Mostrando postagens com marcador Do sebo. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Do sebo. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 22 de setembro de 2004

A VOLTA DOS QUE NÃO FORAM


Sei lá o quê dizer. Vergonhoso? Revoltante? Acho que a palavra certa é "Capitalista". O cancelamento de O Justiceiro nos cinemas brasileiros foi, de certa forma, meio previsível. A estréia do filme estava marcada para 22 de outubro, seis meses após seu lançamento nos EUA, o que já era um verdadeiro absurdo.

Analisando mais friamente, a Columbia Pictures anunciou o seu cancelamento logo após a notícia de que as vendas americanas do DVD superaram as expectativas. Em apenas 5 dias, foram vendidas 1,8 milhão de unidades de DVD e VHS de O Justiceiro. Daí é fácil deduzir que alguma estatística econômica indicou que seria mais lucrativo para a Columbia ignorar a etapa brazuca nos cinemas e lançar logo a produção no cada vez mais rentável mercado de home-vídeo.

Enfim, não teve nada a ver com o filme, nem com o número de fãs que Frank Castle tem no Brasil. Trata-se exclusivamente de dinheiro... como sempre. Aí meu amigo, não tem cor, religião ou time de futebol que nos separe.


Esse aí é outro que eu já perdi as esperanças... O remake de O Massacre da Serra Elétrica foi lançado nos EUA em outubro do ano passado, e já teve tantas datas de estréia canceladas no Brasil (a última foi 13 de agosto), que quase alcança a marca de shows cancelados pelo Tim Maia.

Lá fora, o filme foi adorado pelo público e linchado pela crítica (como todo bom gore movie), mas foi bem nas bilheterias. E nada de estrear por aqui. Segundo a Europa Filmes, "uma nova data será estudada"... Bah! Sabem o que eu vejo? Eu vejo o vigia noturno do escritório dessa distribuidora revirando os rolos de celulóide das estréias, pegando o de Massacre e indo assistir na sala reservada. Estou pensando seriamente em enviar um currículo lá pra Europa Filmes pra trampar de vigia noturno. Acho que só assim pra eu poder assistir a nova versão de Massacre.

Sinceramente, após quase um ano de espera, eu duvido muito que o Leatherface ligue a sua motosserra em terra brazilis, ou pior... que eu nunca chegue a ver a deliciosa Jessica Biel correndo por aí de camiseta molhada.

PS: Eu gosto de ir ao cinema. Gosto de assistir aos filmes lá. Não sou de baixar filmes da net, prefiro esperar um pouco. Sou um cara que tenta contribuir com esse Sistema mal-agradecido. Aos poucos, estou mudando essa mentalidade, e Shaun of the Dead (Inglaterra/2004) é o primeiro de uma série. Baixei há pouco e vos garanto: filmaço!

Fuck the System!



O ESPÍRITO HELL ANGEL DA VINGANÇA


O 1º filme do Motoqueiro Fantasma ainda tem muito o que ralar pela frente, mas já dá sinais de algo promissor. Até agora, houveram poucas mudanças na line-up da produção, o que é sempre um bom sinal.

Mark Steven Johnson, por exemplo, ainda é o diretor. Não sei se isso é lá uma boa coisa, pois seu trampo anterior, a adaptação de Demolidor, poderia ter sido um filmaço e não foi. De qualquer forma, ele terá tempo de sobra pra trabalhar o personagem.

Já o (anti) herói ainda conta com Nicolas Cage no primeiro lugar da fila, o que pra mim é uma ótima escolha. Nic sempre foi doido por um papel com "super" no prefixo. Ele até quis ser o Clark, tempos atrás. Tsc, que bobagem. Talvez o mais atormentado - e com certeza o mais faustiano - dos personagens de quadrinhos, o Motoqueiro faz um paralelo perfeito com a aura psycho-hero de Nic. É só conferir as suas atuações insanas em filmes como Coração Selvagem (do "Mágico de Oz" David Lynch) e Vivendo no Limite (do domador de outsiders Martin Scorcese). Existem boatos sobre a participação de Jon Voight também, mas nada está confirmado.

Numa recente declaração, o diretor Johnson disse que será extremamente fiel ao conceito original do personagem, e ao seu visual também (essa parte não será muito difícil, visto que a vestimenta à Judas Priest do caveirão ainda hoje é atual). Nessa mesma entrevista, ele revelou que os vilões serão Mefisto e seu bacuri, Coração Negro. Apesar do lance alto (Mefizin é um puta personagem promissor!), já estava mais do que na hora de tirarem do armário todos aqueles demônios da Marvel. É só não errarem na mão, afinal, Mefizin é presença constante nas origens e aventuras de outros super-heróis também merecedores de filmes.

O nome Mefisto deriva de Mefistófeles, e vem do hebraico Mephir ("destruidor") e Tophel ("mentiroso"). Na hierarquia infernal, ele exerce as funções de porta-voz imperial, bibliotecário chefe, enviado diplomático e um tipo de diretor de marketing do inferno. É o mais perigoso dos demônios, abaixo somente do (putz, eu já ia escrever "fodão") Lúcifer. Essas e outras informações você pode conferir nessa matéria, escrita pelo Rodrigo "Piolho".

Agora, um "momento HQ"® de leve (Cag@mba's rights reserved). Mefisto e Coração Negro Jr. tramando a discórdia e a desgraça alheia, num momento terno e familiar. Imagino que Bush pai e Bush filho também tiveram uma conversa muito parecida com essa. Clique na imagem pra ler na íntegra.


Só pra registro: O Motoqueiro Fantasma apareceu pela primeira vez em 1967, na Marvel Spotlight #05. Johnny Blaze era um dublê profissional que fez um acordo com o demônio Mefisto para salvar Craig "Crash" Simpson (também dublê e seu pai adotivo), de um câncer terminal. A barganha ocorreu sem maiores problemas, mas um belo dia, Craig morreu durante uma performance. E Mefisto estava lá pra buscar a sua alma. Johnny tentou dissuadí-lo a libertar o espírito de seu padastro, mas Mefisto lhe disse que o acordo entre eles já havia acabado. Foi aí que Roxxane Simpson (filha de Craig e atual esposa de Blaze), apareceu e lançou sobre Mefisto uma maldição que havia aprendido em um livro de ocultismo. Mefisto foi obrigado a ir embora sem a alma de Craig, mas não deixou barato: ordenou a possessão da alma de Johnny Blaze por um demônio chamado Zarathos.

O detalhe é que Blaze não perdia a sua consciência durante os "picos" de sua possessão. Ele acreditava mesmo que essa nova personalidade demoníaca era um lado obscuro de sua própria. O processo de domínio se iniciava ao pôr-do-sol, deformava totalmente a face de Blaze, e lhe conferia certas "habilidades": força nível 10, o Olhar da Penitência (capaz de fazer o inimigo sentir a dor que provocou, só que multiplicada inúmeras vezes), magia pirocinética e o poder de transformar qualquer YBR numa Kawasaki Ninja incandescente. Após um tempo, e várias aventuras, Blaze conseguiu enganar o demônio Zarathos e prendê-lo em um cristal espiritual. Mas houve um retorno, claro.

Um adolescente chamado Danny Ketch e sua irmã, Barbara, descobriram as atividades ilegais de um figurão do submundo do crime. Perseguidos por assassinos profissionais, eles fogem, mas Barbara é assassinada. Acuado, Danny se depara com uma misteriosa moto... Daí pra ele se transformar no novo Motoqueiro Fantasma foi um pulo.

Johnny Blaze até chegou a enfrentá-lo, achando que se tratava da volta de Zarathos. Feitas as explicações, os dois ficaram amigos e juntos enfrentaram a demoníaca Lillith. A saga do Motoqueiro Fantasma ainda reservou uma reviravolta digna de um dramalhão mexicano: Danny descobriu que era adotado e que Johnny é o seu irmão verdadeiro...

Estes são alguns sketchs do ilustrador Bernie Wrightson, da equipe de programação visual de Motoqueiro Fantasma. Já dá pra ter uma idéia do Nic Cage se transmutando em uma caveira infernal. Clique nas imagens.

Apesar da declaração de fidelidade (eles sempre prometem isso), o filme deverá trocar ou mudar alguma coisa. No lugar do seu padrastro, Johnny vai se sacrificar pela sua amada Roxxane, ou coisa parecida. Só espero que o lado água-com-açúcar pare por aí, pois a mitologia do Motoqueiro é sinônimo de seqüências sanguinolentas de porradaria em alta velocidade. Além do quê, não dá pra fazer um filme bonitinho com um "galã" desses...

Mas a produção ainda tem um longo caminho a percorrer, afinal, estipula-se que o filme só vai estrear no longínqüo 2006. Pode ser um puta thriller de ação/horror, ou um sub-Spawn (que já não era lá essas coisas). Ou pode até ser engavetado (que Mefisto não permita!).


GOLFINHO DE SORTE


Confesso que eu já estava de olho nela desde aquela versão nova do seriado Flipper. Depois de A Mão Assassina (e da inesquecível seqüência só de underwear...) fiquei ainda mais instigado. Agora ela é a garota do momento em se tratando de adaptações de HQs. Jessica Alba, participa atualmente de duas produções do gênero, e não são personagens baseadas em qualquer tranqueira não. Tratam-se de Susan Storm, dos bastiões do Quarteto Fantástico, e Nancy Callahan, da aclamada Sin City de Frank Miller.



Esse é Quarteto Fantástico ideal, na minha opinião... e bota "fantástico" nisso...

Sinceramente, eu não sei como ela se sairá no papel da Susan, visto que isso depende de vários outros fatores, como a abordagem diferente (Sue está bem mais jovem) e, o mais preocupante, o diretor-incógnita Tim Story. Desejo toda a sorte para o pessoal do edifício Baxter em sua estréia nas telonas. Por enquanto, um fato é inegável pra mim: Jessikita envergou muito bem aquele colantezinho azul... :P

Já em Sin City a coisa é bem diferente. Se fosse um time de futebol, ele já entraria em campo com vinte gols de vantagem, com direito a empate. Todo mundo gostou do preview, e aquele breve strip da cowgirl Jessica ficou em modo replay por um bom tempo na minha memória (e na do meu HD).


Dá-lhe Jessikita...! Alguém tem cinco reais aê pra me emprestar?! :P

E já que isso aqui tá meio zoneado, vão aí umas antigüidades: duas páginas do seminal Dicionário Marvel, e em uma delas - aproveitando o hype - a ficha de Reed Richards, a.k.a. Senhor Fantástico (além de ser o sortudo que pega a Sue).


Clique nas imagens para aumentá-las... aham...

Certa vez, a entidade Eudes/OutZ (é um conflito) publicou umas páginas dessa relíquia. Se alguém aê tiver alguma dessas, favor me enviar. Tô retomando a minha coleção após 15 anos. :P


A PAIXÃO DE MATT MURDOCK


Se um dia adaptarem essa história para o cinema (quem dera!), minha indicação para o advogado cego iria pro Jim Caviezel. Em matéria de sofrer durante um filme inteiro ele manda bem.

A edição 97 da memorável Superaventuras Marvel trazia a história Sinais Vitais (Vital Signs, publicada originalmente em Daredevil #260), com o herói da Cozinha do Inferno atravessando uma verdadeira via-crucis.

Poucas vezes houve uma desmistificação tão crua do mito do herói invencível. Em outras palavras, nunca vi um herói apanhar tanto quanto o Demolidor nessa história. Parece até o personagem de Kevin Costner, no filme Vingança, de Tony Scott (que, por acaso, assisti ontem).

A mando do Rei, a febril Mary Tyfoid arma uma senhora arapuca para o Homem Sem Medo. Acaba agrupando um considerável número de inimigos do Demolidor (Bullet, Guerrilheiro, mais alguns punks) e, juntos, detonam o vigilante. O início idílico, com Matt passando pela melhor fase de seu relacionamento com Karen Page, contrasta maravilhosamente com a descida ao inferno das páginas seguintes. Mérito do texto esperto de Ann Nocenti e dos traços cirúrgicos de John Romita Jr (ê fase boa...).

Aliás, essa dupla é responsável por uma das seqüências mais ordinárias dos quadrinhos (ainda hoje). Trata-se de uma briga do Rei com a Mary. O que eu posso dizer é que ela não termina do mesmo modo que começa. Cara... Wilson Fisk é muito, muito sinistro... :D


(scan feito por mim mesmo em 2004, então já sabe!)


Uma HQ perfeita, onde até o Johnny Storm faz bonito.

E uma dica d'O Cara dos links (90% de aproveitamento da minha parte!): o Chico desenterrou esse link aqui, que tem uma pá de HQs disponíveis, em formato original - inclusive essa aí publicada pela SAM, e todas (ou quase todas) da brilhante fase Nocenti/Romita Jr. do DD. Como tudo que é bom dura menos do que deveria, se eu fosse vocês...


dogg, que tinha mais coisa pra escrever, ao som de Feedback, EP matador do Rush que coveriza covers.

sexta-feira, 17 de setembro de 2004

O MONSTRO DE DOGGENSTEIN


Dr. Doggenstein, meus caros. Esse é o meu epíteto agora. Há muitas eras passadas (ano passado), eu vivia no auge de meu afã scânico (não satânico, de adorador do capeta, e sim scânico, de scanner, aquela maquininha que a entidade Eudes/OutZ e o Immateria popularizaram - falando nisso, vocês deviam cobrar royalties das fábricas de scanners... aposto que eles venderam muito naquela fase, só por conta de vocês). Na época, eu me sentia o próprio Galactus, devorando sem dó o retorno de capital das careiras editoras de quadrinhos.


Esse sentimento era reforçado também por dois fatores. Primeiro, mais óbvio, era o prazer de compartilhar com outras pessoas alguma obra que eu achava bacana. Me lembrava de quando eu "descobria" uma banda legal e apresentava pros meus amigos, emprestava o CD e tudo (muitas vezes eu nem via mais o CD!).

Segundo, e mais motivador, era disponibilizar essas HQs pra quem não mora no eixão RJ/SP. Pra quem mora aí, eu só digo uma coisa: o Brasil tem a maior periferia do planeta. É assim mesmo que somos tratados pela mídia e, talvez por conseqüência disso, sofremos certos "embargos". Quando falamos em produtos de 3ª necessidade então... Distribuição setorizada é o novo nome que inventaram para "exclusão". RdA encadernado, por exemplo, não deu nem sinal de chegar por aqui. O detalhe é que eu já tive acesso ao seu conteúdo - inclusive as páginas inéditas - há muito tempo atrás, num feliz download no Rapadura Açucarada. Esse é o tipo da motivação que cairia bem em qualquer origem de super-herói.


Mas voltando ao assunto, se eu era o todo-poderoso Galactus, não demorou muito e logo fui apresentado ao Nulificador Total: meu scanner dançou. Por uma razão cósmica inexplicável até para o Vigia, meu scanner (que sempre teve tratamento de rei), começou a apresentar fortes tons azulados nas imagens. Como eu jamais poderia colocar no ar um scan meia-boca (é a mesma coisa que colocar um daqueles odiosos MP3 corrompidos), resolvi seguir adiante, sem o meu "parceiro" de blog. Aí, eu já me senti o Steve Rogers, depois que o Bucky bateu as botas ("Bbb", hehe).


Inspirado pelas recentes explosões scânicas do Alcofa (o cara tá escaneando até o cachorro de estimação) e do Luwig X (ainda tô me acostumando com esse nick... e que puta HQ melancólica aquela da Diana, hein?), resolvi dar uma última chance ao meu velho Genius Color Page Vivid III. A mesma coisa. Liguei o foda-se, peguei as minhas chavinhas Phillips e abri o ex-Galactus. Desconectei tudo, limpei a poeira, tirei o vidro e mandei ver no álcool isopropílico. Usei o cabo de conexão do meu velho Zip Driver (o famoso Darkseid!), reconectei tudo, fechei e liguei no CPU. Depois dessa, eu poderia montar uma banda punk com um pé nas costas.

Pra minha surpresa, as imagens melhoraram uns 70% em definição. Não o suficiente para satisfazer o meu perfeccionismo, mas suficiente para um resultado no mínimo apresentável. Resolvi fazer um teste, aproveitando o meu mais novo hobby: varrer sebos atrás das velhas edições de Superaventuras Marvel.


SAM #79, traz uma puta história do Matt Murdock, da memorável fase Ann Nocenti/John Romita Jr. O texto estiloso de Ann não envelheceu nem um pouco, mesmo tendo essa história mais de dez anos. E Romita filho - acho que serei criticado agora - estava em sua melhor fase, disparado. Não há uso de violência desnecessária (mesmo porquê, o universo do Matt é mais do que isso), e o DD é retratado aqui da forma mais realística possível. Matt está prestando assistência jurídica beneficente, e investiga uma provável quadrilha de terroristas, ao mesmo tempo em que enfrenta problemas legais que podem levá-lo à cadeia. Destaque para Bullet, um brutamontes "com personalidade" (igualzinho ao James Gandolfini, de Família Soprano) e para o filho dele, Lance, um guri fanático pela possibilidade de uma guerra nuclear (!).


Essa edição traz também uma aventura bem meia-boca com o Homem-Aranha, Wanda e o Visão enfrentando o mago Necrodamus (um dos vilões mais toscos que já vi). História fraca e envelhecida, mas que vale pelo quebra entre o Parker e o andróide comedor de feiticeiras. :P

Pra fechar, uma aventura bem legal do Frank Castle. Escrita por Mike Baron e com o traço de Klaus Janson, a história traz um Justiceiro à paisana desmantelando a célula de uma rede internacional de tráfico de drogas. Destaque para a seqüência em que ele é torturado e vira o jogo, ao melhor estilo Jack Bauer, de 24 Hs.

00 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61

Reup do arquivo cbr (mesmo scan da época) - 06/09/2017

SAM #80 traz a conclusão nada maniqueísta do episódio anterior, com o dedão do famigerado Wilson Fisk dando o ar da graça (como sempre). Matt está passando por um momento muito difícil em sua carreira, tanto de advogado, quanto de vigilante. Aqui ele encara novamente o paredão Bullet, e conclui que não chega nem aos pés do cara em termos de força física. Essa luta lembra bastante as antigas pelejas do Matt com o Rei do Crime, fase Frank Miller.


Em Bolívia, Frank Castle segue a rota do narcotráfico internacional até o topo do cadeia alimentar. Acaba se reencontrando com um velho "amigo" da Guerra do Vietnã: general Trahn. Eficiente história, que só seria perfeita se o título fosse "Colômbia". :D

SAM #80 ainda trazia uma aventura com um personagem que eu abomino: Longshot. A história, chamada Eu Quero Morrer, é tão ruim, mas tão ruim, que não tive a menor vontade de escanear. Argumento fraquíssimo (de Ann Nocenti), pessimamente ilustrado por Arthur Adams e colorido nas coxas pelo Estúdio Artecômix. Longshot (a "Estrela da Sorte") e um pai de família fracassado tentam assaltar uma companhia de luz, porque "a conta estava muito alta" (hhmm... até que faz sentido). Se alguém quiser conferir, por alguma curiosidade mórbida ou mero gosto pelo trash extremo, é só me escrever que eu publico.

00 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41

Reup do arquivo cbr (mesmo scan da época) - 06/09/2017


BRIGA DE CACHORRO GRANDE


Na rebarba, resolvi mandar duas Marvel 99 também. As edições #08 e #09 são particularmente especiais por mostrarem um pouco mais do passado do mega-vilão Apocalipse, e por traçarem um interessante paralelo entre as motivações dele e do Hulk. Sem contar o quebra-pau titânico entre o Gigante Esmeralda (com a alcunha de Guerra, então um dos cavaleiros do mutante egípcio), Homem-Absorvente e o "imparável" Fanático.

Nessa edição também tem uma aventura sensacional do Deadpool, com participação especialíssima de Mary Tyfoid. A dupla Joe Kelly/Ed McGuinness é uma das melhores dos últimos tempos. A luta de Deadpool e Ânimus e, principalmente, a "luta" com o T-Ray, são hilárias. O estilo da narrativa e do traço lembra muito a recente parceria Peter David/Chris Cross, das últimas aventuras do Capitão Marvel (o Genis, da Casa das Idéias), sempre muito bem-humoradas.

Coisas do formatinho: deixei de fora algumas histórias. Uma delas é a conclusão de O Beijo da Viúva Negra, um thriller de espionagem com Demolidor, Viúva Negra e Vanguard, o "Capitão América soviético". A história tem uma trama até interessante, mas que não funciona isoladamente. Não incluí também uma aventura do Kazar, pois ela segue adiante em outras edições, e a mesma coisa aconteceu com uma história fraquinha dos fraquinhos Thunderbolts.

Não faz sentido colocar arcos pela metade, a menos que alguém os queira mesmo assim. Aí, é dogg-mail na cabeça. Aliás, "dogg-mail" foi a idéia mais tosca que já saiu da minha cabeça... :P


Marvel 99 #08
00 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44
Reup do arquivo cbr (mesmo scan da época) - 06/09/2017


Marvel 99 #09
00 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44


Reup do arquivo cbr (mesmo scan da época) - 06/09/2017

Agora, só mais um favor... me digam se as imagens ficaram aceitáveis ou horríveis. fiquei mexendo tanto nelas que já até perdi a referência... Preciso saber, pois tenho intenção de sacanea... digo, scannear outras revistas também. Ah, e eu hospedei no Photobucket mesmo. Mas um dia isso vai mudar. :P


Post ao som de quase tudo do Ramones. Agora, no momento do publish, está rolando Needles & Pins...

Longa Vida ao RAMONES!

quinta-feira, 6 de maio de 2004

MUITO ANTES DO CLARK...


...Thor, a.k.a. Deus do Trovão, encarou uma pedreira. E era ninguém menos que Conan, vulgo O Bárbaro. Sorte que Conan era só um humano comum... mas até que deu bastante trabalho, visto que Thor é quem é, e estava com o Mjolnir tinindo.

Eu lembro dessa HQ de quando eu era moleque, mas nunca cheguei a lê-la. O tempo passou, e comecei a duvidar de sua existência, que era só coisa da minha cabecinha juvenil. Mas eis que numa navegada inspirada, me deparei com essa revista num sebo on-line! Fui ao abençoado DC++, e, em dois tempos, lá estava ela. Fico só imaginando quem é que guarda esse tipo de relíquia no HD. Deve ser alguém tipo eu... :)

É uma historinha redonda, no esquema O Que Aconteceria Se..., capitaneada por Uatu, o Vigia. Durante um confronto com seu meio-irmão Loki, o Deus do Trovão volta no tempo, para a época de Conan. Thor se junta à um grupo rival do cimério e, naturalmente, eles acabam se engalfinhando. Foi a primeira vez que vi o bárbaro se estrepar. Mas, seguindo a tradição, logo eles se acertam e ficam lado a lado. Vale como curiosidade histórica.

Como não sou de ficar comentando e deixar a galera babando, aqui vai o fight dos dois. Clique nas imagens pra aumentar.








THE BRIDE WILL KILL BILL


”A melhor homenagem que o Cinema de Ação oriental dos anos 60 e 70 poderia ter”, imagino que algum desses slogans prontos traga essa sentença na capa do DVD. E, nesse caso, não poderia ser mais justo! Kill Bill é tudo o que um aficcionado pelos clássicos martial-movies poderia querer: é cinema-ação sanguinolento, sem concessões e com uma saga sobre vingança/redenção samurai style. E ainda tem o toque improvável do maluco Quentin Tarantino, que, ao que parece, anda encantado com técnicas não-usuais de filmagem (uma coisa assim, meio Oliver Stone, saca). Aqui tem um pouquinho de quase tudo – cenas em p&b, jogos de sombra/luz, tons azulados e uma conciliação de mídias absurdamente genial, que foi a seqüência à base de anime.


Adivinha pra quem eles estão olhando...

Resuminho fast-food então: A Noiva (Uma Thurman, extravasando em pobres stunts o ódio pelo seu ex, Ethan Hawke) é uma assassina profissional que foi detonada, em pleno casório, por seu noivo, Bill (David Carradine, confirmando a vocação arqueológica de Tarantino). A gangue de assassinos chefiada por Bill também ajudou no trato: O-Ren Ishii (Lucy Liu, anos-luz de As Panteras), Vernita Green (Vivica A. Fox), Budd (o ex-psicopata Michael Madsen) e Elle Driver (Daryl Hannah, em seu segundo melhor papel até hoje). Ah, e A Noiva estava grávida na ocasião. Mas ela não morre não, e acaba encarando um coma de 4 anos. Num belo dia...


Gogo Yubari, mortal, fatal e colegial

O que pode aparentar um excesso de personagens, é o que torna o estilo de Tarantino particular e o que confere a sua marca ao filme. Fora os já citados, ainda têm muitos outros que, de tão interessantes, também mereciam um prequel (lembram do Zed e do casal “Bonnie & Clyde”, de Pulp Fiction? É por aí). De todos os inimigos coadjuvantes, quem eu mais gostei foi Gogo Yubari (Chiaki Kuriyama, ótima). A luta dela com a Noiva foi Street Fighter puro! :P


E não é à toa que Tarantino anda insinuando que Kill Bill ainda terá muito material extra para os DVDs (e fora deles). A seqüência animê do filme foi mesmo um achado (ela conta a origem de O-Ren Ishii). Tecnicamente falando, a animação tem até um estilo mais experimental, sem os traços assépticos e limpos do anime tradicional. Por vezes, lembra um rascunho animado. Claro que isso só valorizou ainda mais a passagem. Outra coisa também me chamou bastante atenção: a linguagem de expressão, tanto dos animes quanto dos mangás, dá um show de narrativa em cima dos equivalentes anglo-saxões.

Lembro de quando li Akira pela primeira vez e fiquei abismado. Haviam páginas e páginas consecutivas de ação ininterrupta que também contavam com mudanças na direção do argumento. Detalhe: sem balões, recordatórios ou qualquer tipo de palavra. Tudo na base da sugestão e da força da imagem. Nesse ponto, nossos amigos do Oriente estão séculos à frente. E é o que ocorre no Killnimê, durante sua primeira metade. Palmas para Tarantino: clap, clap, clap!














Aí não aparenta muito, mas quando vi a O-Ren, já assassina profissional, com um trabuco e o colante vermelho, lembrei logo da Elektra (aquela, a Natchios). Até que não seria uma má idéia. Tomara que o responsável pelo filme da ex do Demolidor tenha assistido aos dois Kill Bill...


Mas nem tudo são flores e algo ainda me impede de tascar as cinco estrelinhas para o filme. É algo pessoal. É justamente o mesmo detalhe que observei em Pulp Fiction e que minou boa parte de Jackie Brown, na minha opinião.

Tarantino, fã de cinema cult, ainda confunde referência com reverência. Na tentativa de revisitar seus ídolos, ele caminha perigosamente na fronteira da cópia-pela-cópia. Daí, saem coisas muito boas, como o resgate de Sonny Chiba, que teve cenas nada menos que excelentes (e sem lutar!). Mas também revela um certo esforço para soar exatamente como as fontes. Um exemplo são os esguichos de sangue, claramente caricaturais. Por quê esse recurso soa natural nos filmes chineses e aqui soa como uma espécie de paródia? Bem, uma coisa é você filmar em Cantão, sem dublês, com orçamento quase zero e cheio de idéias na cabeça. Outra, é você ter um orçamento VIP e poder fazer muito mais do que uma simples referência. Duvido que John Woo ou Tsui Hark, em começo de carreira, ainda fariam aqueles filmes tecnicamente toscos se tivessem outra alternativa (ou grana).

Eu diria que isso só vai se resolver com a maturidade profissional de Tarantino (é apenas o seu 4º filme). Com o tempo, ele provavelmente se livrará de toda essa carga que ele tem acumulada desde que trabalhava em uma vídeo-locadora e assistia 70 filmes por dia. Faltou pouco, muito pouco...

Que venha Kill Bill – Vol. 2!