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sexta-feira, 12 de novembro de 2021

You would love me when I'm angry

Fato: só John Byrne ama mais a Mulher-Hulk do que eu. E posso até conceber que alguns órfãos hardcore de Orphan Black amem mais a fabulosa Tatiana Maslany do que eu. Mas as duas juntas, ah... pode pegar a senha e ir pro final da fila.


Prévia tudo de bom, mesmo mostrando pouco, afinal é teaser, uma das invenções mais maquiavélicas e salafrárias do 9º círculo do inferno. Mas não deixei meu amor pelo combo Tatiennifer inebriar meu pensamento lógico: a Selvagem Mulher-Hulk é algo complexa para adaptação live action, perigando cair nas forçadas de barra mais disfuncionais ou simplesmente no mais puro trash. Sem falar que a pegada será mais bem humorada e quase nada Selvaaaagem.

Estou ciente e pragmático sobre os riscos, mesmo vindo de um estúdio que produziu hits com um guaxinim e um tronco falantes.

Mas a referência à série clássica do Verdão e a sagazíssima homenagem ao saudoso Bill Bixby foi tão legal...


Putz, tô dentro. Manda mais.

domingo, 4 de agosto de 2019

quinta-feira, 5 de março de 2015

O verdadeiro desafio de Whedon será fugir de seus próprios clichês


O novo trailer de Vingadores: Era de Ultron está sendo recebido com honras de chefe de estado nerdsfera afora. Não é pra menos. Joss Whedon está colhendo cada fruto plantado no divertido e eficiente Os Vingadores, de 2012. A ação e a interação entre arquétipos (e atores, e escolas) tão díspares foram estruturadas de maneira plenamente funcional e pop.

Assim como na prévia anterior, essa despeja competência e profissionalismo no quesito aventura. Teremos Hulk versus Hulkbuster, Mercúrio atropelando Cap em mach-5, mais uma pose "Avante Vingadores!" pra galeria, Ultron e muitos, mas muitos Ultrons. Daí uma sensação de déjà vu quase fulminante me acordou do transe: Whedon parece estar seguindo à risca a cartilha do bigger, faster & stronger das continuações hollywoodianas.

Sai Thor, entra o Homem de Ferro no UFGama, Mercúrio numa cena análoga ao do Mercúrio de X-Men: Dias de um Futuro Esquecido, explosões mil, Nick Fury engessado em sua nova função de mentor extra-oficial, Robert Downey Jr. perdendo o brilho e o tesão a olhos vistos e o que periga ser a framboesa desse bolo: o exército de Ultrons.

Provavelmente interligados numa consciência-colméia gerenciada pelo Ultron original e sujeitos à mesma fraqueza do exército Chitauri do 1º filme, requentada do exército alien-cyborg da bomba Invasão do Mundo: Batalha de Los Angeles - destrói-se a fonte e os demais caem como um castelo de cartas. Deus ex machina nas máquinas mais uma vez?

E falando em máquinas, porque o Visão está sendo tão preservado? Algum pé atrás?

Whedon já comentou sobre o trabalho absurdamente extenuante que teve para coordernar o circo todo. Tomara que não a um preço comprometedor...

quarta-feira, 1 de setembro de 2004

QUERIA VER SE FOSSE COM O TRAVIS BICKLE


Se antes de assistir Colateral (Collateral, 2004), você quiser tomar um choppzinho de leve, esqueça. Tome um whisky, um martini, ou qualquer drink que possa levar on the rocks no sobrenome. Isso aqui não é Michael Bay, nem Simon West, nem Jan De Bont. Isso aqui é Michael Mann, man. Puro e sem gelo. Nada de baixaria gratuita na telona. Tenha em mente conceitos como urbanidade, vida noturna, decadence avec élegance e mundo-cão. Tudo realizado com muita classe e sem se importar com a urgência da geração MTV.

Mann não faz só "filmes para adultos". Ele faz "filmes para adultos inteligentes". Com a experiência adquirida em seus anos no memorável Miami Vice, e dono de um talento nato para thrillers policiais, Mann só escorregou uma vez em sua filmografia, no filme Ali (mas pô, eu ainda estava sob o efeito dos filmaços Quando Éramos Reis e Don King, O Rei do Boxe – ainda insuperáveis na área).


Adepto das peregrinações noturnas de Martin Scorcese, Mann foca suas lentes no vasto e solitário palco da noite metropolitana. O filme retrata um dia na vida de Max (o ótimo Jamie Foxx, foda desde Um Domingo Qualquer), um taxista pobretão, honesto, gente-boa, e que sonha em "brasileiro": ele encara o trampo como temporário, até ter grana suficiente pra montar o próprio negócio – e aí, vão-se os dias, meses e anos, sempre atrás do volante. Numa das corridas, ele é sorteado pelo assassino profissional Vincent (Tom Cruise, tentando, tentando) para ser o seu chofer enquanto ele vai "trabalhando". Max - sempre hesitante e refém das suas próprias limitações - e Vincent - sofisticado e ousado por natureza e profissão - são aparentemente dois extremos. A diferença entre as personalidades e motivações é explorada até eles surpreendentemente se identificarem.

Particularmente, eu sempre gostei da linha narrativa adotada por Colateral. A ação "em tempo real", durante a noite de uma grande metrópole, já rendeu bons filmes, como Uma Jogada do Destino e Depois de Horas, do próprio Scorcese. A diversidade oferecida pela locação urbanóide é de uma realidade acachapante. As áreas suburbanas se emendam na selva de pedra, com seus modernos arranha-céus, avenidas largas e vazias, bares decadentes e boates lotadas. A noite é solitária, mesmo quando se está rodeado de pessoas. Hoje, o individualismo é extremo e as relações interpessoais estão falidas, o que foi muito bem captado pela câmera (digital) de Michael Mann.


Apesar dessas observações mais sociais, o filme não se prende à isso e traz boas seqüências de ação, como na boate onde se encontra um dos alvos de Vincent. E traz também seqüências inusitadas, como no momento em que Max vai conhecer Felix (o grande Javier Bardem), empregador de Vincent. A cena em que Vincent conhece a mãe de Max também é responsável por um momento bastante insólito, pra dizer o mínimo. Achei meio forçado no começo, mas mudei de opinião ao ver o desenrolar da situação.

Talvez pelo roteiro (de Stuart Beattie, de Piratas do Caribe) não tão à altura do talento individual do diretor, pode-se isolar, com tranqüilidade, as melhores cenas do filme: o diálogo pra lá de delicioso entre Annie (Jada Pinkett-Smith, cada dia mais bonita e melhor atriz – maldito Will) e Max é do tipo que eu gostaria de ter umas dez vezes ao dia, a social cool as ice no single bar, com Max, Vincent, o jazzman Daniel e Miles Davis (a conversa foi tão bacana que eu bato uma aposta que ele estava lá), e o clima pré-tiroteio ao som da bela Shadow On The Sun, do Audioslave.


Apenas um porém causa um efeito colateral em Colateral (nossa, péssima): o destino reservado ao policial Fanning (o ótimo Mark Ruffalo). O trabalho do cara foi tão bom que a decepção com o roteiro foi inevitável.

Pra finalizar, o vencedor foi Jamie Foxx. Construir um personagem enfraquecido que depois se fortalece, como ele fez, é muito difícil. Já o Tom Cruise é um bom ator, do tipo que detona o sparring, mas na hora da luta de verdade, ganha por pontos. É a herança adquirida por pérolas como Cocktail, Top Gun e Dias de Trovão. Se ele não ganhou o Oscar de melhor ator por Nascido em 4 de Julho, e o de ator coadjuvante por Magnólia, aí não já não tem muito mais o quê fazer. O jeito é ralar por mais alguns anos e tentar ficar mais feio pra convencer os feiosos da Academia.


Não esperem ver em Colateral a velocidade non-sense de um videoclip. Michael Mann é cool. Ele fala, você cala a boca e escuta. Se você não gosta da dinâmica estilosa e cadenciada dele, vá assistir à MTV e não me encha o raio do saco. Michael Mann é bróder.

Anexo 02/09:
Se assistir propaganda durante uma sessão de cinema já é revoltante, imagina então ver a mesma propaganda duas vezes seguidas. Foi o que fizeram com um spot anti-pirataria que anda veiculando incessantemente pelos cinemas. Os caras devem estar desesperados pra chegar à esse ponto. Com uma edição rápida e trilha moderninha, o vídeo faz o estilão MTV de marketagem, e é até bem-feitinho. Tão bem-feito que em mim, particularmente, surtiu o efeito contrário. Após vê-lo, me bateu uma vontade incontrolável de baixar algum filme na web.


60 POSTS!


Seguindo a onda das "conquistas"... mas sem o glamour de um Blogs of Note (mesmo porquê, não sou mais de lá), nem de um contador registrando o milionésimo acesso (mesmo porquê, não tenho um contador - e sim, estou sendo despeitado :P).

Esse número é quase surreal visto que retomei o blog há pouco tempo e eu caio no rock praticamente todo santo dia. Agora, por exemplo... é pra onde estou indo. Mas deu tempo de postar antes. Conclusão: os posts do Black Zombie sobrevivem no underground do meu cotidiano. BZ é rock independente!

Hasta la vista!