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domingo, 13 de agosto de 2017
domingo, 11 de novembro de 2007
EP Alvorada 60-1008 (PT, 1968)
ANTÓNIO CALVÁRIO
"O Nosso Mundo"
Notas: Este é dedicado ao João Carlos Calixto, por conter a "Balada Para D. Inês" do Cid. Ainda nem sequer ouvi esta versão, pelo que não posso opinar.
Mais um conterrâneo aqui do Rato (nasceu em Lourenço Marques a 17 de Outubro de 1938), António Calvário foi o Rei incontestado da música ligeira portuguesa nos meados da década de 60, tendo sido eleito pelos fãs em 1962, 64, 65, 66 e ainda em 1972. As raparigas desse tempo como que transferiram para solo lusitano o que se passava lá fora com os Beatles, tornando-se o nosso António no alvo preferido das histerias da moda (chegou a ter camisas e casacos rasgados em muitas actuações). No auge da popularidade Calvário chega a cobrar 20 contos por actuação, uma fortuna para a época. Com o primeiro tema deste EP (“O Nosso Mundo”) concorre em 1968 ao “Grande Prémio da Canção”, depois de quatro anos antes ter vencido o primeiro Festival com “Oração”. Em representação de Portugal na Eurovisão, que esse ano teve lugar na Dinamarca, a canção não consegue qualquer voto mas a sua actuação consegue ter as atenções de um grupo de manifestantes que invade o palco com cartazes onde se podia ler “Abaixo Franco e Salazar”.
Tendo participado também em diversos filmes (os mais populares foram ao lado da também idolatrada Madalena Iglésias), resolve em 1969 custear do seu próprio bolso a produção do filme “O Diabo Era o Outro”, orçamentado inicialmente em 900 contos. Mas o “diabo” não era nada “o outro” e esteve mesmo presente na rodagem do filme, a qual acabou por elevar aquele valor a 3200 contos. Endividado em 2000 contos António Calvário pagou tudo, até ao último tostão, actuando em todo o lado onde pudesse ganhar dinheiro, tendo inclusivamente cantado em circos como atracção. «Meteram-me numa alhada, mas não se ficaram a rir de mim», afirmaria mais tarde numa entrevista a A Capital, em 1984.
Tendo participado também em diversos filmes (os mais populares foram ao lado da também idolatrada Madalena Iglésias), resolve em 1969 custear do seu próprio bolso a produção do filme “O Diabo Era o Outro”, orçamentado inicialmente em 900 contos. Mas o “diabo” não era nada “o outro” e esteve mesmo presente na rodagem do filme, a qual acabou por elevar aquele valor a 3200 contos. Endividado em 2000 contos António Calvário pagou tudo, até ao último tostão, actuando em todo o lado onde pudesse ganhar dinheiro, tendo inclusivamente cantado em circos como atracção. «Meteram-me numa alhada, mas não se ficaram a rir de mim», afirmaria mais tarde numa entrevista a A Capital, em 1984.
(notas retiradas da “Enciclopédia da Música Ligeira Portuguesa”, de Luís e João Pinheiro de Almeida)
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