Eis que as minhas desconfianças se mostraram precipitadas...
...ainda bem.
O pessoal da editora Futuro seguiu o cronograma à risca e realmente entregou seu Nathan Never Volume 2 no prazo estipulado. Uma raridade em se tratando de projetos financiados via Catarse. Até onde lembro, só as editoras Figura, 85 e Tai conseguem tal proeza. Nesse quesito, 10, nota 10.
E não parou por aí.
O projeto editorial ficou bem próximo do Nathan Never Volume 1, da carbonizada Graphite. Que era um excelente trampo, diga-se. Aqui é tudo replicado, das dimensões e diagramação até a capa com verniz e orelhas (orelhões) e as imagens de fundo na guarda. A única exceção é o papel: sai o pólen bold amarelado, entra o offset clarinho. Ótimo negócio.
Com a campanha encerrada, a Futuro já disponibilizou a edição para compra direta no site. E também já começa a preparar o projeto de financiamento do 3º volume.
Parafraseando o Fry, shut up and take my money!
Minha coleçãozinha de Nathan Never da Graphuturo agradece.
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quinta-feira, 18 de julho de 2024
quinta-feira, 16 de maio de 2024
De volta à terra do Never
Às vezes me sinto como aqueles cachorros que vivem perseguindo porcos-espinhos – e, invariavelmente, se dão mal.
Então, Nathan Never, o herói sci-fi da Bonelli, finalmente voltará a ser publicado no Brasil. E novamente via Catarse, só que desta vez pela editora Futuro. Editora esta, que, até 2ª ordem (ou 1ª publicação), é uma daquelas incógnitas.
A Futuro é ligada ao site Spider145 (você já deve esbarrado com ele por aí, divulgando lançamentos da Panini, Mythos, DarkSide, etc), cujo dono é Carlos Costa, o "Spider", da defunta e, nos seus estertores, malfadada editora HQM. O mesmo Spider que no ano passado tentou publicar Cerebus, do polêmico Dave Sim, sem sucesso.
E o mesmo Spider que, também no ano passado, rendeu um dos fios mais cortantes do X-Twitter, que carinhosamente apelidei de “Fio da Navalha”. Segura minha cerveja, Sonia Abrão.
Olha... fiquei um tempão olhando para aquele Catarse antes de decidir apoiar. Foi um brainstorming psicótico no departamento mental de aquisições. A proposta da Futuro é dar continuidade ao volume da finada editora Graphite. Aquela, que foi ali na esquina comprar cigarros com a grana arrecadada no Catarse e sumiu no mundo sem dar satisfações (ai, minha Legs Weaver e meu Nathan Never Vol. 2). Mas é preciso reconhecer uma coisa sobre a Graphite: suas edições eram bacanas. Acabamento, diagramação, letreiramento, mimos, tudo uma uva. Até o tal papel pólen bold, do qual não sou muito fã, envelheceu bem.
Admito que essa impressão positiva residual foi um fator de peso. Isso, mais o plano da Futuro em seguir a numeração com quase os mesmos padrões de publicação – uma estratégia arrojada da velha escola, vide Tex na Vecchi-Globo-Mythos e as Coleções Don Rosa e Carl Barks na Abril-Panini. Outro detalhe importante é a parceria com as competentes editoras 85 e Saicã, que contribuem nos kits de recompensas. “Diga-me com quem andas...” é isso aí.
Mas o Voto de Minerva foi incontestável: a sensacional Lilian Mitsunaga no letreiramento. Essa desempata qualquer jogo.
Apesar disso tudo, o Catarse de Nathan Never Vol. 2 atingiu menos da metade da meta. Menos mal que a campanha era flexível. A previsão é que o trabalho de impressão comece hoje, 16/05/2024, e vá até 16/06/2024. Os envios começam em 17/06/2024.
Tomara que não vá morder outro porco-espinho desta vez. Oremos a São Bonelli. 🙏
quinta-feira, 27 de outubro de 2022
Panini, vai-te Qatar!
Setembro último, finzinho de mês. Cartão virado e uma suculenta promoção de descontos progressivos no novo site da Panini pipoca na minha timelinda. Parti pra cima igual o Coiote atrás do Papa-Léguas. Resolvi botar em dia todas as Sagas, Coleções Clássicas e títulos X numa tacada só, para aproveitar o desconto-teto de 30%. Já esperava por um montante impublicável. Não fechei um carrinho, fechei uma Kombi.
O primeiro indício de estranheza foi no pagamento com cartão. Três tentativas deram erro com direito a pop-up esquisitão. Após aquela rotina de ligar para o banco e constatar que não havia nada errado, concluí que o problema era com o site mesmo. Até pensei em desistir, mas com aquela listinha-update na promocha fritando no cérebro fica difícil dormir um sono tranquilo à noite.
Sentei o dedo nesta porra. Fui de Pix.
30 DIAS DEPOIS

Um mês e o pedido não saiu do "Processando". Pedido grande. Pago à vista.
Acabei descobrindo que na vida existem três certezas: morte, impostos e a Panini não atende ligações. O SAC da editora é um saco. Completamente inútil. Suas redes sociais (Facebook, Instagram, Twitter) parecem gerenciadas por estagiários-zumbi, inertes a qualquer tentativa de interação humana.
Aliás, é um quadro de horror acessar alguma delas e se deparar com centenas de comentários com problemas ainda maiores que o seu.
O disfuncional site novo dispõe de um formulário para abrir "chamados" sobre algum pedido. Abri um e, passados cinco dias úteis, não houve retorno. Como não estava fazendo nada mesmo, abri mais uns 15. E repliquei/trepliquei cada um pelo e-mail de confirmação. Floodei a caixa de alguém lá e, no dia seguinte, surgiu uma atendente.
Após alguns e-mails (sempre comigo suplicando por respostas), fui informado que um dos itens estava esgotado e que seria programado um estorno. E que ela avisaria quando os demais itens fossem para manuseio/envio. Enquanto isso, sigo no "Processando" preservado em carbonita.
Sempre fui um desconfiado profissional. Lá pelos idos de 2016, quando a então gloriosa Liga HQ! começou a demorar para despachar os gibizinhos, recebi uma última encomenda e suspendi novas compras. Logo em seguida, a loja (virtual e física) implodiu, deixando uma porrada de gente na fila do reembolso. Mesma coisa com a Saraiva. Usei muito o cartão de lá com seus descontinhos de 3% (na época era bastante, acredite). Quando as primeiras reclamações começaram a vir à tona, fechei a conta e passei a régua. Escapei do incêndio sem uma mísera chamuscada.
Por algum motivo, baixei a guarda com a Panini.
Já havia comprado na nova loja virtual duas vezes sem problemas, mas todos os indícios estavam lá, claros como as dicas da Morte na série Premonição. Site novo péssimo, o tsunami de denúncias no Reclame Aqui e é evidente que o Álbum de Figurinhas da Copa é um evento absurdamente gigantesco que monopoliza toda a estrutura interna da editora. Uma hora ia acontecer.
Dessa vez meu Ackbar interior não prevaleceu. Meu pagamentinho à vista não é nada perto da Copa do Qatar.
Salve-se quem puder na roleta russa da Panini.
Por último e não menos importante:
Porra, Panini!
🖕 🖕 🖕 🖕 🖕
Anexo 2 do Relatório de Prejuízos
Em abril antecipei aqui mais essa furada. A Graphite Editora (sic) abandonou todas as suas redes sociais e não atualiza seus projetos financiados no Catarse desde fevereiro. É o caso dos meus, agora platônicos, Legs Weaver, Nathan Never Vol. 2 e Martin Mystère & Nathan Never: Prisioneiro do Futuro.
Todos foram pro vinagre, bem como o meu suado dinheirinho.
De acordo com a coluna Enquanto Isso..., do Érico Assis, o Catarse baniu a Graphite "efetivamente da plataforma". Mas até este momento, a conta e os projetos continuam lá.
A pá de cal foi descobrir alguém na Shopee vendendo vários materiais da Graphite. Incluindo títulos e recompensas que nem os próprios apoiadores receberam...
quinta-feira, 7 de abril de 2022
Catarse do Catarse
Adoro a ideia de poder colaborar, de fazer parte daquilo de algum modo, de ver minha humilde graça impressa nos agradecimentos (tolos, ainda dominarei o mundo!), de acompanhar todos os trâmites até colocar as mãos naquele quadrinho autoral espetacular demais para as editoras mundanas, que só operam afundadas em planilhas e gráficos —e antecipadamente, no melhor estilo de exclusividade cooperativa.
Mas cada visita à lista de produções em andamento me lembra porque esse nicho editorial se proliferou no Catarse em primeiro lugar. Meu histórico de apoios já virou um limbo quadrinhístico. Brrrr.
O projeto confirmado mais antigo é o sci fi Bonelliano Legs Weaver, pela Graphite Editora. Entrega prevista para novembro de 2020. Geralmente, essas previsões são bastante inacuradas, mas isso já é ridículo. O pior é que as edições da Graphite são caprichadas. Quem viu o projeto anterior deles, o colossal Nathan Never Gigante - Futuro Duplo, ficou de queixo caído. Na seção de Novidades, o último comunicado (de fevereiro) dá conta de problemas envolvendo troca de gráfica e falta do papel escolhido no mercado. Pela nova "previsão", uma nova cotação será feita em junho/julho para, talvez, entrar lá no final da fila de impressão. Pena.
Já a editora Lorentz conseguiu entregar o segundo volume de Alvar Mayor em janeiro (quatro meses após a previsão fornecida), mas nada ainda do terceiro volume. A normalmente ligeira Tai Editora, da simpática Taína Lauck, também tem estendido seus prazos —vide Milady 3000, estimada para novembro de 2021— sem, no entanto, diminuir o ritmo de lançamentos. Pelo contrário.
No geral, tenho notado uma profusão-seguida-de-acúmulo nos lançamentos de HQs via Catarse. Se for pensar, é praticamente um empréstimo a perder de vista e sem juros. E isso me lembra algumas picaretagens da velha guarda. O que, felizmente, não vi acontecer na plataforma. Ainda.
Há tempos o homenzinho do Departamento de Aquisições vem me pressionando. E, não me leve a mal, será difícil. Mas parei. A partir de agora, só material disponível em lojinha virtual, ao alcance da mão de fechar o carrinho. E tenho dito.
Ok, ok... só vou apoiar mais o combão Um Mundo de Impressões – Os 70 anos da Editora RGE/Globo - A Noite em que a Marvel fez o Mundo Chorar. Aí, é a saideira. Não tem esse dedo me dói.
E tenho dito.
Mas cada visita à lista de produções em andamento me lembra porque esse nicho editorial se proliferou no Catarse em primeiro lugar. Meu histórico de apoios já virou um limbo quadrinhístico. Brrrr.
O projeto confirmado mais antigo é o sci fi Bonelliano Legs Weaver, pela Graphite Editora. Entrega prevista para novembro de 2020. Geralmente, essas previsões são bastante inacuradas, mas isso já é ridículo. O pior é que as edições da Graphite são caprichadas. Quem viu o projeto anterior deles, o colossal Nathan Never Gigante - Futuro Duplo, ficou de queixo caído. Na seção de Novidades, o último comunicado (de fevereiro) dá conta de problemas envolvendo troca de gráfica e falta do papel escolhido no mercado. Pela nova "previsão", uma nova cotação será feita em junho/julho para, talvez, entrar lá no final da fila de impressão. Pena.
Já a editora Lorentz conseguiu entregar o segundo volume de Alvar Mayor em janeiro (quatro meses após a previsão fornecida), mas nada ainda do terceiro volume. A normalmente ligeira Tai Editora, da simpática Taína Lauck, também tem estendido seus prazos —vide Milady 3000, estimada para novembro de 2021— sem, no entanto, diminuir o ritmo de lançamentos. Pelo contrário.
No geral, tenho notado uma profusão-seguida-de-acúmulo nos lançamentos de HQs via Catarse. Se for pensar, é praticamente um empréstimo a perder de vista e sem juros. E isso me lembra algumas picaretagens da velha guarda. O que, felizmente, não vi acontecer na plataforma. Ainda.
Há tempos o homenzinho do Departamento de Aquisições vem me pressionando. E, não me leve a mal, será difícil. Mas parei. A partir de agora, só material disponível em lojinha virtual, ao alcance da mão de fechar o carrinho. E tenho dito.
Ok, ok... só vou apoiar mais o combão Um Mundo de Impressões – Os 70 anos da Editora RGE/Globo - A Noite em que a Marvel fez o Mundo Chorar. Aí, é a saideira. Não tem esse dedo me dói.
E tenho dito.
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