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segunda-feira, 1 de dezembro de 2025

De Gálador com muito orgulho, com muito amor

Chega de farra, chega de festa... só que nãoooo! ROM está aqui!


ROM em modo Dirty Harry / Analisando se o display está correto... ah, espera, não é da Panini!

Finalmente consegui botar minhas patas pútridas no ROM da Marvel Legends. Sempre levei aquisições de hominhos com rédea curta, mas esse foi impossível deixar passar. Tanto pela porrada nostálgica na veia quanto pela qualidade absurda da peça. O design é fidedigno ao do herói dos quadrinhos de Bill Mantlo e Sal Buscema – inclusive se destacando do padrão da linha Legends com uma escultura quase toda feita do zero e poucas partes recondicionadas de outras action figures. Com o visual diferentão do Cavaleiro Espacial, não tinha como ser diferente.

A primeira coisa que salta aos olhos é que este ROM em escala 6" é um tanto maior que seus companheiros de linha. Tudo suave: nas HQs ele é realmente um ciborgão da porra.

A peça vem com dois pares de mãos, juntamente com o Analisador e o Neutralizador, idênticos aos dos gibis. De mimos, vem um effect de raio que serve para os dois dispositivos e uma miniatura emborrachada da edição de estreia do Cavaleiro, com a arte do Frank Miller.

No quesito articulação, o bonequinho dá um show – lembrando que ROM e seu design de geladeira antiga deveria ser inviável para os padrões atuais. Vários pontos de articulação, chegando a ser dupla nas pernas e com o corte do giro escondido pelas botas (boa!). O teste de fogo foi mimetizar a pose de voo horizontal olhando pra frente, como nas HQs. E sim, é possível!

As juntas são bastante firmes (mas evidente que meu guri de 4 anos interior ficará acorrentado no porão durante os manuseios) e não há a menor dificuldade dele ficar em pé, por mais esdrúxula que seja a pose. Aliás, dá pra fazer todas as poses dos quadrinhos do ROM da Marvel – só não fiz ainda a basicona do corner box.

Em outras palavras, diversão para o infinito e além da Nebulosa Negra.



Lógico, podia ter vindo um effect para os retrofoguetes e um effect extra de raios – embora o ROM só use um equipamento por vez, materializado do subespaço, fica a vontade de vê-lo largando o raio pra cima da Espectraiada igual um mano.

Por último, faltou o Tradutor, pô. Clássico.

Tudo isso é perdoável, afinal a Legends é uma linha de entrada, baratinha neste segmento de hobby playboy. Não dá pra ter tudo.

O mais importante é que eles entregaram. E reafirmaram uma velha certeza...


ROM é digno!!

Felicidade é mato com o ROM enfim 2.0. Mas paro por aí em termos de action figures.

(a menos que lancem também uns Espectros, o Híbrido, os Cavaleiros Hammerhand, Starshine, Terminator, Javelin...)

Ps: obrigado pela dica do ROM, $andro. Te odeio.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2024

Épico ROM na Epic


Chutão da Marvel no ângulo: o ROM clássico de Bill Mantlo e Sal Buscema terá uma versão Epic Collection pra chamar de sua. Está lá, entre as solicitações de fevereiro. ROM Epic Collection: The Original Marvel Years Vol. 1 será um brochurão de 432 páginas compreendendo as edições #1 a #20 de ROM (dez/1979-jul/1981)). Uma surpresa que ouriçou num êxtase cósmico os fãs do Cavaleiro Espacial. Todos os oito.

Brincadeira (?).

O fato é que o herói cibernético, mesmo nos Estados Unidos, sempre operou em escala modesta, pra marvete fanboy graduado. Quem dirá aqui no Brasil, 35 anos depois da última publicação. Boletos chegaram, fraldas e cabelos brancos também. Dos bravos guerreiros que sobraram, poucos ainda têm di$posição pra essa coisa de gibi. Então, a republicação via Epic Collection – formato bom-e-barato (você me entendeu) – acaba sendo um passe açucarado para a Panini.

Confesso que fiquei loucamente apaixonado pelos ROMNIBUS. Mas talvez não seja a reeedição épica que precisamos agora. Precisamos da Epic. Mesmo que seja suspeito o fato da Panini até agora não ter dado continuidade a nenhum de seus títulos da série. No caso do galadoriano cromado, seriam necessários ao menos uns 4 volumes para fechar as 75 edições originais*.

* Já fazendo vista grossa para a edição #38, com o crossover com o Mestre do Kung Fu, cujos direitos estão agora revertidos ao Sax Rohme Estate.

De todo modo, é interessante assistir essa nova lua de mel do casal Marvel-Hasbro (Masbro?) com jeitinho de pornozão em VHS embolorado. Ainda mais porque, nos últimos anos, a Casa das Ideias andou pulando a cerca do copyright e cometeu pequenas indiscrições aqui e ali. E acolá.


Esqueletos Armaduras do armário de Rick Jones em O Incrível Hulk #136

ROM Epic Collection é tudo o que precisávamos.

(...)

Se bem que “A Saga de ROM, o Cavaleiro Espacial” ® não soa nada mal. Nada mal mesmo.


Atualização 8/12

É, a Panini optou pela facada com giradinha: será ROMNIBUS, mesmo. Em três volumes. E$pectros me mordam.

terça-feira, 23 de maio de 2023

Sempre teremos Gálador


Uma linda capa de Frank Miller...

"Talvez um dia relancem. Basta a Disney querer." — há algum tempo, sonhando acordado.

A rápida — e marota — aparição em Coleção Histórica Marvel - O Incrível Hulk vol. 12 parecia um bom presságio. Mas também algo improvável. Vai saber que acordo mefistofélico a Marvel e a Hasbro fizeram para se alinhar sobre o ROM. Finalmente.

Para mim, o material original de Bill Mantlo e Sal Buscema é uma bem-vinda anomalia: é tão espírito de seu tempo quanto atemporal. E divertida pra caramba. Fora que a saga do Cavaleiro Espacial, hoje, tem potencial para voos muito maiores.

Com os pés de volta ao chão, por hora, o Busão está de bom, boníssimo tamanho.

E, mais importante, que não e$queçam do Bill Mantlo.

terça-feira, 31 de janeiro de 2023

O Busão da Tropa Alfa é um estouro!



Knock it off, Hudson!

Tropa Alfa por John Byrne era uma obrigação moral. Forjadas no fogo da má vontade de seu próprio criador, as histórias da superequipe canadense eram curtidas num foda-se narrativo tão descarado que acabaram rendendo alguns dos momentos mais bizarros, violentos e divertidos da Marvel.

Então, como um dos pretensos pais adotivos desse filhote renegado, comemorei o aniversário de 14 anos do volume 2 da descontinuada Os Maiores Clássicos da Tropa Alfa — com capa cartão e o sumido-mas-jamais-esquecido papel LWC — catando logo o Omnibus numa combinação marota somando 40% de desconto (progressivo + cupom do HQ Barata). Mesmo assim saiu caro.

Mas como precificar o Víndix/Guardião James MacDonald Hudson explodindo na frente da Heather? Impossível.

E aquilo era só a ponta do iceberg.


Está lá todo o run do Byrne, do Alpha Flight #1 (maio/1983) ao #28 (julho/1985), o #29 com Mike Mignola nos desenhos e Bill Mantlo amarrando as pontas soltas da saideira, mais o tie-in correspondente de Secret Wars II #4 (julho/1985). Foi uma longa espera.

Até então, a Panini havia editado pouco menos da metade da fase. Só tínhamos as loucas edições da Abril, onde nem o Beyonder conseguia se salvar.

Agora só me resta o Bu$ão do Namor para fechar todo o Byrne que vale.


Cena pós-créditos:


Já elaborei sobre isso antes. Mas ô custo-benefício dos infernos.

terça-feira, 20 de setembro de 2022

Crush verde-urânio

A série da Mulher-Hulk é problemática, fato. Mas, a despeito de ser um típico produto dessa fase sorvete-na-testa da Marvel Studios, é um guilty pleasure diliça. Dropzinhos de meia-hora pra relaxar com a Tatiana Maslany cheia de graça. Quero muito mais não. Só uma xícara de café e um... bom número de encadernados com a injustiçada fase inicial da personagem na íntegra.

Colocando as HQs na ordem para uma maratona light, só agora vi que o título The Savage She-Hulk viu a luz do dia por aqui até a edição #10 (de 25). Tudo pela descontinuada RGE, via Almanaque Premiere Marvel e O Incrível Hulk, há 42 longos anos. O que é lamentável, visto que está tudo compiladinho e ok-to-go em dois volumes marotos da Marvel Masterworks dedicada.

Outra coisa que revisitei com as edições velhuscas foi a colorização das edições nacionais num verde fluorescente capaz de contrair as pupilas por uns três dias. Comentei sobre isso num post de 2018 — e que reposto abaixo.


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Parece que foi ontem. Início da década de 1980 e lá estava eu devorando a Almanaque Premiere Marvel #1, meu primeiro contato com a saudosa RGE. Uma das coisas que mais curti - além da maravilhosa Mulher-Hulk - foram as "cores radioativas" usadas pela editora. O verde da heroína era tão aceso e vibrante que quase brilhava no escuro.

Algum tempo depois, quando a Abril assumiu o título da Jess (como nós, íntimos, chamamos a Mulher-Hulk) e corrigiu a tonalidade das cores, demorei muito pra aceitar a mudança.




Na verdade, acho que detestei. Senão não lembraria disso, 35 anos mais tarde. Puta merda.


☢️ ☢️ ☢️ ☢️ ☢️


Na RGE, aquele padrão de impressão de cores brilhantes sempre se manteve, até mesmo após sua reformulação na Editora Globo. Era um diferencial e tanto. Paradoxalmente, nas edições gringas, o verde mais escuro da versão original foi substituído pelo verde-explosão gama na reedições posteriores. Uma tremenda justiça tardia.

Bons tempos de beldades radioativas em seus formatinhos atômicos.

terça-feira, 22 de setembro de 2020

A gata de Schrödinger

Trailer de WandaVision em todos os lugares e aumentando diametralmente as probabilidades de uma boa série no horizonte.


Ou estaríamos todos na seca (e menos exigentes) após nove meses mergulhando de nariz nesse 2020 inesquecível? 50/50 se acotovelando quanticamente dentro da caixa.

Mas nota-se que a Disney+ não teve medo de esgarçar o bolso: a produção parece coisa de cinema, coisa linda, bem como o pano de fundo – basicamente, Pleasantville e A Rosa Púrpura do Cairo se entrelaçando na tela. E se o recurso Back to the Golden Age não é exatamente novidade (mesmo sendo bem vinda a revitalização), tampouco a resolução provável da equação Mas-o-Visão-não-foi-defenestrado-pelo-Thanos-em-Guerra-Infinita-pô?. Mole pra qualquer sommelier marvete de longa data:

Será tudo culpa da Wanda.

Com a real extensão dos seus poderes malandramente evitada nas produções da Marvel Studios, é quase certo que WandaVision trará sua capacidade de alteração de probabilidade, realidade, matéria e tempo at full throttle. E voilá, tá aí nossa geradora delivery de realidades alternativas.

Então, nada mais oportuno que me adiantar e mandar um daqueles textos for idiodummies que pipocarão por toda a internet ao fim da série, tipo "WANDAVISION: ENTENDA" ou "FINAL DE WANDAVISION EXPLICADO!". Que a Felicia Hardy me coma se um dia não bombo essa bagaça aqui.

Normalmente, recorreria a algum excerto clássico, mas como Agatha Harkness parecia mais interessada em transformar a Wanda no Mickey de Fantasia, é melhor buscar a nossa modelo de oráculo em outra realidade. No caso, na Terra 31916, com a Srta. Arcanna Jones.


Mais simples que isso, só desenhando igual ao Liefeld.

Em pese o fato de que a própria Arcanna pareça uma Garota Maravilha® de outra realidade, essa opção quântica deve cobrir as possíveis inconsistências que estarão em WandaVision – mais umas raspinhas de Visão do Tom King aqui e acolá – e, de quebra, irá reintroduzir o andróide, ou melhor, sintozóide à ordem do dia.

Além disso, o céu é o limite. Wanda ainda nem foi apresentada às delícias da supergravidez psicológica. E as mutações que estirpará em massa num dos futuros alternativos do MCU. Sem querer menosprezar a série, mas esses sim, serão verdadeiros wandalismos!

Mas o que sei eu. Ainda estou tentando decodificar as desventuras do casal Wisão (eu shippo) naqueles escalafobéticos formatinhos da Abril.


Sério, que cogumelos ingeriram Steve Englehart e Bill Mantlo?

Parece que foram para a Montanha Wundagore, se jogaram numa rave da DJ Bova (também parteira nas horas vagas), tiveram uma bad trip de ácido e mezcal com verme matrixiano no fundo da garrafa e saíram de lá balbuciando "Eu vejo Sem-Mentes" enquanto rolavam pela encosta.

Hmm... que dia acaba a quarentena mesmo?

WandaVision estreia em 27 de novembro. Há uma grande probabilidade, pelo menos.

quinta-feira, 30 de abril de 2020

😷 😷 😷 😷 😷 😷 😷 Retrospec Abril/2020 😷 😷 😷 😷 😷 😷 😷

Pessoal, Deixa eu esclarecer algumas coisas mas antes quero agradecer a todos pelas mensagens de apoio e já deixar...
Publicado por Guia dos Quadrinhos em Quarta-feira, 1 de abril de 2020

1/4¹ – E segue a saga Panini X Guia dos Quadrinhos e O Povo. Ou a editora resolveu torrar o que restou do filme dela ou a coisa toda foi de um azar sem precedentes.

1/4²Paco Plaza, co-diretor de [REC], irá adaptar a (pesada) HQ Ritual Romano, de El Torres, Jaime Martínez e Sandra Molina Ritual. Na trama, um ex-padre descobre que o próprio Papa foi possuído por um demônio.

1/4³ – A série animada JJ Villards Fairy Tales promete subverter/perverter os clássicos contos de fadas e terá os talentos vocais dos ícones Linda Blair, Robert Englund, Corey Feldman e Jennifer Tilly. Pelo trailer hilário, a pegada tosca e demencial do [adult swim] foi seguida à risca. Estreia prevista para 10 de maio.


2/4¹Se vai o quadrinhista argentino Juan Antonio Giménez López, aos 76, vítima do COVID-19. O renomado ilustrador e roteirista era designer industrial por formação. Mesmo dono de uma bibliografia impecável, é quase inevitável destacar seus trabalhos na Métal Hurlant, num dos segmentos do filme Heavy Metal (1981), no título O Eternauta e, especialmente, na série A Casta dos Metabarões ao lado de Alejandro Jodorowsky – e Giménez certamente foi um dos únicos artistas no mundo capazes de segurar o rojão visual idealizado pelo chileno. Um mestre. E inesquecível.

Graças ao trabalho do pessoal do Papo de Quadrinho, temos uma posição OFICIAL sobre a notificação que recebi na última...
Publicado por Guia dos Quadrinhos em Quinta-feira, 2 de abril de 2020

2/4² – Após muitas tentativas de contato e ajuda de amigos e colaboradores, o Guia dos Quadrinhos finalmente teve alguma elucidação oficial sobre a estranha ação cease & desist de um advogado da Panini. Não que a editora tivesse feito qualquer esforço: dos 4 parágrafos, dedicou apenas 1 para um esclarecimento – e longe de algo que remotamente lembrasse uma retratação. Porra, Panini!


3/4¹Divulgada a passagem de Bill Withers, em 30 de março último, aos 81. O cantor, instrumentista, compositor e produtor era uma verdadeira escola do soul e do r&b e de sua interação com o rock, o blues e o folk. Logo no 1º disco, Just as I Am (1971), contou com a guitarra do lendário Stephen Stills e teve no hit "Ain't No Sunshine" uma de suas canções mais emblemáticas. Cansado de lidar com os executivos da indústria musical, Withers pendurou o violão em 1985 com apenas 15 anos de carreira e 8 álbuns de estúdio. Frequentador assíduo do Grammy (levando, sendo indicado ou homenageado), também foi induzido ao Rock and Roll Hall of Fame em 2015. Gênio.


3/4²Tom Brevoort revela como era o rosto do Wolverine originalmente imaginado por John Byrne. O visual de lenhador brucutu me lembra aquele ator das antigas, o parrudão Denny Miller.

3/4³ – Com o prejuízo catastrófico do COVID-19 na indústria americana de quadrinhos, a Warner meteu a mão no bolso e doou 250 mil dólares para as comic shops americanas. Que merreca, hein WarnerMedia.

3/44Adiados: Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis pra 7 de maio de 2021, Doutor Estranho: No Multiverso da Loucura para 5 de novembro de 2021 e Thor: Amor e Trovão para 18 de fevereiro de 2022.

3/45Barbara Gordon fará parte da 3ª temporada de Titans. Não está claro se a ruivinha aparecerá como a Batgirl ou como a Oráculo. Aposto na segunda.


4/4¹ – Até Michael Biehn convocou seu Kyle Reese do futuro para meter um pouco de juízo na cabecinha dos fujões de isolamento.

4/4² – E hoje foi o dia em que Abraham Weintraub, atual Ministro da Educação, usou a Turma da Mônica para tecer ataques contra a China em meio à maior crise global da História recente. Claro que deu merda. Mais um dia produtivo no Hospício do Ódio.

4/4³ – A grande Marianne Faithfull foi infectada com o novo coronavírus e está internada. Aparentemente, o tratamento está alcançando bons resultados. Ainda bem.

DEAR FRIENDS OF MINE after giving some thought to this, I have decided to share with you that I tested positive with...
Publicado por Duran Duran em Domingo, 5 de abril de 2020

5/4¹John Taylor, do Duran Duran, foi diagnosticado com o novo coronavírus há 3 semanas. Felizmente, o baixista está quase recuperado. E descreve a doença como uma "gripe turbinada". O oposto de "gripezinha", me parece.

5/4² – Em abril de 1981, uma cópia de The New Teen Titans #6 foi impressa com o conteúdo da Marvel Two-in-One #74. Hoje, essa edição com o erro de gráfica está à venda no eBay por módicos US$ 1.200.000,00 (6.192.000,00 bozos no câmbio de hoje). Nossos mercenários precisam comer muito feijão com arroz ainda.

6/4¹ – No podcast da Amy Schumer, Quentin Tarantino revela que em 1997 queria muito dirigir um longa do Luke Cage com Laurence Fishburne – no que foi desencorajado pelos amigos, que preferiam Wesley Snipes. Mas a ideia era ótima: no filmão Garantia de Vida (Michael Apted, 1998), Fishburne interpretava o samaritano Socrates Fortlow, um autêntico super-herói do gueto, muito próximo das releituras mais realistas do Lucas. Eu vi o que você viu, Taranta... eu vi...

6/4² – Eita. O (ex?) The Flash Ezra Miller agarra uma fã islandesa pelo pescoço e a joga no chão – tudo capturado em vídeo e já viralizado aos quatro cantos da web. Olha, existem mil maneiras de enterrar uma carreira, mas acho que essa é uma das mais... hã, The Flash...


6/4³ – Entediados com a reclusão urbana devido ao novo coronavírus, policiais da Louisiana resolveram agitar as coisas e usaram a sirene da franquia The Purge (!!) para o toque de recolher nas ruas – algo equivalente à vinheta do Plantão da Globo pipocando no meio de um desenho infantil. Mas juraram por suas mães mortinhas que não farão de novo.

6/44 – Após um sinal de grande perturbação na Força, Luis Mario Bilenky, a grande esperança branca da Saraiva, pede as contas da gigante varejista. Não queria estar na pele dos credores agora.

7/4¹ – A lindíssima Emmanuelle Chriqui (de Entourage) será Lana Lang em Superman & Lois, da CW. Nem sabia que havia uma nova série live action com o Azulão e a Lois em produção. Será que irá na linha romântica do Lois & Clark noventista?

7/4² – E falando em lindíssimas, Amber Heard periga ir pro xilindró por falsificar evidências contra seu ex-marido Johnny Depp. É como dizia Nelson Rodrigues: "nem todas as mulheres gostam de apanhar, só as normais." Ops.

7/4³A DC coloca as linhas Black Label e Generation 5 em hiato. E olha que G5 só iria estrear em outubro!

7/44Cool Quarantine é novo programa de rádio/podcast de Henry Rollins. Além da seleção finíssima (raridades e bootlegs de Public Enemy, Iggy, Cramps, Devo, Radio Birdman, etc), o ex-Black Flag compartilha vários causos curiosos, como ele e Ian McKaye (Minor Threat, Fugazi) num show do Led Zeppelin nos anos 1970. O nome do programa é autoexplicativo e ainda justifica a duração: 4 horas. Que passam voando, diga-se.

8/4¹ – A Sentient Entertainment fará um remake do ótimo Os Outros (The Others, 2001), de Alejandro Amenábar. Ah, precisa não...


8/4²Se vai o gigante Morris "Mort" Drucker, aos 91. O fim de uma era. Cartunista e simplesmente o maior caricaturista de todos os tempos, Drucker iniciou sua carreira nos quadrinhos em 1947, em pleno pós-Guerra, com 18 anos. No outono de 1956, após inúmeros freelas para a DC, Atlas, Dell e outras, passou a integrar o staff clássico de colaboradores da MAD Magazine e entrou para a História. E lá foram mais de cinquenta anos de pura excelência artística. Incomparável.

8/4³Matt Reeves diz que The Batman não será uma história de origem, mas ainda irá abordar os primórdios da evolução do Morcego. Seria um Ano Um extraoficial?

10/4¹ – Alguém ainda tem paciência para mais um remake de Hellraiser? Talvez valha a pena juntar o pouco que resta para mais uma incursão no inferno do Pinhead: a sensação David Bruckner, diretor dos elogiados Southbound, O Ritual e The Night House, estará à frente do novo filme, via Spyglass.

10/4² – Com a bilheteria morna de Doutor Sono, a ousada sequência de O Iluminado, os planos para o prequel de origem The Overlook Hotel foram pelo ralo. Mark Romanek, ex-diretor do projeto, estava empolgado com o script, porém admite que o orçamento seria salgado.


10/4³ – Se vai Nobuhiko Obayashi, aos 82. O diretor, roteirista e editor japonês é mais conhecido no Ocidente por seu megacultuado filme de estreia, o inovador e lisérgico "terrir" Hausu, de 1977 – o único material que conheço do cineasta. Obayashi também dirigiu (literalmente milhares) de comerciais para o mercado nipônico com estrelas como Kirk Douglas, Catherine Deneuve e até Charles Bronson (!). YouTube, aqui vou eu!

10/4³ – Ainda no terreno das refilmagens: Gary Dauberman (roteirista de A Freira, dos dois IT, da subfranquia Annabelle e da malfadada série do Monstro do Pântano... em outras palavras, parceirão de James Wan) irá dirigir uma nova adaptação do livro 'Salem's Lot, de Stephen King, famoso pela cultuada minissérie homônima de 1979, chamada aqui A Mansão Marsten – aquela, do Nosferatu boladão.

10/44 – Saudoso, Dan DiDio se arrepende de não ter dedicado mais tempo para o desenvolvimento d'Os Novos 52, o que pode ter resultado no fracasso da linha da DC. Foi por isso não, DiDio. Com raras exceções, a proposta nasceu equivocada mesmo. Pega a estrada, escreve um livro, viva um grande amor. Esquece isso.

10/45 – Conferências, concertos, eventos esportivos, etc, só lá pra outubro de 2021 – é o que estima o oncologista e bioeticista Ezekiel "Zeke" Emanuel em entrevista ao NYT.


11/4¹ – E esse ED-209 da Hiya Toys? Taqueospa...

11/4²Todd McFarlane ainda tem moral nas ruas: com uma meta de 100 mil dólares, seu Kickstarter para um action figure clássico do Spawn atingiu 1 milhão de doletas em 24 horas. Cowabunga!

11/4³ – Eis que a Panini implementa a venda de seus quadrinhos em formato digital. Só precisou de uma pandemia aliada a uma crise política e econômica mundial.


13/4¹ – Se vai Moraes Moreira, aos 72. Poucos artistas mereceram tanto o título de "patrimônio nacional" quanto ele, seja com o brilhante Novos Baianos ou na popularíssima carreira solo. Músico excepcional que misturava samba, rock, frevo, choro e ritmos afro com uma facilidade sobrenatural, Moraes levou alegria ao povão até nos momentos mais sombrios do país. Vai fazer (muita) falta. Valeu, Moraes!

13/4² – E a Diamond Comic Distributors coloca seus funcionários em licença a partir de hoje. Era a pá de cal que faltava para a programação 2020 dos comics.

13/4³Rob Dukes, o ex-frontman do Exodus, passou um dobrado com seu COVID-19. Diz ele que tossiu sangue e o caraio.


13/44 – A bundinha da sereia Daryl Hannah em Splash: Uma Paixão em Minha Vida agora, só em nossa feliz juventude. A Disney+ mandou cortar as bunda tudo.

14/4¹Dia desses, a atriz Deborah Ann Woll, a vampirinha Jessica, de True Blood, e a Karen Page, do Demolidor da Netflix, desabafou sobre a falta de novas oportunidades e confessou seu medo de não voltar a atuar. E os ex-colegas de cena Vincent D'Onofrio e Jon Bernthal apareceram para dar aquela força à amiga.

14/4² – Um dia após pedir um prazo para apresentar um novo plano de recuperação judicial, a Saraiva já começa com o plano de demissões em massa. E com as verbas rescisórias parceladas em até 20 vezes...


15/4¹ – Se vai Rubem Fonseca, aos 94. O multipremiado cronista, roteirista e romancista mineiro é considerado um dos pilares da literatura nacional. Muitas de suas obras foram adaptadas em filmes e telesséries, como A Grande Arte, Buffo & Spallanzani, Lúcia McCartney, O Cobrador e Agosto – este, baseado nos acontecimentos que culminaram no suicídio de Getúlio Vargas. Fonseca, por sinal, é um perfeito paradoxo político: apoiador do golpe militar de 1964 e ex-contratado do IPES, sua morte e importância cultural sequer foram lembradas pelo atual governo.

15/4²O KS de Dreadstar Returns ultrapassa a meta de 28 mil doletas em tempo recorde. Será a 1ª vez em 30 anos que Jim Starlin revisita o universo do herói. Aliás, será o retorno do próprio autor às HQs, visto que estava aposentado devido a um ferimento (já recuperado) na mão.

15/4³Sam Raimi finalmente confirma que é o diretor de Dr. Estranho no Multiverso da Loucura. Pra que tanta demora? Bem que podia aproveitar e malocar um alô pra organizada do Evil Dead FC.


16/4¹ – Se vai Brian Manion Dennehy, aos 82. Sua produção no cinema, em telefilmes e séries é impressionante. Todos que assistiram qualquer coisa nos últimos, sei lá, dois anos, já viram Dennehy em algum papel – sem falar em sua longeva carreira nos palcos. Antes de tudo, Dennehy tem formação clássica em drama. Premiadíssimo (Globo de Ouro, Tony e Emmy inclusos), era hors-concours em teatros e montagens de Shakespeare e Beckett. Mas é inevitável lembrar de seus papéis famosos no cinema, como o xerife linha-dura do 1º Rambo, o líder ET em Cocoon, o detetive de F/X: Assassinato sem Morte, o advogado de Acima de Qualquer Suspeita, o treinador cruel de Gladiator: O Desafio, o Montéquio de Romeu + Julieta, o paizão boa praça de Mong & Lóide, etc, etc, etc. Todos nós crescemos assistindo e nos divertindo com o Dennehy. Literalmente, grande cara.


16/4²Jim Lee está bastante inspirado em sua ação de apoio às comic shops. Até aqui, todas as artes foram sensacionais.

16/4³O Iluminado e a Liga da Justiça Dark vão virar séries pela HBO Max em parceria com a Bad Robot. Os caras não brincam em serviço. Resta saber se Overlook (a série d'O Iluminado) irá aproveitar a ideia de Mark Romanek para o engavetado prequel do hotel from hell.

Throwback Thursday. Yes, an unusual behind the scenes choice. Posing for a comic panel (w a replica, of course) . I...
Publicado por Bill Sienkiewicz em Quinta-feira, 16 de abril de 2020

17/4¹ – Eu sei, eu sei, não é bem uma notícia. Mas não quero ver isso sozinho.

17/4² – E é isso: San Diego Comic Con 2020 cancelada. A organização agora trabalha com a programação do evento para julho de 2021. Seguraram o anúncio o máximo possível. Mal posso imaginar o tamanho do preju...


17/4³Nic Pizzolatto, criador de True Detective, quer elevar o conceito de BATMAN COM PREPARO a níveis celestiais!

17/44 – Tentando contornar a incontornável parada da Diamond na logística de quadrinhos, há alguns dias, a DC decidiu redirecionar a distribuição direto aos varejistas – começando a partir do dia 28 de abril (!). O varejista Brian Hibbs expôs a missão (financeira e literalmente) suicida em plena quarentena de prevenção ao COVID-19. E ainda creditou a paternidade da criança ao quase chefão Jim Lee.


18/4Com a palavra, Marcos Caruso.

20/4Tom King está finalizando uma maxissérie "insanamente ambiciosa" e ainda não anunciada. E deixou uma prévia. Estou tão sem pistas que aquela moça pra mim é a Karen Page, que além de finada, é da Marvel.

TORPEDO 1936
Você pediu, a Figura executou! TORPEDO 1936, clássico absoluto do quadrinho mundial será publicado integralmente no Brasil. O primeiro volume sai em maio, no Catarse.
Publicado por Figura em Terça-feira, 21 de abril de 2020

21/4¹ – A editora Figura anuncia um Catarse para o lançamento de Torpedo 1936, o clássico de Enrique Sanchez Abuli e Jordi Bernet!! Madre di Dio!

21/4²A Sony está desenvolvendo uma adaptação de One-Punch Man para o cinema – e os roteiristas Scott Rosenberg e Jeff Pinkner (de Venom) estão relacionados ao projeto. O anime é muito divertido e recriou à perfeição o clima sagaz e anárquico do mangá, mas passar isso para um live-action hollywoodiano... onde foi que já vi isso antes?

21/4³ – Em meio ao caos gerado pelo COVID-19 na indústria do entretenimento, a Marvel rescinde os acordos com os showrunners televisivos Steve Lightfoot e Paul Zbyszewski. Na prática isso significa que vários projetos da Casa da Ideias foram pro vinagre, como uma possível retomada da série do Justiceiro (Lightfoot) e as séries Helstrom e Ghost Rider (Zbyszewski), entre outros.


23/4 – Se vai Michael Mantlo, irmão do quadrinhista Bill Mantlo. O fato foi noticiado pela viúva num grupo dedicado ao artista no Facebook. Michael era cuidador de Bill desde 1992, quando foi vítima de um atropelamento que o deixou com sequelas irreversíveis. Sempre lutou pelo reconhecimento artístico do autor (co-criador do agora famoso Rocket Raccoon, entre outros personagens) e também para cobrir suas despesas médicas por meio de projetos beneficentes. Um irmão e um super-herói de verdade.

Site para doações diretas ao Bill Mantlo.


Publicado por Figura em Sexta-feira, 24 de abril de 2020

24/4Na live da editora Figura sobre o Catarse de Torpedo 1936, o editor Rodrigo Rosa confirma que, sim, o encadernado também trará as artes iniciais do co-criador da série, o genial Alex Toth! Yay!

27/4¹O Daft Punk está compondo a trilha sonora de Occhiali Neri ("Óculos Escuros"), o próximo filme do mestre do giallo Dario Argento!

27/4² – Bola dentro da IDW: a bacanuda Artist Edition dos Micronautas, de Michael Golden e Bill Mantlo terá uma parte dos lucros revertida para a manutenção das despesas médicas do roteirista. Falta só a Marvel/Disney liberar um ínfimo percentual daquela bolada absurda que ganharam nos filmes com o Raccoon...

28/4 – A pedido de 21 editoras, a Justiça determina que a Saraiva devolva 50% de seu estoque de livros consignados. Se não é tiro de misericórdia, não sei o que é.


QUE.

MÊS.

quarta-feira, 28 de agosto de 2019

For ROM the Bell Tolls

Pelos Deuses de Gálador! Pensei que nunca mais veria a expressão "Pelos Deuses de Gálador!" num gibi novo.


Após o espirituoso cameo de Ann Nocenti da edição anterior, uma belíssima surpresa veio em Coleção Histórica Marvel - O Incrível Hulk vol. 12, saideira do 3º (e último?) box da coleção: a participação original e intacta de ROM, o Cavaleiro Espacial. Realmente não esperava a presença do herói prateado, visto que há décadas os direitos, que pertencem à Hasbro, não são licenciados para a Marvel. Não apenas ROM, como todo o background criado e desenvolvido por Bill Mantlo e Sal Buscema: os Cavaleiros Espaciais, seu planeta natal Gálador, os Espectros, a Nebulosa Negra, etc. Enfim, aquela maravilha toda que eu devorava em minhas overdoses mensais de Mantlo/Buscema.

Difícil saber o que acontece. Os crossovers de ROM com outros heróis foram cortados sistematicamente pela Marvel nas republicações (Power Man and Iron Fist #73, Marvel Two-in-One #99) e, em outros, permanecem como nos originais (a Uncanny X-Men #187 contida na edição Essential). Na The Incredible Hulk #296 em questão, republicada no TP Regression, de 2012, a participação foi mantida - ao contrário do que está informado na seção Reprint controversies do Wikipedia (ah, não seria o 1º vacilo). O que sem dúvida facilitou a vida da Panini, além de ser muito curioso.

Qual é o critério adotado pela Marvel para lidar com o ROM? Existe algum conflito de interesses (ou comum acordo) com a IDW, a licenciante oficial até o ano passado? Existe a pentelhésima chance do run do Cavaleiro Espacial na Marvel um dia ser coletado na íntegra? E de chegar aqui, num maravilhoso capa cartão com papel offset?

Dúvidas... Nada que ofusque meu deleite com esse pequeno flashback dos bons tempos.


Emocionante para um leitor velhusco que colecionava O Incrível Hulk da Abril.

Ps: fora a redenção de ver corrigida, finalmente, uma antiga tragédia.

domingo, 14 de outubro de 2018

Hulk esmaga o Homem-Aranha!


Mandamento #616 dos gibis da Marvel: enfrentar o Hulk é o mestrado para todo super-herói que honre sua cueca, esteja ela por baixo ou por cima da calça. No mínimo estabelecerá sua perseverança frente às intempéries e elevará sua moral aos olhos do público - apesar da demonstração de coragem perturbadoramente suicida.

Muitos já deixaram sua estrela na Calçada Gama: Matt Murdock, Steve Rogers, Tony Stark, Thor Odinson, Norrin Radd, Blackagar Boltagon, Mar-Vell - só em Hulk Contra o Mundo, o Professor Verdão distribuiu todas as bordoadas e pós-graduações ainda pendendes no elenco principal da editora. Um verdadeiro gamma party.

Isso sem mencionar o James Howlett, PhD em Hulkonomics desde o dia um. Vamos contar quantas páginas até o redivivo Carcaju bater de frente com o Gigante Verde outra vez.

Mesmo com essa extensa e diversificada galeria de combates, há que se destacar a teimosa resiliência de um certo aracnídeo. Por algum motivo que só o Sombra sabe, a vida do Homem-Aranha foi e ainda é marcada por confrontos ridiculamente desiguais. O Teioso coleciona embates contra pesos-pesados imparáveis, numa lista de brutamontes que vai do Rino e Mr. Hyde até Fanático e... bem...


A química entre o Hulk e o Homem-Aranha vai muito além do óbvio contraste físico. Vem desde o conceito, da forma como funcionam tão bem sozinhos e ainda melhor quando se encontram. Há algo de marcante e natural nesses crossovers que é simplesmente contagiante. Certamente, uma das maiores e melhores combinações da cultura pop.

Mas admito, sou suspeito: os primeiros gibis que li nesta vida foram desses dois. E felizmente, não estou sozinho.

Foi papeando com o parceirão VAM!, da Batdeira, sobre esse autêntico Davi contra Golias Pós-Moderno que viajamos num projeto de um mega-encadernado discretamente entitulado Hiper-Almanaque Marvel - Hulk Esmaga o Homem-Aranha!

Que rufem os tambores... turudurudurudurudurudummmm...


Clique para hulkificar a capa!

A ideia geral era elaborar uma seleção com as quinze (!) lutas mais divertidas entre o Cabeça de Teia e o Golias Esmeralda. Com o layout e a diagramação cirúrgicas do VAM! tentei sintetizar a ideia toda no expediente.

E acho que, em parte, consegui - com a elegância e a sutileza de um locutor de rodeio.

- O que me fez divagar sobre essas duas forças nascidas da radioatividade em meio às ansiedades da Era Nuclear e da paranoia da Guerra Fria... Seriam estes os verdadeiros "Filhos do Átomo"? Só o Dr. Samson explica.

À seleção e avante!


The Amazing Spider-Man Annual #3 (nov/1966)


Com o enredo nonsense do titio Stan Lee, o traço de Don Heck e uma tremenda bananosa pro Aranha, a história "...To Become an Avenger!" traz o nosso herói sendo atropelado pela famosa "sorte Parker": é sondado pela playboyzada dos Vingadores para se tornar um membro full time, mas para provar que merece a vaga, precisa arrastar o Hulk de volta à equipe. Praticamente uma pegadinha do Mallandro. Rá!

Essa história saiu por aqui no #9 da série Spider-Man Collection (set/1996), uma das picaretagens mais caras já cometidas pela editora Abril (✞).

Momento Vai Teia!: Aranha derrubando o Hulk com 1 soco! Calma... tem contexto, tem contexto...


The Amazing Spider-Man #119-120 (abr-mai/1973)


Duas edições que são um bálsamo para o maltratado coraçãozinho dos marvetes mais velhos: as histórias "The Gentleman's Name Is... Hulk!" e "The Fight and the Fury!" têm roteiro de Gerry Conway e a arte inesquecível do genial John Romita na 1ª parte. Às voltas com um Norman Osborn em vias de relembrar seu lado Duende e com a Tia May nos braços do galã Otto Octavius, Petey precisa urgentemente dar um tempo de NY. Destino: Quebec. E chega lá justo quando o Hulk e o General Ross estão quebrando o pau... ou melhor, quebrando a taiga inteira. Se combinassem, não daria tão certo.

Cinco anos depois, a história foi republicada de forma mais autocontida, com algumas páginas diferentes e capa de John Byrne em The Amazing Spider-Man Annual #12.

Essa HQ fez uma verdadeira turnê brasileira, sendo publicada pela EBAL, Bloch, RGE e Abril.

Momento Vai Teia!: as últimas preces do Aranha.


Marvel Team-Up #27 (nov/1974)


Aqui, Jim Mooney mostra que a média dos desenhistas da época limpa o chão com a média atual e Len Wein dá uma aula de continuidade na história "A Friend in Need!". Na trama, o vilanesco Camaleão joga um verde no Hulk (ops!) pra livrar um amigo do xadrez. E adivinha quem estava por lá cobrindo uma reportagem ao lado do próprio J.J. Jameson? O final da história é dramático e inesperado.

Saiu aqui pela RGE e pela Abril.

Momento Vai Teia!: é do Hulk, que resistiu impávido e colosso à malandragem da detentaiada.


Marvel Team-Up #53-54 (jan-fev/1977)


Dando uma respirada da pancadaria aracno-gama, vem a parceria de Bill Mantlo e John Byrne em "Nightmare in Mexico!"/"Spider in the Middle!". O Cabeça de Teia está voltando pra casa após uma pelada com os X-Men e acaba baldeando numa cidade-fantasma do Novo México. Lá, se vê no meio de um salseiro-monstro envolvendo o Hulk, o Pã punk Deus da Mata e uma operação top-secret do governo. Aventura com clima dos filmes setentistas de contenções/acobertamentos militares estilo The Crazies e O Enigma de Andrômeda.

Especialmente indicada para quem tinha aquela edição comemorativa de Capitão América #100 e até hoje não entendeu por que diabos o Teioso tinha ido parar na Lua (!). Ao contrário da Abril, a RGE fez o dever de casa e publicou a passagem completa desse arco (MTU #53-57) - com uma tradução bem meia-sola, diga-se, mas ninguém é perfeito, né mermo.

Momento Vai Teia!: Aranha, esse Deadpool de raiz, libertando o Hulk com um peteleco.


Marvel Team-Up Annual #2 (out/1979)


Num dia qualquer no início de 1979, Chris Claremont saía de um cinema apavorado com o filme Síndrome da China. Em casa, liga a tevê pra relaxar um pouco com o seriado do Hulk, mas o episódio que passava era "Earthquake Happens". Em pânico, vai à varanda tomar um pouco de ar e ler o jornal. Manchete da 1ª página: "Acidente em Three Mile Island".

Só um tratamento de choque desses para explicar a história "Murder in Cathedral Canyon!", com desenhos de Sal Buscema e Alan Kupperberg - grafado "Kupperburg" no gibi (que vergonha, Marvel). Na trama, a namorada de Peter e o pai dela são raptados por um trio de supersoldados soviéticos; mas a situação é ainda pior do que parece: o sogrão é um cientista que acabou de criar a fórmula da bomba de antimatéria. Começa então uma desesperada corrida contra o tempo, com ajuda do Verdão e de um militar russo fã do Tex Willer.

Inspirado e preocupadíssimo, Claremont claramonte, ops... claramente estava engajado na questão. Fora as referências explícitas ao acidente na usina de Three Mile Island, a história é bem mais calcada em temas reais do que o padrão da época - lembrando que se tratava da já cinzenta e politizada Era de Bronze dos comics.

Vale reproduzir o balão final, um libelo pacifista do escritor:

"Para mudar as coisas, Homem-Aranha, a humanidade -- como um todo -- deveria levantar e dizer 'Chega de Bombas'. Deveríamos aprender a viver em paz uns com os outros. Francamente, meu amigo, não acho que temos esse tipo de coragem."

Essa foi publicada aqui pela RGE há quase 40 anos. Merecia uma reedição.

Momento Vai Teia!: o Aranha dando uns tapas na cara do Banner pra invocar o Hulk era um franco favorito, mas fico com a inteligência do Petey impressionando até o nerdão-mestre Reed Richards - ei, pessoal que faz os filmes, lembrem-se disso!


Marvel Team-Up #126 (fev/1983)


De volta ao smash-style, pero sin perder la ternura"The Obligation!", publicada originalmente em suplemento dominical e reeditada em edição split da Marvel Team-Up - essa era a Marvel defendendo cada centavinho do cofre. Então manda-chuva da editora, o polêmico Jim Shooter escreveu um roteiro paulocoelhista, aparentemente inspirado em velhas parábolas orientais. Num clima de conto, Peter ensina a Bruce Banner e seu alter-egão o real significado de altruísmo.

Emoldurando o cenário filosofante, a arte do sumido Tomoyuki Takenaka. Que era um bom desenhista de ação com pegada mangá contida em alguns momentos, mas que em outros fazia do Peter um clone... do Speed Racer.

Essa metade do split saiu por aqui em Superaventuras Marvel #45.

Momento Vai Teia!: Peter Generoso Parker.


Marvel Fanfare #47 (nov/1989)


Michael Golden.

Pra muita gente só esse nome já basta. Compreensível: sua arte peculiar é um tour-de-force tanto quanto um Hulk descontrolado e solto no coração do South Bronx - que é justamente o que ocorre em "Renovation". O roteiro é do Bill Mantlo e se passa na fase do Hulk inteligente. Dominado por uma amoeba alienígena, o Gigante Esmeralda retorna aos seus tempos de Rampaging Hulk e só encontra pela frente uns drones da Shield e um Aranha com o pior resfriado da sua vida.

Foi publicado aqui uma única vez em O Incrível Hulk #84 (Abril).

Momento Vai Teia!:Aranha nocauteando o Hulk em estado selvagem sem ao menos encostar nele. Alguém aí andou lendo H. G. Wells.


The Amazing Spider-Man #328 (jan/1990)


Nessa sequência involuntária de artistas peculiares, vem "Shaw's Gambit", a última história do Homem-Aranha com sua majestade noventista Todd McFarlane. Até hoje há quem considere essa a versão definitiva do herói.

(...)

Esquisitices à parte, aqui é evidente o cansaço do mega-empresário na reta final. Algumas passagens ficaram tão nas coxas que até os laureados da seção "Arte do Leitor" dos gibis da Abril fariam melhor. Mas independente da minha opinião (eu curto o traço do Erik Larsen, oras, minha opinião não vale nada), esse é um momento histórico na cronologia do Teioso e o roteiro absurdista de David Michelinie não poderia coroar a saideira de forma melhor.

A edição faz parte da macrossaga Atos de Vingança, onde os vilões Marvel fazem troca-troca (de heróis!). Então, o Hulk fase Sr. Tira-Teima é contratado pelo mefistofélico Sebastian Shaw para eliminar um Aranha godlikeado com os poderes cósmicos do Capitão Universo. Ou seja, uma baita rabuda pro Cinzão.

Há um estranho padrão aí, já que o Sr. Tira-Teima - a versão menos poderosa do Hulk - sempre enfrenta heróis nos momentos mais overpower de suas carreiras. Carma?

Essa foi publicada em O Incrível Hulk #122 (Abril) - e no que depender das incursões da Panini no Hulk McFarlaneano, permanecerá assim por um longo, loooongo tempo.

Momento Vai Teia!: o Aranha colocando o Sr. Tira-Teima em órbita!


Web of Spider-Man #69-70 (out-nov/1990)


Tudo muda o tempo todo no mundo, mesmo. Em "A Subtle Shade of Green"/"A Hulk by Any Other Name", tanto o Spidey voltou com seus poderes normais, quanto o Hulk voltou a ser verde, forte e burro. Escrita pelo veterano Gerry Conway, co-escrita por David Michelinie na 2ª parte e desenhada pelo melhor-Sal-Buscema-cover-do-mercado Alex Saviuk, a trama é uma volta às raízes dos encontrões entre os dois. Hulk toca o terror numa cidadezinha e Peter vai lá cobrir a passagem do furacão verde. O problema é um incidente com o dispositivo de um vilão oportunista que termina por hulkificar o aracnídeo. Spider smash!

Essa história saiu aqui em Homem-Aranha #132 (Abril).

Momento Vai Teia!: SPIDER SMASH!²


The Amazing Spider-Man #381-382 (set-out/1993)


E após um breve comercial, voltamos com o Hulk inteligente. "Samson Unleashed"/"Emerald Rage!" têm roteiro de Michelinie e arte do Mark Bagley. Na história, temos o Dr. Samson praticando seu esporte favorito: curar o Banner. E, como sempre, errando feio. Na experiência desastrosa da vez, ele próprio se torna uma fera selvagem e, na sequência, logicamente, o Hulk. Pra remediar a situação, só o Aranha mesmo. Porradeiro honesto (quase) do início ao fim.

Ah, e alguns meses depois, Peter David decidiu que essas histórias eram apenas sonhos. Que bonito, hein, sr. David. Mas realmente ia ficar estranho meia tonelada de Hulk sentado na janelinha de um avião comum.

As duas foram compiladas em A Teia do Aranha #84.

Momento Vai Teia!: Spider-Backflip!


Peter Parker: Spider-Man #14 (fev/2000)


Da seleção inteira, a história "Denial" é a que traz o tom mais sério. Atmosfera pesarosa de luto num cenário onde o Aranha crê que sua esposa Mary Jane morreu num desastre de avião provocado pelo Hulk. Howard Mackie nunca foi nenhuma Brastemp, mas conseguiu tecer aqui uma narrativa envolvente e passional de uma situação delicada - mesmo em rota de colisão com algo tão divertido & pop como um quebra com o Hulk.

Para um roteirista, o Aranha deve ser um dos personagens mais fáceis de lidar. É instintivo. Inclusive nos momentos mais intensos e emocionais. Ele praticamente se escreve - e muito bem. Até quando você não concorda com nada daquilo.

E John Romita Jr. em grande forma é tudo o que você precisa.

Essa história saiu aqui em Homem-Aranha #6, safra $uper-Heróis Premium. Será que já existe algum livro em produção sobre as falcatruas os bastidores da Abril? Há muito pra contar ali...

Momento Vai Teia!: Aranha e a dolorida catarse gama.


C'est fini.

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No próximo Hulk Esmaga: as pedras vão rolar...