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domingo, 30 de julho de 2023

Jorgito e a espiral ascendente

Enquanto alguns alertam para a ocidentalização dos animes, esse sneak peek de Uzumaki parece extremamente japonês pra mim...


Nunca li o mangá. A obra de Junji ItoJorgito, para quem pega tudo o que a Pipoca & Nanquim lança dele a cada meia hora – já saiu duas vezes por aqui. A 1ª em uma mini em 3 partes pela Conrad e depois em edição única pela Devir. Nem sei se ainda está em catálogo.*

* Mas não se preocupe. Logo mais, a P&N deve re-re-relançar em capa dura, corte trilateral, hot stamp, fitilho e, lógico, bookplate assinado.

Para o horror dos otakus ortodoxos (= pleonasmo), a série animada em 4 episódios está por conta da Production IG USA em parceria com a Cartoon Network. Porém é dirigido pelo honorável Hiroshi Nagahama, com o sol nascente nas veias.

O mangá já foi adaptado para games e até um filme live-action lançado em 2000, mas, incrivelmente, esta nova versão está em fase de produção desde 2019. Deve ser seus motivos burocráticos com tantas companhias envolvidas, sem contar a pandemia lá pelo meio. Nem a data de lançamento foi divulgada ainda, mas Jason DeMarco, vice-presidente da divisão de animações da Warner/Cartoon, promete que sai ainda este ano.

De qualquer forma, a prévia é mesmerizante. E tecnicamente impecável, seguindo os rigores da boa e velha animação tradicional.

Não acho que ninguém ali sofreu qualquer efeito de uma pretensa americanização.



Bom, quase ninguém.

domingo, 7 de maio de 2023

A Amazon adverte


Ué, deu nem 3 quilos.

Do que o povo de Cajamar está falan...


Ah.

Vida e obra do infame Rodrigo Bórgia. Nunca li. De fato, é meu primeiro quadrinho não-pornochanchada do Milo Manara. E em companhia do Jodorowsky, o que é melhor ainda.

Méritos para a Pipoca & Nanquim pela visão e por fazer acontecer.

A HQ estava fora de catálogo há uns dez anos. Quando saiu em 4 volumes pela Conrad, não deu pra mim. Era o preço de uma retina. Ou duas.


Deve ser uma experiência deveras enriquecedora. Penso em reunir o catecismo local para uma leitura com slides.

Quem sabe até na missa de domingo...!

quarta-feira, 19 de abril de 2023

John Buscema vive!

Ao menos no legado e nas artes de Roberto De La Torre para Conan the Barbarian, da Titan Comics.



"Big" John Buscema sempre foi uma referência bíblica para quadrinistas do Oiapoque à Angoulême. Junto com Stan Lee, ele reformulou e modernizou o Estilo Marvel de desenhar HQs. E mesmo após tantos anos e dos incontáveis artistas que o sucederam em Conan, nunca vi um traço tão diretamente influenciado pelo homem. Isso é surreal. E é o que faz estas prévias soarem tão impactantes e... canônicas.

Além, claro, de ser um bálsamo para olhos, após décadas de coisas que simplesmente não dá para desver. Crom!

Recapitulando, após a extensa fase Marvel a partir de 1970, o bárbaro foi para a Dark Horse. A estadia também foi generosa: começou em 2003 e durou até 2018, quando a licença foi revertida mais uma vez para a Casa das Ideias. Neste interím, os direitos caíram em domínio público na França e, no mesmo ano, a Glénat passou a publicar a série de álbuns Conan le Cimmérien, lançada aqui pela Pipoca & Nanquim — a Itália e a Espanha também têm seus próprios Conans, via Weird Book e DQómics, respectivamente.

A última passagem pela Marvel foi breve e durou até outubro de 2022. Logo em seguida, Conan já estava na britânica Titan Comics. Os direitos, assim como os das demais obras de Robert E. Howard, pertencem à Cabinet Entertainment, da qual a Conan Properties International é uma das subsidiárias.

A nova equipe do cimério parece bem montada pela Titan. Tanto De La Torre quanto o roteirista Jim "Zub" Zubkavich são reincidentes na Era Hiboriana: ambos colaboraram em algumas edições da ótima Conan the Barbarian recente da Marvel, publicada aqui pela Panini. Já o veterano colorista José Villarrubia trabalhou no Conan fase Timothy Truman, da Dark Horse, que a Mythos publicou até ano passado.

Mas confesso que até preferia o material em preto e branco mesmo, como nas preliminares só no nanquim. As páginas ficaram espetacularmente ESC.

O clima de Conan da Era Clássica Marvel parece ter contagiado inclusive Dan Panosian e Patrick Zircher, artistas do material promocional e da capa variante da edição #1.


Nem imagino o que o ranzinza do Barry Windsor-Smith diria desta recriação, mas ficou legal demais.

Na sinopse:
“Na véspera de sua primeira grande batalha, o jovem CONAN DA CIMÉRIA imagina uma vida além das fronteiras de sua terra natal e anseia por uma vida de aventuras jamais sonhada em seu pequeno vilarejo.

Visões de futuros aliados e males indescritíveis que ele eventualmente encontrará ao longo de sua lendária carreira preenchem sua mente enquanto ele faz a escolha de dar seu primeiro passo fatídico para a ERA HIBORIANA!
A nova Conan the Barbarian está prevista para sair em julho. Antes disso, terá uma edição #0 no Free Comic Book Day, em 6 de maio.

E é claro que estarei no encalço disso tudo, como um maldito cão rastreador picto.


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Enquanto isso, no Depto. de Aquisições & Lombadas...


Huh, oquei... acompanhei todo o processo, mas confesso que não vi isso chegando.

Fico tentado a fechar com um tradicional "Porra, Panini!" ®, mas, desta vez, eles não têm culpa. Ao contrário. Fizeram o melhor que puderam, até.

Questão de costume. Outras coisas me incomodam bem mais.

quarta-feira, 13 de maio de 2020

COWABUNGA!, April O'Neil

Da série "revivais em tempos de pandemia": com o 30º aniversário do filme As Tartarugas Ninja (1990), a equipe original da produção fará uma festa de pizza virtual. E Judith Hoag, a 1ª April O'Neil dos cinemas, está promovendo o encontrão.


O evento rola no próximo dia 23, no Zoom.

Darei uma espiadela. Adoro causos de bastidores, o filme foi um big fenômeno na época e a Hoag está mais bonita do que a 30 anos. Um vinho só.

Enquanto isso, sigo na vigília por um desconto nos dois volumes dos quelônios lutadores da Pipoca & Nanquim – um dos capas duras mais desnecessários do mercado nacional. Mas é um pequeno preço a pagar após uma espera de - putz - 30 anos.

domingo, 30 de junho de 2019

Retrospec Junho/2019


3/6¹ - Robert Pattinson é o novo Batman dos cinemas e Zack Snyder curtiu isso. No Vero. Quem é que usa o Vero? Os mesmos que usam o Telegram? Goddamn early adopters.

3/6² - A Mauricio de Sousa Produções anuncia o lançamento de Turma da Mônica Geração 12, o primeiro título da linha Mangá MSP. Os olhões gigantescos a turminha já tem...


3/6³ - Daniel Lopes, da editora Pipoca & Nanquim, publica um inocente gif e o gerente do banco me liga dizendo "não!"

4/6¹ - Alguém lá na editora Lorentz cabulou a aula de utilização de crases e de por que/porque/por quê/porquê. Resultado, a graphicaça Alvar Mayor, de Carlos Trillo e Enrique Breccia, se torna uma das recordistas de erros da página Todo Dia um Erro nos Quadrinhos Diferente. Para ser justo, nenhum dos erros diminui ou altera a percepção/compreensão da obra. Mas podiam ter prestado mais atenção, né...

4/6² - Deadly Class e Happy! canceladas pela Syfy. Bastardos!

5/6¹ - Fofocas indicam que a Marvel Studios está programando a volta do Quarteto Fantástico nos cinemas para 2022. E Peyton Reed (Homem-Formiga) está louco para dirigir.

5/6² - Fora isso, a Marvel Studios também está negociando com Keanu Reeves e Angelina Jolie para estrelarem Os Eternos. Calma aí, Marvel. Calma aí.


6/6¹ - Partiu Malcolm John Rebbenack Jr., o lendário Dr. John, aos 77. Veterano do blues, rock, r&b, funk e boogie-woogie, o bom Doutor estava na estrada desde a década de 1950 e gravou mais de 30 discos solo, fora álbuns ao vivo e um oceano de colaborações com outros artistas. Um mestre que se vai.

6/6² - E Swamp Thing já está cancelada. Alguns boatos dão conta de diferenças criativas - time do direcionamento de terror vs. time do formato CSI-da-semana - e conflitos com a mudança na plataforma streaming da WBTV.

6/6³ - Nada disso: as razões foram mais práticas. Parecia até praga do Arcane, mas foi só a Warner fazendo merda de novo.


7/6¹ - Se vai Sérgio Augusto Bustamante, o Serguei. Tão rockeiro quanto folclórico, Serguei nunca saiu da década de 1960, mas sempre fez o que quis - e foi o que quis - até o fim. Personalidade e carisma únicos.

7/6² - Após a editora Record perder o passe, Asterix vai parar na Panini. Perdeu, gaulezada.

Sábado, 8 de junho de 2019

8/6 - Andre Matos faz sua passagem, aos 47. Cantor e multi-instrumentista talentosíssimo, Matos construiu uma trajetória sólida e respeitada, seja em carreira solo ou com as bandas Viper, Angra e Shaman. Sempre admirei a representatividade da obra do músico, especialmente em se tratando de power metal/heavy metal melódico produzido em pleno Brasil. Inesperado, pra dizer o mínimo.

11/6¹ - Em matéria entitulada "O Dia em que a Música Queimou", o New York Times revela a verdadeira extensão do incêndio nos estúdios da Universal em New England, em 1 de junho de 2008. Um desastre sem precedentes que pode ser facilmente considerado o pior da História da Música, mas que, até hoje, permanecia criminosamente acobertado. Não é brincadeira: quando mencionam a destruição das masters originais de Guns N' Roses, Nirvana, Soundgarden, R.E.M., Nine Inch Nails e outros artistas contemporâneos, é quase como se estivéssemos no lucro. Preste atenção na 1ª e na última leva de gênios musicais mencionados pelo jornalista Cunha Jr. no programa Metrópolis. É chocante. Que ano, meu amigo. Que ano.


11/6² - A editora Figura abre um Catarse para a obra Tanka, do mestre italiano Sergio Toppi. Repetindo: Sergio Toppi. Agora vá lá colaborar.

11/6³ - Parece que Swamp Thing tinha um objetivo de 3 temporadas para lançar uma série da Liga da Justiça Dark. E tudo seguia muito bem até a Warner se dar conta disso.


11/64 - Quentin Tarantino vai dirigir um Star Trek para maiores de 18 anos. No aguardo para a cena do Dr. McCoy ressuscitando o Scotty de uma overdose de heroína com um shot de adrenalina direto no coração. Vida longa e próspera, motherfucker.

11/65 - Sob ataque cerrado de zilhares de DCminions raivosos, Rob Liefeld abandona sua conta no Twitter. Ao menos deixou um bonito legado de desafetos, desenhos colossais e seguidas redescobertas de sua própria jenialidade. Em dois dias ele volta.

12/6¹ - Quer ver um decenauta véio e acabado chorando? Conta pra ele que Scott Snyder vai trazer a Sociedade da Justiça de volta.

12/6² - O roteirista Al Ewing e os artistas Joe Bennett e Paul Mounts incorporaram o John Carpenter de O Enigma de Outro Mundo em Immortal Hulk #19. Nojeira da braba!


12/6³ - Autoridades americanas desarticulam uma quadrilha que traficava metanfetamina cristal para a Austrália dentro de gibis da DC. Bem debaixo do nariz do Bátima! Opa...

12/64 - Lobo sai de Krypton e ganha sua própria série via Syfy. Será que o Maioral finalmente vai chegar lá?


12/6 - Jason Aaron e Esad Ribic se reúnem para concluir seu épico do Deus Trovão em King Thor #1! Lançamento em setembro. Aye!!

13/6¹ - Se vai André Midani, o homem que reinventou o pop brasileiro.


13/6² - Jimmy Fallon é um bosta, mas esse hino do derrotismo interpretado pelo Fat Thor foi no alvo.

13/6³ - O run de 100 edições do Batman por Tom King acaba de se transformar em um run de 12 edições de Batman/Catwoman devido a compromissos recém-assumidos do roteirista com um longa dos Novos Deuses e uma série de TV ainda não divulgada. Entendi direito, produção? Quantos dias a DC estava sem fazer merda mesmo?


14/6¹ - O filme já deve ter ido pro pau, mas que se-phoda-se: Bill Sienkiewicz e Chris Claremont se reúnem para New Mutants: War Children #1. O one-shot (então porque o #1, com mil diabos?) será lançado em setembro nas comic shops americanas - e 1.2 segundos depois, num compartilhador de arquivos pertinho de você. Excelsior!


14/6² - HAHAHAHAHAHAHA... cara, isso foi errado em muitos níveis, da disseminação do preconceito à completa desonestidade editorial, mas puta que par... Porra, Abril! HAHAHAHAHAHAHA!!


14/6³ - 3ª temporada de Young Justice: Outsiders a caminho. E com a Vovó Bondade cheia de amor pra dar.

15/6 - Se vai o produtor, diretor e ex-senador italiano Franco Zeffirelli, aos 96. Esse era dos grandes. Foi muito popular entre o público brasileiro por suas versões de A Megera Domada (1967), Romeu e Julieta (1968), o belíssimo Irmão Sol, Irmã Lua (1972), Jesus de Nazaré (1977), Amor sem Fim (1981) e, especialmente, pelo dramão de boxe O Campeão (1979), com Jon Voight e Faye Dunaway. Haja lencinho de papel.

16/6 - O diretor e roteirista Todd Philips diz que o filme do Coringa será Rated R (menores de 17 anos, só acompanhados dos pais ou demais responsáveis). Mas ainda não levo fé, avisem pra ele.


17/6¹ - Dave Mustaine está com câncer na garganta. Nossa torcida para o MegaDave!

17/6² - Lembra da Red Monika? Ou melhor, de Battle Chasers, a série de fantasia do Joe Madureira? Diz ele que quer continuar com a história de onde ela parou, no #9, há dezoito anos. E precisa de ajuda.

19/6¹ - Realmente não entendo a polêmica sobre a fase de Tom King no Batman. Por exemplo, aquela cena dos Batmans papeando e arrastando um caixão pelo deserto tem uma porralouquice à Zero Hora e ainda lembra o crássico vídeo Um pistoleiro chamado Papaco. Melhor que isso, só o Feira da Fruta.

19/6² - Um caminhão de escritores e artistas canadenses foi incumbido de trazer a Tropa Alfa de volta à ordem do dia em Alpha Flight: True North. Espero que a Marvel não tenha se esquecido de que, além da nacionalidade, é essencial que todos os envolvidos detestem o supergrupo. Deu certo com o John Byrne.

20/6¹ - Nepotismo é (d)o caralho: J.J. Abrams e seu filho de 20 anos, Henry, estão escrevendo um gibi do Homem-Aranha. Nem sei o que dizer. A única coisa que me vem à mente agora é "Meu garoto... meu pai-pai..."


20/6² - A crítica anda meio dividida com Superman: Year One #1, da dupla Frank Miller/John Romita Jr. Uns acham que é exageradamente sexista e ufanista; outros acham que o escoteirão virou um sociopata. Da minha parte, ainda estou lidando com a capa do Romitinha.

21/6¹ - Em setembro sai o especial Satanika Vs. Morella's Demon, escrito por Glenn Danzig com desenhos de Simon Bisley. Esse vai ser osso pra achar no DC++.

21/6² - Ao lado dos roteiristas Ange e Patrick Renault, o desenhista Charlie Adlard (The Walking Dead, óbvio) publica em setembro sua graphic francesa The Walking Vamp... ops, Vampire State Building.


21/6³ - E... lá se vai o selo Vertigo.

21/64 - Millennium Films substitui o queimado Bryan Singer por Jill Soloway (da série Transparent) na direção do filme Red Sonja. Com isso, aumentaram a testosterona do projeto em 400%.

21/65 - O Los Angeles Times lamenta que a Marvel tenha fechado seu selo Vertigo 1 ano após o aniversário de 25 anos da editora. É realmente triste saber que não teremos mais gibis do Fantasma. :´(


22/6¹ - Paulo Antônio Figueiredo Pagni, o P.A., se vai, aos 61. Baterista do RPM, P.A. foi um dos poucos músicos que soube o que era ser um rockstar nesse país (RPM era rock, vai). Dessa vez, infelizmente, não era fake news.

22/6² - Após a estarrecedora matéria do New York Times revelando a verdade sobre o incêndio no estúdio da Universal, chovem processos de todos os lugares - inclusive do além, com o ator e rapper Tupac, morto em 1996.

24/6¹ - Já vi esse filme antes, mas vá lá: Danny Boyle confirma que um terceiro filme da série Extermínio voltou à mesa de planejamentos. Daqui a 28 meses teremos mais notícias.

24/6² - Deadly Class foi cancelada mesmo, não vai para nenhuma outra rede e Rick Remender (o criador do gibi) está em paz com isso.


24/6³ - Gail Simone está trazendo o Daredevil de volta. Não o Matt Murdock, mas o Daredevil original da Lev Gleason, priminho do Homem 3-D, e agora rebatizado Death Defying 'Devil - literalmente, 3 D's. Melhor que a D... ynamite ser processada pela D... isney. Damn.

26/6¹ - Neil Gaiman twitta que pediu à Marvel TV para escrever uma série de 1602 e eles nem ligaram. Captamos a vossa mensagem, Neil. Eu levo os coquetéis molotov.


26/6² - Max Wright se vai, aos 75. O ator ficou famoso no Brasil no fim dos anos 1980 com o personagem Willie Tanner, pai de uma típica família de classe média americana no sitcom Alf: o ETeimoso. Depois disso, Wright passou maus bocados na vida pessoal, daqueles dignos de figurar no E! True Hollywood Story - o que parece ser uma triste constante no mainstream americano.

28/6¹ - Steven Adler, ex-baterista do Guns N' Roses, é internado após cravar uma faca em si mesmo. Eita.

28/6² - Segundo um representante de Adler, a autoesfaqueada foi acidental e o ferimento, superficial. Em alguma mansão de LA, Axl está dizendo "arram, sei".


28/6³ - James Hetfield pira o cabeção ouvindo Angel of Death no carro. Quem lhe dera, hein James. Quem lhe dera...

30/6¹ - Sandman, a série, está em desenvolvimento pela Netflix.

30/6² - E aí vem Rien...


...a filha de Wolverine. Ah, para, Marvel. Para.

domingo, 30 de julho de 2017

(Colecionadores) Amotinados, uni-vos!

Dos confins dos traiçoeiros territórios dos mercenários livres ressoam choros e soluços copiosos...


A vida do encadernad(ã)o Os Novos Vingadores: Motim! nas livrarias não foi longa, mas foi bastante próspera. Na época, não creio que a editora Panini antecipava o tamanho da procura que a edição teria e lançou uma tiragem bem aquém da demanda. Jogada por mim no balaio do "a adquirir quando sobrar algum $$$", vi Motim! se amotinar contra meus planos ao evaporar sistematicamente de todas as cadeias (de livrarias) físicas e virtuais. Quando menos percebi, a edição já estava sendo vendida a peso de ouro em vários sites de venda informal - e não só o Mercado Livre.

Foi nessa época que desenvolvi uma teoria conspiratória de boteco sobre uma raça reptiliana disfarçada que adquiria grandes lotes de títulos recém-lançados para revendê-los por aí a preços pornográficos. Caso tenha interesse, os direitos de filmagem ainda estão disponíveis para venda.

Lançado pela Panini originalmente em fevereiro de 2012, o compilado tem 380 páginas reunindo as edições de 1 a 15 de New Avengers. Bom, após tantas análises elogiosas é até redundante dizer que curto bastante essa fase específica dos Vingadores (mesmo 13 anos depois de escrever a bagaça #1) e por isso mesmo tinha um grande interesse nesse relançamento.

Calhou do destino me recompensar pelo exercício espartano de paciência. Com o preço de capa a 79 dólares brasileiros, peguei a edição por 50 mangos na promocha da Fnac (que ultimamente anda despirocando grandemente nos descontos, fique de olho). E o mais legal de tudo foi rolar de rir dos mercenários tristes com suas edições encalhadas ad eternum. Para alguns a ficha ainda não caiu - e duvido muito que caia um dia.

Chamo isso de síndrome d'O Evangelho Segundo Lobo pós-traumática.


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E com Demolidor - O Homem sem Medo finalmente retornando à ponta da agulha - outra por muitos anos sendo chamada de "raridade" pelos escalpadores sem a menor propriedade - vou me dar ao luxo de uma pequena atualização.

Há alguns anos, um mix explosivo de falta de espaço e armazenamento improvisado rapidamente evoluiu para várias montanhas de edições com capa dura e papel couché empilhadas, resultando num quase-worst case scenario: as páginas de muitas edições ficaram irreversivelmente coladas.

Aliás, coladas não... fundidas mesmo. Algo químico envolvendo a tinta da impressão e a estrutura do caro e ultrassensível papel deluxe. Apesar do processo ser gradual (começa com as páginas grudando suavemente), não vi nada até ser tarde demais. O miolo de alguns encadernados virou uma coisa só, um paralelepípedo com capa dura.

Esse evento ficou conhecido como o Grande Desastre de 2014. Prejuízo de 5,2 quaquilhões em valores atualizados.

Mas até que tive sorte, por isso o quase-wcs. Todos os Sandman e os Preacher saíram dali intactos. Os que tiveram perda total já foram quase todos substituídos. Me falta ainda o vol. 1 da excelente e injustamente ignorada Criminal da Panini (espero uma nova tentativa da editora ou importo...?).

E Homem sem Medo que, apesar do miolo íntegro, ficou curiosamente danificado nas páginas de créditos iniciais e finais.


Sou um novo homem depois dessa experiência. Posso até dizer que me tornei um amigão da vizinhança.

Com grandes desastres...