Mostrando postagens com marcador talk show. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador talk show. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 5 de agosto de 2022

A felicidade não se compra


José Eugênio Soares
(1938 - 2022)

Triste, devastadora notícia. E relacionada a um cara que só levou alegria ao Brasil.

Jô Soares entendia como poucos a complexidade do perfil brasileiro e cunhava sátiras profundas numa linguagem simples com uma facilidade que só os gênios seriam capazes. Na ativa desde a década de 1950, Jô enveredou por quase todos os campos artísticos e performáticos possíveis, seja na música, teatro, cinema, literatura e até nos quadrinhos, pelos quais sempre foi apaixonado — inclusive é dele a tradução na 1ª HQ da Barbarella publicada aqui, via Linográfica Editora.

Tanto nos especiais ou em seus programas estouradíssimos, Jô era uma referência pop na era pré-internet. Mas provavelmente sua grande sacada tenha sido sua própria reinvenção quando importou o modelo americano dos talk shows modernos. Foi um marco. E segue influente ainda hoje.

Confesso que nos últimos anos já não acompanhava tanto. Era visível seu estado cada vez mais debilitado e melancólico. Jô nunca superou o baque da partida de seu amado filho Rafael, em 2014. Agora finalmente estão juntos, pra sempre naquele dia da foto.

Penso, feliz, que a recepção lá do outro lado tenha começado com abraços carinhosos de seus queridos amigos Max Nunes e Chico Anysio. E, claro, com uma gargalhada estrondosa do bom e velho Bira.

Obrigado por tudo, Jô!

quarta-feira, 29 de junho de 2022

Panela vegan é que faz comida boa


Já espalhei a palavra em tudo que é lugar: há tempos o Panelaço é o melhor programa de entrevistas brasileiro. E de culinária vegana. Os pratos são saborosos (os que arrisquei copiar, pelo menos) e inacreditáveis: coxinha de jaca, strudel de maçã e banana, penne ao abacaxi, cebolada com farofa de maracujá, pudim de tapioca e por aí vai.

E o Gordo, cara.

Gordo é foda. A cancha que o cara tem hoje é anos-luz de sua época na MTV, que já era muito legal. Ele sabe criar/manter um clima informal como poucos e deixar os convidados bem relaxados (excetuando uma), dispostos a responder praticamente qualquer coisa. Ele não é de desperdiçar chances. Além de tudo, é obrigatório para quem se interessa pela fauna musical brasileira.

Portanto: feito, feito e feito. E vou dormir feliz, crucificando o sistema.