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quarta-feira, 22 de novembro de 2023
Monstros
Provavelmente a ilustração mais poderosa de Alex Ross, essa arte sumariza a essência do racismo. Até hoje ela me causa arrepios.
Algo que a filha de Alberto Breccia jamais entenderia.
Ponto para a organização da CCXP e, principalmente, para a Risco Editora, que irá precisar de todo o apoio possível neste momento. Não será difícil: seu catálogo é excelente.
Já era cliente assíduo, mas agora virei fã.
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terça-feira, 31 de outubro de 2023
No olho da possessão
Deve ser alguma conjunção astral promovida pelo Samhain, mas há exatos 4 anos postei um vídeo que trazia a reação do público de uma sessão do clássico Halloween, em 1979. Então, nada melhor do que escancarar as porteiras do além com o documentário The Cultural Impact of The Exorcist, que também traz as reações do público de sua época.
Em tempos de vídeos react, isto aqui deixa todo mundo no chinelo. Culpa dos "Bills" William Friedkin e William Peter Blatty.
É justo afirmar que O Exorcista deixou muita gente com PTSD após a exibição. E é prova inconteste de que as famosas reações ao filme não eram apenas lenda urbana. Pessoas chorando, desmaiando e/ou se arrastando nauseadas para fora das salas no meio do filme eram uma constante. Filas quilométricas dando a volta em quarteirões também. Policiais organizando as filas e funcionários dos cinemas preparados para dar os primeiros socorros não era algo que se via todo dia.
Mais do que isso, as multidões que esperavam horas debaixo de sol, chuva e neve para assistir um filme é algo lindo de (re)ver – a Warner precisou alugar mais salas em esquema four walling emergencial para dar conta do povão disposto a pagar para sentir medo. É o poder da arte.
Outro aspecto curioso foi o intenso engajamento da comunidade afro-americana pelo filme, algo que ainda suscita algumas boas teorias. No Brasil, a comoção foi similar, mas com aquela gaiatice canarinho, claro.
Encontrei poucas informações sobre o doc. Apenas que foi transmitido originalmente pela TV em Westwood, California. Sua importância, no entanto, é de acervo histórico. Está na MUBI, inclusive.
Em dezembro, O Exorcista completa jovens 50 anos de lançamento. Uma criança ainda. E possuída.
Em tempos de vídeos react, isto aqui deixa todo mundo no chinelo. Culpa dos "Bills" William Friedkin e William Peter Blatty.
É justo afirmar que O Exorcista deixou muita gente com PTSD após a exibição. E é prova inconteste de que as famosas reações ao filme não eram apenas lenda urbana. Pessoas chorando, desmaiando e/ou se arrastando nauseadas para fora das salas no meio do filme eram uma constante. Filas quilométricas dando a volta em quarteirões também. Policiais organizando as filas e funcionários dos cinemas preparados para dar os primeiros socorros não era algo que se via todo dia.
Mais do que isso, as multidões que esperavam horas debaixo de sol, chuva e neve para assistir um filme é algo lindo de (re)ver – a Warner precisou alugar mais salas em esquema four walling emergencial para dar conta do povão disposto a pagar para sentir medo. É o poder da arte.
Outro aspecto curioso foi o intenso engajamento da comunidade afro-americana pelo filme, algo que ainda suscita algumas boas teorias. No Brasil, a comoção foi similar, mas com aquela gaiatice canarinho, claro.
Encontrei poucas informações sobre o doc. Apenas que foi transmitido originalmente pela TV em Westwood, California. Sua importância, no entanto, é de acervo histórico. Está na MUBI, inclusive.
Em dezembro, O Exorcista completa jovens 50 anos de lançamento. Uma criança ainda. E possuída.
quinta-feira, 26 de janeiro de 2023
¿Donde Esta Oesterheld?
Héctor Germán Oesterheld era um contador de histórias prolífico. O jornalista, romancista e quadrinista argentino construiu uma bibliografia extensa, que inclui obras atemporais e aclamadas no mundo inteiro, como Mort Cinder, Sherlock Time, Ernie Pike, além, é claro, de O Eternauta. Ao mesmo tempo, no vasto universo de autores de livros, quadrinhos e da cultura em geral, poucos tiveram uma história tão triste quanto a dele.
Como é bem conhecido (mas essencial relembrar), Oesterheld viveu seus últimos anos de profissão na clandestinidade. Em algum ponto do ano de 1977, foi sequestrado, torturado e "desaparecido" pela ditadura militar argentina. Tinha de 58 para 59 anos, ninguém sabe ao certo. O mesmo destino coube às suas quatro filhas: Estela Inés, Beatriz Marta (a única cujo corpo foi recuperado), Marina e Diana Irene — as duas últimas, grávidas na época das prisões.
O relato a seguir é do psicólogo Eduardo Arias, detido com Oesterheld na mesma prisão clandestina e uma das últimas pessoas a vê-lo. O depoimento foi publicado originalmente na revista Feriado Nacional em outubro de 1983 e reproduzido na íntegra no excelente livro Bienvenido - Um Passeio pelos Quadrinhos Argentinos (Zarabatana, 2010), do jornalista e professor Paulo Ramos.
Uma porrada.
"Onde está Oesterheld?" há muito deixou de ser uma pergunta. É, entre muitas outras coisas, um lembrete.
Como é bem conhecido (mas essencial relembrar), Oesterheld viveu seus últimos anos de profissão na clandestinidade. Em algum ponto do ano de 1977, foi sequestrado, torturado e "desaparecido" pela ditadura militar argentina. Tinha de 58 para 59 anos, ninguém sabe ao certo. O mesmo destino coube às suas quatro filhas: Estela Inés, Beatriz Marta (a única cujo corpo foi recuperado), Marina e Diana Irene — as duas últimas, grávidas na época das prisões.
O relato a seguir é do psicólogo Eduardo Arias, detido com Oesterheld na mesma prisão clandestina e uma das últimas pessoas a vê-lo. O depoimento foi publicado originalmente na revista Feriado Nacional em outubro de 1983 e reproduzido na íntegra no excelente livro Bienvenido - Um Passeio pelos Quadrinhos Argentinos (Zarabatana, 2010), do jornalista e professor Paulo Ramos.
Uma porrada.
"Onde está Oesterheld?" há muito deixou de ser uma pergunta. É, entre muitas outras coisas, um lembrete.
domingo, 31 de julho de 2022
Aye, Aye Lieutenant!
Grace Dell "Nichelle" Nichols
(1932 - 2022)
Impossível mensurar a representatividade e a influência exercidas por Nichelle Nichols sobre gerações do mundo inteiro. Mas dá para ter alguma ideia com o conselho que ela recebeu do próprio Martin Luther King.
Segue um trecho extraído do ZdO 2018:
A história é bem conhecida. Em 1967, quando a atriz Nichelle Nichols disse a Martin Luther King que planejava deixar seu papel de Uhura em Star Trek para seguir carreira no teatro, o bom pastor lhe passou um sabão:
"Pela primeira vez somos vistos como deveríamos ser vistos. Você não tem um papel negro. Você tem um papel igual."
E continuou:
"Você é a nossa imagem do lugar para onde estamos indo. Você está 300 anos à frente e isso significa que onde estaremos tem início agora. Continue o que está fazendo. Você é nossa inspiração."
E não precisa de mais nada. Ou melhor, só uma coisa: "Thank you, Nichelle."
segunda-feira, 23 de maio de 2022
Os Pequeninos das Armas Aterrorizantes
Em outubro de 2018, era publicada a MAD #4. Era a enésima reformulação de uma revista icônica que há décadas luta para manter a relevância enquanto tenta se encontrar nos novos tempos. E seria mais um passo para bem longe de seus dias de glória, não fosse por uma historinha curta intitulada “The Ghastlygun Tinies” (tradução capenga logo acima). O quadrinho de Matt Cohen e Marc Palm desenvolve a narrativa de um tiroteio em massa em uma escola americana na forma de versos começados com as iniciais de cada vítima.
É de arrepiar.
(especialmente se lido com a voz, preservando as rimas)
A tirinha sequenciada em 4 páginas emula a obra “The Gashlycrumb Tinies”, clássico do ilustrador Edward Gorey publicado em 1963. É uma homenagem com atualização. E não apenas rendeu elogios de gente como Patton Oswalt e até do The New York Times, como valeu uma indicação ao Eisner para a dupla de quadrinistas.
Foi impossível não lembrar dela, dado o evento trágico de ontem no Texas e também o estado moral igualmente trágico pelo qual atravessamos. É uma daquelas obras tão geniais quanto atemporais.
Neste caso, infelizmente.
É de arrepiar.
(especialmente se lido com a voz, preservando as rimas)
A tirinha sequenciada em 4 páginas emula a obra “The Gashlycrumb Tinies”, clássico do ilustrador Edward Gorey publicado em 1963. É uma homenagem com atualização. E não apenas rendeu elogios de gente como Patton Oswalt e até do The New York Times, como valeu uma indicação ao Eisner para a dupla de quadrinistas.
Foi impossível não lembrar dela, dado o evento trágico de ontem no Texas e também o estado moral igualmente trágico pelo qual atravessamos. É uma daquelas obras tão geniais quanto atemporais.
Neste caso, infelizmente.
segunda-feira, 28 de março de 2022
Soy loco por ti, América
O novo vídeo do Residente é uma porrada. E, em tempos imbecis, altamente necessário.
No Zombie de Ouro 2017 já tinha o toque:
"Residente - codinome de René Juan Pérez Joglar, segundo o Wikipedia - confere ao rap enquanto gênero uma visão macro de mundo. Uau."
Esse vai ficar no repeat por um bom tempo...
Ps: valeu a dica, Sandro!
Pps: fio com as referências.
No Zombie de Ouro 2017 já tinha o toque:
"Residente - codinome de René Juan Pérez Joglar, segundo o Wikipedia - confere ao rap enquanto gênero uma visão macro de mundo. Uau."
Esse vai ficar no repeat por um bom tempo...
Ps: valeu a dica, Sandro!
Pps: fio com as referências.
sábado, 20 de março de 2021
"Pare o ódio asiático"... não, pera
Na esteira dos 8 homicídios (sendo 6 mulheres com ascendência asiática) em tiroteios ocorridos em Atlanta no último dia 16, a tag #StopAsianHate viralizou pelos quatro cantos da web. E nosso ex-profeta do apocalipse cool Frank Miller resolveu aderir.
São nesses momentos especiais, ainda que trágicos, que temos a chance de atualizar certos cenários. Se a tag surgiu para apagar o princípio de um incêndio xenofóbico (mais um), então o balde de Miller parece ter gasolina – e não pela tradução literal zoada da mensagem. Nos comentários do tuíte não faltaram menções à obra mais polêmica da carreira do quadrinhista: Holy Terror.
Revivendo esse momento lindo, a HQ, que vai completar 10 anos agora em setembro, foi bastante criticada pela islamofobia latente e o preconceito contra pessoas, gatos, cachorros e tudo o mais que venha do Oriente Médio. Na época, com Miller em plena nóia reaça, sobrou até para a "gangue de valentões, ladrões e estupradores" do movimento Occupy Wall Street. O 1% agradece.
Miller estava determinado a fazer a América grande novamente, mas a constipação mental passou e ele até ensaiou uma mea culpa:
Bela ilustra, por sinal.
São nesses momentos especiais, ainda que trágicos, que temos a chance de atualizar certos cenários. Se a tag surgiu para apagar o princípio de um incêndio xenofóbico (mais um), então o balde de Miller parece ter gasolina – e não pela tradução literal zoada da mensagem. Nos comentários do tuíte não faltaram menções à obra mais polêmica da carreira do quadrinhista: Holy Terror.
Revivendo esse momento lindo, a HQ, que vai completar 10 anos agora em setembro, foi bastante criticada pela islamofobia latente e o preconceito contra pessoas, gatos, cachorros e tudo o mais que venha do Oriente Médio. Na época, com Miller em plena nóia reaça, sobrou até para a "gangue de valentões, ladrões e estupradores" do movimento Occupy Wall Street. O 1% agradece.
Miller estava determinado a fazer a América grande novamente, mas a constipação mental passou e ele até ensaiou uma mea culpa:
“Minhas coisas sempre representam o que estou passando. Sempre que olho para qualquer um dos meus trabalhos, posso sentir qual era a minha mentalidade e me lembro com quem estava na época. Quando eu olho para Holy Terror, o que eu realmente não faço com tanta frequência, posso sentir a onda de raiva saindo das páginas. Existem lugares onde é inacreditável a sede de sangue.”Acontece, Frank. Acontece. Saudades de quando só reclamávamos do teu traço.
Bela ilustra, por sinal.
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021
Cara Carano Cara Caraô
Ela achou mesmo que a Disney ia ficar de boa com aquele tuíte e as toneladas de lixo não-compactado que ela despejou pela rede no último ano?
LOL²
terça-feira, 18 de agosto de 2020
Faxina no Templo
Lá fora, aquele mar revolto de opiniões, das mais simplórias às mais complexa(da)s. Eu é que não vou dar a minha.
Não mesmo, não senhor...
Não mesmo, não senhor...
quinta-feira, 14 de maio de 2020
At first I was afraid, I was petrified
O título é autoexplicativo: "Tudo o que Preciso Saber para Sobreviver ao COVID-19 Eu Aprendi Assistindo Filmes de Ficção Científica e Terror". O mashup de clássicos do cinemão pipoca é obra do cineasta Michael Dougherty (Trick ‘r Treat, Krampus, Godzilla: King of the Monsters) e do editor cinematográfico Evan Gorski. E é assustadoramente acurado.
São três minutos e ½ que definem este tétrico 2020 (e além) mais que qualquer outra coisa que tenha ido para as telas ultimamente.
Gloria Gaynor tinha razão!
São três minutos e ½ que definem este tétrico 2020 (e além) mais que qualquer outra coisa que tenha ido para as telas ultimamente.
Gloria Gaynor tinha razão!
quinta-feira, 4 de outubro de 2018
O meio do fim
Lembro da época em que interromper um bom papo para checar mensagens no celular era considerado uma grosseria capital. Bons tempos. Hoje vemos essa ferramenta que deveria ser maravilhosa e unificadora desmantelando não só as relações entre as pessoas, mas o futuro de nações.
Não tenho celular, mesmo com todos os inconvenientes inacreditáveis que isso me causa. Não faço ideia até quando vou resistir, mas uma coisa posso afirmar: a vista daqui é aterradora. Nunca pensei que um dia me sentiria na pele do John Nada.
Ps: excertos de Unfollow #16-17. Belíssimo quadrinho-soco na boca do estômago.
quinta-feira, 26 de abril de 2018
A dança cósmica do desempregado
A campanha massiva de Vingadores - Guerra Infinita dá como certa a chegada de Thanos a qualquer momento. Mas ao meu ver, o Titã Louco já está operando nesta esfera terrígena há pelo menos 4 anos. Precisamente num território continental com belas praias, florestas tropicais e mais de 207 milhões de nativos, onde testa, com sucesso, suas estratégias de polarização e dissuasão social em larga escala. Seus típicos joguinhos psicológicos servindo como aperitivo antes da aniquilação total.
As evidências são inconfundíveis: autoridades inacessíveis/intocáveis, desigualdade abissal na distribuição de renda, 13 milhões de desempregados e mutações genéticas bizarras, como os funcionários-polvo que se adaptaram pra não fazer parte dessa massa.
Isso só pode ser obra do vilão mais ambicioso da Marvel. Nenhum Illuminati seria tão implacável.
E tal qual a CIA, Thanos é especialista em desestabilizar governos e manipular sistemas ao seu favor. Após dar ao Surfista Prateado a aula de previsão histórica mais amarga que o ex-arauto de Galactus já teve (Superaventuras Marvel #132) e antes mesmo da escalada cósmica que resultou na trilogia de trilogias do Infinito (Desafio - Guerra - Cruzada), o Titã apresentou ao herói e aos leitores a megalópole artificial Dynamo City.
Uma visita que o Surfista jamais iria esquecer.
Alguns dias antes, Thanos #partiu-estirpar-50%-da-vida-do-Universo. Sabe como é, pra balancear a ordem cósmica aí e fazer um agradinho para a patroa Morte. Perspicaz, logo percebe que o Surfista Prateado será mais do que um mero estorvo para o seu novo projeto. Ao invés de um chamativo embate direto, Thanos opta por uma estratégia alternativa e simula sua própria morte durante um confronto com o herói.
Mesmo com a evidência convincente estirada num caixão diante de todos em Titã, o Surfista desconfia do mamão-com-açúcar que foi a contenda. Porém, o engodo funciona - pelo menos o suficiente.
Durante uma ronda preventiva pelo espaço, o herói é abordado pelo oficial de justiça C2DT42 e informado que tem assuntos pendentes em Dynamo City. Relutante, o Surfista é vencido pela curiosidade ao saber que Thanos deixou registrado lá seus infames testamento e último desejo.
O acesso à cidade só é possível via atalho interdimensional, visto que a comarca espacial é localizada no quadrante privado 18D-X-M. Chegando ao hangar de desembarque, a primeira surpresa: Dynamo City é um complexo absorvente omni-energético.
Nas palavras do C2DT42:
"Toda forma de energia, seja solar, química, elétrica, iônica, cósmica, ou seja qual for, é coletada e armazenada na bateria central. Pela lei, todo poder pertence ao governo municipal e a posse privada de energia é um crime."
Sem poderes e sem escolha, o Surfista é conduzido coercitivamente® até a Corte Nº 6 de Dynamo City.
Após um breve "depoimento" na forma de uma sondagem neural, o herói finalmente tem acesso aos derradeiros autos do Titã Louco - devidamente protocolados em video-"teipe".
Concluídas as formalidades e dispensado pela Corte, o Surfista presume que as maquinações de Thanos não deram certo. Não havia mais nada a fazer em Dynamo City. Era só seguir o seu caminho, assim que pagar a módica taxa de saída de 50 créditos...
Módica, mas virtualmente inalcançável pra quem não tem nada.
Vai trabalhar, vagabundo!
O Surfista Prateado começava a compreender o estratagema de Thanos. Dynamo City era a armadilha perfeita que nem os devaneios mais loucos do Coringa e do Arcade poderiam conceber. Tudo por conta do seu sistema político e financeiro.
O lugar era um pesadelo Orwelliano: a aparente utopia futurista disfarçava uma pseudo-tecnocracia sustentada por autoritarismo, concentração extrema de poder e riqueza, cultura de alienação e uma esmagadora maioria operária e informal amargando irreversivelmente abaixo da linha de pobreza.
Uma verdadeira prisão sem muros. Igualzinho a um planeta que conheço.
O que vem a seguir é de um déjà vu atordoante. E rende as antológicas - e tragicômicas - cenas do Surfista Prateado encarando uma entrevista de emprego e um bico como peão de construção civil.
No fundo do poço, o Surfista agora enfrentava seus dois piores medos, a privação de liberdade e a perda de seus poderes (isso toca alguns sinos, hm?) - agora acrescidos de mais um, novinho, para toda a vida.
Mas claro que não seria uma imersão genuína na dura e cinzenta realidade - especialmente a brasileira - se ficasse de fora a próxima parada do Surfista: Cabana City. Que poderia ser Trenchtown City ou mesmo Favela City, mas a sutileza também é uma arte apreciada.
Lá, o Surfista faz amizade com o simpático malandro Zeaklar e começa a traçar seus planos para alcançar o inalcançável: o indivíduo que ocupa o topo da pirâmide, o ser sugestivamente chamado Aquele-Que-Vê!
Revelar mais - inclusive a natureza do Aquele-Que-Vê - seria uma deselegância. Mas o desenrolar final foi lindamente construído pelo grande Jim Starlin e ilustrado por Ron Lim.
Esse arco foi publicado aqui em SAM #138-141 (aconselho conferir a #134 também). Vou ser sincero... é uma aventura leve e bem-humorada, mas também crítica e dramática na medida, com absolutamente zero de pretensão. Um exercício de estilo de Starlin - hoje, apenas mais um civil diante da Marvel - antes da tempestade de Desafio Infinito.
E sendo mais sincero ainda: é uma minhas sagas favoritas dessa fase por simples identificação pessoal.
Sei que é difícil acreditar, mas nem sempre fui esse gênio bilionário playboy filantropo que você acompanha aqui fielmente desde 2004 (quá, quá, quá!). Já passei pelos mesmos perrengues do Surfista em mais de uma ocasião e posso dizer que as frias ruas de Dynamo City não me são nada estranhas.
Natural então que eu tenha um certo "carinho" pela história, que releio de tempos em tempos. Por motivos óbvios.
Thanos pode ter a cidadania de Dynamo City, mas consegue atingir o brasileiro que existe em cada um de nós.
Esse cara é o puro Mal encarnado.
Do velhusco-mas-ainda-bacanudo The Appendix to the Handbook of the Marvel Universe:
“I would really, really enjoy seeing Starlin and Lim write a story detailing Thanos' initial encounter with Dynamo City”
- Me too!!
sexta-feira, 20 de janeiro de 2017
O primeiro dia do resto dos próximos quatro anos
I'm your top prime cut of meat, I'm your choice
I wanna be elected
I'm your yankee doodle dandy in a gold Rolls Royce
I wanna be elected
Kids want a savior, don't need a fake
I wanna be elected
We're gonna rock to the rules that I make
I wanna be elected, elected, elected
I never lied to you, I've always been cool
I wanna be elected
I gotta get the vote, and I told you about school
I wanna be elected, elected, elected
Hallelujah, I wanna be elected
Everyone in the United States of America
We're gonna win this one, take the country by storm
We're gonna be elected
You and me together, young and strong
We're gonna be elected, elected, elected
Respected, selected, call collected
I wanna be elected, elected
I wanna be elected
I'm your yankee doodle dandy in a gold Rolls Royce
I wanna be elected
Kids want a savior, don't need a fake
I wanna be elected
We're gonna rock to the rules that I make
I wanna be elected, elected, elected
I never lied to you, I've always been cool
I wanna be elected
I gotta get the vote, and I told you about school
I wanna be elected, elected, elected
Hallelujah, I wanna be elected
Everyone in the United States of America
We're gonna win this one, take the country by storm
We're gonna be elected
You and me together, young and strong
We're gonna be elected, elected, elected
Respected, selected, call collected
I wanna be elected, elected
Tia Alice já sabia: vamos fazer a América insana novamente!
terça-feira, 9 de agosto de 2016
D.C.v D.C.
Pelos números, é quase certo que BrainDead não terá uma vida longa e próspera. Se mantiver a pegada até o final da temporada (única?), ao menos terá crivado seu logo nos neurônios de alguns poucos abnegados.
Ao contrário do que se imaginava... tá bom, do que eu imaginava, BrainDead não tem relação com Braindead, conhecido aqui como Fome Animal, crássico splatter do Peter Jackson moleque catarrento de várzea.
Mesmo assim, a premissa é, digamos, familiar.
Após meteoritos causarem um estrago numa cidadezinha da Rússia em meados dos anos 2010, o mundo dá sinais de que está enlouquecendo. Taylor Swift é o grande ícone jovem, o orçamento mundial está no vermelho e, o mais absurdo, Hillary Clinton e Donald Trump disputam a presidência dos Estados Unidos.
A explicação? A Terra está sendo dominada por alienígenas invasores de corpos. Justo.
A série é invenção do casal Robert e Michelle King (The Good Wife). Entre os produtores, estão David W. Zucker e o alien Ridley Scott, o que não é pouca coisa. A trama é protagonizada pela documentarista indie Laurel Healy, interpretada pela hors-concours Mary Elizabeth Winstead.
Com seu novo projeto encalhado na fase de captação, ela se vê obrigada a aceitar um carguinho no gabinete de seu irmão, o senador democrata Luke Healy (Danny Pino). Lá, ganhamos um intensivão sobre a doce arte de fazer política e inimigos.
Entre o fogo cruzado nos bastidores do Capitólio, Laurel se vê às voltas com coisas ainda mais estranhas que a cota habitual de estranhezas do lugar. Como várias pessoas repetindo as mesmas frases, palavra por palavra, cabeças explodindo no meio de uma acalorada discussão e coisas parecidas.
Os nomes dos episódios parecem tema de mesa redonda com analistas políticos. Tipo "Como o Extremismo Político Está Ameaçando a Democracia no Século 21" (ep. 1), "Fazendo Política: Vivendo à Sombra dos Bloqueios Orçamentários - Uma Crítica" (ep. 2) e por aí vai. As sequências com as rinhas e falcatruas de republicanos e democratas monopolizam e são deliciosas. Sátira política farsesca (ou não) no seu melhor.
Salta aos olhos a química entre Laurel e Gareth Ritter (Aaron Tveit), assessor do congressista republicano e picareta-mor "Red" Weathus, papel do genial Tony Shalhoub. Bons achados também são os sidekicks Rochelle (Nikki M. James) e o hilário Gustav (Johnny Ray Gill), fanboy de conspirações que poderia figurar tranquilamente nos Pistoleiros Solitários.
A dinâmica não faz prisioneiros. Ao mesmo tempo em que tece uma narrativa fácil, nunca se rende ao didático. O que é ótimo a princípio, mas eventualmente requer a caça de alguma info. No 5º episódio, por exemplo, há um trocadilho fulminante envolvendo o termo Sharia. Esse era nível pro. E tem vários mais.
Não é todo mundo que compra esse humor corrosivo e cínico. Mas quem é chegado em artefatos como Veep, Arrested Development, The Office, Parks and Recreation ou Community vai fazer a festa.
Apesar dos aliens influírem diretamente nos rumos da história, eles são quase um detalhe - literalmente, formiguinhas. A fatia sci-fi é sutil, mas frequente - chega a ser generosa no 6º episódio, "Notas Relativas à Teoria Pós-Reagan de Aliança Partidária, Tribalismo e Fidelidade: Passado Enquanto Prólogo" (heh!). Tivemos contatos imediatos de terceiro, quarto e até quinto graus, planos de invasão e até os infames círculos em plantações, mas nada disso do modo tradicional.
Ainda nesse (extra)terreno, particularmente bem sacada foi a explicação para o uso ostensivo - e, até ali, aparentemente gratuito - do hit chicletudo "You Might Think" (The Cars). Tão bacana que se sobrepôs até à forçada de barra do contexto. Essa nem Ellie Arroway viu chegando. Isso, mais os inacreditáveis resuminhos "previously" no início de cada episódio (cortesia do cantor folk Jonathan Coulton) já resolve a vida da série no quesito trilha.
Não sei se BrainDead é o Arquivo X que precisamos hoje - e Mulder & Scully deram uma patinada sinistra naquele final da 10ª "temporada". Também duvido que vá vingar na audiência em algum ponto. Só sei que o payoff é instantâneo e nossos homenzinhos verdes estão de volta... ainda que sejam formigas. E nem ao menos verdes. Mas são da constelação de Draco, o que rende mais trocadilhos bestas com a capital americana.
E o melhor de tudo, agora a belezura suprema Winstead é oficialmente a nossa mulher para assuntos ufológicos. Revisionou invasores clônicos, invasores de mundos e invasores de corpos num espaço de 5 anos e com uma média muito boa!
E tem algo mais supimpa que ela correndo pelo Capitólio de salto alto e saia executiva?
Ah, Maria Elizabete...
domingo, 19 de junho de 2016
Os discos voadores estão chegando!
Sempre me perguntei por onde eles andavam.
Como devoto fervoroso de São Maia, padroeiro do Soul e do R&B, fui surpreendido nesta idílica manhã domingueira com o ribombar de uma banda marcial se aproximando ao longe. Na espiadela discreta pela janela, fui fulminado pelo reluzir do uniforme branco-como-uma-fuckin'-supernova dos músicos e do animado coralzinho de crianças.
"Não, não pode ser", pensei eu, até ver a inscrição gravada no bumbo e atestar o inatestável:
"UNIVERSO EM DESENCANTO
CULTURA RACIONAL"
Parafraseando o saudoso Tim Maia, nesses tempos bagunceiros, onde a racionalidade e o bom senso das instituições, da política, das classes, dos gêneros e até da nossa adorada cultura pop parecem ter sido mandados para as cucuias, nada mais normal. Acho mesmo que a Cultura Racional era a peça que faltava nesse Bizarro World que é o mundo atual (falemos mais disso no post seguinte). A nave-mãe não poderia ter (res)surgido em melhor hora.
Pena que as antenas eletromagnéticas do comboio espacial não estavam bem calibradas, visto que passaram reto pelo maior expert em Cultura Racional da rua. Sério, por aqui sou praticamente um cavaleiro jedi da matéria.
Pelo menos deu tempo pra correr e ganhar uns folhetos de um súdito que irradiava alegria em sua indumentária branco-Omo Ultra Mega Ação!
Vede, mortais magnetizados:
Esse vai pra seção de memorabílias trash pop.
Confesso que estou me segurando demais pra não visitar o QG alien e fazer um recon da patifaria in loco. Mesmo com receio de sair de lá vestindo roupas brancas. Com esses caras não se brinca.
Só pra situar: surgida na década de 1930, a Cultura Racional era mais uma seita misturando bases religiosas tradicionais com esoterismo e ufologia num insano plano cósmico que mais parecia Star Trek encontra Deixados para Trás. Os ensinamentos eram compilados numa série interminável de livros chamada "Universo em Desencanto", vendidos a preços módicos pelos fiéis seguidores.
Em suma, foi um precursor la garantía soy yo da Cientologia, fadado à obscuridade total, não tivesse seduzido um famoso adepto em meados dos anos 70 - o indomável Tim Maia, então em grande fase artística e comercial.
Durante o breve namoro, Tião perdeu tudo em sua louca paixão racional/superior/extraterrestre, mas legou para posteridade dois excepcionais álbuns "religiosos": os míticos Tim Maia Racional vol. 1 e vol. 2.
Apesar de musicalmente brilhantes, os bolachões pegavam pesado na pregação, não venderam nada e foram irrevogavelmente banidos da memória e do repertório do Síndico assim que ele, falido, cortou relações com a seita. Com o tempo, os discos ganharam reconhecimento e status cult - e ainda renderam um terceiro miojão de sobras, póstumo, muito divertido.
O causo é folclórico no panteão do pop nacional e bastante conhecido, mas sempre vale o replay.
Para maiores e melhores informações, recomendo logo o calhamaço punk-biográfico Vale Tudo, de Nelson Motta. Depois do arrebatamento visual que tive hoje, não será outra a minha fonte de leitura nos momentos de ostracismo laboral durante a semana.
No vídeo abaixo, Tim estava bem no início de sua jornada de "desmagnetização" (e de sua bancarrota profissional e financeira). A música de louvor é a última do pout-pourri, quase ao final, mas vale destacar a abertura também, com uma raríssima "Réu Confesso" ao vivo, outra que, devido a imbróglios legais, foi riscada para sempre da vida do Síndico.
Uma excelente semana. E não se esqueça dele:
domingo, 5 de junho de 2016
Vida longa ao Rei
Não sei explicar a vontade instintiva de recapitular o conjunto da obra de algum grande nome que se vai. Apelando para o psicologês de boteco, talvez seja a necessidade de um senso de conclusão. Em alguns casos raríssimos, até mesmo uma à altura da figura em questão. O bem conhecido e inesquecível Quando Éramos Reis (When We Were Kings, 1996) cabe aí como uma luva. De boxe.
A despeito de toda a comoção em torno da partida do grande-como-a-vida Muhammad Ali, uma sessão com Quando Éramos Reis é dica sazonal, vitalícia, atemporal. Dirigido por Leon Gast, que co-produz com David Sonenberg e Taylor Hackford, o documentário é lembrado como um dos melhores já feitos sobre Ali e o esporte.
Eu diria que é um dos melhores filmes já feitos sobre qualquer coisa.
Conhecia por alto o grande e audacioso evento que foi a luta no Zaire (atual Congo) em 1974. No chamado "Rumble in the Jungle" um redivivo Ali tentaria recuperar o cinturão dos pesos-pesados do campeão invicto George Foreman, então jovem, talentoso e com concreto nas luvas. Quando assisti o doc, na HBO, no final dos anos 90, finalmente fiquei de frente com a fera.
A luta por si só era o rascunho de um roteiro improvável, tremendamente quixotesca para Ali, mas o evento como um todo foi uma afronta ao bom senso. Promovida por Don King (quem mais?) no Zaire do sanguinário ditador Mobutu Sese Seko, o combate teve início muito antes de alguém subir ao ringue: os incontáveis perrengues dos bastidores iam da infraestrutura inexistente e do adiamento da luta por várias semanas até ao contingente de criminosos e presos políticos que abarrotava os porões do estádio onde ocorreria o evento. E isso era a ponta do iceberg.
Sozinha, a história da "organização" é tão incrível que merecia um filme só pra ela (em parte, existe), mas a verdade é que era apenas a escada para um dos confrontos mais espetaculares da história.
Naqueles tempos, a estrela de Ali ofuscava qualquer coisa que estivesse no firmamento. As gerações mais recentes têm aqui uma boa amostra do charme, carisma e magnetismo irreprimíveis do homem. Das poesias absurdas e da metralhadora trash-talk ao mais absoluto terrorismo psicológico que infligia a Foreman, seduzindo até a população local (inspiração desde sempre!). Mas acima de tudo, a consciência da força que tinham suas observações sociais e políticas somada à postura e à vontade inabaláveis frente a um desafio certamente intransponível - e, pra muitos, suicida. Caprichosamente, quis o destino que o protagonista fosse Cassius Clay, o Muhammad Ali.
Contra todas as chances, não podia ser outro. Nem diferente.
"A jovem geração atual, eles não sabem nada. Alguma coisa aconteceu ano passado, eles não sabem nada sobre. Então essas são grandes histórias, grandes eventos históricos, e eu não estou falando sobre coisas de 1850. Eles não conhecem Malcolm X, não conhecem JFK, Muhammad Ali, Jackie Robinson e assim por diante. Isto é assustador. Eles estão perdendo muito, se eles não conhecem o legado de Muhammad Ali. Porque não importa em qual era você vive, você vê muito poucos heróis verdadeiros."
Spike Lee
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016
Vulgar Display of White Power
Janeiro não foi para fracos. Em um ano que começou com clima de desesperança e desconfiança geral, nem o entretenimento nosso de cada dia escapou incólume. Das passagens esperadas até as inesperadas de nomes emblemáticos do cinema e da música, foi um mês estranho que só terminou quando finalmente concluiu seu sombrio epílogo.
O que Phil Anselmo aprontou ao final do Dimebash 2016 - e suas consequências - você pode acompanhar cronologicamente em qualquer site de notícias do meio heavy metal. Recomendo em especial a recapitulação dos precedentes feita pelo MetalSucks e o desabafo de Robb Flynn, do Machine Head.
Minha opinião sobre esse tosco episódio é bem simples. Primeiro, Anselmo não é racista. Uma breve passeada pelo YouTube e você o encontra curtindo com seu amigo Doug Pinnick, do King's X, agitando loucamente em uma apresentação do Living Colour e não só tietando como apoiando seus colegas latino-americanos do Sepultura. Mas é óbvio que ele tem sentimentos mal-resolvidos nessa área, ao contrário do que foi dito em seu pedido de desculpas/contenção de danos.
Tive a nítida impressão que a bebida foi o gatilho sim, mas como um veículo acidental para esses sentimentos. Pareceu algo que ele realmente queria tirar de seu sistema. Um grito entalado na garganta por muito tempo. Por toda sua vida, talvez.
Para entender melhor de onde vem esse "grey power", é preciso entender o seu contexto. O que não é tão complicado assim. Um paralelo razoável é o que acontece hoje no Brasil, com esse Fla-Flu político/ideológico pressionando todo mundo.
Cobranças veladas por posturas extremistas e intolerância estão aí, te assediando dia após dia, cada vez mais explicitamente, no trabalho, na roda de amigos, em casa. E usando qualquer boato ou factóide que estiver à mão sem o menor pudor de ser descoberto como falso. Uma mentira repetida mil vezes... sabe como é.
A médio prazo isso acaba surtindo efeitos conflituosos na cabeça de qualquer cidadão. A longo prazo, dentro de uma rotina de insinuações e "bons" conselhos, o estrago é inevitável - o que foi ilustrado à perfeição numa cena-chave do filme A Outra História Americana.
Claro que não sei o que passou na vida privada de Anselmo. Tudo isso é só presunção barata baseada nas contradições que ele vem protagonizando por anos a fio. Psicologia de boteco, certo?
quarta-feira, 26 de novembro de 2014
Mindinho e a Pedra de Roseta Filosofal
Ambition foi produzido em parceria com a Agência Espacial Europeia para celebrar o pioneirismo da Missão Rosetta. Dirigido pelo polonês Tomek Bagiński, o filme é cheio de futurismos e metáforas - meio jedi - conduzidas pelos atores Aidan "Petyr Baelish" Gillen e Aisling Franciosi.
E tem alguns dos mais bonitos efeitos especiais que já vi num curta.
Quase tão fantástico quanto foi a missão na vida real. O pessoal da ESA sem dúvida fez por merecer.
E tem alguns dos mais bonitos efeitos especiais que já vi num curta.
Quase tão fantástico quanto foi a missão na vida real. O pessoal da ESA sem dúvida fez por merecer.
segunda-feira, 14 de julho de 2014
Final da Copa 2014: meus $2 cents
Justo. Ganhou o mais eficiente e aplicado, apesar de ser mais uma seleção a encostar no Brasil em nº de títulos. Deram uma aula de hombridade, simpatia e organização pra todo mundo, especialmente pra nós (ou "tóiss"?).
Argentina jogou muito bem, mas quando teve oportunidade de matar a partida, não o fez. Fatalmente pagou por isso. Em muitos aspectos foi como Game of Thrones.
E a seleção brasileira foi nosso Casamento Vermelho Verde e Amarelo.
End of line. Acabou a festa, moçada. De volta ao escritório...
Argentina jogou muito bem, mas quando teve oportunidade de matar a partida, não o fez. Fatalmente pagou por isso. Em muitos aspectos foi como Game of Thrones.
E a seleção brasileira foi nosso Casamento Vermelho Verde e Amarelo.
End of line. Acabou a festa, moçada. De volta ao escritório...
quinta-feira, 10 de julho de 2014
The Blitzkrieg!
"Let us have peace, let us have life,
Let us escape the cruel night.
Let us have time, let the sun shine,
Let us beware the deadly sign.
The day is coming, Armageddon's near,
Inferno's coming, can we survive the blitzkrieg.
The blitzkrieg, the blitzkrieg.
Save us from fate, save us from hate,
Save ourselves before it's too late.
Come to our need, hear our plea,
Save ourselves before the earth bleeds.
The day is dawning, the time is near,
Aliens calling, can we survive the blitzkrieg?"
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