Mostrar mensagens com a etiqueta 1986. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta 1986. Mostrar todas as mensagens

terça-feira, 17 de dezembro de 2024

OST ~ Absolute Beginners (1986)

A banda-sonora de “Absolute Beginners” foi lançada simultâneamente com o filme para o promover, e a música do score foi composta por Gil Evans. A faixa-título de David Bowie, "Quiet Life" de Ray Davies, e "Have You Ever Had It Blue?" dos Style Council foram lançadas em singles. Posteriormente fizeram-se versões resumidas do álbum, apresentando apenas os lados um e dois, e as versões em CD retiraram as faixas "Absolute Beginners (Slight Refrain)", "Landlords and Tenants", "Santa Lucia" e "Cool Napoli". Apresenta-se aqui a versão completa, com os 22 temas originais.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2024

Sou da África Latina, com amor no coração

RAUL INDIPWO

"SÔ SANTO"
Original released as LP EMI-VC, PT 1986 

Side one

A1. Kalunga 4:37

A2. A Minha Casa de Benguela 3:57

A3. Fricassé 3:03

A4. Africa Latina 3:18

A5. Totoritué 4:10

Side two 

B1. Sô Santo 3:23

B2. Cidrália 4:35

B3. Os olhos de Marylia 4:08

B4. Pensamento Vôa 3:27

B5. Quando a Gente Vai Embora 4:46

B6. Kassua 4:10


CRÉDITOS:

Produzido por Raul Indipwo e Fernando António

Direcção Musical: Raul Indipwo

Pintura da capa: “A Minha Casa de Benguela”, de Raul Indipwo

Fotografia da contra-capa: Homem Cardoso

Gravado e misturado nos estúdios de Paço de Arcos, em Paço de Arcos (engenheiro de som: Tó Pinheiro da Silva)

Depois da morte prematura de Milo MacMahon, aos 46 anos, a 4 de Abril de 1985, o Duo Ouro Negro é homenageado no Casino do Estoril através de um grande espectáculo musical. No final Raul Indipwo interpretou, a solo, alguns dos maiores êxitos do duo, que existia desde 1956. Depois apareceu um single, “Os Meus Olhos Ficaram Mar / À Beira Mar”, e, já em 1986, este primeiro LP de homenagem ao companheiro desaparecido. É um album magnífico, que nada fica a dever aos melhores trabalhos do Duo Ouro Negro.

Raul Indipwo passa a dedicar-se mais à pintura, arte que nunca deixou apesar do grande sucesso na música. No início dos 90, Raul criou em Angola a Fundação Ouro Negro, dedicada à cultura e solidariedade com as crianças e jovens angolanos e à preservação da Língua Portuguesa como património comum da Lusofonia. A partir de 1993 passa a existir também uma sede em Portugal. Desde a morte de Milo que Raul passou a vestir totalmente de branco, em sinal de luto pelo seu conterrâneo de Benguela e grande amigo de infância. Raul Indipwo viria a falecer no dia 4 de Junho de 2006, aos 72 anos.

sexta-feira, 16 de outubro de 2020

BOBBY McFERRIN: "Spontaneous Inventions"

Original released on LP Blue Note BT 85110
(US, 1986)

Bobby McFerrin is heard in prime form throughout this date, which was the follow-up to his classic "The Voice". A few of the numbers are taken unaccompanied, and these include memorable renditions of "Thinkin' About Your Body," "I Hear Music," and "Mañana Iguana." Pianist Herbie Hancock duets with McFerrin on "Turtle Shoes"; "Another Night in Tunisia" (taken from the Manhattan Transfer's "Vocalese" album) features McFerrin with the vocal quartet and Jon Hendricks; soprano saxophonist Wayne Shorter interacts with the vocalist on "Walkin'"; and an eccentric "Beverly Hills Blues" has "assistance" from comedian Robin Williams. A continually intriguing release with plenty of wit from the innovative singer. (Scott Yanow in AllMusic)

domingo, 13 de setembro de 2020

RUI VELOSO: OS Vês Pelos Bês




















Sobre Rui Veloso já tive a oportunidade de ler as opiniões mais díspares. Lembro-me aqui há alguns anos, num comentário a um post inserido no blog YéYé do meu amigo Luís Pinheiro de Almeida, de alguém o apelidar, e cito, «o António Calvário do cavaquismo, assim uma espécie de cantor do regime!» No polo oposto, quantas vezes a designação de “Pai do Rock Português” não lhe foi já concedida? É por demais sabido que extremismos nunca levarão nada a bom porto. E se apenas por maledicência se pode conotar o Rui Veloso com o nacional-cançonetismo (o que até pode não ser um insulto, pois mesmo dentro desse género musical existem coisas muito interessantes e de qualidade), já o cognome de “Pai do Rock Português” só poderá ser atribuído por ignorância. Como diria o meu amigo José Forte, «Rui Veloso é tanto pai do rock português como o Elvis Presley é o rei do rock ‘n’ roll». Com o devido distanciamento, é claro. Aliás, sendo o Rock um tipo de música marginal e irreverente, nunca lhe consegui vislumbrar “sangue azul” ou atribuir sequer uma ascendência legítima. Pelo contrário, sempre o vi mais como que um bastardo filho-da-mãe, fruto acidental de uma noitada de copos e devaneios.



Há quem também tente justificar o êxito do Rui Veloso com as condições propícias em que ele apareceu. Económicas, sociais e culturais. Não partilho dessa opinião. É verdade que os tempos têm a sua influência, mas penso sinceramente que Rui Veloso seria sempre Rui Veloso e que a sua qualidade se imporia de qualquer modo, independentemente da altura em que aparecesse, contra ventos e marés e arautos da desgraça. A propósito, vale a pena reler o que escreveu em tempos o saudoso Daniel Bacelar, um dos pioneiros, no início da década de 60, do Rock cantado em português (e se o Rui Veloso fosse efectivamente o “Pai do Rock Português”, o Daniel seria provavelmente o “Avô”): «A minha opinião vale o que vale mas continuo a achar que no meio de muita coisa má que apareceu no chamado novo Rock dos anos 80, apareceu muita coisa boa que como de costume desapareceu (as pessoas têm de ganhar a sua vida por outros lados) e também apareceu o excepcional. Incluo o Rui nesta última classe, pois acho-o um artista completo (extraordinário guitarrista, uma voz expressiva e rica, e um compositor cheio de talento). O que lamento é a nossa capacidade tão portuguesa de destruir aquilo que é bom (a nossa inveja é uma doença que nos consome até á destruição total que aí vem em passo acelerado ) em vêz de acarinhar e divulgar o que há de bom nesta terra.»



Esta dupla coletânea de 40 temas foi elaborada há 16 anos, mas acho que continua bem actual, apesar do seu período englobar apenas as primeiras duas décadas da discografia de Rui Veloso. Até porque, e infelizmente, a frequência das gravações foi drasticamente reduzida desde que o novo século se iniciou. Mas estas 40 faixas, dos anos 80 e 90, são canções que fazem parte do modo de estar português e que por isso mesmo a grande maioria de nós reconhece aos primeiros acordes, não sendo necessário ser-se conhecedor ou sequer apreciador de música portuguesa. É assim a música do Rui que, apesar do título do seu segundo album, não está nem nunca estará fora de moda.




Se depois de ouvirem as músicas do Rui ainda sentirem a necessidade de o ver em cima de um palco, aconselho-vos o DVD do “Concerto Acústico”, editado no Natal de 2003. Além dos 18 temas que constituem o alinhamento do espectáculo (gravado num ambiente intimista, com algum público em redor dos músicos), o DVD inclui vários extras, como por exemplo uma entrevista informal com os músicos em casa do Rui Veloso, o making of do DVD e dois temas extras: o “Primeiro Beijo”, gravado no mesmo cenário do concerto com o acompanhamento dos Cabeças no Ar (Tim, João Gil e Jorge Palma) e toda a emoção do tema “Porto Sentido”, gravado ao vivo no Coliseu do Porto.


Para quem queira aprofundar conhecimentos, existe já publicada uma biografia, “Os Vês Pelos Bês” (edição Prime Books, Novembro 2006), da autoria de Ana Mesquita, uma conterrânea mais nova do Rato. Dos diversos depoimentos inseridos na contra-capa do livro, permito-me destacar o de João Gil : «Cresceu ao ponto de conseguir ultrapassar as exibições de virtuosismo e alcançou a capacidade de espaçar, procurando sempre a melhor nota, sem se preocupar tanto com a velocidade. Ou seja, em vez de dar as cinquentas notas do cardápio, escolhe apenas duas. Duas notas tão intensas, tão expressivas, que nelas se resumem as vidas de todos nós.»


DISCOGRAFIA (ALBUNS ORIGINAIS):
1980 - Ar de Rock
1982 - Fora de Moda
1983 - Guardador de Margens
1986 - Rui Veloso
1988 - Rui Veloso ao Vivo (duplo)
1990 - Mingos & Os Samurais (duplo) (2CDs+ DVD do Concerto no Coliseu de Lisboa)
1992 - O Auto da Pimenta (encomenda da Comissão dos Descobrimentos)
1995 - Lado Lunar
1998 - Avenidas
2003 - O Concerto Acústico (duplo)
2005 - A Espuma das Canções (CD+DVD)
2009 - Rui Veloso ao Vivo no Pavilhão Atlântico (CD+DVD)
2012 - Rui Veloso e Amigos

segunda-feira, 25 de maio de 2020

Las Canciones De DUNCAN DHU

Original released on LP GASA GA-097
(ESPAÑA, August 1986)

En el primer disco de podemos encontrar todavia claras influencias del rock de los 50. La mayoria de los temas son muy rapidos. El nivel es alto y solo lo baja algun tema como "Sueño Escoces", aunque para compensar y acabar con un buen sabor de boca tenemos una joyita romantica: "Esos Ojos Negros". (in RateYourMusic)

sexta-feira, 1 de maio de 2020

ERIC CLAPTON: "August"

Original released on LP Warner Bros 9 25476-1
(US, October 1986)

Eric Clapton adopted a new, tougher, hard R&B approach on "August", employing a stripped-down band featuring keyboard player Greg Phillinganes, bassist Nathan East, and drummer/producer Phil Collins, plus, on several tracks, a horn section and, on a couple of tracks, backup vocals by Tina Turner, and performing songs written by old Motown hand Lamont Dozier, among others. The excellent, but incongruous, leadoff track, however, was "It's in the Way That You Use It," which Clapton and Robbie Robertson had written for Robertson's score to the film "The Color of Money". Elsewhere, Clapton sang and played fiercely on songs like "Tearing Us Apart," "Run," and "Miss You," all of which earned AOR radio play. That radio support may have helped the album to achieve gold status in less than six months, Clapton's best commercial showing since 1981's "Another Ticket", despite the album's failure to generate a hit single. The title commemorates the birth in August 1986 of Clapton's son Conor. [The CD version of the album contains the bonus track "Grand Illusion."] (William Ruhlmann in AllMusic)

sexta-feira, 24 de abril de 2020

The LONE JUSTICE Albums

Original released on LP Geffen GHS 24060
(US 1985, April 15)

Few new bands receive the kind of critical buzz that Lone Justice generated prior to the release of their first album in 1985, and one senses the band (not to mention producer Jimmy Iovine and Geffen Records) wanted to deliver something special to merit the hype. Which was not necessarily a good thing; "Lone Justice" is an album that tries so hard to be great that it sometimes ends up tripping over its own ambitions. The record leaves no doubt that the first edition of Lone Justice was a very good band; on the best cuts, Maria McKee's voice sounds like a force of nature, bassist Marvin Etzioni and drummer Don Heffington are a strong and imaginative rhythm section whether they were playing souped-up country shuffles or fifth-gear rock & roll, and if guitarist Ryan Hedgecock isn't quite a virtuoso, he's solid and inspired when he gets to step to the forefront. But guest keyboardist Benmont Tench and the other high-priced help (including Little Steven, Mike Campbell, and an uncredited Annie Lennox) often overwhelm the group's personality, and while McKee's songs celebrating the heart and soul of rural America are unquestionably sincere, they don't always ring true ("After the Flood" and "Pass It On" sound more like writing exercises than narratives centered around believable characters), and they also seem to inspire Iovine's most bombastic production decisions. Where Lone Justice succeeds is on straight-ahead rockers like "East of Eden" and "Working Late," the C&W weeper "Don't Toss Us Away," and the tough "love gone bad" number "Ways to Be Wicked," all of which prove that this band really did have the goods. In the wake of the 1990s alt-country movement, in which dozens of bands mined similar musical territory with more satisfying results, Lone Justice sounds like an example of too many cooks spoiling the soup; there's enough good stuff to make it worth hearing, but its hard not to wish Lone Justice had gotten the sort of sympathetic but hands-off production that allowed Wilco and the Jayhawks to do their best work. (Mark Deming in AllMusic)

Original released on LP Geffen GHS 24122
(US 1986, November 3)

"Shelter" finds Lone Justice abandoning the cowpunk image of their debut in favor of a more polished '80s sound. What they came up with is rather a mishmash of material that only points the way for Maria McKee to don a solo outfit and carry on alone. "Shelter" falls into the trap of a record company dictating how a disc should sound no matter what might happen to the group producing it. There are strong cuts here - most notably, "I Found Love" (a real '80s-sounding product), "Wheels," and "Dixie Storms" (which foretells Maria McKee's future in music) all have something to recommend them. The rest falls into the trap of songs produced to fulfill obligations. Lone Justice was a group not unlike Big Brother & the Holding Company, who had a great female lead singer and focal point along with competent sidemen. Once the record execs ventured to guess that McKee would sell more on her own, they urged her to jettison the band, which she did after "Shelter". Such is life in the record biz. (James Chrispell in AllMusic)

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

A JENNIFER WARNES Tribute To COHEN

Original released on LP Cypress YL 0100
(US, 1986)

Jennifer Warnes was familiar with Leonard Cohen from a tour of duty as one of his backup singers in the early '70s, but this collection of Cohen's songs must have shocked her AM radio fans who knew her from her '70s country-pop hits and her movie themes, if they were even able to connect the woman who sang "It's the right time of the night for makin' love" with the one who declared "First we take Manhattan, then we take Berlin" over stinging guitar work by Stevie Ray Vaughan on the opening track here. As that pairing suggests, Warnes wisely took a tougher, more contemporary approach to the arrangements than such past Cohen interpreters as Judy Collins used to. Where other singers tended to geld Cohen's often disturbingly revealing poetry, Warnes, working with the composer himself and introducing a couple of great new songs ("First We Take Manhattan" and "Song of Bernadette," which she co-wrote), matched his own versions. The high point may have been the Warnes-Cohen duet on "Joan of Arc," but the album was consistently impressive. And it went a long way toward reestablishing Cohen, whose reputation was in a minor eclipse in the mid-'80s. A year later, with the way paved for him, he released his brilliant comeback album "I'm Your Man". For Warnes, the album meant her first taste of real critical success: suddenly a singer who had seemed like a second-rate Linda Ronstadt now appeared to be a first-class interpretive artist. (William Ruhlmann in AllMusic)

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...