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sexta-feira, 15 de agosto de 2025

Desafiadores do Conhecido

Onde estávamos mesmo? Ah, sim... no novo filme do Quarteto Fantástico.


Após seis décadas de quadrinhos, desenhos e sofridos quatro filmes (, na verdade), os primeiros passos de Quarteto Fantástico: Primeiros Passos seguem como os mais difíceis de trilhar. É uma ironia paradoxal. A cronologia é vasta e todos os seus clichês e arquétipos são reconhecíveis a parsecs de distância: um núcleo familiar, ou quase, protagonizando histórias que aliam fantasia, misticismo, mitologia e, claro, ficção científica a um contexto pop-aventuresco para toda a família. É um pacotão de entretenimento vencedor que sempre foi mantido atualizado.

Por algum motivo, no caso do Quarteto, a coisa invariavelmente adquire contornos complexos de concepção, transposição e execução. Talvez por lidar diretamente com o material bruto, bizarro e fantasticamente doidão criado por Jack Kirby e Stan Lee. Mais do que qualquer coisa que fizeram na Marvel, a química da dupla no Quarteto era da pura. A fine entry drug, difícil de reproduzir com integridade fora daquela mídia. Então, cada vez que se cogita um novo filme da "Primeira Família", é um drama, quase como se fosse algo infilmável. Primeiros Passos talvez seja o, arram, primeiro passo do mythos original rumo ao sonho descomplicado de uma franquia de verão.*

* não me refiro à performance nas bilheterias, onde o longa afundou drasticamente nas semanas seguintes, mas ao potencial escapista por excelência. A normalidade de sentar em frente à tevê, abrir uma cerveja e ver super-heróis viajando até um universo de antimatéria para sair no braço com um gafanhoto antropomórfico de metal. É pedir muito?

O diretor Matt Shakman é veterano de séries, de Game of Thrones e The Boys a Succession e WandaVision, quase um test drive da abordagem vintage de Primeiros Passos. Sabia exatamente como lapidar e conferir gravitas ao roteiro formulaico escrito a oito mãos (fora o aveludado par da Kat Wood, coautora da premissa). Particularmente, tinha minhas restrições com a ideia do filme se passar no ano de 1964 de um universo/realidade alternativa, apesar da jornada acachapante pelo Multiverso na série Loki – e não existe nada mais over-the-top no MCU do que Loki. Felizmente, a opção teve 99,9% de aproveitamento.

Os personagens parecem pertencer à tal Terra-828 bem mais do que à ilha de cinismo e irreverência da Terra-616 (ex-Terra-199999). A bela direção de arte futurista retrô à Syd Mead, além de um delicioso e irresistível guilty pleasure, também evidencia o impacto social, político e tecnológico causado pela existência de um Quarteto Fantástico naquele mundo. Algo bem Watchmen, se o Grande Barba me permitir a referência.

A trama é o basicão do sci fi pré-apocalíptico. Lá, o Quarteto Fantástico já existe há quatro anos, é adorado pelo público e, através de sua Fundação Futuro, tem parcerias com todos os governos (menos o da Latvéria!). Coisa, Tocha Humana, Mulher Invisível e Senhor Fantástico são celebridades pop defendendo o Silver Age Way of Life de supervilões da 2ª divisão. Isso até a chegada da Surfista Prateada anunciando a vinda de Galactus e o fim do mundo. A partir dali, a escala deixa de ser global e se torna cósmica.

A transição de escopo é sensacional. Dá pra sentir toda a tensão, medo e incerteza do Quarteto – em especial, de Reed Richards – frente ao imponderável pela 1ª vez. Pedro Pascal anda onipresente e triscando na hiperexposição (falta só fazer comercial da Bombril), mas tem uma grande vantagem: é um excelente ator. Transmite com maestria toda a frustração e impotência de Richards, com seu controle emocional e pensamento lógico ruindo diante de uma ameaça com tecnologia e poder vastamente superiores.

Já o Coisa de Ebon Moss-Bachrach (o Richie, de The Bear), visualmente, é o melhor Coisa que o dinheiro da renderização digital poderia comprar. Fidedigno. No texto e na caracterização de Moss-Bachrach, porém, deixa um pouco a desejar com a voz suave e um perfil bonzinho/paciente/conformado demais. Assim fica fácil para a Gangue da Rua Yancy. Prefiro o Michael Chiklis.

A Sue Richards de Vanessa Kirby, cheia do soft “girl” power, e o maninho Johnny de Joseph Quinn (keep metal, Eddie!) foram a primeira surpresa para mim. Além de cativantes, ambos têm as melhores cenas entre os quatro e decidem a partida com jogadas individuais em momentos-chave. São os grandes protagonistas do filme.

A outra surpresa foi a controversa Surfista Prateada Shalla Bal, numa escalação que se mostrou muito acertada no final das contas. Primeiro, porque Julia Garner é uma atriz espetacular, saltando do aterrorizante ao fragilizado com uma desenvoltura... fantástica. Segundo, a desconstrução da personagem ao longo do filme deixa sua figura ainda mais trágica e humana, com todos os seus erros, adversidades e superações. E terceiro, é dela as sequências de ação mais eletrizantes do filme, com a Surfista de fato surfando em um rio de lava, em perseguição faster-than-light ao Quarteto dentro de um buraco de minhoca e até no campo gravitacional de uma estrela de nêutrons. A tela grande ficou pequena.

E Galactus. Na cena em que ele é apresentado num crescendo nervoso, emergindo lentamente das sombras, confesso que até esqueci de respirar. Sonho realizado #385, check.

Pode ser a saudável influência de James Gunn em assumir o esdrúxulo para o mundo sem medo de ser feliz. O fato é que o velho Galan enfim saiu das páginas em toda a sua glória live action – armadura roxa e balde na cabeça inclusos. O vozeirão basso profondo do britânico Ralph Ineson confere um tom imponente, solene e ancestral ao Devorador de Mundos. O design segue o padrão clássico das HQs quase à risca, com linhas e detalhezinhos high tech ao longo da gigantesca armadura, lembrando a concepção do artista italiano Giorgio Comolo. Na Terra, ele é um arranha-céu ambulante, muito maior que nos quadrinhos.

Logicamente, algumas bolas batem na trave. Ao invés de consumir os planetas diretamente com o auxílio de seus conversores, Galactus tritura os astros em sua nave como se fosse o Unicron. Bem menos impressionante. A nave, aliás, parece ser a Star Sphere que Galactus usa quando sai de Taa II, sua nave-mãe-pai-e-avós com as dimensões de um sistema planetário. Pena não rolar ao menos uma frase com um fanservice maroto.

Outro detalhe esquisito foi a fuga do Quarteto da nave. Como nas HQs, o Galactus do filme pode imobilizar seus oponentes com o pensamento, assim como faz com a Surfista em dado momento. Então não tem muito sentido aquela correria toda, senão o fruto de uma procrastinação galáctica.

Sobre a celeuma em torno da Mulher Invisível empurrando Galactus, posso listar umas notas de argumentação: 1) Sue é uma mãe defendendo o seu filho (além da Terra, óbvio); 2) A verdadeira extensão de seus poderes nos quadrinhos é tema de discussões a perder de vista e é algo que pode e deve ser aplicado à sua contraparte cinematográfica – e sabiamente evitaram o sanguinho no nariz; 3) Por fim, Galactus estava pronto para sua próxima lauta refeição e, portanto, com fome, enfraquecido e nessas condições, como todos sabemos...

Em suma, nada para ver aí, senão orgulho da Sue.

Me incomodou mesmo foi o Toupeira do canastrinho Paul Walter Hauser, numa repaginada clean e hipster do nosso grotesco favorito. E um desperdício pop do H.E.R.B.I.E. que Jon Favreau, Dave Filoni e, raios, James Gunn não deixariam passar.

Quarteto Fantástico: Primeiros Passos é o filme que os Quatro Fantásticos mereciam há tempos. Não é a Mona Lisa do audiovisual, nem a reinvenção do Universo Marvel nos cinemas, mas reinventa a Primeira Família de uma forma genuína e digna. Digna do legado, da influência, dos gibis e, o mais importante, da pipoca.

Ps: só me faltou mesmo o Balde-Galactus.

quarta-feira, 9 de maio de 2018

Blonde on Blonde

Encontro faiscante em Fantastic Four #584 (dezembro, 2010).


Grandes Momentos Marvel de adulto. Tanto a ponderar sobre essas duas que não dá nem pra saber por onde começar - ou terminar.

E a dupla Hickman/Epting resumiu tudo em duas palavras e dois olhares.

domingo, 8 de novembro de 2015

"O último X-Men é lixão", "Dimensão X", "Sexo sobre as mesas" & outras histórias


E vamos à digerida suicida de Quarteto Fantástico de Josh Trank & Equipe de Contenção de Danos da Fox Studios...

"Ainda isso?", você vai perguntar. E eu, pimpão, replico: pois é! Já me fiz entender em posts-protesto aqui e acolá, inclusive pré-julgando a 200 por hora, sem as mãos e com os faróis apagados. Lógico que não fui ao cinema e pretendia ignorar a existência disso ad eternum, mas grupos de e-mail e arquivos torrent são como a máfia: você tenta sair, mas eles sempre te puxam de volta.

Só que dessa vez a coisa será diferente. Merece ser. Afinal, essa foi uma das produções mais caóticas da História do Cinema. Seguindo a tradição das análises já bem pernetas dos filmes anteriores e prestando tributo ao seu aspecto mais singular (a edição à Frankenstein), vou apenas desovar a conversa que me trouxe até aqui, em versão nua, crua e tranker.

Estiveram presentes no experimento Ludovico 2.0: Sandro, do Reverberre!, o tricolor em recuperação Fivo e um elemento suspeito que, por questões de segurança (do leitor), vamos simplesmente chamar de Guimba.

Olho no lanceeeee...!


SANDRO - Aqui eu vou apanhar e vão tirar sarro da minha cara eternamente nível Liga Extraordinária, mas eu gostei do filme. Reitero novamente que não conheço os quadrinhos da família, então a história da origem me pareceu bem estruturada (com falhas, obviamente), principalmente o relacionamento deles com o governo. A coisa vai bem até a primeira metade, inclusive os poderes adquiridos por uma viagem dimensional funciona legal e o Doom estar próximo deles é uma motivação interessante e plausível. Mas é aí que tudo começa a ruir: antes da transformação, você até entende o Doom. Depois, fica uma coisa tão insossa e corrida que vc pensa "espero que todos morram" e acabe aí. Os atores foram bem escalados e funcionam como equipe. As cenas de ação até funcionam, mas são poucas. O Coisa, mesmo pelado, está muito bom. Mas nota-se que da metade pra frente (onde a necessidade de efeitos aumenta) o diretor perdeu a força e alguns efeitos são risíveis. Achei melhor que o último X-Men. Sério mesmo. Mas X-Men eu conheço, Quarteto, não.


FIVO - Mermão... se tu achou quarteto melhor que Xmen, vou ter que ver.  Vou esperar um BRRip.

SANDRO - Ah, cara, sei lá se vai curtir. Eu fui com a expectativa -1, então o que viesse era lucro. Ao meu ver, inclusive, é um filme que estaria facilmente ambientado no universo X-Men/Fox.

GUIMBA - Melhor que o último X-Men? Vou ver só pra manter o score das suas indicações. TRDV (trad.: "Tô Rindo De Verdade")

SANDRO - TRDV. O último X-Men é lixão.

DOGG - Também verei FF. Sandro, contamos com você! rs

SANDRO - Meu, eu acho que vc vai acabar com o Quarteto. Mas tudo bem, eu pensei bastante antes de escrever.


DOGG - Vou não... rs

O filme se autossabota a partir da metade, quando vira um remendo de cenas nitidamente refilmadas, mas nem de longe é aquele lixo que apregoaram. Fica na média minus.

Agora, como leitor dos gibis:


- o build-up, tomando todo o terço inicial, é uma boa adaptação do Quarteto Ultimate. A abertura, em particular, é... fantástica. Coisa linda mesmo. Mas para por aí;

- perderam deixas inacreditáveis para referenciar o cânone clássico da equipe... nada de Latvéria... falam em "4ª Dimensão" e "Planeta Zero", mas nada de chamarem aquele mundo de Dimensão X (sic!), o lugar preferido do Quarteto e de onde saíram grandes vilões;

- o Coisa pode até agradar visualmente, mas ficou totalmente sem alma e o ator, que é dos bons, sacaneado com um script de 10 linhas - Fivo... ele lembra mais o Coisa calado e assassino de Planetary que o velho e bom Ben Grimm;

- Victor Von Doom... inexplicável.

- a equipe não tem a menor química. Nem mesmo os irmãos Storm.

Em tempo... ótima:

Re: Has anyone played the Fantastic Four drinking game?

image for user TrollInTheDungeon
by 
 » 13 hours ago (Mon Nov 2 2015 17:16:59)Flag ▼ | Reply |  
IMDb member since March 2015
Every time Kate Mara's wig appears, take a shot.

Every time it reverts to her normal hair, take two.

Pela frequência que isso aconteceu, todo mundo ia sair bêbado.

GUIMBA - Vc não foi direto ao ponto: afinal, é melhor que Dias de um Futuro Esquecido?

DOGG - heh... Futuro eh problemático, mas nao da nem pra comparar. Eh como se fosse o Barcelona, e F4 o Ibis.

FIVO - Melhor não é, mas tá longe de ser ruim. Vou te dizer que gostei muito. Comparando com os outros quartetos, esse é muito, mas muito melhor. Aliás, é melhor que o superman do Singer, que os dois wolverines, que o terceiro aranha McGuire e os dois recentes, todos os motoqueiros fantasmas, Batman antigo e mais alguns que devo estar esquecendo.

Problemas:


A. cagaram o final com aquele destino.
B. O coisa pareceu um cameo, de tão inexpressivo (mas os efeitos dele ficaram ótimos)
C. O filme inteiro é minimalista no trato do que está rolando. Parece mais um piloto muito bom de série do que um filme fechado em si.
D. O Victor não se encaixa no filme. Tá perdido. Em todos os sentidos. Mais perdido que ele, só o militar arrogante e canastra.

Pontos fortes:
A. Gostei da Química reed e Susan. Mas só deles.
B. Os efeitos do tocha estavam muito bons.
C. A construção toda até eles ganharem os poderes, apesar do Victor e do minimalismo, foi ótima.

DOGG - Em azul-da-cor-do-mar:

"Melhor não é, mas tá longe de ser ruim. Vou te dizer que gostei muito. Comparando com os outros quartetos, esse é muito, mas muito melhor. Aliás, é melhor que o superman do Singer, que os dois wolverines, que o terceiro aranha McGuire e os dois recentes, todos os motoqueiros fantasmas, Batman antigo e mais alguns que devo estar esquecendo."

Subscrevo todos, menos o SuperSinger (coisa minha) e o Batman antigo (o do Burton, né?), que acho sensacional. Muita vontade de incluir nessa lista Vingadores 2, mas não é pra tanto... :)

"Problemas:

A. cagaram o final com aquele destino."

Pra mim a cagada já começou na caracterização bad-boy.


"B. O coisa pareceu um cameo, de tão inexpressivo (mas os efeitos dele ficaram ótimos)"

Textura tava ótima, só preferia menos irregular. E de cueca. Reparou que o escondiam sempre que podiam? Bicho ficava tanto nas sombras que parecia um Dark Coisa. Grana tava curta.

"C. O filme inteiro é minimalista no trato do que está rolando. Parece mais um piloto muito bom de série do que um filme fechado em si."

Aí sim teria contornos expressivos, mesmo com o efeito da fuga do grupo pelo portal, ao final, parecendo feito pela equipe de mkt do Dollynho. Já como produto para cinema, é fragmentado e defeituoso além do suportável. Os cortes novos e diálogos expositivos aparecem em neon da metade pro final... e qualquer dúvida era só olhar pra cabeça da Kate Mara. Uma vergonha pra Fox e pra Hollywood no âmbito técnico. Mesmo o Quarteto do Corman teve a hombridade de ser engavetado.


"D. O Victor não se encaixa no filme. Tá perdido. Em todos os sentidos. Mais perdido que ele, só o militar arrogante e canastra."

O engravatado? Se for, não me incomodou não. É um estereótipo apenas. Victor sem nenhuma razão de ser ali e não podia estar mais distante da essência original e da Ultimate, na qual o filme se aproxima.

"Pontos fortes:

A. Gostei da Química reed e Susan. Mas só deles."

Só gostei da conversa na biblioteca e dela curtindo Portishead. De resto, não vi nenhuma conexão entre os dois. Em tempo... ridícula a fuga do Reed. Nada adicionou à história, à unidade do grupo ou à diversão do espectador. E totalmente contra a postura lógica dele. Largar a base de última geração pra revirar sucata em ferro-velho... Pior quando volta, 1 ano depois. Parecia que tinha ido ao barzinho da esquina tomar uma.

"B. Os efeitos do tocha estavam muito bons."

Bem à frente do Tocha Evans e Motoca, mas ainda longe de convencer. Fogo é osso.

"C. A construção toda até eles ganharem os poderes, apesar do Victor e do minimalismo, foi ótima."

Tava indo bem e garantindo o passe das liberdades criativas sobre os quadrinhos. Única coisa que não desceu mesmo da "parte boa" foi construírem uma máquina que lida com buracos negros num prédio no centro da cidade. No gibi Ultimate, a mesma máquina foi construída no meio dum deserto.

FIVO - No e-mail do celular não dá para comentar no texto, então vai aqui mesmo.

Me referi aos Batman do Burton, Schumacher e o quarto que não lembro quem dirigiu. Os dois últimos nem se discute, enquanto os dois primeiros tem fãs de verdade e fãs nostálgicos. Já eu acho aquilo um Carnaval.

Problemas


A- sim, concordo. Meio que joguei a crítica à fase "humana" dele para a letra d. Além disso que vc destacou, o personagem Bad boy, descolado e genial simplesmente não tem aderência com os perfis que de espera para aquilo. Veja bem... Ele não é um geek, nem um funcionário sinistro do Google... O cara estava desenvolvendo fringe Science, porra.

B- a falta de cuecas não me incomodou. Me pareceu até lógico, assim como a textura. O movimento da boca dele ficou natural, até.  Não tinha me tocado que tinham escondido ele, mas agora que vc falou, é vero.

C- a questão dos cortes me deixou curioso para ver como era o filme no primeiro corte, antes de ser retalhado. Não entendi a cabeça da Kate Mara. Do jeito que vc fala sobre a hombridade de ser engavetado, vc rebaixa o filme ao nível de merda malcheirosa.

D. Sim, estereótipo, mas ainda assim mal interpretado.

Pontos fortes:

A. Gostei da parte em que ficam conversando e o Victor fica com ciúmes (o que tb não teve nenhuma utilidade no filme). Quando à fuga, pode ter sido roteiro remendado. Ou só fizeram aquilo para mostrar que ele podia moldar o rosto. Naquele momento, a fuga faria sentido se ele estivesse tentando tirar todos de lá, não apenas o Ben.


B. Acho que só os olhos e boca ficaram esquisitos, muito embora seja semelhante à representação dos quadrinhos. De resto, o fogo ficou muito natural e curti o lance de o uniforme servir para conter o fogo.

C. A questão da máquina no centro é o que chamei de tratamento minimalista. Um empreendimento daqueles e eles tratavam como mais um dia no escritório. Mandam um macaco para outra dimensão e beleza, ok, keep up with the good work. Porra, era para estarem todos fazendo sexo sobre as mesas, em puro êxtase.

DOGG - Em verde-Hulk:

"No e-mail do celular não dá para comentar no texto, então vai aqui mesmo.

Me referi aos Batman do Burton, Schumacher e o quarto que erro não lembro quem dirigiu. Os dois últimos nem se discute, enquanto os dois primeiros tem fãs de verdade e fãs nostálgicos. Já eu acho aquilo um Carnaval."

Os BatBurton são isso mesmo. Eventos pop. Kim Basinger, trilha do Prince, etc. Um dos poucos que curti. Já hoje, vejo que eram mais filmes de freaks do Burton que qualquer outra coisa. Também acho o Bruce do Keaton dos mais intrigantes. Não há ponte visível entre o playboy yuppie e o vigilante sisudo. Isso chega a ser meio perturbador.

"Problemas
A- sim, concordo. Meio que joguei a crítica à fase "humana" dele para a letra d. Além disso que vc destacou, o personagem Bad boy, descolado e genial simplesmente não tem aderência com os perfis que de espera para aquilo. Veja bem... Ele não é um geek, nem um funcionário sinistro do Google... O cara estava desenvolvendo fringe Science, porra.

B- a falta de cuecas não me incomodou. Me pareceu até lógico, assim como a textura. O movimento da boca dele ficou natural, até.  Não tinha me tocado que tinham escondido ele, mas agora que vc falou, é vero."

A falta de cueca não vinha me incomodando tanto, mas no final, quando caminham até uma sacada da base, aparece a bundinha pedregosa do cara... aí incomodou, rs...

"C- a questão dos cortes me deixou curioso para ver como era o filme no primeiro corte, antes de ser retalhado. Não entendi a cabeça da Kate Mara. Do jeito que vc fala sobre a hombridade de ser engavetado, vc rebaixa o filme ao nível de merda malcheirosa."

Me referi apenas aos aspectos técnicos da montagem. Colocar na praça um filme tão mal editado - e a parte técnica é a única que Hollywood ainda pode se vangloriar sem reservas - é como a Volkswagen colocar automóveis defeituosos no mercado conscientemente (o que acabou fazendo dia desses, por sinal). O resultado final não ser uma merda malcheirosa foi acertar um 1 em 1 milhão.

Cabeça da Mara:


Me tirava do filme toda vez.

"D. Sim, estereótipo, mas ainda assim mal interpretado.

Pontos fortes:

A. Gostei da parte em que ficam conversando e o Victor fica com ciúmes (o que tb não teve nenhuma utilidade no filme). Quando à fuga, pode ter sido roteiro remendado. Ou do fizeram aquilo para mostrar que ele podia moldar o rosto. Naquele momento, a fuga faria sentido de ele estivesse tentando tirar todos de lá, não apenas o Ben."

Se foi remendado, não sei. Mas dá pra saber verificando a cabeça da Mara quando ela triangula a localização do Reed. Se estiver normal, a culpa é do Trank, rs.


O problema mesmo é esse perfil do Reed. Ele negociaria algumas condições sim, mas ganharia pela lógica (pense na mecânica dessa cena - https://www.youtube.com/watch?v=5_m_ggToC2I). Tiraria todos daquela prisão e voltaria às pesquisas na base do gogó. É uma pena que não pescaram esse personagem das HQs.

"B. Acho que só os olhos e boca ficaram esquisitos, muito embora seja semelhante à representação dos quadrinhos. De resto, o fogo ficou muito natural e curti o lance de o uniforme servir para conter o fogo.

C. A questão da máquina no centro é o que chamei de tratamento minimalista. Um empreendimento daqueles e eles tratavam como mais um dia no escritório. Mandam um macaco para outra dimensão e beleza, ok, keep up with the good work. Porra, era para estarem todos fazendo sexo sobre as mesas, em puro êxtase."

Se já penso nisso nas minúsculas vitórias do dia-a-dia, imagina diante desse marco científico e uma Kate Mara nas redondezas...


Cena pós-créditos:

DOGG - Pedido... Sandro e Fivo, posso copiar e colar esse papo no blog, assim mesmo, sem edição?