Chega de farra, chega de festa... só que nãoooo! ROM está aqui!
Finalmente consegui botar minhas patas pútridas no ROM da Marvel Legends. Sempre levei aquisições de hominhos com rédea curta, mas esse foi impossível deixar passar. Tanto pela porrada nostálgica na veia quanto pela qualidade absurda da peça. O design é fidedigno ao do herói dos quadrinhos de Bill Mantlo e Sal Buscema – inclusive se destacando do padrão da linha Legends com uma escultura quase toda feita do zero e poucas partes recondicionadas de outras action figures. Com o visual diferentão do Cavaleiro Espacial, não tinha como ser diferente.
A primeira coisa que salta aos olhos é que este ROM em escala 6" é um tanto maior que seus companheiros de linha. Tudo suave: nas HQs ele é realmente um ciborgão da porra.
A peça vem com dois pares de mãos, juntamente com o Analisador e o Neutralizador, idênticos aos dos gibis. De mimos, vem um effect de raio que serve para os dois dispositivos e uma miniatura emborrachada da edição de estreia do Cavaleiro, com a arte do Frank Miller.
No quesito articulação, o bonequinho dá um show – lembrando que ROM e seu design de geladeira antiga deveria ser inviável para os padrões atuais. Vários pontos de articulação, chegando a ser dupla nas pernas e com o corte do giro escondido pelas botas (boa!). O teste de fogo foi mimetizar a pose de voo horizontal olhando pra frente, como nas HQs. E sim, é possível!
As juntas são bastante firmes (mas evidente que meu guri de 4 anos interior ficará acorrentado no porão durante os manuseios) e não há a menor dificuldade dele ficar em pé, por mais esdrúxula que seja a pose. Aliás, dá pra fazer todas as poses dos quadrinhos do ROM da Marvel – só não fiz ainda a basicona do corner box.
Em outras palavras, diversão para o infinito e além da Nebulosa Negra.
Lógico, podia ter vindo um effect para os retrofoguetes e um effect extra de raios – embora o ROM só use um equipamento por vez, materializado do subespaço, fica a vontade de vê-lo largando o raio pra cima da Espectraiada igual um mano.
Por último, faltou o Tradutor, pô. Clássico.
Tudo isso é perdoável, afinal a Legends é uma linha de entrada, baratinha neste segmento de hobby playboy. Não dá pra ter tudo.
O mais importante é que eles entregaram. E reafirmaram uma velha certeza...
Felicidade é mato com o ROM enfim 2.0. Mas paro por aí em termos de action figures.
(a menos que lancem também uns Espectros, o Híbrido, os Cavaleiros Hammerhand, Starshine, Terminator, Javelin...)
Ps: obrigado pela dica do ROM, $andro. Te odeio.
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segunda-feira, 1 de dezembro de 2025
sexta-feira, 7 de junho de 2024
Americano genioso
Indulgente, não diria. Celebratório, com certeza.
O trailer de Frank Miller: American Genius traz uma vibração que lembra bastante a condescendência de Stan Lee, da Disney+. E a presença do bom, velho e malandrão Stanley Lieber deixa a coisa ainda mais sintomática. Infelizmente, o documentário deve fazer vista grossa ao aspecto mais polêmico e fascinante de sua carreira: o Frank Miller pôs-11/9.
Ao que tudo indica, o tom é 100% chapa-branca e não traz menções às suas epifanias de extrema direita, às tentativas pernetas de redenção e muito menos ao injusto revisionismo negativo que sua obra tem experimentado nos últimos anos. São tópicos de ouro para qualquer documentarista que almeja fomentar o debate e a reflexão. Pelo jeito, não será desta vez. A direção é da estreante Silenn Thomas, produtora executiva de 300 e Sin City: A Dama Fatal e que, por acaso, também é a CEO da Frank Miller Ink, empresa do quadrinista. Pois é.
Curiosamente, a premiere oficial foi no Rome Film Festival, em 2021. Contudo, só agora descolou uma estreia pela rede Cinemark (dos EUA, claro), prevista para 10 de junho. Em seguida, o doc será disponibilizado on demand.
A lista de convivas foi generosa e trouxe de Neal Adams e Zack Snyder a Jim Lee e Robert Rodriguez. E também me pegou de supetão com a indefectível Jessica "Nancy Callahan" Alba ressurgindo e tecendo juras de amor aos gibis do Frank. Melhor que isso, só se aparecesse de cowgirl e recriasse a clássica cena no Kadie's.
O doc é sobre o Miller gênio, mas podia ser também sobre o Miller genioso. Renderia demais em tela. Não vai rolar. E claro que verei e me divertirei mesmo assim. Acima de tudo, é melhor um tributo em vida do que a opção. Ele merece.
O trailer de Frank Miller: American Genius traz uma vibração que lembra bastante a condescendência de Stan Lee, da Disney+. E a presença do bom, velho e malandrão Stanley Lieber deixa a coisa ainda mais sintomática. Infelizmente, o documentário deve fazer vista grossa ao aspecto mais polêmico e fascinante de sua carreira: o Frank Miller pôs-11/9.
Ao que tudo indica, o tom é 100% chapa-branca e não traz menções às suas epifanias de extrema direita, às tentativas pernetas de redenção e muito menos ao injusto revisionismo negativo que sua obra tem experimentado nos últimos anos. São tópicos de ouro para qualquer documentarista que almeja fomentar o debate e a reflexão. Pelo jeito, não será desta vez. A direção é da estreante Silenn Thomas, produtora executiva de 300 e Sin City: A Dama Fatal e que, por acaso, também é a CEO da Frank Miller Ink, empresa do quadrinista. Pois é.
Curiosamente, a premiere oficial foi no Rome Film Festival, em 2021. Contudo, só agora descolou uma estreia pela rede Cinemark (dos EUA, claro), prevista para 10 de junho. Em seguida, o doc será disponibilizado on demand.
A lista de convivas foi generosa e trouxe de Neal Adams e Zack Snyder a Jim Lee e Robert Rodriguez. E também me pegou de supetão com a indefectível Jessica "Nancy Callahan" Alba ressurgindo e tecendo juras de amor aos gibis do Frank. Melhor que isso, só se aparecesse de cowgirl e recriasse a clássica cena no Kadie's.
O doc é sobre o Miller gênio, mas podia ser também sobre o Miller genioso. Renderia demais em tela. Não vai rolar. E claro que verei e me divertirei mesmo assim. Acima de tudo, é melhor um tributo em vida do que a opção. Ele merece.
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sexta-feira, 2 de junho de 2023
O Tigre e o Barqueiro
Com o barulho em torno das capas do Frank Miller, lembrei de uma das minhas preferidas dele: a de Peter Parker: The Spectacular Spider-Man #52, de março de 1981. A edição foi publicada por aqui em agosto de 1985 na Homem-Aranha #26, formatinho da Abril. A capa trazia a imagem chocante (para a época) de um grupo largando o aço no vigilante Tigre Branco. Apesar do exagero Milleriano na quantidade de algozes, a imagem não estava longe da verdade.
Rapei a edição logo que chegou às bancas. Lembro como se tivesse sido há 40 minutos, mas foi há quase 40 anos. Era o "mês dos minipôsteres" que a Abril encartou de brinde nos títulos Marvel e DC. Além do Teioso, consegui os do Verdão, do Bandeiroso e dos Superamigos, sabe-se lá com quanto troco superfaturado da padaria. Naqueles tempos, dava.
A HQ traz o Aranha-Linha Direta — ou Aranha-Documento Especial, para os velhuscos — em plena fase Roger Stern e enfrentando a criminalidade na sombria e violenta New York pré-Giuliani. "Ilusões do Outro Mundo", com arte dos saudosos Jim Mooney e Marie Severin, abre o mix com o Amigão da Vizinhança desmantelando a quadrilha de um Mysterio tão camp que parecia ter vindo de Gotham City. Tá lá o capanga ouvindo Kid Abelha que não me deixa mentir. Maior pinta de que trampou para um certo Palhaço do Crime em frilas anteriores. E com a mesma competência.
Em meio à confusão, a sofrida Debra Whitman se vira para escapar de Mysterio e correr para os braços do Peter. Saudades da Debby.
"...o Tigre Branco" vem na sequência, com o lápis de Denys Cowan e arte-final de Mooney. Começa com um recap da origem do personagem e sua ligação com os Filhos do Tigre. Muito oportuno para quem não leu aquela Deadly Hands of Kung Fu #19 sensacional, até hoje inédita por estas bandas. A combinação de ação policial, artes marciais, misticismo e poderes era irresistível. Fui fisgado na hora. E havia mais um elemento que talvez ainda fosse muito jovem para assimilar conscientemente: o Tigre Branco Hector Ayala era o 1º herói latino desde... sei lá, Zorro?
Todos os aspectos envolvidos, da dura vida no gueto à proximidade com a família, gerou uma ressonância enorme e inconfundível. Era identificação.
A história conclui na sequência-spoiler-de-capa, com o Tigre sendo metralhado pelo ex-coronel e terrorista miliciano Gideon Mace. E emenda na splash não menos brutal que abre a trama de "Assassinos de Heróis", onde o traço de Rick Leonardi atinge na artéria. Imagética de violência urbana crua, acachapante e repleta de subtexto. Material para SAM, fácil.
Ah, o minipôster... o regozijo nerd da minha geração; A 1ª bad trip quadrinhística a gente não esquece
A conclusão do arco é o fim da jornada de Hector Ayala como o Tigre Branco, por hora. Há inclusive uma inesperada metáfora à dependência química, assunto também abordado em Superamigos #4, do mesmo mês, de forma mais direta. A Era de Bronze foi um lugar sombrio para transitar.
Nesse 1º contato com o herói, a edição era um expresso para o inferno. Além do flashback dos quebras com o Valete de Copas e com o Aranha e da identidade sendo revelada publicamente pelo Mestre da Luz, Hector tem a família chacinada, quase morre em sua busca cega por vingança e, no fim, dá adeus ao manto do Tigre. Ou, no caso, aos amuletos que lhe conferiam seus poderes.
Isso tudo mostrava o quão trágica a vida do Tigre Branco era — e ainda seria.
Na sequência, o Ka-Zar de Bruce Jones e Brent Anderson — de longe, a melhor coisa que já fizeram com o Senhor da Terra Selvagem. O run é espetacular, ganhou Omnibus lá fora há pouco tempo e demorou para ser relançado, Panini. Lembro de acompanhar na época e já sonhava com essa maravilha devidamente coletada. E olha que o mais próximo de um TPB que existia por aqui era o Encalhe do MAD.
O expresso para o inferno continua, literalmente, em "Viagem Fantástica", parte de um arco publicado orinalmente em Ka-Zar the Savage #9-12. Na história, Kevin "Ka-Zar" Plunder, Shanna "The She-Devil" O'Hara, Zabu, o andróide atlante Dherk e o guerreiro alado shalaniano Buth descem até as profundezas do inferno. O mesmo inferno onde, segundo as viagens de Jones, o escritor e poeta italiano Dante Alighieri derrotou cultistas que sacrificaram Beatriz e que depois o inspirou a criar A Divina Comédia.
Na realidade, era um inferno/parque animatrônico, construído por atlantes em plena Pangea. Ecos de Westworld...
Dizem que confessar faz bem para a alma, então vá lá: a sequência de Ka-Zar e sua trupe pegando uma corrida com Caronte, o Barqueiro do Inferno, me arrepiou mais do que todas as Kriptas e Calafrios que havia lido até então. Primeiro, porque tinha pavor de andróides (obrigado, Proteus e fembots). Segundo, porque a ideia de uma decapitação ainda era algo novo e profundamente perturbador para mim. E por último, porque Anderson desenhou o Barqueiro à imagem e semelhança de qualquer figura bíblica clássica, o que dava um toque meio blasfemo à cena.
E nem menciono o Caronte sem cabeça e com as "vísceras" eletrônicas expostas partindo pra cima do Ka-Zar... brrr.
Brent Anderson desenhava que era uma grandeza. Alguns painéis chegam a lembrar as tintas grandiosas do mestre Alfredo Alcala. Triste isso ainda não ter saído por aqui em formato americano. E a escrita de Bruce Jones nunca esteve tão afiada e maliciosa. Humor negro, frases de duplo sentido e referências à sacanagem (Ka-Zar e Shanna não eram fãs da monogamia) brotam das páginas. Isso tudo e ainda conseguia entregar uma aventura fantástica inventiva e divertidíssima.
Às vezes dá saudades de um bom gibizinho mix, mesmo com suas combinações improváveis e esdrúxulas, mas, acima de tudo, eficientes. Como foi — e ainda é — esta Homem-Aranha #26.
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terça-feira, 23 de maio de 2023
Sempre teremos Gálador
"Talvez um dia relancem. Basta a Disney querer." — há algum tempo, sonhando acordado.
A rápida — e marota — aparição em Coleção Histórica Marvel - O Incrível Hulk vol. 12 parecia um bom presságio. Mas também algo improvável. Vai saber que acordo mefistofélico a Marvel e a Hasbro fizeram para se alinhar sobre o ROM. Finalmente.
Para mim, o material original de Bill Mantlo e Sal Buscema é uma bem-vinda anomalia: é tão espírito de seu tempo quanto atemporal. E divertida pra caramba. Fora que a saga do Cavaleiro Espacial, hoje, tem potencial para voos muito maiores.
Com os pés de volta ao chão, por hora, o Busão está de bom, boníssimo tamanho.
E, mais importante, que não e$queçam do Bill Mantlo.
sábado, 20 de março de 2021
"Pare o ódio asiático"... não, pera
Na esteira dos 8 homicídios (sendo 6 mulheres com ascendência asiática) em tiroteios ocorridos em Atlanta no último dia 16, a tag #StopAsianHate viralizou pelos quatro cantos da web. E nosso ex-profeta do apocalipse cool Frank Miller resolveu aderir.
São nesses momentos especiais, ainda que trágicos, que temos a chance de atualizar certos cenários. Se a tag surgiu para apagar o princípio de um incêndio xenofóbico (mais um), então o balde de Miller parece ter gasolina – e não pela tradução literal zoada da mensagem. Nos comentários do tuíte não faltaram menções à obra mais polêmica da carreira do quadrinhista: Holy Terror.
Revivendo esse momento lindo, a HQ, que vai completar 10 anos agora em setembro, foi bastante criticada pela islamofobia latente e o preconceito contra pessoas, gatos, cachorros e tudo o mais que venha do Oriente Médio. Na época, com Miller em plena nóia reaça, sobrou até para a "gangue de valentões, ladrões e estupradores" do movimento Occupy Wall Street. O 1% agradece.
Miller estava determinado a fazer a América grande novamente, mas a constipação mental passou e ele até ensaiou uma mea culpa:
Bela ilustra, por sinal.
São nesses momentos especiais, ainda que trágicos, que temos a chance de atualizar certos cenários. Se a tag surgiu para apagar o princípio de um incêndio xenofóbico (mais um), então o balde de Miller parece ter gasolina – e não pela tradução literal zoada da mensagem. Nos comentários do tuíte não faltaram menções à obra mais polêmica da carreira do quadrinhista: Holy Terror.
Revivendo esse momento lindo, a HQ, que vai completar 10 anos agora em setembro, foi bastante criticada pela islamofobia latente e o preconceito contra pessoas, gatos, cachorros e tudo o mais que venha do Oriente Médio. Na época, com Miller em plena nóia reaça, sobrou até para a "gangue de valentões, ladrões e estupradores" do movimento Occupy Wall Street. O 1% agradece.
Miller estava determinado a fazer a América grande novamente, mas a constipação mental passou e ele até ensaiou uma mea culpa:
“Minhas coisas sempre representam o que estou passando. Sempre que olho para qualquer um dos meus trabalhos, posso sentir qual era a minha mentalidade e me lembro com quem estava na época. Quando eu olho para Holy Terror, o que eu realmente não faço com tanta frequência, posso sentir a onda de raiva saindo das páginas. Existem lugares onde é inacreditável a sede de sangue.”Acontece, Frank. Acontece. Saudades de quando só reclamávamos do teu traço.
Bela ilustra, por sinal.
sexta-feira, 12 de junho de 2020
Obrigado, Sergius
Dennis J. O'Neil
(1939 - 2020)
Impossível resumir a importância de Dennis O'Neil – ou "Sergius O'Shaughnessy" – nos comics dos últimos 45 anos. Muito mais fácil resumir sua importância em nossas vidas. Ele já era publicado por aqui pelo menos desde o final dos anos 1960 e, num microcosmo de uma microsituação, desde os primeiros gibis que li na vida.
Foi ele quem criou a 1ª fagulha de consciência social em minha alienada cabecinha fã de "crunchs!" e "pows!" com sua inesquecível fase do Lanterna Verde & Arqueiro Verde ao lado do genial Neal Adams, lançada aqui na saudosa Superamigos. "Inesquecível", aliás, é um pleonasmo: pra mim, ainda é releitura sazonal e estupidamente atual.
E teve a revolucionária e influente incursão no Batman. E a fantástica carreira como editor – graças a ele, o jovem Frank Miller ganhou total controle sobre o Demolidor, livrando o herói da obscuridade certa. E o Questão, que, elevado a um novo patamar, tornou essencial a série Os Caçadores, da Abril.
São apenas alguns highlights. O melhor run de O'Neil foi, sem dúvida, sua brilhante vida dedicada aos quadrinhos. Uma impecável lição de amor à arte.
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domingo, 15 de março de 2020
Balão, papel & tesoura
De todas as idiossincrasias editoriais da Abril nos quadrinhos da Marvel e da DC, uma das mais curiosas, pra mim, era a supressão de textos. O objetivo, reza a lenda, era dar conta da enorme carga narrativa em formatinhos de 13,5 x 19 cm contra os folgados 17 x 26 cm dos originais. Dependendo do roteirista, não era mole mesmo. Chris Claremont que o diga. E Marv Wolfman, Steve Englehart, Len Wein, Bill Mantlo e mais uma caçambada de autores não muito conhecidos pela objetividade e poder de síntese.
Mas isso era só um detalhe de um expediente muito corriqueiro nas redações: o copy desk. Resumindo muito (ops), é a lapidação de um material previamente redigido - seja uma notícia, um artigo ou os diálogos de um gibi - até se tornar dinâmico e palatável para o leitor médio. É um processo que envolve várias etapas, da edição à revisão à remontagem à diagramação.
No caso das HQs da Abril, isso ia de um extremo ao outro. Podia ser uma adaptação comprimida de uma fala sem grandes prejuízos à trama, a omissão de referências a eventos não publicados anteriormente (criando uma bola de neve inevitável) ou a alteração e até a remoção de balões/recordatórios, já arranhando a lataria do material original - como foi o caso do nosso estimado Galactus multifacetado de John Byrne.
E, claro, isso chegava ao famigerado corte de páginas. Em alguns casos, parecia que o gibi era editado pelo próprio Edward Mãos-de-Tesoura!
Hoje, alguns leitores antigos não apenas defendem a supressão de texto, como vão além e elogiam os cortes de páginas da Abril. A alegação é que supostamente melhorava leituras que sofriam com textos prolixos e expositivos. Pura Síndrome de Estocolmo quadrinhística, ao meu ver.
Sempre preferi apreciar uma obra em sua totalidade, com todos os seus requintes e anacronismos, erros e acertos, partes legais e partes chatas (e o que seria das partes legais sem as partes chatas?). Enfim, a experiência Chris-Claremont-on-crack completa.
Essas malandragens de edição já existiam antes da Abril. Em muitos aspectos, a EBAL, a Bloch e a RGE faziam até pior. Mas também é inegável que foram os editores/tradutores Jotapê Martins e Hélcio de Carvalho que "aperfeiçoaram" o artifício quando a Abril adquiriu o licenciamento da Marvel em 1979. Inclusive isso é destrinchado sem nóias pelo próprio Jotapê quando está com bons entrevistadores (ao invés de ser lambido por algum youtuber) chegando mesmo a oferecer uma outra perspectiva do complexo cenário da época.
A verdade é que a cronologia fidedigna era impossível de ser transposta e mantida. O relógio estava correndo e algo precisava ser feito. Eram homens desesperados em tempos desesperados, goddamned! Mas esse é assunto pra outra hora.
(em alguma realidade paralela, Jotapê e Hélcio não copydeskaram nada, SAM, Heróis da TV e Capitão América foram canceladas após 6 meses e ficamos muitos anos sem material Marvel/DC no Brasil... acredite se puder)
A única certeza que tenho é da minha imensa admiração pelos letristas da época - profissionais como Edison Gasparim, Lilian Mitsunaga, João Anselmo N. Menezes, o pessoal do Estúdio Artecômix (de Jotapê, Hélcio e Dorival Lopes - os dois últimos fundadores da Mythos), etc. Mesmo recebendo um conteúdo consideravelmente reduzido, é quase inacreditável o fato de tudo aquilo ter sido feito à mão, balão por balão, recordatório por recordatório. Imagino que os ataques de LER eram frequentes ali - e não me refiro à leitura.
Mais embasbacante ainda são os tradutores e letristas franceses da Les Éditions Héritage, que, também à mão, traduziam tudo verbatim do original, sem pular uma única palavra e sem encostar nos balões e recordatórios. E ficava um troço espetacularmente zoado.
Pensou que aquele "F" era de "Brasil"?
Ps: esse post não foi copydeskado. Mas tenha uma ótima...
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segunda-feira, 30 de setembro de 2019
Retrospec Setembro/2019
1/9¹ - Essa nem Crom esperava tão cedo: a Panini assume a coleção A Espada Selvagem de Conan 1 ano após seu adiamento - cancelamento - whatever pela Salvat. E, pra ontem, já abriram as opções de assinatura.
Segue aquela destrinchada BZística dos quatro primeiros volumes publicados pela Salvat:
A Espada Selvagem de Conan - A Coleção vol. 1: A Cidadela dos Condenados
A Espada Selvagem de Conan - A Coleção vol. 2: A Libertação de Thugra Khotan
A Espada Selvagem de Conan - A Coleção vol. 3: A Maldição da Lua Crescente
A Espada Selvagem de Conan - A Coleção vol. 4: O Conquistador
1/9² - Na rebarba, a Panini também dá o pontapé inicial nas mensais Conan, o Bárbaro, por Jason Aaron/Mahmud Asrar, e A Espada Selvagem de Conan, por Gerry Duggan/Ron Garney, na nova fase do cimério pela Marvel. Verdadeiras invasões bárbaras!
2/9 - Na Fan Expo Canada, Todd McFarlane prepara o terreno para a vindoura nova onda Spawn. Estão em desenvolvimento duas séries animadas: uma para o público infantil - nas palavras dele, uma "crack cocaine version" do personagem - e outra mais adulta. Isso tudo após o live-action reboot para o cinema, com direção dele mesmo (isso vai dar merda, comandante), Jeremy Renner no papel do detetive Twitch Williams e Jamie Foxx como o guerreiro infernal.
3/9¹ - Bullshit Detector quebrando o ponteiro: Kristen Stewart diz que a Marvel a aconselhou a amenizar sua sexualidade se quiser participar de algum filme do estúdio. Arram, Kristen, senta lá...
3/9² - Com as acusações de assédio contra Brian Wood, a Dark Horse, que já havia cancelado o lançamento da série Aliens Colonial Marines: Rising Threat, agora descarta qualquer futuro projeto com o roteirista. Sua carreira profissional está agora na ZDM.
4/9¹ - Todd McFarlane e J. Scott Campbell recriam Jessica Priest em Spawn #300. Ela passa a usar os poderes das trevas para se proteger de uma queima de arquivo demoníaca relacionada ao herói. Recapitulando, McFarlane criou a Priest na correria em 1997 para ser a nova assassina de Al Simmons, depois que o assassino original, o Capela, partiu com Rob Liefeld e seu Youngblood para a Terra do Nunca. No filme do mesmo ano, a personagem foi interpretada pela descabelante Melinda Clarke.
Todd stopped working on it entirely, informed the rest of us he wasn’t going to contribute further. And it died. No chance whatsoever now that Youngblood is no longer with me or Image. https://t.co/WiC389BLoj— robliefeld (@robertliefeld) September 4, 2019
4/9² - Há 10 anos, Rob Liefeld realizou um sonho: Image United, série escrita por Robert Kirkman que reuniu os maiores personagens da Image e criadores como Marc Silvestri, Todd McFarlane, Erik Larsen, Whilce Portacio, Jim Valentino, além dele mesmo, o Rob, o Liefeld. A série entrou num hiato em 2010, faltando apenas três edições para o fim. E vão continuar faltando, já que Liefeld acaba de tuitar que o projeto morreu de vez. E botou a culpa no Todd.
4/9³ - O Ministro da Cultura russo Vladimir Medinsky chama adultos que leem HQs de "idiotas". Veja só que belíssimo Сукин сын! Mas confesso que também acho isso em alguns casos... Não aqueles que frequentam o BZ, obviamente. Estes são, no máximo, alcóolatras em potencial.
5/9¹ - Parecia que não acabar nunca, mas Gary Frank avisa que a derradeira Doomsday Clock #12 pode sair em novembro.
5/9² - Fear Inoculum, do Tool, chega ao topo da Billboard desbancando a
5/9³ - O prefeito do Rio de Janeiro Marcelo Crivella (PRB) determina que os exemplares de A Coleção Oficial de Graphic Novels vol. 66: Vingadores - A Cruzada das Crianças sejam recolhidos da Bienal Internacional do Livro do Rio. Não vi o vídeo com a explicação e nem preciso: o bom prefeito deve saber que a distribuição da Salvat em bancas é muito ruim e quer remanejar essas edições para os pontos de venda tradicionais, facilitando assim o acesso dos leitores e lombadeiros. Só pode ser isso. Não vejo outro motivo.
5/94 - Cartunistas protestam após a Câmara de Vereadores de Porto Alegre determinar a retirada de uma exposição em seu saguão com charges criticando o presidente e seu governo. As charges ficaram muito boas, mas até minha bisavó sabe que ali não é o lugar apropriado pra isso.
5/95 - O Tribunal de Justiça do Rio despacha uma liminar que impede a apreensão dos encadernados da Bienal. Caramba, quanto auê causado pelos Jovens Vingadores, quem diria. Vai dizer que você ainda lembrava que esse grupo existia...
6/9 - A página Todo Dia um Erro nos Quadrinhos Diferente mostra que a Panini não apenas incorporou a coleção A Espada Selvagem de Conan da Salvat, como também seus erros de revisão. Krom!
7/9¹ - O desembargador Claudio de Mello Tavares, presidente do TJ do Rio, suspende a liminar que impedia a apreensão do gibi da Bienal por considerar o material impróprio para o público infanto-juvenil. Certíssimo: o preço desses encadernados costuma ser bastante impróprio - nem economizando o dinheiro da merenda de todo o prezinho + ginásio o sujeito consegue comprar.
7/9² - Agora a organização da Bienal vai ao STF (!) contra a decisão de apreender o gibi. Viver numa cidade sem nenhum problema é uma droga.
Mariana Gross e Edimilson Ávila comendo o cu do Crivella de garfo e faca no #RJ1— nico (@niconatv_) September 7, 2019
um tweet que traz paz pic.twitter.com/OTKiSxgWOs
7/9³ - Só que não...
7/94 - O Bill Sienkiewicz é tão gente boa que morro de pena sempre que ele demonstra algum fio de esperança pelo filme dos Novos Mutantes.
Let’s also agree that it’s too early on Saturday for me to run out and obtain your comics at the moment, I pulled this from a nearby pile. I submit that I pick up and enjoy your work. Keep at it. But I find the company scattershot. https://t.co/cRqkpAEXqf pic.twitter.com/0jmddvYpys— robliefeld (@robertliefeld) September 7, 2019
7/95 - ...and in other Liefeld news, Rob Liefeld, em sua cruzada pessoal anti-DC, incomodou ninguém menos que Sean Murphy. "Hey, estamos ralando nossos traseiros aqui", protestou o desenhista de Batman: Cavaleiro Branco. E teve mais.
8/9¹ - A procuradora-geral da República Raquel Dodge pede ao presidente do STF Dias Toffoli para não censurar o romance entre Hulkling e Wiccano... err, para barrar a busca e apreensão de livros com temática LGBT da Bienal do Livro do RJ. Mas que aquela 1ª frase foi de um surreal duca, foi...
8/9² - Romântico, Dias Toffoli acata o pedido da PGR.
Just heard that Margot Robbie's company have optioned rights from MGM to make a new Tank Girl movie - now several months into development. We haven't been contacted by any of the parties involved with the project, so not sure if there will be any input from the original creators. pic.twitter.com/7RxbV4qLFt— Alan Martin (@AlienMartian23) September 9, 2019
9/9 - Alan Martin, co-criador da Tank Girl, ouviu dizer que Margot Robbie e sua produtora LuckyChap Entertainment adquiriram a opção para um filme live-action da personagem.
10/9¹ - E Margot Robbie já escalou Miles Joris-Peyrafitte (com quem trabalhou em Dreamland) para a direção do novo filme da Tank Girl. Pelo jeito, a lindeza tomou gosto por maluquinhas de gibis. Vou mandar pra ela uma caixa com as coleções completas da Rê Bordosa e Mara Tara.
10/9² - "Eu devia contratar o prefeito para promover meu próximo livro" - Jim Cheung é um fanfarrão, um fan-far-rão!
10/9³ - É a Fênix de Porão: após a internação #845, João Gordo vive. Viva o Gordo!
10/94 - Amazon Prime é lançado no Brasil. Filmes, séries, músicas, promoções exclusivas, frete grátis para toda a família e muito mais. Basta assinar com sangue nas linhas pontilhadas.
After 9/11, I joined the CIA. Spent some time fighting the Taliban who harbored Osama Bin Ladin, who helped him escape our justice after 9/11.— Tom King (@TomKingTK) September 11, 2019
Last week, Trump invited the Taliban to Camp David, to our country, for a photo op.
What the fuck does he think “never forget” means?! https://t.co/48hvZLVRep
11/9¹ - Essa semana, o presidente Trump planejava receber o Talibã em pleno Camp David para negociações e, hoje, 18 anos após o ataque ao WTC, ele tweeta um "nunca esqueceremos". Ah, mas o Tom King ficou pistola. Não irrite um ex-operativo da CIA que escreve o Bátima, Donaldo...
11/9² - AMC irá lançar uma nova série derivada do universo de The Walking Dead. O foco agora é essa molecada jovem, cheia de energia e com todo um futuro pela fren... ops...
11/9³ - Battle at Big Rock é um curta situado no universo da série Jurassic World. Co-escrita e dirigida pelo mesmo Colin Trevorrow do 1º filme, a trama se passa 1 ano após Jurassic World: Reino Ameaçado. E, claro, traz uma família que resolve acampar perto de onde o filme terminou. Obs.: o curta já está disponível no YouTube.
11/94 - A Marvel anuncia mais personagens de Robert E. Howard em seus quadrinhos: Solomon Kane e Dark Agnes. Da mesma forma que Conan, ambos são velhos conhecidos da editora. O guerreiro puritano Kane já teve grandes fases nas décadas de 1970-1980 e Dark Agnes de Chastillon, junto com Red Sonya de Rogatino (do conto A Sombra do Abutre), foi o molde para a Sonja clássica das HQs.
11/95 - Alguém no Reddit notou que Estrela Negra, o capanga gorilão do Thanos, aparece ao mesmo tempo em dois lugares diferentes durante a batalha final de Vingadores: Ultimato. Primeiro sendo atingido pelo Cap com o Mjolnir e, logo em seguida, sendo apunhalado pelo Drax. Troféu cata-piolho clássico.
11/96 - George R.R. Martin diz que ficou feliz com a vindoura série O Senhor dos Anéis, da Amazon TV. Segundo ele, é a chance de corrigirem os furos deixados pelo livro de J.R.R. Tolkien... É, mas pelo menos ele terminou o livro, George.
Disney+ will have classic Marvel animated series like X-Men ‘92, Spider-Man ‘94, Spider-Woman ‘79, Spider-Man ‘81, Spider-Man and his Amazing Friends, Iron Man ‘94, Fantastic Four ‘94, Incredible Hulk, Silver Surfer, and Spider-Man Unlimited. pic.twitter.com/Yzj3DiZtwg— Disney+ Updates (@moredisneyplus) September 12, 2019
12/9¹ - A Disney+ adiciona em seu catálogo as animações da Marvel exibidas pela Fox Kids na década de 1990. A trintaiada vai ao delírio. E a quarentaiada também... :´)
12/9² - De alguma forma, a IDW irá arrastar John Byrne à New York Comic Con no início de outubro. Isso se ele não mudar de ideia pelo caminho.
12/9³ - HBO está desenvolvendo mais um prequel de Game of Thrones. A história abordará a Casa Targaryen e se passará 300 anos antes da série original. Tempo suficiente para corrigir alguns furos que rolaram no final da mesma... Uia.
(Sexta-feira) 13/9¹ - Never Hike Alone, o elogiado fan film de Vincente DiSanti baseado na série do queridão Jason Voorhees, ganhará um prequel em quatro partes. E já abriu campanha no Indiegogo.
13/9² - Kung Fury 2 está a caminho e já libera sua 1ª imagem: Arnold Schwarzenegger como Mr. President - ah, quem lhe dera hein, Arnoldo! A produção está sendo filmada na Alemanha e ainda conta com Michael Fassbender, Eiza Gonzalez, Alexandra Shipp, David Hasselhoff, Jorman Taccone e, claro, David Sandberg como o Kung Fury em pessoa. Enquanto não sai, que tal mais uma reprise de Kung Fury? Tô dentro!
(Sexta-feira) 13/9³ - AMC teve uma sacada óbvia-mas-boa: exibir uma maratona Sexta-Feira 13 na sexta-feira 13. Só não entendi por que programaram os filmes fora da ordem.
13/94 - O one-shot Dark Knight Returns: The Golden Child marca o re-re-retorno de Frank Miller ao universo d'O Cavaleiro das Trevas, desta vez acompanhado do artista gaúcho Rafael Grampá. Uau. Alguém viu isso chegando?
13/95 - Na mini Wonder-Woman: Dead Earth, a Maravilhosa vai parar num futuro tão pós-apocalíptico que chega a deprimir. O roteiro e os (curiosos) desenhos são de Daniel Warren Johnson, que já trabalhou em todas as grandes do ramo. Lançamento da linha DC Black Label para dezembro.
(Sexta-feira) 13/96 - Dianinha Deathbringer! Em The Infected: Deathbringer #1, Donna Troy vai mergulhar no lado negro como consequência dos eventos da saga O Batman que Ri. Adoro minhas personagens favoritas em versões surtadas.
13/97 - O run de Christopher Priest no Exterminador será concluído em dezembro, em Deathstroke #50. A dificilzinha, porém ótima fase, teve início ainda no hype de DC Renascimento e termina como uma das séries mais longevas da linha. Será que a Panini chega lá?
(Sexta-feira) 13/98 - A deusa Barbara Crampton - mas claro que você lembra dela - retorna às raízes no filme The Colour of Madness. Ambientada nos fiordes noruegueses, a trama mistura o velho esquema inocentes-abduzidos-por-um-perigoso-culto-pagão de O Homem de Palha/Midsommar com uma farta dose dos Mitos Cthulhu, de H.P. Lovecraft. A 1ª imagem divulgada é bem macabra e o co-diretor Andy Collier avisou que os "efeitos serão 100% práticos", o que é sempre música para os meus ouvidos. Estreia em 2020 nos circuitos de festivais.
13/89 - Achei que não daria em nada, mas a petição para o relançamento do icônico DC Comics Style Guide do mestre José Luis García-López chegou ao conhecimento de Dan DiDio, que andou discutindo o assunto com alguns cabeças da IDW. García-López seja louvado!
13/910 - Superman irá, mais uma vez, revelar sua identidade secreta ao mundo (e talvez descobrir por quê uns óculos fazem tanta diferença). Pelo visto, a farra das identidades secretas saindo do armário continuará por muito tempo ainda. Em dezembro, num Superman #18 perto de você.
13/911 - O Slayer vai lançar um filme! The Repentless Killogy terá Bill Moseley, Danny Trejo e Jessica Pimentel na história de Wyatt, um ex-neo nazi que sai em busca de vingança pelo assassinato brutal de sua esposa. Wyatt já foi apresentado nos videoclips das músicas "You Against You", "Repentless" e "Pride in Prejudice", todas do álbum Repentless, de 2015.
13/912 - James Gunn revela o extenso elenco de The Suicide Squad e avisa para ninguém se apegar muito. Da minha parte, check.
13/913 - A Culturama anuncia que finalmente irá distribuir os gibis Disney nas bancas. Segundo a nota, isso só foi possível após a aprovação da recuperação judicial da DINAP. E, claro, após análise criteriosa do financeiro do Sr. Patinhas.
13/914 - Trailer oficial de Watchmen da HBO. Ainda instigante, não faço ideia onde estão os heróis aí, nem qual é o papel do Tim Blake Nelson nisso tudo. E meio acachapante ver plots de viaturas com as fontes amarelas do gibi.
14/9¹ - O varejista de HQs Dennis Barger posta em sua página do Facebook o quanto adora o Watchmen de Zack Snyder (apreço compartilhado por moi). E nos comentários, me chega o Rob Liefeld e anuncia ao mundo que o filme é melhor que o quadrinho. Aí não, filhote.
14/9² - Após declarar que O Poderoso Chefão é seu filme favorito (e ser esculachado por Francis Ford Coppola), o primeiro ministro britânico Boris Johnson se comparou ao Incrível Hulk quando o assunto é consumar o Brexit. Em resposta, cidadãos britânicos iniciaram uma petição para prendê-lo numa nave e baní-lo para o espaço. World War Boris à vista!
Kevin Feige confirmou o lançamento de um boxset da "Saga do Infinito" para este ano, com cenas alternativas/deletadas exclusivas. E uma delas já foi compartilhada!— Marvel News (@BRMarvelNews) September 14, 2019
É uma versão alternativa da cena pós-créditos de Iron Man, onde Nick Fury cita os mutantes e a aranha radioativa. pic.twitter.com/YQ7b6S8JWl
14/9³ - Em cena pós-créditos deletada do 1º Homem de Ferro, Nick Fury L. Jackson faz referência ao Homem-Aranha e aos X-Men durante seu clássico diálogo "Avengers Initiative". Já pensou se a montagem erra e essa versão tivesse ido pros cinemas lá em 2008? Nego ia infartar na sala.
14/94 - Surgiu um rumor que a Marvel está desenvolvendo um filme do Surfista Prateado. A fonte é meio paraguaia e quase ninguém relevante repercutiu, mas fica a esperança, humilde esperança...
15/9¹ - A página Todo Dia um Erro nos Quadrinhos Diferente continua a saga de catalogar os erros da série Lendas do Universo DC - Os Novos Titãs: George Pérez e traça um painel com as diferentes versões da Terra Markov publicadas no Brasil. Nenhuma delas chega lá, mas, na comparação, a Eaglemoss dá uma chinelada na Abril e na Panini.
15/9² - Rob Zombie explica por que desconsiderou o satânico Dr. Satan nas sequências de A Casa dos 1000 Corpos. Segundo Zombie, o bom Dr. ficou cartunesco e estúpido demais para a proposta mais realista de Rejeitados pelo Diabo e 3 from Hell. Agora, ele foi apenas um sonho ou um delírio da torturada Denise no 1º filme. Awn...
15/9³ - Se vai Ric Ocasek, fundador do famoso grupo The Cars. Multitarefas, Ocasek era músico, compositor, produtor e pintor. Sua carreira foi tão pop quanto vanguardista e produziu muita gente boa - uma longa lista que vai de Weezer, Hole, No Doubt, Bad Religion e Bad Brains, entre outros - e ajudou a definir a estética e a sonoridade new wave e do pop/rock oitentista. Sem dúvida, um dos nomes mais influentes e importantes da indústria musical. Mais um fim de uma era.
16/9¹ - Mauricio de Sousa® comenta que o Caso Bienal o lembrou dos tempos da ditadura, quando gibis tinham que ser pré-aprovados pelos órgãos de censura. Já eu, havia lembrado do maleta Fredric Wertham e seu A Sedução do Inocente, mas admito que o paralelo com a ditadura das (dos) bananas é bem mais preciso. Grande Mauricio®!
16/9² - Na esteira do hit O Imortal Hulk, o artista paraense Joe Bennett resgatou o Esquadrão Amazônia, seu supergrupo 100% brazilian. E já abriu um Kickstarter para o projeto, que será editado em 4 idiomas. Parece que também houveram algumas mudanças internas visando evitar os problemas do Catarse da (ótima) edição de 2016, quando um grande número de apoiadores ficou sem a revista ou esperou meses para recebê-la. Na época, adquiri a minha cópia numa loja virtual, mas desta vez vou apoiar diretamente. Desejo todo o sucesso para a nova empreitada, pois a arte, o conceito e o desenvolvimento eram espetaculares.
16/9³ - Mesmo com o Amazon Prime, o faturamento da companhia americana no Brasil ainda está longe do faturamento de outras gigantes varejistas no país. Porém, o pacote de "agressividades" está sendo aberto agora. Quem viver verá. Ou melhor, comprará.
16/94 - Robert Downey Jr. irá reprisar seu Homem de Ferro/Tony Stark no filme da Viúva Negra. Deve ser um cameozinho rápido, mas essa notícia hoje rendeu uma celeuma danada entre as viúvas Stark.
16/95 - O início de Spider-Man #1, de J.J. Abrams, seu filho Henry e Sara Picelli, é bem ao estilo dos filmes do cineasta: uma major morte dramática logo de cara, deixando um herói quebrado. Mas nada que um bom pacto não resolva.
18/9¹ - Opa, Dan Abnett retorna ao universo cósmico da Marvel em Annihilation Scourge: Silver Surfer, parte da saga Annihilation Scourge. Será apenas um dos one-shots previstos para dezembro, mas o cenário é promissor. Hora ideal para revisitar Aniquilação e Aniquilação²: A Conquista (fora os Prólogos e tie-ins), facilmente duas das melhores sagas cósmicas da Marvel.
18/9² - Em Alien vs. Predator: Thicker Than Blood (Dark Horse), um Predador invade uma nave luxuosa e promove uma carnificina. Resta a uma adolescente e seu "irmãozinho" uma tentativa desesperada de sobrevivência - tarefa que se torna ainda mais ingrata após o surgimento de um Alien. Roteiro de Jeremy Barlow e desenhos de Doug Wheatly. Sinceramente, será uma surpresa se for bom.
18/9³ - A Marvel vai abarrotar o mês de dezembro com one-shots 2099. E as capas são bem instigantes.
19/9¹ - A editora Salvat divulga a relação de praças/cidades da fase 2 da distribuição da Coleção Tex Gold. Um brinde à bravura indômita - e quase suicida - destes bravos pards colecionadores.
19/9² - Inicialmente prevista para outubro, a nova série Birds of Prey foi adiada pela DC para o ano que vem. Com roteiro de Brian Azzarello e desenhos da bella ragazza Emanuela Lupacchino, o título será integrado ao selo DC Black Label, indicado para maiores de 17 anos. E claro que o filme live-action, que estreia nos cinemas em fevereiro, deu um empurrãozinho neste sentido.
19/9³ - Divulgada a 1ª imagem de Superman: Red Son, longa animado que adapta a HQ de 2003 de Mark Millar. O filme é dirigido por Sam Liu (e quem mais?) com script de J.M. DeMatteis. A dúvida é se vão querer proibir também. Imigrante, comunista... te cuida, Clark...
19/94 - Tom Welling é confirmado na adaptação de Crise nas Infinitas Terras do Arrowverse. Junto com ele, Tyler Hoechlin (o Superman da série Supergirl) e Brandon Routh (que também é o Ray Palmer/Eléktron na CW) farão o trio de Homens de Aço no crossover. E parece que seguirão à risca a ideia de mostrar como foi a vida do Azulinho e seus amigos após o final de Smallville. Será que a Chloe Sullivan entra nessa?
19/95 - Nada de Nate Grey: o mutante mais poderoso da Marvel é Franklin Richards. Assim falou Galactus, em History of the Marvel Universe #3.
19/96 - Tony Stark: Iron Man #16, de Dan Slott, traz um Tony Pinga bem de acordo com esses tempos de nojeira gore de O Imortal Hulk. Se fosse chutar, classificaria como um Tony "Tetsuo" Stark. Irc.
19/97 - Após mais de 15 anos de domínio, o Google remove o blog Rapadura do Eudes (o velho Rapadura Açucarada). Motivo: o grande número de reclamações. Situação inédita, segundo o próprio Eudes Honorato. Nunca aconteceu na fase das fotos de mulher pelada, dos scans de HQs, dos filmes, das séries animadas e, pasme, nem das poesias. Só depois que Eudes publicou vários posts desancando o atual governo - e de receber um tsunami de comentários nada satisfeitos.
20/9¹ - Perguntado pelo repórter do The Telegraph se Coringa poderia inspirar novos ataques de atiradores, Joaquin Phoenix travou, levantou e foi embora. Faltou combinar, hein.
20/9² - A fabulosa Erica Durance voltará como a Lois Lane de Smallville na Crise do Arrowverse. Ah, moleque... Melhor que isso só se fosse a Lois da Teri Hatcher do jeitinho que era na época de Lois & Clark.
I agree with these RAMBO: LAST BLOOD reviews. The film is a mess. Embarrassed to have my name associated with it.https://t.co/Yd2G9T7A9A pic.twitter.com/RS0gGHzL5h— _DavidMorrell (@_DavidMorrell) September 20, 2019
20/9³ - David Morrell, escritor de First Blood (1972) e criador do Rambo, se diz envergonhado em ter seu nome associado a Rambo: Até o Fim. Considerando que ele não se sentiu assim nem nos Rambos 2 e 3, é preocupante.
Angelina Jolie pictured on set of Marvel’s Eternals (1/2) pic.twitter.com/l0Ca2pqT7p— Let’s Talk Eternals! (@eternalsupdates) September 20, 2019
20/94 - Surgiram as primeiras imagens de Angelina Jolie como a guerreira Thena em Os Eternos, filme da Fase 4 do Marvel Studios. Que rápidos.
20/95 - O Senhor Frio finalmente irá ressuscitar sua esposa em Detective Comics #1012. Eu já tinha desistido.
21/9¹ - Uma nova Thor surge em Dead Man Logan #11. Pode até ser a Thor mais poderosa, porém é quem tem o visual mais brechó.
21/9² - Se vai Sidney Eddy Mosesian, o Sid Haig, aos 80. Ator, produtor e músico, Haig figurou em quase 150 produções na telinha e na telona, do Batman sessentista e do Star Trek original à Jackie Brown e, claro, como o Capitão Spaulding, da "trilogia Firefly" de Rob Zombie - que, há uns dias, chegou a comentar como a saúde debilitada de Haig dificultou sua particpação no último filme. Um inesquecível e carismático veterano.
Can’t handle Rambo? Let’s find out. Grab your seats for #RAMBO Last Blood. NOW PLAYING. Link in Bio.A post shared by Sly Stallone (@officialslystallone) on
22/9 - Sob uma saraivada de críticas, Sylvester Stallone contra-ataca: Rambo só enfrenta quem aguenta. Mas a saideira do ex-Boina Verde foi generiquinha mesmo, Sly.
23/9¹ - Jonah Hill está em negociações para fazer um vilão em The Batman, de Matt Reeves. Segundo a boataria, pode ser o Charada ou o Pinguim. O filme - com Robert Pattinson envergando o capuz - tem previsão de estreia para 25 de junho de 2021.
23/9² - Bob Iger, CEO da Disney, diz que foi um erro produzir tantos filmes de Star Wars num prazo tão curto e que George Lucas "se sentiu traído" pelo estúdio. Eu também, George, eu também...
Here ya go. :) pic.twitter.com/8PFT6wsPMo— Michael Rosenbaum (@michaelrosenbum) September 24, 2019
24/9¹ - Michael Rosenbaum sartou do convite para revisitar seu Lex Luthor de Smallville no crossover Crise nas Infinitas Terras. Motivo: a CW queria pagá-lo com o troco da padaria. Ou melhor, nem isso. E sem roteiro ainda por cima.
24/9² - Após um fan screening do curta Battle at Big Rock em LA, o cineasta Colin Trevorrow revelou que Sam Neill, Laura Dern e Jeff Goldblum estarão em Jurassic World 3 ao lado de Chris Pratt e Bryce Dallas Howard. Boa notícia. O jurassic trio sempre foi a melhor coisa da franquia após, bem... os dinossauros.
24/9³ - Enquanto a "LJA enfrenta uma raça de monstros antigos dedicados a devorar a humanidade", a Eaglemoss resolve devorar o bolso do consumidor reajustando os preços de novo. Desta vez, em "comemoração" à 100ª edição de sua DC Comics - Coleção de Graphic Novels. Vi-va.
ZERO HOUR 25th Anniversary Omnibus. At the time, no way to expect it’d one day become a chunky, fun, amazingly comprehensive hardcover. pic.twitter.com/Z4fVPMW3Dc— Dan Jurgens (@thedanjurgens) September 24, 2019
24/94 - Dá pra quebrar janelas de carros e traumatizar crânios com o Omnibus do aniversário de 25 anos de Zero Hora.
Nice to have an adult in the room.
Publicado por Bill Sienkiewicz em Terça-feira, 24 de setembro de 2019
25/9¹ - Bill 5&20, o senhor e mestre do timing.
25/9² - Uma hora ia acontecer: Kevin Feige está desenvolvendo um novo Star Wars. E essa pode ser a salvação da franquia.
25/9³ - Marvel's Ghost Rider, a série live-action do Motoqueiro Fantasma, é cancelada pelo Hulu. A estreia estava prevista para o ano que vem e seria estrelada pelo mesmo Gabriel Luna que o interpretou em Agentes da Shield. Que sacanagem dos infernos. Esse Motoca tinha ficado legal. Que Zarathos defenestre os rabos de todos os responsáveis no Hulu.
26/9¹ - Erica Durance corre pra cima de Tom Welling, abraça e ri até chorar com tanta diversão. Nem o figurino mulambo incomodou o casal.
26/9² - E segue a raspada de tacho: a Sony irá produzir um filme solo da Madame Teia (!). Aguardamos ansiosamente o filme solo do Navalha.
26/9³ - Lois Lane se transforma na Dark Lois... ou "Lois Lane Erradicator" em Tales from the Dark Multiverse: The Death of Superman #1. A história se passa numa realidade onde o Super permaneceu morto após o confronto com Apocalypse. Roteiro de Jeff Loveness (Rick & Morty) e traços de Brad Walker. Lançamento em outubro.
26/94 - A polícia de Los Angeles está montando um verdadeiro esquema de (anti-)guerra para a estreia de Coringa, em 4 de outubro. Não tá fácil nem pro Palhaço do Crime.
26/95 - A tetéia Ashley Scott também irá reviver sua Caçadora do seriado Birds of Prey (ou Mulher Gato, na versão SBTosco) no crossover do Arrowverse. Páreo duro entre ela e a Caçadora de Arrow, Jessica De Gouw... hm-hmm. E já que lembraram dessa bomba, podiam resgatar também a Arlequina de lá. Mia Sara nunca é demais.
26/96 - Snake Eyes, spinoff da franquia G.I. Joe, escala sua Baronesa: a atriz espanhola Úrsula Corberó, a Tóquio de La Casa de Papel - o que foi um casting dos mais sagazes. IMHO, tal qual a Baronesa Sienna Miller, Úrsula é muito bonita e estilosa, mas ainda falta aquele tchan. Aquele olhar de quem vai nos punir severamente com todos os rigores bondage a que temos direito.
27/9¹ - Sony e Marvel chegam a um acordo e o Homem-Aranha terá um novo filme + participação especial no MCU - e foi a Sony que baixou a bola e aceitou o termos anteriormente propostos pela Marvel. Alguém duvidava? Tom Holland não está nem aí e já soltou os lobos de Wall Street em comemoração.
27/9² - Por algum motivo, a mini Marvel Zombies: Respawn é rebatizada e agora se chama Marvel Zombies: Resurrection. Ah, já identifiquei o motivo: precisaram de um clichê brilhando na fachada. O lançamento continua previsto para 30 de outubro.
27/9³ - Algo me diz que Brandon Routh estava louco para reviver seu momento de glória. Até ficou legal, mas ainda sou mais o... ah, deixa pra lá.
27/94 - Warner desconvida a imprensa para a premiere de Coringa - excetuando, lógico, os fotógrafos. Segundo o porta-voz, "muito foi dito sobre Coringa e sentimos que é hora das pessoas assistirem ao filme". Nofa, que deselegante.
27/95 - Se vai Robert Garrison, aos 59. O ator participou de seriados (Columbo, MacGyver) e de alguns filmes B, mas seu personagem mais conhecido foi mesmo o Tommy, de Karate Kid - A Hora da Verdade (1984). Tommy era um dos integrantes da academia Cobra Kai - aquele, que o evil sensei manda aplicar um golpe ilegal em Daniel-san durante a competição. Recentemente, Garrison reprisou o clássico papel na ótima websérie Cobra Kai.
28/9¹ - E a repescagem segue a todo vapor: a Panini dará sequência às publicações Tio Patinhas por Carl Barks e Biblioteca Don Rosa do ponto onde a Abril parou. Ainda não há anúncio oficial, mas já constam os registros no ISBN das duas obras, recém-detectados pelos berserkers nerds do Facebook. Criaturinhas impressionantes.
28/9² - Não estava muito ligado no novo Rock in Rio. Do que assisti pela tevê, o Foo Fighters foi profissionalíssimo, David Coverdale reiterou pela enésima vez não é mais aquele e Weezer no palco foi afudê. Mas quem aqueceu meu coração foi o intercâmbio Jack Black/Júnior Bass Groovador no show do Tenacious D. Só no Brasil uma parada divertida dessas.
28/9³ - Metallica adia sua turnê pela Austrália e Nova Zelândia em virtude de mais um rehab de James Hetfield. Segundo a nota oficial, o frontman luta contra o vício há anos e neste momento segue em um programa de tratamento. Brabo. Alguns tipos de monstro teimam de ressurgir...
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