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quarta-feira, março 03, 2021

"Let it Be", por Matt Berninger

Serpentine Prison, primeiro álbum a solo de Matt Berninger, vocalista de The National, vai ter uma edição DeLuxe (12 março), com algumas canções novas. Uma delas intitula-se Let it Be — não essa... sem ofensa para os rapazes de Liverpool, vale mesmo a pena ouvir.

Some things I cannot hide
No matter how hard I try
Some things I can't even see
You say to me, "Let it go
Hey, lighten up a little, take a joke"
Sometimes I can't let it be

Sometimes I think that I'm
My own worst enemy

Tell me the truth what you say
It won't bother me either way
Just tell me what you say about me
I don't wanna know, doesn't matter now
Leave it alone, try to forget about it
Sometimes I can't let it be

Sometimes I think that I'm
My own worst enemy
Sometimes I can't let it be

One day you'll have to let me
Take you back to the place you met me
Three Jacks and gingers later
We waited for the sun to rise

Five o'clock in the morning
16 billion feet above the ground

Sometimes I think that I'm
My own worst enemy
Sometimes I can't let it be
Sometimes I can't take it
Told me you'd never break it
Sometimes I can't take it
Sometimes I can't let it be

quinta-feira, outubro 10, 2019

The National, "Hey Rosey"

Sharon Eyal, bailarina e coreógrafa israelita, protagoniza o novo teledisco de The National: Hey Rosey é mais um tema do álbum I Am Easy to Find, agora recriado numa envolvente dança urbana e pagã, com realização de Mike Mills.

quinta-feira, maio 02, 2019

The National — uma canção dançada

As canções do novo álbum de The National (I Am Easy to Find, 17 Maio) continuam a ser encenadas a preto e branco — depois de Light Years, eis Hairpin Turns, com a colaboração da bailarina e coreógrafa Sharon Eyal.

quinta-feira, abril 11, 2019

The National, a preto e branco

Já sabíamos que o novo álbum de The National, I Am Easy to Find, será acompanhado por um filme a preto e branco, protagonizado por Alicia Vikander e realizado por Mike Mills. Entretanto, surgiu um primeiro teledisco cujas imagens pertencerão, por certo, a esse filme — eis Light Years, pequena pérola visual e melodramática.

You were waiting outside for me in the sun
Laying down to soak it all in before we had to run
I was always ten feet behind you from the start
Didn't know you were gone 'til we were in the car

Oh, the glory of it all was lost on me
'Til I saw how hard it'd be to reach you
And I would always be light years, light years away from you
Light years, light years away from you

I thought I saw your mother last weekend in the park
It could've been anybody, it was after dark
Everyone was lighting up in the shadows alone
You could've been right there next to me, and I'd have never known

Oh, the glory of it all was lost on me
'Til I saw how hard it'd be to reach you
And I would always be light years, light years away from you
Light years, light years away from you


quinta-feira, março 07, 2019

The National, opus 8

A actriz sueca Alicia Vikander está na capa do oitavo álbum de estúdio da banda americana The National. Isto porque I Am Easy to Find será acompanhado por um filme de 24 minutos, protagonizado por Vikander e realizado por Mike Mills, o cineasta de Mulheres do Século XX (2016). O lançamento está marcado para 17 de Maio; para já, temos os sons de uma primeira canção, You Had Your Soul with You — em baixo, o trailer do álbum/filme.




>>> Site oficial de The National.

terça-feira, junho 10, 2014

O 'indie rock' pelo ponto de vista do irmão

Este texto, sobre o filme Mistaken For Strangers de Tom Beringer, foi originalmente publicado no DN com o título 'O ponto de vista do irmão de uma estrela 'indie rock'.

Com um olhar desconfiado, uma das profissionais do staff dos The National desloca o olhar do ecrã do computador e encara Tom Berninger. Pergunta-lhe se ele lhe vai mostrar as imagens que tem andado a captar, com a sua pequena câmara, entre os bastidores da digressão do grupo indie norte-americano. Está preocupada com a imagem da banda que o filme em rodagem possa vir a mostrar... A verdade é que Mistaken for Strangers, assinado pelo irmão do vocalista Matt Berninger, traz-nos um dos mais atípicos e interessantes documentários que o universo pop/rock tem levado ao cinema.

O filme acaba de estrear em sala e tem já lançamento em DVD. E, mais do que mostrar um grupo em digressão revela, sob um aparente caos organizado, o que normalmente não vemos: os bastidores sem a encenação da pose que a tal "imagem" muitas vezes exige. O filme aconteceu porque Matt Berninger, o vocalista dos The National, resolveu chamar o irmão Tom, nove anos mais novo (e sem aparente rumo profissional), para acompanhar o grupo na estrada como roadie. Ou seja, com funções auxiliares da banda, do assegurar da sua reunião a horas de subir ao palco ao garantir dos alimentos pedidos nos camarins, e por aí adiante. Acontece que Tom resolve levar consigo uma câmara de vídeo e a vontade de fazer um filme.

A ideia não cai bem junto do staff que acompanha o grupo. E várias são as vezes que lhe fazem notar que devia estar a fazer outros trabalhos em vez de filmar. "Desliga a câmara" é mesmo a frase mais escutada no filme... Só a paciência do irmão mantém o indisciplinado Tom em cena. Entre os músicos as questões atípicas que lança nas entrevistas causam perplexidade. "Tocas com o BI no bolso?", pergunta a um dos elementos... Confesso que nunca me tinha lembrado de fazer essa pergunta a um músico.

As suspeitas de quem, a dada altura, pede a Tom Berninger para ver o que estava a filmar, teriam a sua razão. E Mistaken for Strangers (título também de uma canção dos The National) é tudo menos o que quem gere a imagem de uma banda pode desejar. Há momentos de ira, situações embaraçosas, o oposto do glamour que quase sempre faz a história das estrelas...

Mas este não é um filme sobre os The National (e só escutamos fragmentos das canções em breves sequências de palco).Mistaken for Strangers é, acima de tudo, a história de como um filme foi criado. Quase como o making of de si mesmo. E, além disso, um espaço de reflexão de alguém com a autoestima nas lonas. De alguém que habita um patamar de frustração nos antípodas do sucesso que o irmão Matt criou para si mesmo ao cabo de uma década de trabalho com os The National. Mistaken for Strangers acredita ainda no poder da arte como espaço de terapia. E não é que, no fim, resulta mesmo?

domingo, abril 13, 2014

Três meses, três discos (clássica)


Continuando a fazer um balanço do que marcou os três primeiros meses do ano, hoje passamos pelas edições de discos de música clássica. Em comum os três títulos que destaco partilham o facto de serem lançados pela mesma editora – a Deutsche Grammophon – um deles sendo contudo uma antologia. Começo por destacar o álbum que tem como protagonista Bryce Dessner, músico que até aqui conhecíamos sobretudo através do seu trabalho nos The National e que a uma obra sua junta uma outra de Johnny Greenwood, guitarrista dos Radiohead que tem também trabalhado em música para cinema.

Sobre este disco escrevi aqui: “Apesar de uma certa tradição autodidata que domina muitas das histórias pessoais de tantos músicos em terreno pop/rock, a verdade é que tanto Bryce Dessner como Johnny Greenwood têm formação clássica. Bryce tem na verdade um mestrado em música em Yale e durante a sua formação encontrou importantes referencias em obras de figuras como Morton Feldman ou Steve Reich. Além do trabalho com os The National tem também colaborado com os Bang on a Can e o Kronos Quartet. O seu St Carolyn by the Sea (título inspirado pela escrita de Kerouac), que aqui se apresenta em gravação pela Orquestra Filarmónica de Copenhaga, dirigida por Andre de Ridder é uma obra orquestral de grande fôlego que cruza heranças que cão dos românticos a espaços da música orquestral do século XX (de Bartók a Glass) e, sem abdicar da presença da guitarra (na verdade há duas guitarras em cena – interpretadas por si e pelo seu irmão Aaron – e são mesmo a medula desta obra originalmente encomendada como um concerto para duas guitarras elétricas para a American Composer’s Orchestra) nem de um interesse pela melodia, expressa personalidade e demarca-se dos territórios habitualmente por si visitados nos The National. Johnny Greenwood, por seu lado, explora aqui uma derivação direta do seu trabalho de composição para cinema, apresentando uma suite baseada na música intensa e cromaticamente rica, herdeira tanto de Ligeti como de Predrecki, que criou para o filme Haverá Sangue, de Paul Thomas Anderson.”

Depois vale a pena assinalar a estreia mundial de The Passion Acording To The Other Mary, uma obra coral nova de John Adams, numa gravação pela Los Angeles Philharmonic, sob direção de Gustavo Dudamel.

Deste álbum disse aqui que: “A obra tem como base um libreto assinado por Peter Selllars, colaborador regular de John Adams (peça central em Nixon in China, a primeira ópera do compositor, estreada em 1987). Sellars juntou textos de origens diversas, passando por autores como Dorothy Day, Louise Erdrich, Primo Levi, Rosario Castellanos, June Jordan, Hildegard von Bingen ou Rubén Darío, além claro está das palavras do Velho e do Novo Testamento. A oratória foca atenções na Paixão de Cristo, mas procura um ponto de vista algo diferente escutando sobretudo as vozes de duas mulheres (...), nomeadamente Maria Madalena e Marta, a irmã de Lázaro. Musicalmente a oratória segue os caminhos estimulantes que a música orquestral e vocal de Adams tem seguido nos últimos anos, aliando um belíssimo trabalho do canto a uma noção de espaço acolhedor (e capaz de suportar intenções dramáticas) na cenografia ao seu redor, apesar de pontualmente revisitar ecos mais próximos das heranças minimalistas da sua obra nos oitentas no modo como usa ocasionalmente figuras repetitivas. Num dos momentos de clímax dramático uma aproximação a formas ligetianas contribui para novo alargamento das linhas e cores com que a música de Adams aqui se renova e desafia”.

A terceira referencia surge com o primeiro volume de uma recolha antológica das gravações de Leonard Bernstein para a editora, numa caixa com 59 CD e um DVD.

E sobre esta caixa escrevi aqui: “Há antologias e antologias... Mas esta bate as demais aos pontos. Não apenas pela dimensão (inclui 59 CD, um DVD, um livro, e tudo isto numa caixa com as dimensões da capa um álbum de vinil), como também pelo protagonista que coloca na berlinda e a vastidão de obras (épocas e formas) que as gravações aqui documentam. Apresentada como The Leonard Bernstein Collection – Volume One, esta caixa antológica enceta assim uma revisão do catálogo que o compositor e maestro norte-americano registou no período em que esteve ligado à Deutsche Grammophon (sendo importante referir aqui que outra etapa significativa do seu percurso discográfico foi registada pela Columbia Records, etiqueta hoje integrada na Sony Music).”

domingo, março 09, 2014

Para lá das fronteiras dos géneros

A Deutsche Grammophon continua a alargar o seu catálogo aos acontecimentos do nosso tempo. E edita um álbum com obras de Bryce Dessner e Johnny Greenwood, músicos mais conhecidos pelo seu trabalho nos The National e Radiohead, respetivamente. 

Apesar de não serem muito frequentes, as colaborações entre nomes dos espaços da música pop/rock e os dos universos da música (dita) erudita não são também oásis assim tão raros. Longe daquelas operações de “encher” canções com orquestra, que tantas vezes dão a vozes da pop uma cenografia mais encorpada para alguns momentos da sua carreira, falamos mesmo de diálogos entre músicos e formas musicais. Como o fez Philip Glass em Songs From Liquid Days ou na sua brilhante colaboração com Leonard Cohen em Book of Longing. Como o tem feito Nico Muhly em parcerias com vários outros músicos. Como o fizeram Rufus Wainwright, The Knife ou Damon Albarn ao ensaiar os espaços da ópera. Como o fazem Owen Pallett ou Craig Armstrong. Ou até mesmo (mas decididamente com resultados menos estimulantes) Paul McCartney ou Sting. Bryce Dessner e Johnny Greenwood são figuras de referencia no firmamento indie do nosso tempo, o primeiro a bordo dos The National, o segundo nos Radiohead (e já com algum trabalho reconhecido na escrita de música para cinema). Apesar de uma certa tradição autodidata que domina muitas das histórias pessoais de tantos músicos em terreno pop/rock, a verdade é que tanto Bryce Dessner como Johnny Greenwood têm formação clássica. Bryce tem na verdade um mestrado em música em Yale e durante a sua formação encontrou importantes referencias em obras de figuras como Morton Feldman ou Steve Reich. Além do trabalho com os The National tem também colaborado com os Bang on a Can e o Kronos Quartet. O seu St Carolyn by the Sea (título inspirado pela escrita de Kerouac), que aqui se apresenta em gravação pela Orquestra Filarmónica de Copenhaga, dirigida por Andre de Ridder é uma obra orquestral de grande fôlego que cruza heranças que cão dos românticos a espaços da música orquestral do século XX (de Bartók a Glass) e, sem abdicar da presença da guitarra (na verdade há duas guitarras em cena – interpretadas por si e pelo seu irmão Aaron – e são mesmo a medula desta obra originalmente encomendada como um concerto para duas guitarras elétricas para a American Composer’s Orchestra) nem de um interesse pela melodia, expressa personalidade e demarca-se dos territórios habitualmente por si visitados nos The National. Johnny Greenwood, por seu lado, explora aqui uma derivação direta do seu trabalho de composição para cinema, apresentando uma suite baseada na música intensa e cromaticamente rica, herdeira tanto de Ligeti como de Predrecki, que criou para o filme Haverá Sangue, de Paul Thomas Anderson. Ambas as peças representam assim aberturas de horizontes tanto para os compositores como para o catálogo da editora e os públicos que a estas gravações possam aderir. Sem dúvida um acontecimento editorial para marcar 2014.

quarta-feira, fevereiro 26, 2014

Para ouvir:
Greenwood e Dessner com orquestra

Johnny Greenwood (dos Radiohead) e Bryce Dessner (dos The National) estão juntos num novo disco a lançar a 3 de março, pela Deutsche Grammophon. Gravado pela Orquestra Filarmónica de Copenhaga, dirigida por André de Ridder, o disco inclui uma suite baseada na banda sonora do filme Haverá Sangue, criada por Greenwood e a peça St Carolyn By The Sea, de Dessner.

Podem ouvir aqui o disco em avanço, via Pitchfork.

domingo, fevereiro 16, 2014

The National: todos os pares

Prosseguindo a sua colaboração com a banda de Cincinnati, Ohio, The National, a realizadora Sophia Peer assina mais um notável teledisco para uma canção do álbum Trouble Will Find Me (2013) — na austeridade absoluta do preto e branco (quase...), I Need My Girl surge encenada como a pudica comunhão de pares de todas as identidades e romantismos.