confused (do Zeppelin) prepara o terreno para uma versão tonelada de Bullet in The Blue Sky, do U2. Com pernas, braços e pescoço pedindo arrego, encaramos ainda uma seqüência matadora: Territory, Refuse/Resist e a arrasa-quarteirão Roots Bloody Roots.

Não teve Orgasmatron, mas, sinceramente, eu já estava paralisado do pescoço pra baixo e com um enxame de abelhas zumbindo dentro da cabeça. ROCKAÇO!



Dead Fish - hardcore na veia!!!

A abertura ficou a cargo do excelente Dead Fish, verdadeira referência hardcore brasileira. Ao contrário de baboseiras românticas, como CPM22 e Detonautas, o DF é uma metralhadora giratória com alvo certo no "sistema". Com mais de dez anos de estrada (e que estrada!), a banda está 100% profissional, com um show realmente arrasador, nível Pennywise/Bad Religion. Confesso que sou suspeito, pois curto esse grupo desde a fase das fitas demo, lá por 92/93. É uma pena que eles estão de mudança pra São Paulo, a nossa Babilônia moderna. Tomara que eles se dêem muito bem por lá, por mais burguês que seja.


O DUELO DAS RUIVAS!


Pode não parecer, mas o COELHINHAS DA MANSÃO TRIPLE XXX ainda está ereto e pedindo mais! Aproveitando a ocasião da estréia nacional (finalmente!) da revista Battle Chasers, façamos uma mini-pseudo-enquete aqui. De um lado, uma das pin ups mais bem dotadas das HQs, a cavalaça Red Monika. Cria do artista Joe Madureira, a guerreira ruiva protagoniza cenas pra lá de picantes e ensaia posições pra lá de tentadoras... Mas também ela é quase que um tributo à outra guerreira veterana, que anda meio sumida das HQs: Red Sonja. No traço de Frank Thorne ela já fez muito marmanjo (eu) babar a gola da camisa, "entre outras coisas mais" (eu). Ela já teve inclusive um filme bem tosco, com a ultra tesuda Brigitte Nielsen no papel principal. Putz, a Sonja era muito gostosa!!

Enfim, agora é com vocês... quem é a mais gostosa e mais merecedora de um Especial Coelhinhas? Red Monika ou Red Sonja??


E ANTES QUE EU ME ESQUEÇA: FODA-SE, BLOGGER BRASIL!


Todo "foda-se" é pouco pra expressar o ódio que eu tenho do Blogger Brasil e sua equipe de urubus leprosos. Os caras bloquearam o BZ, ainda que ele estivesse de acordo com as suas novas regras (10 MB por blog). Pra piorar, ainda me colocam no endereço que "Este site foi bloqueado por não respeitar as Normas de Utilização do Blogger"! Putz! Quem lê isso, pensa que eu sou um traficante de armas ou coisa parecida! E a cambada de cornos me deu um prazo até sexta pra acertar tudo, depois me "devolviam" o blog. Deletei quase tudo, só deixei os últimos 2 ou 3 posts, mais umas coisinhas - deu uns 600 Kb - e até agora nada! Não dá nem pra copiar as imagens... e eu achando que estava tudo certo e que eu estava fora da malha-fina... o pior soco é aquele que a gente não espera.

De qualquer modo, rapei o template (deu tempo!), e botei aqui no Blogspot - que também usa os servidores do Blogger Internacional. Só que aqui a coisa é bem mais às claras: nada de uploads. E já que o reflexo no Brasil demora mas acontece, podem esperar que em breve o Blogger Brasil vai zerar os 10 MB pra não-assinantes também. PAU NO CU DO BLOGGER BRASIL!

Ah, e valeu pela força (e informações!), OutZ, Alcofa, .:Logan:., Conde Dookan e mais uma galera (vocês sabem).