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quinta-feira, 23 de abril de 2020

ESPERANTO: "Last Tango"

Original released on LP A&M SP 4524
(US, 1975)

Uma belissima surpresa este terceiro album dos Esperanto, um grupo mais ou menos obscuro de rock progressivo, originário da Bélgica (formado em 1971 em Bruxelas e que durou até 1975). Seis temas compõem este surpreendente album, que quanto mais se escuta mais nos dá a conhecer:

A1. Eleanor Rigby
Uma completa desconstrução de "Eleanor Rigby" que até mais ou menos o terceiro minuto da canção é irreconhecível. Essa introdução é um escândalo, com violino, teclados e baixo tocando uns riffs invocados que mais parecem ter saído de uma sessão musical de lunáticos. O timbre do baixo de Gino Malisan é excepcional, junto com ele os dois tecladistas (Geoffrey e Raymond) fazendo um papel mais que excelente também. Quando os vocais arrancam é um susto! A voz de Roger Meakin é excelente, e que dizer da de Kim Moore? Sensacionais, transformando o refrão de "Eleanor Rigby" numa coisa ainda mais cativante. Os sintetizadores dão vida a sons estranhíssimos no fundo de tudo. A fazer uma versão de uma música célebre como esta, talvez seja o exemplo a seguir, evitando uma simples cópia do original.

A2. Still Life
A bateria de Tony Malisan (irmão do baixista Gino) começa a segunda faixa, enquanto a banda segue num instrumental quebrado cheio de perguntas e respostas (e que baixista dos infernos!). A voz de Roger quando entra lá pelos 3 minutos já é destaque, mas juntamente com a voz de Kim, fazem o casamento perfeito. Uma percussão que se não me engano é uma maraca, segue toda a letra de perto. As partes de piano elétrico são as melhores, essenciais para a sonoridade da faixa. A música tem um ritmo contagiante, sendo os vocais cantados ao ritmo da melodia, tudo muito bem equilibrado.

A3. Painted Lady
Já vi que o forte do grupo são os riffs, mas logo que a voz se inicia a música muda totalmente, Kim lembra muito Sonja Kristina dos Curved Air, e mais uma vez a dupla de vocais está perfeita. E é de ressalvar as gargalhadas macabras ao fundo dos versos. São ideias destas que fazem toda a diferença. Excelente o solo de violino.

B1. Obsession
O lado B começa muito bem, com teclados em ad infinitum, e os vocais lembrando alguns dos "Tale of Mystery and Imagination of Edgar Alan Poe" (The Alan Parsons Project). Os violinos e as partes clássicas são bastante parecidas com Electric Light Orchestra (a banda tem uma série de influências maravilhosas e diferentes).

B2. The Rape
Os violinos arrasam, fazem todo o papel que a guitarra faria (já que nem temos uma por aqui) e muito mais, conferem à banda um som único e mágico. Mas o que é esse baixista? Linhas sempre fantásticas e um timbre fantástico. Nesta faixa a voz de Kim está perfeita, com uma clareza e melodia sem igual. Depois do verso mais uma parte super quebrada, e eu acho que o album me conquistou definitivamente. Várias partes orquestradas, numa espécie de mini-orquestra mesmo com o cello fazendo uma melodia de contraponto para o violino e teclado, cada um na sua mas em busca do mesmo som. Vocais 'aéreos' brindam-nos com uma bela melodia após a mini-orqustra, mas não se enganem a orquestra não pode parar. Na parte a seguir a bateria toma conta da situação num ritmo alucinado e desesperado.

B3. Last Tango
Como não poderia deixar de ser um 'quase-tango' com um belo vocal e ritmo sincopado. Como seria de esperar a banda sente-se completamente à vontade num tango de primeira, já que a sua estranha formação é totalmente propícia ao ritmo argentino (in RateYourMusic)

ESPERANTO: "Danse Macabre"

Original released on LP A&M SP 3624
(US, 1974)

In a Curved Airish manner, Esperanto were truly good but there's no Sonja Kristina galloping with sexy ways and tales of masturbation, ghosts and queens. Musically they are thrilling with speddy violins and waltzing cellos yet the male vocals are only interesting (Keith Christmas is unconvincingly melancholic in "Castle") and Brigette Du Doit's wordless voice should be more explored on other tracks or used as backing vocals. The high points are the instrumental opener "The Journey" on amazing ten minutes of hard chamber european rock; "The Duel", a lovely madness with the charming female voice singing "sorry, sorry" and the stupendous "The Prisioner" adding the most prodigious violin theme of the album. "The Cloister" is quite funny with frantic prog-rock mixed with gregorian chants; by the other side, "The Decision" is a little pedestrian. The closer "Danse Macabre" (a Saint-Saens cover and the title-track) is boisterous but brilliant reminding Darryl Way's Wolf, the later project of Curved Air's fiddler. (in RateYourMusic)
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