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terça-feira, 13 de novembro de 2012

Deathstroke 2.0


Detalhe da capa de Deathstroke #3, por Simon Bisley. Há tempos que o Slade Wilson precisava mesmo de uma repaginada visual, mas não curti nada essa nova versão. Pouco prática, over e genérica, parece um personagem de Soul Calibur, aderindo à tediosa tendência armaduresca dos "personagens New 52" da DC (até o Super parece estar numa armadura... pergunto, pra quê?). Se fosse pra ficar assim, preferia que continuasse no look pirata com botas boca-de-sino.

Em contrapartida, a coisa vingou bem no traço do Biz. Com sua recente evolução de estilo, as capas ganharam em fluidez, como se fossem extraídas do meio da ação a mil por hora (confira a #1 e a #2). Quase me convencem a conferir essa nova fase - em seu estágio inicial, já que depois a coisa muda...

O Exterminador é desde sempre um dos meus personagens favoritos dos quadrinhos de super-heróis. Já em priscas e inocentes eras, seu maior diferencial era o caráter ambíguo e uma complexidade poucas vezes vista, além, é claro, da fama de ser um dos maiores moedores de carne das HQs. Moral esta construída lenta e criteriosamente, sem a superexposição atual que o vitimou - e também a outros bons personagens, como Wolverine e Fanático.

E já segurou rojões. Rojões do tipo que poucos heróis, supers ou não, teriam aguentado sem enlouquecer ou se bandear para o outro lado da Força. Como, por exemplo, enterrar dois filhos - sendo um deles ceifado pelas próprias mãos, num ato de compaixão e sacrifício extremos.


Esse aspecto "doa a quem doer" sempre foi uma constante na trajetória do velho Slade. Outro bom exemplo está na revista Super Powers n° 9 (maio de 1988), no segmento "Os dois lados do ódio!". O roteirista e co-criador Marv Wolfman mostra que não faz concessões com ele mesmo em histórias menores. Na trama, Mutano está à caça do Exterminador, a quem considera responsável pela morte de sua "namorada" Dana Markov, a ex-titã Terra.

Wolfman, além de pontuar a caçada com uma catártica virada de mesa, também resolveu explicitar em alto e bom som uma suspeita que ficou no ar durante a saga O Contrato de Judas.



E ela só tinha dezesseis...

Isso hoje? Nem pensar.