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quinta-feira, 16 de outubro de 2025
Boa viagem, Spaceman
E, do nada, se foi o Ace Frehley. Ou melhor, vinte e tantos dias após uma queda em seu estúdio, só há pouco divulgada pela família junto com todo o resto. Aí sim, do nada. Sem tempo para maiores eulogias em vida sobre a sua importância para o Rock e seus solos de guitarra na fase clássica do Kiss.
Ace foi uma das referências que moldaram boa parte do hard rock e heavy metal das décadas de 1970 e 1980. Não era do tipo firulento. Tinha sim um baú de melodias matadoras, com solos diretos, eficientes e até geniais em alguns momentos. Uma fonte inesgotável para air guitars enlouquecidos. Até hoje.
As últimas notícias que tive do Space Ace foram a sua indução ao Rock and Roll Hall of Fame em 2014 – sempre espirituoso – e sua passagem por São Paulo em 2017. Mas o homem estava muito na ativa, lançando discos solo nesses tempos bicudos para rock clássico e mandando bem no palco até há poucos meses, em plena forma guitarrística aos 73 anos.
Colocar essas coisas em perspectiva só evidenciam a fragilidade e a efemeridade disso aqui. Mas ao menos Ace curtiu. E nos deu uma trilha espetacular.
Thank you for everything, Ace.
segunda-feira, 6 de outubro de 2025
“For the words of the profits were written on the studio wall... concert hall”
Geddy Lee & Alex Lifeson anunciando o retorno do Rush aos palcos sempre me pareceu algo inevitável. Uma hora, ou duas, iria acontecer. A substituta para alguém insubstituível é a baterista Anika Nilles, cujo currículo prévio inclui, além de sua longa carreira solo, nada menos que as baquetas da banda de Jeff Beck. Mesmo assim, imagina a responsa.
Poderia me desatar num poço de cinismo agora (bandas de rock...), mas o figuraça Lifeson torna isso simplesmente impossível. É a personificação do best buddy. Melhor R.P. não há.
(mas deixei a zoeirinha do título)
Boa sorte, meninos e menina!
terça-feira, 22 de julho de 2025
Ozzy para sempre
Hoje foi escrito o último parágrafo do diário. Se foi o Ozzy Osbourne. Em outros tempos, só voltaria pra casa ébrio e que se foda o dia de amanhã.
Mas o tempo passou irredutível para o Madman – que já faz hora extra desde 1978, pelo menos – e também passou para aquele guri que o conheceu pela transmissão do 1º Rock in Rio. Fiquei assombrado diante da tevê. Nem de longe estava preparado. Outros tempos.
De um modo ou de outro, Ozzy nunca deixou de me assombrar. A prova mais recente foi há duas semanas, no antológico show de despedida dele com o Black Sabbath. Ali, o mundo testemunhou a luta de um homem contra seus limites físicos e neurológicos na base do coração, da raça, da coragem e de uma força de vontade inabalável, quase sobrenatural. Impossível assistir à performance sem se emocionar. Isso fica bem claro, para ele e para o público com olhos marejados, durante uma arrepiante “Mama, I'm Coming Home” – nunca essa balada soou tão pedrada.
O Ozzy, quem diria, dando um exemplo de resiliência diante dos reveses da vida e do mais puro amor às coisas que realmente importam. Louco, ele? Sim e com orgulho.
Thank you, goodnight and God bless you, Ozzy!
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sábado, 5 de julho de 2025
Black Sabbath, mon amour
Já que não e$tamos lá, nada como revisitar o Black Sabbath no auge do peso, malevolência e vitalidade. Performance incendiária de Ozzy Osbourne, Tony Iommi, Geezer Butler e Bill Ward no Olympia Theatre em Paris, em 20 de dezembro de 1970. Heavy, thrash, doom, gothic, stoner, já estava tudo lá. E até hoje não fizeram melhor.
Foi lançado aqui paraguayamente por uma certa Norfolk Filmes (que se dane a procedência duvidosa, são unsung heroes!) e garimpado ao acaso por este escriba num bacião das Americanas. Guardo esse DVD com muito carinho até hoje. Acervo histórico.
Tem no YouTube.
segunda-feira, 21 de outubro de 2024
Remember Di’Anno
Se foi, ou melhor, descansou Paul Di’Anno, o eterno ex-vocalista do Iron Maiden. Para quem acompanha notícias sobre o mundo do heavy metal, não foi exatamente uma surpresa. O processo foi público, desgastante e abarrotado de velhas tretas que, inevitavelmente, definiram a sua imagem. Mas sabe o que dizem: quem não tem pecado...
A diferença do cantor para os Dave Evans da vida, é que ele tem dois clássicos absolutos no currículo: Iron Maiden, de 1980, estreia da Donzela, e seu sucessor, Killers, de 1981 – além de um dos LPs ao vivo mais espetaculares do metal, Maiden Japan, também de 1981. Estes serviram, literalmente, como matéria-prima para uma vida inteira.
Outra particularidade de Di’Anno estava em seu estilo vocal. Ao invés de seguir a escola Plant-Dio-Halford de seus pares da New Wave of British Heavy Metal, ele tinha uma pegada que, blasfêmia para alguns, era punk puro. Assim, não punk, puuuunk per se, mas transbordava atitude e crueza melódica. Impossível não associar.
O que não significava desleixo ou ausência de técnica. O hino “Phantom of the Opera” é, possivelmente, a música que melhor sintetiza os conceitos lírico e musical do Iron Maiden. Quiçá, do heavy metal tradicional como um todo. E com a voz assombrada de Di’Anno à frente, essencial.
Normalmente não seria lisonjeiro passar a vida sendo lembrado por duas obras lançadas há quase 45 anos. Mas neste caso, não poderiam haver lembranças melhores.
Essas, não são pra qualquer um.
R.I.P. Paul Di’Anno.
terça-feira, 27 de agosto de 2024
O culto ao Lagarto Mágico
Na zaga: Cook Craig, Ambrose Kenny-Smith, Michael Cavanagh e Lucas Harwood; No ataque: Stu Mackenzie e Joey Walker
Era mais fácil acertar na loteria do que antecipar o sucesso atual do King Gizzard & the Lizard Wizard. Esperaria isso de outras bandas cult ad eternum, tipo Gallon Drunk, The BellRays ou até o Squirrel Nut Zippers. Mas a evolução das espécies – e da indústria musical – tinha outros planos.
O sexteto australiano foi fundado por Stu Mackenzie, Joey Walker e pelo ex-integrante Eric Moore em 2010, quando estudavam indústria musical na Universidade RMIT, em Melbourne. Conheci em 2019, no pesadão Infest the Rats' Nest. Desde então, o grupo não saiu mais do play e das minhas listas de melhores do ano. E afirmo isso da forma menos deslumbrada possível, visto que os caras são ratos (ou lagartos) de estúdio: só em 2022 eles lançaram cinco álbuns. Contando com o excelente Flight b741, lançado este mês, eles já contam com 26 discos de estúdio. E olha lá se não desovaram mais algum enquanto termino de datilografar.
O mais impressionante é que cada registro trafega por um gênero diferente. Tem pra todo mundo: rock psicodélico, heavy metal, stoner, thrash metal, garage rock, space rock, música eletrônica, progressivo. E sem perder a identidade.
Mas nada é ao acaso. Além de multi-instrumentistas impecáveis, são operários 24/7, trabalhadores heavy duty. E é evidente que souberam, como poucos, ressignificar a desconstrução do disco ao seu favor.
O resultado são os shows concorridíssimos das últimas turnês – sold out na Europa e agora, nos Estados Unidos e Canadá. Ao que consta, o cachê atual da banda gira entre 150 e 300k (Bidens, of course) para datas na América do Norte. Abaixo da linha do Equador, deve ser o triplo do valor mais os rins e as córneas do público.
Mas até nisso o grupo resolveu subverter e está transmitindo cada apresentação do atual rolê em lives no seu canal do YouTube. A ação é qualquer coisa de espetacular. Seguem os shows de sábado e domingo últimos.
De Cleveland/Ohio a Newport/Kentucky são 402 km. Deve ter sido um corre daqueles. 24 horas de busão, toneladas de equipamentos, seis abençoados mais equipe. Operários mesmo.
Logo mais, tem outro.
Ps: as lives são removidas na sequência, mas sempre tem um samaritano que reposta. Lógico que não devem durar muito também.
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sexta-feira, 8 de dezembro de 2023
Obrigado, Sepultura!
Obrigado ao Max Cavalera, ao Iggor Cavalera, ao Jairo Guedz e a todos os que ajudaram a escrever a história da maior banda que este país já teve.
Confesso: dei uma tremida aqui. É muito tempo acompanhando essa jornada.
Ps: Gastão não poderia ter sido uma escolha melhor para o momento.
sexta-feira, 6 de outubro de 2023
Veni, vidi, Victor
O Prong estava na seca de álbuns de estúdio desde o já longínquo ano de 2017. Para quebrar o silêncio de rádio, soltaram um EPzinho matador em 2019, Age of Defiance. Nesse período, o fundador e frontman Tommy Victor aproveitou para lapidar a lineup com uma maratona de shows incendiários. É bom
Os breakdowns no meio das músicas, embora pesadíssimos, eram quase dançantes. Foi o embrião do nu metal e do groove metal, o DNA que rendeu milhões de doletas para nomes como Slipknot, Disturbed, Five Finger Death Punch e outros que pasteurizaram a fórmula à exaustão. Em contrapartida, Victor, um mestre da rifferama, sempre passou longe dessa dinherama. E não foi por falta de tentativa.
Após o sucesso de Cleansing (1997), o Prong mergulhou numa série de álbuns irregulares e penou com a estabacada nas vendas. Quase baixando as portas, restou ao músico ir tocar guitarra no Danzig e no Ministry. Virou empregado.
Por sorte e (muito) talento, há cerca de dez anos a maré virou. A boa receptividade do excelente álbum Carved into Stone (2012) deu um boost em sua motivação com a banda. Na sequência, vieram os ótimos Ruining Lives (2014), o disco de covers Songs from the Black Hole (2015) e X – No Absolutes (2016) e o também excelente² Zero Days (2017). State of Emergency mantém o alto nível, com algumas particularidades.
Faixa a faixa na faixa:
"The Descent" é o começo forte e atropelante com o qual toda banda heavy metal sonha enlouquecidamente. Direto e já trazendo um breakdownzinho pra fazer a galera pular mais que na Pipoca da Ivete.
A faixa-título, duh, "State of Emergency" é herdeira da música (e também faixa-título) "Beg to Differ", de 1989. É quase uma versão atualizada com equipamentos mais poderosos e modernos. E, claro, agora com uma outra perspectiva sonora.
"Breaking Point" lembra o velho HC nova-iorquino à Cro-Mags/Agnostic Front. Refrão para bater a cabeça até soltar do pescoço.
"Non-Existence" é uma cruza das influências mais caras de Victor: os ícones pós-punk The Stranglers e, principalmente, Killing Joke. Leva jeito de single para rádios rock.
"Light Turns Black" é um exercício de peso e técnica. Nesse ponto já deu para perceber que o baixista Jason Christopher é bem versado na seara pós-punk e que Griffin McCarthy é da nova geração de bateristas technical thrash/death metal de Mario Duplantier (Gojira) e Eloy Casagrande (Sepultura). E toma headbanging debaixo de zilhões de ghost notes.
"Who Told Me" resgata o clima pós-punk novamente, desta vez numa pegada thrash. Lembrei na hora das guitarras dissonantes do Voivod. Aliás, que bela tour seria...
"Obeisance" é o puro suco de Killing Joke.
"Disconnected" é o puro suco do Killing Joke 100% concentrado. Tommy Victor destrava seu modo doppelgänger de Jaz Coleman. Poderia ser uma música do Absolute Dissent, fácil. Nem o próprio Coleman notaria a diferença. E que refrão ganchudo!
"Compliant" parece um lado B do Prove You Wrong (1991). E, de fato, é do lado B de State of Emergency. Delícia de filler.
A velocidade e a letra bairrista de "Back (NYC)" lembram o rock 'n' roll new yorker do Andrew W.K., só que menos festivo e (bem) mais HC porradeiro. É Prong, pô.
"Working Man" é um inesperado cover do clássico laboral do Rush. Boa versão, mas o Firebird fez melhor.
E é isso. O disco saiu hoje e já ouvi umas três vezes. Sinal que achei bom mesmo.
Com a palavra, o homem, o Victor.
In Victor veritas!
terça-feira, 5 de setembro de 2023
Ela esteve na banda
Publicado em dezembro de 2010, I'm in the Band: Backstage Notes from the Chick in White Zombie é uma janela para o que rolou de mais legal na cena alternativa do rock e do metal dos anos 1990. Escrito por Sean Yseult, baixista e co-fundadora do White Zombie, o título ganhou um tapa de seu generoso acervo de imagens e materiais inéditos. O resultado é um mix de álbum de fotos com livro de memórias, repleto de informações de bastidores e de suas impressões daquela cena do barulho.
Para aficcionados da banda e da geração: é obra atemporal, para consultas. E uma delícia.
Em relação à carreira de Yseult (pronuncia-se "Issó"), I'm in the Band começa do ano zero, com ela ainda gurizinha frequentando as aulas de balé. E segue pela sua paixão pela cultura underground até a formação do White Zombie em 1985 – então um grupo de noise/rock de garagem, incensado por gente como Kurt Cobain e o pessoal do Sonic Youth (!) – e envereda na descoberta do metal e no sucesso comercial.
Nesse ponto, salta aos olhos o contraste entre seus dias de porão, se apresentando em clubes como o CBGB, e as gigs-monstro, com apresentações consagradas no Monsters of Rock em Donington e num Hollywood Rock abarrotado no Brasil...
...onde, aliás, passaram dias de rockstar no "Rio de Janiero" e matando "capraihnas" em Copacabana, apesar do medo de terem as mãos decepadas por motoqueiros punguistas from hell com muita pressa. Achei graça. Mas não duvido.
Zé do Caixão, o “Coffin Joe”, encarnando no cadáver da baixista e recebendo a devida homenagem do White Zombie
Além dos registros históricos, Yseult, hoje quase exclusivamente artista plástica, também aproveitou para oferecer sua perspectiva única de um meio majoritariamente masculino. Inclusive o subtítulo do livro, "The Chick in White Zombie" ("a mina do White Zombie"), é o apelido dado a ela por Beavis & Butthead sempre que eles assistiam algum videoclipe do grupo. Não foi fácil. Não é fácil.
A nota destoante vai para a parte física: o brochurão de quase 200 páginas em formato paisagem (wide) é um lutador peso pesado. É preciso preparar bem o terreno antes de começar a aventura e evitar algum acidente irreversível. Também é recomendável lavar as mãos antes do manuseio. As páginas são em couché de alta gramatura e praticamente todas têm fundo preto. Então, se não quiser deixar as digitais impressas ali para a posteridade...
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domingo, 20 de agosto de 2023
“More than words to show you feel...”
O retorno do Extreme após 15 anos de molho foi marcado da forma mais rock and roll possível: com um incendiário solo de guitarra. Crédito para o virtuose Nuno Bettencourt. O vídeo da música "Rise" bateu 1 milhão de visualizações só na primeira semana e seu engenhoso solo foi elogiado por gente como Justin Hawkins (The Darkness) e o multi-instrumentista e produtor Rick Beato. Merecido.
E não custa lembrar que o guitarrista luso utilizou a mesma técnica na música "Peacemaker Die", do álbum III Sides to Every Story, de 1992. É praticamente o mesmo solo, mas, na época, passou batido. Faz parte.
O reencontro de Nuno com o hype também rendeu suas turbulências – e fazia tempo que não surgia uma treta rockeira interessante.
Durante o gap no Extreme, o músico integrou a banda ao vivo da diva pop Rihanna, onde precisou assimilar uma variedade de estilos além do rock. O que não era nada novo para ele, tendo em vista (e ouvidas) suas colaborações anteriores com Robert Palmer, Perry Farrell, Lúcia Moniz e Toni Braxton, entre outros. O cara é bom. E sentiu que precisava lembrar isso ao mundo.
Em entrevisa à rádio inglesa Planet Rock, Nuno caminhou até a proa e bradou a plenos pulmões:
“Quando alguém como Rihanna te chama para tocar, todo mundo pensa ‘oh, que fofo. É uma artista pop, que seja’. Deixe-me dizer uma coisa, o que eu tinha que fazer noite após noite... botar um chapéu de reggae para um lance de reggae, em seguida tocar um R&B, então tocar algum punk rock e pop rock que ela fez, e então faixas dançantes de clube. Todos os tipos (de coisas), todas essas sensações diferentes. Desculpe, mas a maioria dos guitarristas que admiro não conseguiria fazer aquele show em seu tempo de vida. Digo isso da maneira mais elogiosa possível. Slash é um dos maiores guitarristas de rock de todos os tempos, mas eu garanto – e ele seria o primeiro a dizer a você – que se ele tentar tocar uma introdução limpa para 'Rude Boy' de Rihanna, não vai acontecer. Ele teria que lutar. Acredito que se eu não fosse tão diverso musicalmente e conhecido todo tipo de música quando era mais novo, não teria como estar nessa. E também ser aberto, ser um músico aberto no sentido de absorver tudo.”Quem não ficou nada satisfeito com a declaração foi o Richard Fortus, guitarrista do Guns 'N Roses e amigão do Saul Hudson.
E instagramou seus sentimentos:
O que, no idioma de Luiz Carlini, quer dizer mais ou menos...
“Eu tenho que respeitosamente discordar. @nunobettencourtofficial é um dos grandes, com certeza. No entanto, há muito pouco que @slash não poderia fazer na guitarra (se ele quisesse). Eu fiz turnê com Rihanna antes de Nuno e passei muito tempo tocando com Slash. Este show não seria uma luta para ele.”A reação de Nuno foi, metaforicamente, extreme escrevendo um TCC de morde-e-assopra em formato de Bíblia, Guerra e Paz e catálogo telefônico:
Resultando na seguinte revisão do que me entregou o Google Translator:
“Bem... sabia que isso eventualmente iria acontecer.Difícil tomar algum partido quando os dois têm sua cota de razão. Nuno, por observar os rigores de alguns (grandes) músicos do rock e Fortus, por observar o modo canhestro de Nuno afirmar isso.
Você não pode ser abençoado e estar em várias capas de revistas de guitarra aos chocantes 56 anos de idade, receber tanta atenção por sua forma de tocar e pelo novo álbum como um guitarrista de rock sem que algum outro guitarrista agite alguma merda.
Estou respondendo a isso não porque eu dou a mínima para o que esse guitarrista pensa sobre mim, mas, em vez disso, porque eu odiaria pensar que minhas poucas palavras ofenderam um herói meu, @slash e possivelmente foderam meu relacionamento com ele.
@4tus eu ‘respectivamente’ nunca ouvi você tocar uma nota em meus 56 anos de vida e só sei seu nome do acampamento Rihanna e como um músico substituto no Guns.
Tenho certeza de que você é um músico decente, mas você realmente precisava repassar uma manchete que me fez parecer que estou falando mal de um colega músico, Slash.
Como se eu fosse pensar que Slash não é capaz de tocar nenhuma música da Rihanna enquanto dorme.
Vamos esclarecer uma coisa. Para mim, Slash é um dos maiores guitarristas de rock da minha geração e de todos os tempos. PONTO.
E @4tus, se você me conhecesse e onde está meu coração, saberia que o que eu quis dizer nesta declaração não era sobre Slash ou sua capacidade, era sobre guitarristas de rock como eu ou Slash trocando de estilo e a estranheza de tocá-los.
É óbvio que Slash pode tocar essas músicas, muito obrigado por apontar isso como se nós já não soubéssemos.
Mas para mim, como um guitarrista de ROCK predominante, obviamente não sou tão talentoso quanto você e achei um desafio acertar todas as diferentes pegadas e tons de guitarra de gêneros como Reggae, R&B, Electronic Dance, Trap e pop.
No que diz respeito à minha afirmação ridícula de que Slash iria ‘lutar’, sim, uma má escolha de palavras da minha parte, eu pessoalmente espero que Slash, que é um colega e uma influência, seja mais maduro o suficiente para entender o que eu realmente quis dizer como guitarrista por esse comentário.
Ao mencionar Slash como um exemplo icônico do Rock, quis dizer que, em geral, um guitarrista de rock o acharia, NÃO UMA LUTA, mas se sentiria como um peixe fora d'água como músico.
ISSO É TUDO QUE EU DISSE.
Eu não tive NADA além de respeito e admiração por @gunsnroses e @slash.
Peço desculpas se ofendi alguém sem querer.
N.”
De qualquer forma, esse episódio me lembrou algo que o baixista Jason Newsted articulou em entrevista à Rock Brigade sobre a diferença entre Andreas Kisser, guitarrista do Sepultura, e James Hetfield e Kirk Hammett, seus ex-companheiros de Metallica.
E ainda concluiu com uma voadora no Yngwie Malmsteen. Assim é que se faz, Nuno.
Jason é o cara.
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quinta-feira, 23 de março de 2023
E viva à liberdade de pressão
Vez ou outra, algumas pérolas que jaziam no limbo televisivo conservadas n'algum VHS embolorado ressurgem no YouTube. Bruce Dickinson figurando no Que Som É Esse?, da antiga MTV, é uma dessas.
O quadro era um rip-off da seção "Cabra-Cega", da revista Bizz. O cantor, que promovia seu show solo no Festival Skol Rock 97, preferiu atirar a cerimônia pela janela e deixar as coisas mais... divertidas, para espanto da então VJ Chris Couto.
Dickinson sempre foi um fanfarrão e levantou ali uma bola perfeita para a jornalista cortar. Uma não, duas. Atirar na vaca sagrada alternativa Sonic Youth e brincar com a teoria conspiratória da morte de Kurt Cobain a mando da esposa Courtney Love fariam brilhar a retina de qualquer repórter com faro por uma declaração mais polêmica. Mas a Chris Couto — e nada contra a Chris Couto — seguiu travada em sorrisos tímidos, congelada num script sabor oportunidade-perdida.
É certo que o jornalismo cultural brasileiro já registrou momentos de autoafirmação e da maisputa pura iconoclastia. Isso nem se discute. Uma outra face, porém, foi criada sob medida para gravadoras e artistas: a da imprensa-parça, com abordagens bajuladoras, entrevistas fofinhas e ousadia zero.
Só que, em algumas ocasiões, os próprios entrevistados se encarregam de tocar fogo no parquinho. Ainda bem. Porque senão...
Ps: em 2011, o Sonic Youth fez o último show de sua carreira no festival SWU, em São Paulo. Momento histórico em que o jornalismo brazuca - também envolvendo outra ex-VJ - seguiu comendo mosca. Ó vida. Ó chinelagem.
O quadro era um rip-off da seção "Cabra-Cega", da revista Bizz. O cantor, que promovia seu show solo no Festival Skol Rock 97, preferiu atirar a cerimônia pela janela e deixar as coisas mais... divertidas, para espanto da então VJ Chris Couto.
Dickinson sempre foi um fanfarrão e levantou ali uma bola perfeita para a jornalista cortar. Uma não, duas. Atirar na vaca sagrada alternativa Sonic Youth e brincar com a teoria conspiratória da morte de Kurt Cobain a mando da esposa Courtney Love fariam brilhar a retina de qualquer repórter com faro por uma declaração mais polêmica. Mas a Chris Couto — e nada contra a Chris Couto — seguiu travada em sorrisos tímidos, congelada num script sabor oportunidade-perdida.
É certo que o jornalismo cultural brasileiro já registrou momentos de autoafirmação e da mais
Só que, em algumas ocasiões, os próprios entrevistados se encarregam de tocar fogo no parquinho. Ainda bem. Porque senão...
Ps: em 2011, o Sonic Youth fez o último show de sua carreira no festival SWU, em São Paulo. Momento histórico em que o jornalismo brazuca - também envolvendo outra ex-VJ - seguiu comendo mosca. Ó vida. Ó chinelagem.
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terça-feira, 29 de novembro de 2022
Motörhead Æternamente
E, do nada, uma nova do Metallica. Aliás, um balaço do Metallica, que se registre nos autos.
A influência de Motörhead explode da levada de baixo-guitarras às metralhadas do bumbo duplo — o clássico "Overkill" manda lembranças.
Mas não só: o breakdown ali pela metade remete diretamente à gênese discográfica da banda, no Kill 'Em All, de 1983. Mais especificamente, à música de abertura, a pedrada "Hit the Lights", que já evidenciava o impacto de Lemmy e seus bandoleros sobre todo o speed metal de 1ª hora.
Confesso que o nome de sabonete me enganou a princípio. A faixa pertence ao vindouro álbum, de nome igualmente fofo, 72 Seasons. Tomara que o golpe de vista se repita. Só saberemos em abril de 2023.
Por hora, é bom demais matar a saudade do Metallica Metallica.
Dica do Sandrö.
A influência de Motörhead explode da levada de baixo-guitarras às metralhadas do bumbo duplo — o clássico "Overkill" manda lembranças.
Mas não só: o breakdown ali pela metade remete diretamente à gênese discográfica da banda, no Kill 'Em All, de 1983. Mais especificamente, à música de abertura, a pedrada "Hit the Lights", que já evidenciava o impacto de Lemmy e seus bandoleros sobre todo o speed metal de 1ª hora.
Confesso que o nome de sabonete me enganou a princípio. A faixa pertence ao vindouro álbum, de nome igualmente fofo, 72 Seasons. Tomara que o golpe de vista se repita. Só saberemos em abril de 2023.
Por hora, é bom demais matar a saudade do Metallica Metallica.
Dica do Sandrö.
sexta-feira, 28 de outubro de 2022
The Killer is dead. Long live the Killer!
Jerry Lee Lewis
(1935 - 2022)
Até na saideira Jerry Lee Lewis quebra tudo. Há dois dias correu o mundo a notícia que "The Killer", um dos pilares de 1ª hora da música pop, havia partido. Artigos e memoriais já detalhavam a importância e o status maldito do grande astro do rock and roll. E logo em seguida, a notícia foi desmentida. Infelizmente, o alívio não durou muito e hoje veio a confirmação de que um dos últimos pioneiros se juntou àquela imensa e barulhenta constelação lá em cima.
Claro que seu controverso 3º casamento (de sete!) levará um desmedido destaque em matérias por aí. Lewis fez sua escolha há muito tempo, quando trocou votos com sua prima de 13 anos. E por isso pagou um preço enorme — provavelmente foi o 1º cancelado da cultura pop. Mas nunca parou de fazer shows arrasadores (ou seria matadores?) e de construir uma discografia épica.
E deixa um legado de influência primordial para artistas tão distintos quanto Stones, AC/DC, Stray Cats, Cramps, Ramones, Ministry e Motörhead. Basicamente tudo o que veio depois e que teve sangue quente correndo nas veias.
Thank you, Killer!
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022
As Portas da Quadrinização
Em tempos de lockdown e restrições batendo forte no circuito de entretenimento, a Z2 Comics resgatou um filão bacana para ajudar na liquidez dos artistas: os quadrinhos sobre música. Nos últimos dois caóticos anos, a loja-editora de Josh Frankel e Sridhar Reddy publicou várias graphic novels relacionadas ao universo musical. O checklist —ou line-up?— foi do "Bird" Charlie Parker a Gorillaz, passando por Dio e Anthrax até o esporrento Gwar, entre outros. Coisa fina.
Dos ilustres homenageados, não posso deixar de destacar a graphic comemorativa dos 50 anos do clássico Morrison Hotel, do venerável The Doors.
A HQ recém lançada é escrita pela Leah Moore, a filha do ômi, em colaboração com os remanescentes da banda e ilustrada por um contingente que inclui Jill Thompson, Michael Avon Oeming, Tony Parker, Marguerite Sauvage, Colleen Doran, Guillermo Sanna e mais uma fila que vai daqui até Juazeiro do Norte. O release é quase um medley flower power:
A conexão Doors/HQ e o mana-a-manos da Leah com os músicos me lembrou uma proposta similar ensaiada em 1993 pela defunta Malibu Comics (que hoje jaz no fundo das gavetas da Marvel). A graphic contava com as incríveis ilustrações do gaúcho Henrique Antonio Kipper, que acabaram não agradando muito o tecladista Ray Manzarek.

Notinha na revista Bizz #94 (maio/1993)
Com todo o respeito ao saudoso mago Manzarek, as artes preliminares eram fantásticas. Mas, segundo consta, o projeto acabou cancelado por "problemas no roteiro".
De todo modo, no mesmo ano, Kipper desenhou para outra "HQ de rock" —e igualmente da realeza. São dele os traços do segmento "Os Espelhos", publicado na antologia Graphic Rock #1: John Lennon, da editora Nova Sampa.
É curtinha e em p&b (colorida faria mais estrago), mas deu aquela vingada.
Enquanto isso, continuo aguardando monasticamente que alguma santa editora publique Voodoo Child: The Illustrated Legend of Jimi Hendrix, com texto de Martin I. Green e uma arte embasbacante do Bill Sienkiewicz. Faz tempo que estou tocando essa air guitar, viu...
Dos ilustres homenageados, não posso deixar de destacar a graphic comemorativa dos 50 anos do clássico Morrison Hotel, do venerável The Doors.
The Doors present the brand new Morrison Hotel 50th anniversary graphic novel! Order the deluxe edition now, which includes an exclusive 12” vinyl LP picture disc of the iconic album.
Publicado por The Doors em Quinta-feira, 30 de dezembro de 2021
A HQ recém lançada é escrita pela Leah Moore, a filha do ômi, em colaboração com os remanescentes da banda e ilustrada por um contingente que inclui Jill Thompson, Michael Avon Oeming, Tony Parker, Marguerite Sauvage, Colleen Doran, Guillermo Sanna e mais uma fila que vai daqui até Juazeiro do Norte. O release é quase um medley flower power:
“A antologia Morrison Hotel, escrita por Leah Moore em colaboração com os membros sobreviventes da legendária banda de rock e desenhada por artistas de todo o mundo dos quadrinhos, narrará a influência da banda em algumas das tradições que levaram ao seu status como os arquitetos de contracultura, influenciando artistas, poetas e renegados pelas gerações que virão, tendo como pano de fundo o fim do espírito livre da década de 1960 para a tumultuada década de 1970. Uma década em que mulheres, afro-americanos, nativos americanos, gays, lésbicas e outras pessoas marginalizadas continuaram sua luta por igualdade e muitos americanos se juntaram ao protesto contra a guerra em curso no Vietnã.”Um material bem interessante, porém de apelo segmentado e que dificilmente aportará por estas bandas. Pelo menos em papel...
A conexão Doors/HQ e o mana-a-manos da Leah com os músicos me lembrou uma proposta similar ensaiada em 1993 pela defunta Malibu Comics (que hoje jaz no fundo das gavetas da Marvel). A graphic contava com as incríveis ilustrações do gaúcho Henrique Antonio Kipper, que acabaram não agradando muito o tecladista Ray Manzarek.
Notinha na revista Bizz #94 (maio/1993)
Com todo o respeito ao saudoso mago Manzarek, as artes preliminares eram fantásticas. Mas, segundo consta, o projeto acabou cancelado por "problemas no roteiro".
De todo modo, no mesmo ano, Kipper desenhou para outra "HQ de rock" —e igualmente da realeza. São dele os traços do segmento "Os Espelhos", publicado na antologia Graphic Rock #1: John Lennon, da editora Nova Sampa.
É curtinha e em p&b (colorida faria mais estrago), mas deu aquela vingada.
Enquanto isso, continuo aguardando monasticamente que alguma santa editora publique Voodoo Child: The Illustrated Legend of Jimi Hendrix, com texto de Martin I. Green e uma arte embasbacante do Bill Sienkiewicz. Faz tempo que estou tocando essa air guitar, viu...
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terça-feira, 27 de julho de 2021
Kudos, Mr. Jordison
Nathan Jonas "Joey" Jordison
(1975 - 2021)
Nunca dei muita bola para o Slipknot, mas, parafraseando o saudoso Gordura, "entre todas as milhares de coisas pra ti odiar no Slipknot, definitivamente a bateria não é uma dessas". E realmente o fenomenal Joey Jordison fazia a diferença. E muita.
Mesmo assim, só abracei a causa de vez após o show do Metallica em Donington, em 2004, sem Lars e com ninguém menos que Jordison e Dave Lombardo assumindo as baquetas. Pela 1ª vez em muito tempo, a banda soava pesada e ameaçadora novamente.
Jordison tinha mielite transversa (razão pela qual saiu do Slipknot), mas havia apresentado melhoras com o tratamento. Tanto que logo na sequência chegou a montar novas bandas (Scar the Martyr, Sinsaenum, Vimic) e a tocar com Ministry, Rob Zombie e 3 Inches of Blood, fora os vários trampos de produção. Foram 46 anos a mil.
Consta que se foi durante o sono. Uma benção.
Muito jovem ainda. E extremamente talentoso.
quinta-feira, 10 de dezembro de 2020
A Lenda fica – e o Homem também
Se vai Richard Corben, um gigante da ficção científica, do terror e da fantasia. Confesso que preferi esperar um pouco até uma confirmação mais, digamos, oficial. E ela veio, implacável, pela declaração de sua esposa, Dona.
Não é à toa que a notícia só veio alguns dias depois. Com uma vida reservada e de poucas fotos (com aparições em vídeo ainda mais raras), Corben poderia facilmente ter sido o Terrence Malick dos quadrinhos, não fosse uma diferença básica: a carreira tão prolífica quanto longeva. Desenhista, pintor, colorista, roteirista, animador, escultor, um artista completo que tinha entre seus admiradores gente como Alan Moore, Moebius, Robert Crumb, Neal Adams, Druillet e Will Eisner.
É de Corben a 1ª história da 1ª edição da Heavy Metal. Histórico é pouco. Não tenho nenhuma dúvida da sorte de estar aqui no tempo de vida desse mestre. Bem como o fato de que obras memoráveis como Hellblazer: Inferno na Prisão, Banner e Luke Cage MAX não seriam as mesmas sem ele.
E, claro, é sempre bom ter um vislumbre de humanidade em um gênio assim. Sejam nos preciosos momentos em família, sejam nas mesmas dúvidas que todo mundo tem em certo ponto da vida.
Segue um trecho de uma ótima entrevista para a Heavy Metal do Corben quarentão em 1981:
"A maior tragédia da vida é que você não tem sua sabedoria e sua juventude ao mesmo tempo. Quando passei dos trinta, não me incomodou muito, mas passando dos quarenta, estou pensando mais sobre isso. Chegou a hora de fazer uma lista de todas as coisas que você quer fazer da sua vida e depois começar a fazer, porque do contrário será tarde demais. Coisas que eu não consegui alcançar antes, eu me esforço ainda mais. Estou disposto a arriscar mais porque é agora ou nunca!"
Duvido que aquele moleque lá do início teria se decepcionado.
quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020
Feliz 50 anos, Black Sabbath!
Não ia passar batido pelo cinquentenário da música, do disco... do início de tudo.
Evocativa e arrepiante até hoje. Game-changing é isso aí.
Evocativa e arrepiante até hoje. Game-changing é isso aí.
sexta-feira, 10 de janeiro de 2020
A Farewell to King
O adeus de um mestre? O fim de uma era? Algum pensamento? Eu, neste momento... não tenho nenhum.
A Música perdeu demais.
Thank you so much for all the trips, Neil Peart.
domingo, 30 de junho de 2019
Retrospec Junho/2019
3/6¹ - Robert Pattinson é o novo Batman dos cinemas e Zack Snyder curtiu isso. No Vero. Quem é que usa o Vero? Os mesmos que usam o Telegram? Goddamn early adopters.
3/6² - A Mauricio de Sousa Produções anuncia o lançamento de Turma da Mônica Geração 12, o primeiro título da linha Mangá MSP. Os olhões gigantescos a turminha já tem...
3/6³ - Daniel Lopes, da editora Pipoca & Nanquim, publica um inocente gif e o gerente do banco me liga dizendo "não!"
4/6¹ - Alguém lá na editora Lorentz cabulou a aula de utilização de crases e de por que/porque/por quê/porquê. Resultado, a graphicaça Alvar Mayor, de Carlos Trillo e Enrique Breccia, se torna uma das recordistas de erros da página Todo Dia um Erro nos Quadrinhos Diferente. Para ser justo, nenhum dos erros diminui ou altera a percepção/compreensão da obra. Mas podiam ter prestado mais atenção, né...
4/6² - Deadly Class e Happy! canceladas pela Syfy. Bastardos!
5/6¹ - Fofocas indicam que a Marvel Studios está programando a volta do Quarteto Fantástico nos cinemas para 2022. E Peyton Reed (Homem-Formiga) está louco para dirigir.
5/6² - Fora isso, a Marvel Studios também está negociando com Keanu Reeves e Angelina Jolie para estrelarem Os Eternos. Calma aí, Marvel. Calma aí.
6/6¹ - Partiu Malcolm John Rebbenack Jr., o lendário Dr. John, aos 77. Veterano do blues, rock, r&b, funk e boogie-woogie, o bom Doutor estava na estrada desde a década de 1950 e gravou mais de 30 discos solo, fora álbuns ao vivo e um oceano de colaborações com outros artistas. Um mestre que se vai.
6/6² - E Swamp Thing já está cancelada. Alguns boatos dão conta de diferenças criativas - time do direcionamento de terror vs. time do formato CSI-da-semana - e conflitos com a mudança na plataforma streaming da WBTV.
6/6³ - Nada disso: as razões foram mais práticas. Parecia até praga do Arcane, mas foi só a Warner fazendo merda de novo.
7/6¹ - Se vai Sérgio Augusto Bustamante, o Serguei. Tão rockeiro quanto folclórico, Serguei nunca saiu da década de 1960, mas sempre fez o que quis - e foi o que quis - até o fim. Personalidade e carisma únicos.
7/6² - Após a editora Record perder o passe, Asterix vai parar na Panini. Perdeu, gaulezada.
Sábado, 8 de junho de 2019
8/6 - Andre Matos faz sua passagem, aos 47. Cantor e multi-instrumentista talentosíssimo, Matos construiu uma trajetória sólida e respeitada, seja em carreira solo ou com as bandas Viper, Angra e Shaman. Sempre admirei a representatividade da obra do músico, especialmente em se tratando de power metal/heavy metal melódico produzido em pleno Brasil. Inesperado, pra dizer o mínimo.
11/6¹ - Em matéria entitulada "O Dia em que a Música Queimou", o New York Times revela a verdadeira extensão do incêndio nos estúdios da Universal em New England, em 1 de junho de 2008. Um desastre sem precedentes que pode ser facilmente considerado o pior da História da Música, mas que, até hoje, permanecia criminosamente acobertado. Não é brincadeira: quando mencionam a destruição das masters originais de Guns N' Roses, Nirvana, Soundgarden, R.E.M., Nine Inch Nails e outros artistas contemporâneos, é quase como se estivéssemos no lucro. Preste atenção na 1ª e na última leva de gênios musicais mencionados pelo jornalista Cunha Jr. no programa Metrópolis. É chocante. Que ano, meu amigo. Que ano.
11/6² - A editora Figura abre um Catarse para a obra Tanka, do mestre italiano Sergio Toppi. Repetindo: Sergio Toppi. Agora vá lá colaborar.
11/6³ - Parece que Swamp Thing tinha um objetivo de 3 temporadas para lançar uma série da Liga da Justiça Dark. E tudo seguia muito bem até a Warner se dar conta disso.
11/64 - Quentin Tarantino vai dirigir um Star Trek para maiores de 18 anos. No aguardo para a cena do Dr. McCoy ressuscitando o Scotty de uma overdose de heroína com um shot de adrenalina direto no coração. Vida longa e próspera, motherfucker.
11/65 - Sob ataque cerrado de zilhares de DCminions raivosos, Rob Liefeld abandona sua conta no Twitter. Ao menos deixou um bonito legado de desafetos, desenhos colossais e seguidas redescobertas de sua própria jenialidade. Em dois dias ele volta.
12/6¹ - Quer ver um decenauta véio e acabado chorando? Conta pra ele que Scott Snyder vai trazer a Sociedade da Justiça de volta.
12/6² - O roteirista Al Ewing e os artistas Joe Bennett e Paul Mounts incorporaram o John Carpenter de O Enigma de Outro Mundo em Immortal Hulk #19. Nojeira da braba!
12/6³ - Autoridades americanas desarticulam uma quadrilha que traficava metanfetamina cristal para a Austrália dentro de gibis da DC. Bem debaixo do nariz do Bátima! Opa...
12/64 - Lobo sai de Krypton e ganha sua própria série via Syfy. Será que o Maioral finalmente vai chegar lá?
12/6 - Jason Aaron e Esad Ribic se reúnem para concluir seu épico do Deus Trovão em King Thor #1! Lançamento em setembro. Aye!!
13/6¹ - Se vai André Midani, o homem que reinventou o pop brasileiro.
13/6² - Jimmy Fallon é um bosta, mas esse hino do derrotismo interpretado pelo Fat Thor foi no alvo.
13/6³ - O run de 100 edições do Batman por Tom King acaba de se transformar em um run de 12 edições de Batman/Catwoman devido a compromissos recém-assumidos do roteirista com um longa dos Novos Deuses e uma série de TV ainda não divulgada. Entendi direito, produção? Quantos dias a DC estava sem fazer merda mesmo?
14/6¹ - O filme já deve ter ido pro pau, mas que se-phoda-se: Bill Sienkiewicz e Chris Claremont se reúnem para New Mutants: War Children #1. O one-shot (então porque o #1, com mil diabos?) será lançado em setembro nas comic shops americanas - e 1.2 segundos depois, num compartilhador de arquivos pertinho de você. Excelsior!
14/6² - HAHAHAHAHAHAHA... cara, isso foi errado em muitos níveis, da disseminação do preconceito à completa desonestidade editorial, mas puta que par... Porra, Abril! HAHAHAHAHAHAHA!!
14/6³ - 3ª temporada de Young Justice: Outsiders a caminho. E com a Vovó Bondade cheia de amor pra dar.
15/6 - Se vai o produtor, diretor e ex-senador italiano Franco Zeffirelli, aos 96. Esse era dos grandes. Foi muito popular entre o público brasileiro por suas versões de A Megera Domada (1967), Romeu e Julieta (1968), o belíssimo Irmão Sol, Irmã Lua (1972), Jesus de Nazaré (1977), Amor sem Fim (1981) e, especialmente, pelo dramão de boxe O Campeão (1979), com Jon Voight e Faye Dunaway. Haja lencinho de papel.
16/6 - O diretor e roteirista Todd Philips diz que o filme do Coringa será Rated R (menores de 17 anos, só acompanhados dos pais ou demais responsáveis). Mas ainda não levo fé, avisem pra ele.
I’ve been diagnosed with throat cancer. It’s clearly something to be respected and faced head on - but I’ve faced obstacles before. I’m working closely with my doctors, and we’ve mapped out a treatment plan which they feel has a 90% success rate... https://t.co/8FBQUmloSf pic.twitter.com/CPuu2UFPv1— Dave Mustaine (@DaveMustaine) June 17, 2019
17/6¹ - Dave Mustaine está com câncer na garganta. Nossa torcida para o MegaDave!
17/6² - Lembra da Red Monika? Ou melhor, de Battle Chasers, a série de fantasia do Joe Madureira? Diz ele que quer continuar com a história de onde ela parou, no #9, há dezoito anos. E precisa de ajuda.
19/6¹ - Realmente não entendo a polêmica sobre a fase de Tom King no Batman. Por exemplo, aquela cena dos Batmans papeando e arrastando um caixão pelo deserto tem uma porralouquice à Zero Hora e ainda lembra o crássico vídeo Um pistoleiro chamado Papaco. Melhor que isso, só o Feira da Fruta.
19/6² - Um caminhão de escritores e artistas canadenses foi incumbido de trazer a Tropa Alfa de volta à ordem do dia em Alpha Flight: True North. Espero que a Marvel não tenha se esquecido de que, além da nacionalidade, é essencial que todos os envolvidos detestem o supergrupo. Deu certo com o John Byrne.
20/6¹ - Nepotismo é (d)o caralho: J.J. Abrams e seu filho de 20 anos, Henry, estão escrevendo um gibi do Homem-Aranha. Nem sei o que dizer. A única coisa que me vem à mente agora é "Meu garoto... meu pai-pai..."
20/6² - A crítica anda meio dividida com Superman: Year One #1, da dupla Frank Miller/John Romita Jr. Uns acham que é exageradamente sexista e ufanista; outros acham que o escoteirão virou um sociopata. Da minha parte, ainda estou lidando com a capa do Romitinha.
21/6¹ - Em setembro sai o especial Satanika Vs. Morella's Demon, escrito por Glenn Danzig com desenhos de Simon Bisley. Esse vai ser osso pra achar no DC++.
21/6² - Ao lado dos roteiristas Ange e Patrick Renault, o desenhista Charlie Adlard (The Walking Dead, óbvio) publica em setembro sua graphic francesa The Walking Vamp... ops, Vampire State Building.
21/6³ - E... lá se vai o selo Vertigo.
21/64 - Millennium Films substitui o queimado Bryan Singer por Jill Soloway (da série Transparent) na direção do filme Red Sonja. Com isso, aumentaram a testosterona do projeto em 400%.
21/65 - O Los Angeles Times lamenta que a Marvel tenha fechado seu selo Vertigo 1 ano após o aniversário de 25 anos da editora. É realmente triste saber que não teremos mais gibis do Fantasma. :´(
22/6¹ - Paulo Antônio Figueiredo Pagni, o P.A., se vai, aos 61. Baterista do RPM, P.A. foi um dos poucos músicos que soube o que era ser um rockstar nesse país (RPM era rock, vai). Dessa vez, infelizmente, não era fake news.
22/6² - Após a estarrecedora matéria do New York Times revelando a verdade sobre o incêndio no estúdio da Universal, chovem processos de todos os lugares - inclusive do além, com o ator e rapper Tupac, morto em 1996.
24/6¹ - Já vi esse filme antes, mas vá lá: Danny Boyle confirma que um terceiro filme da série Extermínio voltou à mesa de planejamentos. Daqui a 28 meses teremos mais notícias.
24/6² - Deadly Class foi cancelada mesmo, não vai para nenhuma outra rede e Rick Remender (o criador do gibi) está em paz com isso.
24/6³ - Gail Simone está trazendo o Daredevil de volta. Não o Matt Murdock, mas o Daredevil original da Lev Gleason, priminho do Homem 3-D, e agora rebatizado Death Defying 'Devil - literalmente, 3 D's. Melhor que a D... ynamite ser processada pela D... isney. Damn.
26/6¹ - Neil Gaiman twitta que pediu à Marvel TV para escrever uma série de 1602 e eles nem ligaram. Captamos a vossa mensagem, Neil. Eu levo os coquetéis molotov.
26/6² - Max Wright se vai, aos 75. O ator ficou famoso no Brasil no fim dos anos 1980 com o personagem Willie Tanner, pai de uma típica família de classe média americana no sitcom Alf: o ETeimoso. Depois disso, Wright passou maus bocados na vida pessoal, daqueles dignos de figurar no E! True Hollywood Story - o que parece ser uma triste constante no mainstream americano.
28/6¹ - Steven Adler, ex-baterista do Guns N' Roses, é internado após cravar uma faca em si mesmo. Eita.
28/6² - Segundo um representante de Adler, a autoesfaqueada foi acidental e o ferimento, superficial. Em alguma mansão de LA, Axl está dizendo "arram, sei".
28/6³ - James Hetfield pira o cabeção ouvindo Angel of Death no carro. Quem lhe dera, hein James. Quem lhe dera...
30/6¹ - Sandman, a série, está em desenvolvimento pela Netflix.
30/6² - E aí vem Rien...
...a filha de Wolverine. Ah, para, Marvel. Para.
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