Mostrar mensagens com a etiqueta 1995. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta 1995. Mostrar todas as mensagens

domingo, 13 de setembro de 2020

RUI VELOSO: OS Vês Pelos Bês




















Sobre Rui Veloso já tive a oportunidade de ler as opiniões mais díspares. Lembro-me aqui há alguns anos, num comentário a um post inserido no blog YéYé do meu amigo Luís Pinheiro de Almeida, de alguém o apelidar, e cito, «o António Calvário do cavaquismo, assim uma espécie de cantor do regime!» No polo oposto, quantas vezes a designação de “Pai do Rock Português” não lhe foi já concedida? É por demais sabido que extremismos nunca levarão nada a bom porto. E se apenas por maledicência se pode conotar o Rui Veloso com o nacional-cançonetismo (o que até pode não ser um insulto, pois mesmo dentro desse género musical existem coisas muito interessantes e de qualidade), já o cognome de “Pai do Rock Português” só poderá ser atribuído por ignorância. Como diria o meu amigo José Forte, «Rui Veloso é tanto pai do rock português como o Elvis Presley é o rei do rock ‘n’ roll». Com o devido distanciamento, é claro. Aliás, sendo o Rock um tipo de música marginal e irreverente, nunca lhe consegui vislumbrar “sangue azul” ou atribuir sequer uma ascendência legítima. Pelo contrário, sempre o vi mais como que um bastardo filho-da-mãe, fruto acidental de uma noitada de copos e devaneios.



Há quem também tente justificar o êxito do Rui Veloso com as condições propícias em que ele apareceu. Económicas, sociais e culturais. Não partilho dessa opinião. É verdade que os tempos têm a sua influência, mas penso sinceramente que Rui Veloso seria sempre Rui Veloso e que a sua qualidade se imporia de qualquer modo, independentemente da altura em que aparecesse, contra ventos e marés e arautos da desgraça. A propósito, vale a pena reler o que escreveu em tempos o saudoso Daniel Bacelar, um dos pioneiros, no início da década de 60, do Rock cantado em português (e se o Rui Veloso fosse efectivamente o “Pai do Rock Português”, o Daniel seria provavelmente o “Avô”): «A minha opinião vale o que vale mas continuo a achar que no meio de muita coisa má que apareceu no chamado novo Rock dos anos 80, apareceu muita coisa boa que como de costume desapareceu (as pessoas têm de ganhar a sua vida por outros lados) e também apareceu o excepcional. Incluo o Rui nesta última classe, pois acho-o um artista completo (extraordinário guitarrista, uma voz expressiva e rica, e um compositor cheio de talento). O que lamento é a nossa capacidade tão portuguesa de destruir aquilo que é bom (a nossa inveja é uma doença que nos consome até á destruição total que aí vem em passo acelerado ) em vêz de acarinhar e divulgar o que há de bom nesta terra.»



Esta dupla coletânea de 40 temas foi elaborada há 16 anos, mas acho que continua bem actual, apesar do seu período englobar apenas as primeiras duas décadas da discografia de Rui Veloso. Até porque, e infelizmente, a frequência das gravações foi drasticamente reduzida desde que o novo século se iniciou. Mas estas 40 faixas, dos anos 80 e 90, são canções que fazem parte do modo de estar português e que por isso mesmo a grande maioria de nós reconhece aos primeiros acordes, não sendo necessário ser-se conhecedor ou sequer apreciador de música portuguesa. É assim a música do Rui que, apesar do título do seu segundo album, não está nem nunca estará fora de moda.




Se depois de ouvirem as músicas do Rui ainda sentirem a necessidade de o ver em cima de um palco, aconselho-vos o DVD do “Concerto Acústico”, editado no Natal de 2003. Além dos 18 temas que constituem o alinhamento do espectáculo (gravado num ambiente intimista, com algum público em redor dos músicos), o DVD inclui vários extras, como por exemplo uma entrevista informal com os músicos em casa do Rui Veloso, o making of do DVD e dois temas extras: o “Primeiro Beijo”, gravado no mesmo cenário do concerto com o acompanhamento dos Cabeças no Ar (Tim, João Gil e Jorge Palma) e toda a emoção do tema “Porto Sentido”, gravado ao vivo no Coliseu do Porto.


Para quem queira aprofundar conhecimentos, existe já publicada uma biografia, “Os Vês Pelos Bês” (edição Prime Books, Novembro 2006), da autoria de Ana Mesquita, uma conterrânea mais nova do Rato. Dos diversos depoimentos inseridos na contra-capa do livro, permito-me destacar o de João Gil : «Cresceu ao ponto de conseguir ultrapassar as exibições de virtuosismo e alcançou a capacidade de espaçar, procurando sempre a melhor nota, sem se preocupar tanto com a velocidade. Ou seja, em vez de dar as cinquentas notas do cardápio, escolhe apenas duas. Duas notas tão intensas, tão expressivas, que nelas se resumem as vidas de todos nós.»


DISCOGRAFIA (ALBUNS ORIGINAIS):
1980 - Ar de Rock
1982 - Fora de Moda
1983 - Guardador de Margens
1986 - Rui Veloso
1988 - Rui Veloso ao Vivo (duplo)
1990 - Mingos & Os Samurais (duplo) (2CDs+ DVD do Concerto no Coliseu de Lisboa)
1992 - O Auto da Pimenta (encomenda da Comissão dos Descobrimentos)
1995 - Lado Lunar
1998 - Avenidas
2003 - O Concerto Acústico (duplo)
2005 - A Espuma das Canções (CD+DVD)
2009 - Rui Veloso ao Vivo no Pavilhão Atlântico (CD+DVD)
2012 - Rui Veloso e Amigos

sábado, 18 de abril de 2020

PINK FLOYD: "Pulse" (Live)

Original released on Double CD EMI 7243 8 32700 2 6
(EU, May 1995)  

Pink Floyd is really inspired on "Pulse", one of the best albums of the band. They prove to be just happy and strong without the weight of the past years of struggle with Roger Waters. Not only "Dark Side of the Moon" sounds better here: "Division Bell "songs also appear way better, as do the songs from "The Wall", "Wish You Were Here" and all albums. Even Syd's "Astronomy Domine" is very well played here, more "rounded" and harmonic, in a brilliant work of Gilmour. I would say more: the band shows to be a weirdly shy band in the studio in comparison to the magic mood of the live gigs, very specially in "Pulse". It's my favourite album and a very happy start for the final era of the band's history. Two things on this double live album warrant a higher rating by themselves. Of course you have the usual excellent guitar/vocal work of David Gilmour playing live with the extended guitar solos on disc one as well as the keyboard playing of Richard Wright, once again a full member of the band, and the excellent drumming skills of Nick Mason. The other musicians and backing vocalists along with the excellent mix makes for a wonderful listening experience if you are a Pink Floyd fan. But for me, what sets this set apart is disc two. On the second disc, you have the entire "Dark Side Of The Moon", played live, track by track, in it's entirety. And then the encore... "Wish You Were Here" which goes into "Comfortably Numb". This version of "Comfortably Numb", with it's extended guitar solo at the end, is arguably considered one of the great guitar solos in rock history. The album ends with a wonderful version of "Run Like Hell". If you are a true fan of Pink Floyd, this live two disc set, which went to number 1 on both sides of the Atlantic, proved once and for all, that Pink Floyd was more than just "Roger Waters", just as they were more than just "Syd Barrett" and also proved more than ever that Richard Wright deserved to be back in this band. (in AllMusic)



terça-feira, 25 de junho de 2019

TONY JOE WHITE: "Lake Placid Blues"

Original released on CD Remark Records 527 530-2 (1995)

This is a masterly done album, truly. Tony Joe White has grown as a composer and a musician, and here he writes beautifull songs and melodies, and arranges them in a masterly way, with some tunes really in the groove. Great guitar too. This album should be more appreciated. Listen to it, guys! Especially "Lake Placid Blues", "Menutha", "Bayou Woman", "High Horse" and "Yo Yo Man". (in RateYourMusic)

quinta-feira, 19 de julho de 2018

sexta-feira, 15 de abril de 2016

LISA EKDAHL - "When Did You Leave Heaven"

Original released on CD Arietta adcd 4
(SWEDEN, 1995)

Lisa Ekdahl is a Swedish singer and song writer, born in 1971, in the city of Stockholm. Her voice has been described as "child-like" and "soft, supple and smooth". In the winter of 1994 Lisa Ekdahl was brought into superstardom over night in Scandinavia. Lisa’s debut album sold quadruple platinum and gave her three grammy awards. Her laid back style, matched with her fragility and sensitivity has dazzled fans and critics alike. Several European countries and especially France has fallen for her understated way of performing jazz standards, bossanova and original songs. Lisa got her first record deal with EMI when she was hired by singer/songwriter Toni Holgersson to sing background vocals on his album. 


The background singing didn’t turn out well but instead Lisa was discovered by EMI’s head of A&R and offered to make her own record, which became the debut album “Lisa Ekdahl” (EMI). At the age of 19 Lisa Ekdahl started to perform in small jazz clubs with swedish jazz trio “The Peter Nordahl trio”. Lisa has sometimes referred to the years playing smaller clubs with this great trio as a form or “musical education.” Lisa & the trio played a series of concerts at club La Villa in the Saint Germain area of Paris which was the starting point for Lisa’s career in France. Lisa Ekdahl & Peter Nordahl Trio released two albums together: this “When Did You Leave Heaven” & “Back To Earth”, later in 1998. See her complete discography here. For this first english album several editions have been made, with two more covers:


Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...