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sábado, 20 de agosto de 2016

KERWHACKKK!

Esse é o som de (mais) contas sendo acertadas com o passado.


9/12 títulos anexados à coleção até aqui, uns 75% de aproveitamento. A extensão de clássicos da Salvat tem deflagrado uma justiça tardia para aqueles moleques fissurados numa HQ, mas sem um merréu pra comprar Almanaque Marvel e Almanaque Premiere Marvel... lá pelos idos de 1982-84...

Todos os títulos vêm mantendo alto o nível de relevância histórica, mas os gols de placa são indiscutíveis: Contos de Asgard, Dr. Estranho: Uma Terra sem Nome, um Tempo sem Fim e, pelas hostes de Hoggoth, o Nick Fury pop art/surrealista de Jim Steranko compilado em dois volumes antológicos. Só o caviar da gibizeira.

Com todos esses clássicos grandes, médios e pequenos, nada melhor que um pouco da boa e velha chinelagem quadrinhística. Mas, epa... um pouco não, muita. E chinelagem com todo o respeito à fantástica Marie Severin, ao grande Gary Friedrich e ao melhor desenhista ruim de todos os tempos, Herb Trimpe - que Deus (Jack Kirby) o tenha em bom lugar.

A Coleção Oficial de Graphic Novels, Clássicos vol. XI - O Incrível Hulk: O Monstro Está Solto... ufa... é exatamente o que parece: um gibi de porradaria honesta. Nada de complexidade narrativa, subtramas mirabolantes ou minuciosas análises psicológicas. No Golias Esmeralda pós-Lee/Kirby firulas inexistem. Não raro se aproximava fatalmente dos "gibis" que você rabiscava nas últimas páginas do caderno de matemática. Certo, certo, exagerei, mas esse é o espírito. Imediatismo.

O roteiro de Friedrich garantia o build-up mínimo exigido por Lei, mas ele sabia o que o povão queria. Após alguma contextualização - sempre ágil, sempre enxuta - era só questão de alguns quadr(inh)os para a coisa ficar verde (ha ha!). Perto do Hulk de Trimpe & cia., até o Hulk de Mantlo e (Sal) Buscema ficava parecendo o Woody Allen.

Em que pese a autoria do titio Stan numa história, Roy Thomas rachando outra ao meio com Archie Goodwin e mais outra com Bill Everett, a ordem era esmagar os adversários e ouvir o lamento de suas esposas. Tanto que o encadernado já abre com Hulk desembarcando em Asgard com os dois pés no peito de Heimdall pra seguir esculachando geral, d'Os Três Guerreiros ao Executor, e ainda chamar ninguém menos que Odin, Filho de Bor, para uma conversa ao pé do ouvido.

Após, um tira-teima protocolar com o Rino no mesmo ritmo fanfarrão de sua origem e entreveros com dois desafiantes bizarros o suficiente pra não constarem nem numa galeria onde figuram MODOK e Bi-Fera, além do Mandarim e seu servo autômato monstruoso com feições orientais e... amarelo... sem preconceito sessentista, é claro.

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O green de la green, contudo, é a última história, extraída da - aí sim - clássica Hulk Annual #1 (1968). O assombro fanboy já começa na reprodução da épicaicônica capa original, homenageada e referenciada por décadas em várias esferas da cultura pop - mais uma vez, cortesia de Steranko, esse putardo maldito e talentoso (ainda tem graça chamá-lo de Andy Warhol da 9ª arte?). Nem a publicação atentando ao fato prepóstero de que a edição seguia inédita no Brasil embaçou minha felicidade.

...talvez só um pouquinho.

Hulk com Inumanos não precisa de muito escrutínio. A mera ideia já é coisa de louco. E eu já tinha cantado essa bola antes, mas me sinto na obrigação moral e cívica de avisar: há ali um quebra espetacular entre o Gigante Verde e Raio Negro...


...onde o Hulk leva provavelmente a surra da sua vida.

Boltagon esmaga!


☮  ☮  ☮


Pode me chamar de pessimista, mas confesso que não via isso acontecendo num curto prazo.


Clique para achar os acertos!

A Panini corrigiu os erros do encadernado de A Saga da Fênix Negra, reimprimiu a bagaça deluxe e procedeu com o devido recall. A pentelhação da "carta anexada explicando os motivos da troca" ainda rolou, apesar de mais que escancarados em tudo que tenha tela.

O jogo de volta foi rápido, coisa de uma semana, via PAC reverso, sem custos. Uma merecida massagem shiatsu nesta alma que, desde fevereiro, vem sonhando com gatas de metal indestrutível e uma narração em off repetindo as mesmas sentenças.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

BEYONDER BEYOND


The New Avengers: Illuminati #3 me confirmou uma velha suspeita: mais que "Casa das Idéias", a Marvel Comics é o "Depósito das Idéias". Hoje vejo mais claramente as pontas soltas largadas à bangu ao longo de sua cronologia, apenas para faturar em premissas mais adiante. O que existe lá é um oceano de assuntos mal-resolvidos. Não por acaso, vários arcos da editora parecem ter sido tramados com mais de vinte anos de antecedência. Assim fica "fácil", a deixa já estava lá, à espera de um roteiro. Tudo em nome da continuidade quadrinhística, claro, mas os editores abusam. A lista destes, hã, "spectro-plots" é longa, variada, mesmo se pegarmos exemplos mais recentes. Temos de Yelena Belova, Nicky Fury, Wanda e Capitão até a pequena Danielle Cage. Todos vivendo numa completa incompletitude (isso é Gil ou Caetano?) e no aguardo da redentora resolução (Gessinger?).

Isto pra não citar as pendências-monstro deixadas por Eternos de Neil Gaiman e, mais polêmica ainda, World War Hulk. E nem queira entender as origens co-relacionadas do Visão e do Tocha Humana original.

A propósito, só fui saber outro dia que botaram a Contraterra na conta do papa. Pobre Alto-Evolucionário. Tanta coisa para nada, afinal.

Por sorte, esses ganchos recorrentes até fazem parte do charme. O próprio Brian Michael Bendis, na bacanuda As Incríveis Aventuras de Stan Lee, desconstruiu essa mania de resgatar trasheiras há muito esquecidas ("mini em seis edições: ROM, O Cavaleiro Espacial!"). No mais, tem de ser muito chato pra não gostar de uma boa recapitulação - quando é boa, que fique claro... esqueça o processo de puteirização a qual foi submetida a santíssima e virginal Gwen Stacy.

Seja como for, um bom timing é imprescindível nesses casos. Pena que na maioria das vezes, nem todo o timing do infinito-e-além! parece ser o bastante. O que me leva ao personagem-símbolo de toda essa embromação que a Marvel adora botar no congelador pra esquentar depois no microondas.


Beyonder é, sem dúvida, um dos maiores elefantes brancos já produzidos pela Marvel, equiparado apenas, talvez, pelo Sentry. Nos final dos anos 80, finda a saga Guerras Secretas, o personagem ficou que nem o Terminator se John Connor morresse: "useless". Não sabia até que ponto o mega-evento foi uma desculpa para produzir uma linha de brinquedos, cards, álbuns e tralhas quetais, mas lembrava que era de uma tosqueira até divertida. Relendo hoje... sim, eu reli... acrescento que é burraldo, pueril, boboca e cara-de-mamão, mas se fosse filme seria um daqueles Sessão-da-Tarde-movies que todo mundo fala mal, mas adora assistir escondido. Guerras Secretas é Quake Arena. Heróis contra heróis contra vilões contra vilões. E vice-versa.

Como de praxe, o advento de um indíviduo todo-poderoso se fez necessário pra reger a patota toda. Criado por Jim Shooter e Mike Zeck, Beyonder não era uma força da natureza unidimensional (como o Anti-Monitor), nem um niilista mega-estratégico (como o Thanos recente do Jim Starlin). Ele era de uma ambivalência passiva, um observador distante. Também não dispunha de um corpo físico, sendo representado por um tipo de feixe de energia. Quase uma sarça ardente. Sua natureza supostamente divina era pura simbologia bíblica, criacionista, onisciente e onipotente no microcosmo proposto pela saga.

Mas aí a aventura chega ao fim - inconclusivo, como sempre - e fica a questão. O que fazer com uma personagem-deidade instituída num contexto maniqueísta?



Beyonder, brincando com seus action-toys e envergando um modelito Clóvis Bornay

Guerras Secretas II, claro. Desta vez, a premissa era justamente Beyonder à procura de um papel naquele universo. O exercício criativo foi até interessante. Sendo ele mais entidade que propriamente um indivíduo, os heróis, vilões e pessoas comuns acabavam incluídos no processo. Esta era a deixa: ao confrontarem uma força da natureza inevitável, eles reafirmavam todos os alicerces éticos e psicológicos que os fazem únicos e admirados/odiados. Quase um raio X de suas profissões de fé.

A continuação se estendeu pelas principais publicações Marvel da época. Em seu decorrer, foi interessante ver como a idéia era limitada na própria simplicidade. Beyonder era o Alfa e o Ômega. Só Deus sabe como esse fardo é pesado. Logo, toda aquela conceitualização metafísica caía por terra, pois o personagem buscava auto-realização do ponto de vista mundano. Tarefa impossível, incompletos que somos - tal qual a cronologia Marvel.

No fim, Guerras Secretas II se mostrou uma experiência tão vaga que foi difícil não preencher as lacunas como passatempo mental (um dos motivos pelo qual eu amo quadrinhos). Nietzsche, Sartre, John Milton, Saramago e até o Paul Rabbit entraram na dança, mas não fui muito longe: aquela trip toda me lembrou mesmo foi uma velha história do Angeli, na qual Deus desce à Terra para se humanizar e experimentar os prazeres terrenos, e termina como um mendigo alcoólatra com delírios de grandeza. A sarjeta é logo ali, rapá.


Ecumenismo xiita, se é que isto é possível

De volta à carga, Guerras Secretas III trouxe o Super Deus Marvel Hero pra zerar os restolhos de roteiro entornados no caminho. Mas a guerra desta vez durou só uma edição (Fantastic Four #319), under-the-radar ainda por cima. Um combinho integrado pelo Dr. Destino, Tocha Humana, Coisa e Ms. Marvel (a outra, não a Danvers caval'de jour), vão até o universo do Beyonder em busca de respostas e o encontram numa tremenda ressaca existencial. Pra começar, aquele universo em que ele vivia era ele. Toda a matéria, ordem, caos, pensamento, conceito, passado, presente e futuro. Ao desejar uma existência completa, Beyonder corrompia sua própria divindade - desejo é um abismo sem fim para alguém que pode tudo. Com isso, todo o multiverso-e-lá-vai-supercorda estava ameaçado por um deus imperfeito.

A solução foi encerrar sua essência num daqueles práticos Cubos Cósmicos da Marvel - gestor de entropia cósmica expresso -, tarefa levada à cabo pelo Homem-Molecular, que no processo também foi pro saco, ou melhor dizendo, pro cubo. Soube-se também que o próprio Beyonder era energia consciente originada de um Cubo (seria então um retorno às raízes?).

Na prática, esta foi a última vez que viram a face de Beyonder. Em Beyond! não era ele e sim o Estranho, segundo a arte vagabunda do Scott Kolins, e na comprida Aniquilação houveram referências, mas nada efetivo. Parecia que aquele era mesmo o fim da linha para um personagem talvez grandioso demais para aqueles padrões, mas acima de tudo, promissor ("por mais que as coisas se modifiquem, elas permanecem as mesmas" - imagina Beyonder na visão de Alan Moore fase Big Numbers, com todo aquele subtexto envolvendo Matemática Fractal e Teoria do Caos?).

E este era um fim que contrariava o velho recurso de deixar as opções em aberto. Será?



"Beyonder é... SPOILER!
E também é... SPOILER!!"

Claro que não... não na velha Marvel, não senhor... lá, um fim é sempre um início. Desde a primeira edição, The New Avengers Illuminati deixou clara sua vocação revisionista, destacando o que seria o início da infiltração Skrull na Terra (e dá-lhe Civil War na seqüência) e repescando elementos emblemáticos como as Jóias do Infinito e o rebelde Marvel Boy Noh-Varr. Mas a edição que ressuscitou Beyonder sem dúvida foi a mais sintomática neste sentido.

Os roteiristas Brian Michael Bendis e Brian Reed ignoraram solenemente tudo o que o personagem vivenciou a partir de Guerras Secretas II. De fato, Beyonder tem o mesmo visual yuppie daquela época, o mesmo olhar intrigado mezzo infantil e a insaciável busca por auto-realização - agora com um viés altruísta-obsessivo. (Re)Descoberto por alguns integrantes do Illuminati enquanto recriava Manhattan num asteróide nos confins da galáxia, novamente ele se vê numa situação de conflito iminente contra heróis da Terra.

Só que dessa vez, Dr. Estranho, Namor, Charles Xavier, Reed Richards e Raio Negro sabiamente pulam etapas (e tapas), usando um senhor trunfo que têm na mãos. A saída proposta pelos Brians foi de chocar até o decenauta mais indiferente.


Há de se elogiar a tensão da narrativa, que deu a dimensão exata do horror dos heróis em ficar frente a frente com um ser que poderia varrê-los da existência com um mero pensamento, por tédio, capricho ou descuido. É aterrador.

No mais, é difícil prever quais serão os desdobramentos dessas novas informações. À primeira lida, parece uma compilação de furos implorando para serem delatados, subvertendo tudo o que se soube do personagem até hoje. Mas sendo Beyonder quem é... ou quem não é... tudo é possível.

A conclusão, é claro, é totalmente aberta, dando a entender que assim ficará por um bom tempo. Evaziva e incompleta, como o próprio personagem.

Nada mais adequado, afinal, como já dizia o espetacular Stan Lee... "'Nuff Sa

Na trilha:

segunda-feira, 16 de abril de 2007

A INSUSTENTÁVEL LEVEZA DO HULK


Parece que a notícia do dia nos meios pop quadrinhísticos (quiçá cinematográficos!) foi Edward Norton embebido em radiação gama para o próximo filme do Hulk. Norton é um dos melhores atores de sua geração e sua presença neste projeto com certeza muda, e muito, a percepção geral sobre o que virá a ser o filme. O primeiro longa foi bastante criticado, principalmente pela intensa carga dramática conferida pelo diretor Ang Lee (não inesperadamente: ele cansou de repetir que faria uma "tragédia grega", nestas palavras) - do lado de cá, acredito que este primeiro momento foi absolutamente necessário antes de qualquer outra coisa.

Mas a história se repete - se antes a novidade insólita foi a toda-boa Jennifer Connelly, agora é a vez de Norton garantir uma atuação de alto nível e, porque não, ser um baita chamariz de público (principalmente após a moralzinha mais popularesca adquirida via O Ilusionista). Tomara que não seja pedir demais que La Connelly retorne ao cast, juntamente com o grande Sam Elliot. Eu até ajudo a pagar.

Se alguém tem experiência em dupla personalidade é Ed Norton. A primeira vez que vi o sujeito foi em As Duas Faces de um Crime, com Richard Gere estrelando. O thriller era meia-boca toda vida até seus dez minutos finais, quando é revelada a presença de um monstro gigante em cena. Quem assistiu o filme na época saiu atropelado. Na ocasião, Norton saiu recolhendo indicações - Oscar incluso - e prêmios a rodo (conta quantas vezes aparece o nome dele aqui). Já em Clube da Luta, seu alter-ego, o paranoid Tyler Durden, era uma força anti-sistema de caráter (auto-)destrutivo. E o Hulk não é nada mais que uma simbologia grotesca e per se deste mesmo conceito.

A verdade é que daí pode sair qualquer coisa (até mesmo o primeiro nuke da filmografia de Norton), mas ao menos há uma certeza: Bruce Banner nunca esteve tão próximo de seu sociopata interior.


No final de 2005, "todo mundo" foi aterrorizado pela imagem acima. Até então, só sabíamos que uma das tretas mais clássicas dos quadrinhos - Wolverine contra Hulk, gafanhoto! - ganharia sua versão no Universo Ultimate, onde tudo vale, tudo é permitido, de golpe abaixo da linha da cintura a dedada no olho. Mas ninguém estava preparado pra isto, for Christ's sake. Viajando pela web como parte de um preview da história, a força dessa imagem foi um trampo marketeiro de primeira linha. E reflete à perfeição o que é a Marvel Comics sob a gerência de Joe Quesada, para o bem ou para o mal. O fato é que a mesma foi o papel de parede de todos os computadores que usei na época. Já vinha em resolução 1024x768 mesmo. Fui fisgado legal, admito.

Aí saiu a primeira edição. A primeira de uma minissérie de seis. Fevereiro de 2006. Escrita por Damon Lindelof, co-criador e roteirista de Lost, e desenhada pelo excelente Leinil Francis Yu, de Superman: O Legado das Estrelas. Nada mal, hein. No mês seguinte (março, pra constar), houve um apagão e nada da revista. Tá, era bimestral. Beleza. Em tempos de Evil That Men Do, Daredevil: Father e Ultimates 2, a paciência virou a maior das virtudes. Em abril, ueba, lá estava a HQ seguindo seu curso na 2ª edição.

E foi a última vez que a vi.

Atualmente, Ultimate Wolverine vs. Hulk jaz em alguma geleira próxima daquela em que o Capitão América foi resgatado. Ou em algum ponto obscuro da ilha de Lost, onde nem os Outros se atreveriam a chegar. A história do atraso desta 3ª edição virou lenda urbana nos meios editoriais. Primeiro, ela foi re-solicitada para maio. Após, teve lançamento oficial agendado pra 12 de julho e nada aconteceu. Re-solicitada novamente para 9 de agosto, e na seqüência para 20 de setembro, 25 de outubro e, mais uma vez sem sucesso, para 27 de dezembro. Por fim, foi anunciado seu cancelamento provisório até que todas as edições restantes estejam completadas.

Eu nem ligaria se fosse, p.ex., o Aranha Ultimate de Bendis/Bagley. Mas o que acontece aqui é justamente o contrário. Ultimate Wolverine vs. Hulk estava se encaminhando pra ser uma das coisas mais divertidas publicadas nesta década. As duas únicas edições são um tour-de-force irresistível de humor negro e boas sacadas.


A premissa é aquela mesma juramentada e sacramentada pelo universo normal dos personagens - a SHIELD quer a cabeça do Hulk numa bandeja e vê em Wolverine a saída mais prática pra resolver a parada. A seqüência insanamente gore do Wolvie sendo partido igual Doritos vem logo nas primeiras páginas, já entregando a disposição monstruosa de Lindelof/Francis Yu. Depois disso, corta pra alguns dias antes, quando Nick Fury tenta convencer Wolverine... pensando bem, "convencer" não foi bem o caso.

Fury: "Você fará, Logan?"
Wolvie: "Yeah. Eu farei."
Fury: "Eu não tenho de ameaçar você? Te dar uma moto multi-milionária? Te oferecer um pedaço do seu passado misterioso?"
Wolvie: "Você disse que ele é durão. Vai ser divertido."

Nesse interím, o Hulk/Banner (que saiu vivo da execução termonuclear vista em The Ultimates 2 #03), fez uma excursão literalmente devastadora por vários países da Europa e acabou desembocando no Tibet atrás de paz interior. Como sabemos, o Hulk Ultimate é cruel até a medula óssea e seus acessos de fúria não perdoam ninguém. Só mesmo alguém da linhagem sagrada do Dalai Lama poderia ajudá-lo... no caso, este seria o Panchen Lama e é aí que eu paro porque a cena é hilária e não dá pra revelar mais.

No frigir dos ovos, a última coisa que nos resta é a esperança. Miremos no exemplo da lendária 13ª edição de Ultimates 2 que está aí, na boca do caixa, com shots descaralhantes de páginas óctuplas aquecendo a chama que existe em nossos corações. Raspas e restos me interessam. Não tenho dignidade, pois sou fã de HQs. E como Leinil Francis Yu não é de dar satisfações, vou de Ed McGuiness mesmo.




Na edição #50 de Wolverine, McGuinness e o irregularzão Jeph Loeb mandam um 'curta-metragem' bastante divertido, onde Wolverine relembra detalhes aparentemente não divulgados de seu primeiro encontro com o Hulk, logo na estréia do baixinho canadense.

A referência é clara e evidente. Leinil & Lindelof (parece dupla sertaneja) até constam nos agradecimentos, mas o modo como a história termina é particularmente sugestivo. Só espero que não seja uma alusão ao destino da mini.


Pelo menos, terei alguma distração durante a espera. Como a "batalha do século", por exemplo.



...que por acaso é revanche. Hulk já perdeu uma vez pro Raio Negro. Quero ver agora, no jogo de volta.




Se o novo confronto for tão sóbrio quanto este...


Edward Norton em Hulk 2... surreal.