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segunda-feira, 11 de março de 2024

Uma gata perfeita

Olhei o descontinho de 42%, respirei fundo e fui.


Mulher-Gato por Ed Brubaker parecia inatingível e, mesmo assim, inevitável. Só conhecia os dois primeiros arcos, publicados pela Panini em Mulher-Gato: Um Crime Perfeito, e já tinha achado o melhor material que li da Selina. Coisas que só a dupla Ed BrubakerDarwyn Cooke faz por você.

Isso foi em 2008. Os tempos mudaram. E os preços também.

Desta vez, a fase está completa e trazendo um selecionado que vai de Mike Allred e Javier Pulido a Sean Phillips e Paul Gulacy. O irônico é que durante muito tempo, achava que o TPBzinho único cobria todo o material... Ignorance is bliss.

Mas que TPBzinho maravilhoso foi aquele.


Tal qual a anti-heroína, a edição era um charme: capa cartão com orelhas e reserva de verniz, papel couché, extras com capas originais, bios e pequenos mimos com informações. Um trampo editorial caprichado do Oggh.

Mesmo após 15 anos, o gibi nunca saiu do alcance da mão. Já o Omnibus-calhamaço de 1080 páginas não consegui nem levantar para a foto.


Na época, deve ter vendido meia dúzia de exemplares. Uma pena. Preferia mil vezes que o run fosse serializado assim.

sexta-feira, 18 de junho de 2021

quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

Departamento de promoções

O saldo final da Black Friday foi aquele já conhecido "bom-mas-podia-ser-melhor". O assombro das primeiras vezes já passou, de lá pra cá a Amazon dominou e é o que tem pra hoje. Ainda assim, consegui aproveitar e dar baixa em várias coisas de várias listas. No setor dos quadrinhos, resolvi o que tinha pra resolver com a Salvat, botei em dia algum material da Mythos, ri das promoções nonsense da Eaglemoss e recebi há pouco o pacote da Panini - não só o último da leva, como meu último pacote de gibis do ano.

Assim espero.



Justiceiro: Valley Forge é o 4º Deluxe do Caveirão. Um calhamaço de mais de 500 páginas que finaliza o espetacular run de Garth Ennis no título (depois assumido por Gregg Hurwitz) e trazendo complementos generosos: os one-shots The Cell (2005), The Tyger (2006) e The End (2004), além da mini solo completa do inesquecível vilão Barracuda - quem acompanha o blog, sabe que eu sou fã do rapaz. Um dos quadrinhos mais extremos, densos e complexos já feitos. Obrigatório é pouco.



Tinha adorado a capa de Mulher-Gato #1, mas ainda estava na dúvida. Há tempos não leio nada realmente empolgante da gatinha - desde Um Crime Perfeito, pra ser exato. E não conheço nada do trabalho prévio da desenhista e roteirista Joëlle Jones, mas uma googlada de reconhecimento me deu um belo cartão de visitas - além do fato da moça contabilizar três indicações ao Eisner. Em que pese também a parceria com a experiente Laura Allred, resolvi conferir o que essa Selina tem.



Já estava acompanhando a nova fase do Lanterna Verde por Grant Morrison, atualmente na edição #12 lá fora. Suas ideias e conceitos são, como sempre, lisergia pura - mas dessa vez, dando um barato do bom, sem bad trips. Porém, o que me fez sair do DC (++) e colaborar com a DC (Comics) foi o traço lindamente escalafobético do brit Liam Sharp, um dos melhores parceiros que o escocês voador já teve na vida. O homem está desenhando uma barbaridade. Pra daqui a 15 anos erguer essas edições e mandar a plenos pulmões (provavelmente pro espelho): "eu comprei isso na época!"



One-Punch Man é uma das coisas mais divertidas que já li na vida, mas aí vai uma pequena mea culpa: estacionei lá pelo vol. 12 ou 13 já há um bom tempo. O roteiro miniminimalista de ONE e os traços vertiginosos de Yusuke Murata mantiveram o nível tão alto e ainda tão refrescante que cultivei uma retranquinha antes de alguma (inevitável) queda de qualidade. Mas segui pegando e vou me atualizar assim que abrir uma brecha. O que, no caso do Saitama, é trabalho pra 10-15 minutos, no máximo. One-Punch read.



Surreal receber em mãos uma nova edição da Biblioteca Don Rosa pela Panini, no mesmo formato dos volumes da Abril e do ponto onde a coleção parou. Ainda tenho lá, "O Solvente Universal" cancelado na lista de desejos da Amazon. Virou o meu "Wilson". E hoje nós dois vamos tomar todas pra comemorar. Louco é a mãe.



E seguem mais dois volumes de A Espada Selvagem de Conan - A Coleção, as aquisições que mais me dão alegria atualmente. Parece até vingança pelas ESC da Abril nunca adquiridas em tenra idade ou um acerto de contas após décadas de quadrinhos com storytelling de videoclipe e personagens sem culhões (excetuando, claro, os sacudos da Bonelli). E até é, mas também dá uma olhada nas contribuições constantes nas capas. É Roy Thomas, John Buscema, Alfredo Alcala, Dick Giordano, Tony DeZuñiga e toda a sorte de demônios picto-filipinos com o fogo do inferno ebulindo a tinta de seus nanquins. Até o Necronomicon morre de inveja dessa coleção. Puta que o pariu.


Por enquanto é só, pessoal. E antes que eu me esqueça...

Senhor, agradeço por esse material que irei devorar assim que tirar do plástico. Em nome do Stan, do Kirby, do Steve Ditko, amém.

sábado, 26 de agosto de 2017

Caso das Três Mulheres Degoladas Ligado às Misteriosas Aparições da Bizarra Criatura Noturna


Isso é o que chamo de boas novas!

Gotham by Gaslight é uma das minhas aventuras favoritas do Morcego. O roteiro sorumbático e ao mesmo tempo evocativo e espirituoso de Brian Augustyn - parceiro de Mark Waid em seus runs do Flash e X-O Manowar - faz uma perfeita realocação do Batman e seu mythos para o cenário vitoriano. E, claro, para a histórica caçada de um infame Estripador, o Jack.

Claro que a magia não seria completa sem o traço inconfundível de Mike Mignola (com arte-final de P. Craig Russel), que fez aqui um de seus trabalhos mais bonitos. Apesar de não ter inaugurado originalmente a linha, a história passou a ser considerada o 1º Elseworld da DC, tendo inclusive inspirado a sua criação.

Por aqui ela foi publicada só uma vez duas vezes, pela Panini em Batman - 70 Anos #3 e pela Abril, com o título Um Conto de Batman - Gotham City 1889.


E depois ganhou uma continuação, Batman - Mestre do Futuro, novamente com roteiro de Augustyn e desenhos do excelente artista uruguaio Eduardo Barreto.


Uma coisa que não entendi é o fato de não adaptarem o traço do Mignola na animação. Seu estilo simples e peculiar funciona na tela à perfeição e sem ele a história perderá muito da caracterização e da atmosfera originais.

Santa negligência, Batman.

Aliás, há um tempo percebo que a divisão de animações da DC parou no automático com essa roupagem sub-Bruce Timm (sob os auspícios do próprio), quando até há pouco diversificava os designs emulando diferentes artistas com bons resultados. Uma pena também é notar a queda na qualidade das animações - e sempre nas mais transgressoras, com temáticas mais densas e menos comerciais que o padrão. A de Piada Mortal, por exemplo, foi atroz. E a prévia de Gotham by Gaslight já deixa claro que o longa terá uma quantidade pífia de quadros/sec.

Ironicamente, o sneak peek saiu nos extras do tecnicamente redondinho Batman and Harley Quinn - um tour-de-fanservice que nasceu hit pronto. Um esmero que toda animação da Detective Comics-Comics deveria ter.

Ou pelo menos as de boa estirpe.