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quarta-feira, outubro 06, 2021

Neil Young, 1970

Foi pouco depois do lançamento de After the Gold Rush, terceiro álbum de estúdio de Neil Young: a 4 de dezembro de 1970, ele apresentava-se no Carnegie Hall, a mítica sala de Nova Iorque, para uma performance que permaneceu tanto mais lendária quanto praticamente inédita. Aí está, por isso, o precioso Carnegie Hall 1970, com uma promessa a registar: trata-se da primeira edição da 'Official Bootleg Series' de Neil Young. Para escutar: Southern Man, tema de After the Gold Rush.

domingo, janeiro 12, 2020

Patti Smith canta Neil Young

After the Gold Rush é um clássico do cancioneiro de Neil Young, pertencente ao álbum homónimo, lançado em 1970. Meio século mais tarde, Patti Smith esteve em The Tonight Show, com Jimmy Fallon, para falar do seu novo livro, Year of the Monkey — no final, ofereceu-nos esta maravilhosa versão da canção de Young, com Tony Shanahan nas teclas.

domingo, dezembro 30, 2018

10 álbuns de 2018 [2]

* SONGS FOR JUDY, Neil Young

Por alguma razão, o site oficial de Neil Young passou a adoptar o endereço 'neilyoungarchives.com'. Estamos, afinal, a falar de uma personalidade com um património de mais de meio século, património que, como se prova, continua a ser redescoberto e organizado. Construído a partir de uma evocação mítica de Judy Garland (1922-1969), esta é uma antologia de gravações inéditas de concertos realizados ao longo do ano de 1976, em grande parte marcados pelas memórias próximas do álbum Harvest (1972) e da chamada 'Ditch Trilogy', editada no período 1973-75 (Time Fades Away, On The Beach e Tonight's The Night). A organização de tão preciosa colecção fica a dever-se ao cineasta Cameron Crowe que, na altura, acompanhou Young na qualidade de jornalista da revista Rolling Stone — a sua experiência está, aliás, na base do seu filme Quase Famosos (2000). Este registo de Heart of Gold (tema de Harvest) data do começo dos anos 70.

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SOPHIE

quinta-feira, julho 16, 2015

Neil Young: acabou-se o streaming!

FOTO: Wikipedia
Neil Young não está satisfeito com a qualidade da reprodução sonora dos serviços de streaming (recorde-se que ele está ligado ao projecto Pono, companhia que nasceu sob o signo da defesa da qualidade de reprodução, comercializando um leitor portátil e alimentando um serviço de download). Daí a decisão drástica: a retirada de toda a sua música dos serviços de streaming — todos! [notícia: Rolling Stone].
É um gesto que, para além das suas circunstâncias específicas, não pode deixar de ser aproximado da atitude de Taylor Swift quando, há cerca de três semanas, expressou uma visão muito negativa do novo Apple Music. Seja como for, a atitude de Young acrescenta mais um capítulo à já longa odisseia da música na Net — as suas peripécias parecem estar longe do fim.
Entretanto, tudo isto ocorre poucos dias depois do lançamento de The Monsanto Years, 36º álbum de estúdio de Neil Young, uma peça do mais impecável e envolvente primitivismo rock fabricada em conjunto com a banda Promise of the Real — eis um dos seus temas: A Rock Star Bucks a Coffe Shop.

sexta-feira, novembro 28, 2014

Novas edições:
Neil Young

“Storytone”
Warner
3 / 5

Poucos meses depois de ter lançado um disco feito de versões de canções de autores como Bob Dylan, Bruce Springsteen ou Willie Nelson, Neil Young apresenta no seu segundo disco de 2014 um novo conjunto de canções onde explora, sobretudo, a relação da sua escrita com as várias possibilidades de arranjos que encontra na linha do horizonte, do trabalho com orquestra (que representa a esmagadora maioria do alinhamento) ao relacionamento com uma big band, não deixando de visitar, em dois instantes, o som mais “crú” e elétrico de uma banda de rock. Storytone é essencialmente um álbum tranquilo no qual, através de um conjunto de composições de recorte clássico, Neil Yong reflete sobre o mundo em que vivemos e os desequilíbrios gerados pelo homem, reafirmando uma consciência ambientalista que antes já expressara em diversas ocasiões. Não o faz contudo segundo um programa ideológico ou uma agenda ativista, não deixando, por exemplo, de celebrar (uma vez mais) a sua paixão pelos carros – a quem dedicou mesmo um livro recentemente – quando canta I Want To Drive My Car. Aos 69 anos, com uma voz de tonalidades frágeis – que contrasta com a segurança da escrita e a continuada vontade em não fechar a sua música numa redoma de formas repetidas – Neil Young aceita juntar em Storytone a “arte final” de um álbum a um olhar pela nudez das mesmas canções tal e qual saíram originalmente dos seus dedos, juntando numa edições do disco, e como extra, as versões em maquete acústica dos mesmos temas. Entre as duas leituras, além das narrativas e reflexões que as canções veiculam, passa assim uma possibilidade de contacto com o que de diferente pode nascer de uma ideia original para voz e guitarra, ocasionalmente piano ou harmónica e a visão final de uma canção.

terça-feira, maio 01, 2012

IndieLisboa 2012 (dia 6)



Sem fugir à regra, aqui ficam três sugestões para ver hoje no IndieLisboa 2012. Em primeiro lugar Mercado de Futuros. Assinado por Mercedes Alvarez (a mesma autora do belíssimo El Cielo Gira), o documentário que foca a faceta materialista do mundo moderno passa hoje, pelas 19.15, no Pequeno Auiditório da Culturgest. Um outro documentário, A Casa, do português Júlio Alves, quer integra a competição nacional de longas metragens, tem estreia no Cinema São Jorge pelas 21.45. Na secção emergente é exibido L’Age Atomique, uma deambulação numa noite de sábado de dois rapazes em Paris que cruza desilusões e a descoberta de um desejo. O filme, de Héléna Klotz, passa no Cinema Londres pelas 19.00 horas.

Entretanto no blogue do DN há mais dois textos sobre dois documentários da secção Indie Music. Um sobre Andrew Bird, outro sobre Neil Young.


O sapato tem pontos de cor e brilho, as meias riscas verdes. Em palco o mundo de Andrew Bird ganha corpo e sentido. E o músico, que se questiona porque passa ainda tantos dias por ano a viver num autocarro, a dormir mal, com febre, saltimbanco de cidade em cidade, teatro em teatro, acaba por reconhecer que vale a pena. O concerto é, para si, um momento de partilha, ou seja, algo que não sabe a coisa “engarrafada”. E assim justifica o esforço, diz para Xan Aranda que, no belíssimo Andrew Bird: Fever Year nos propõe aquele que é, até agora, o melhor filme apresentado na secção Indie Music deste ano. – Ler aqui o texto completo


No seu carro, a caminho da cidade e da sala onde vai atuar, Neil Young (com o irmão, Scott, no carro da frente, a definir o caminho), evoca memórias de infância: a escola que tem o nome do seu pai, a casa de um colega que lhe dava moedas para insultar senhoras. Explica que só ali, a guiar, ouve música. Se a canção não passa o “teste” de condução, não vale a pena, explica. E de quando em quando o fluxo de memórias é interrompido para dar voz ao concerto que, no palco do mítico Massey Hall, em Toronto, onde apresenta temas do álbum Le Noise, de 2010 e pontuais incursões por outros tempos. – Ler aqui o texto completo

quarta-feira, outubro 20, 2010

Novas edições:
Neil Young, Le Noise


Neil Young
“Le Noise”
Reprise / Warner
4 / 5

Neil Young continua a manter um impressonante ritmo de trabalho e raros têm sido os anos sem uma nova edição sua. Le Noise é o seu melhor disco desde o magnífico Prairie Wind (de 2005), porém seguindo por caminhos bem distintos. Neil Young entrou sozinho em estúdio, apenas acompanhado pelas suas guitarras (acústicas e eléctricas). E, com ele, apenas um colaborador: o produtor Daniel Lanois. Le Noise é, assim, um disco de Neil Young sob moldura (e cenografia) coadjuvada por Lanois. Praticamente sem arranjos, o alinhamento traduzindo uma crueza que podemos entender entre o que seriam as versões originais destas canções no estado de maquete e as intervenções que, em estúdio, com loops, ruídos, ocasional distorção ou, por vezes, nada a mais, Lanois juntou ao que Neil Young lhe levava. É por isso um disco ao mesmo tempo vulnerável e pessoal, mas por outro lado incrivelmente pungente. À excepção de duas belíssimas baladas acústicas – Peaceful Valley Boulevard, onde se evocam memórias da história americana e Love and War, num ponto de vista muito pessoal sobre um dos temas mais recorrentes na obra recente do músico – Le Noise é palco para encontros entre uma voz aparentemente frágil (mas que canta sólidas palavras), uma guitarra eléctrica e texturas que vão de simples ecos a drones que quase evocam heranças do krautrock. Passada a eventual surpresa de um primeiro encontro, Le Noise conquista-nos aos poucos para se revelar um dos mais desafiantes e gratificantes dos discos recentes de Neil Young.

segunda-feira, setembro 20, 2010

Neil Young "muito eléctrico"

Neil Young está de volta com o álbum Le Noise (27 de Setembro), título de sedutora estranheza poética que parece abrir para paisagens saborosamente primitivas. Os dois exemplos que aqui se reproduzem são esclarecedores: Hitchhiker (Pitchfork TV) e Angry World (Stereogum). A produção tem assinatura de Daniel Lanois, também ele um criador que, com mais ou menos experimentações, nunca renegou a nostalgia de muitos passados — em declarações à Rolling Stone, Lanois resumiu a sonoridade de Le Noise com uma sugestiva expressão: "muito eléctrico".




>>>
Site oficial de Neil Young.
>>> Site oficial de Daniel Lanois.