| MOHAMMED SALEM / Time Palestinianos junto à sua casa destruída, em Jabalia, no norte da Faixa de Gaza 3 fevereiro 2025 |
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quarta-feira, novembro 26, 2025
A IMAGEM: Mohammed Salem, 2025
terça-feira, novembro 25, 2025
quinta-feira, novembro 06, 2025
A IMAGEM: Yael Martinez (2025)
| YAEL MARTINEZ / Magnum Ervin, trabalhador vindo da Guatemala Los Angeles, 10 agosto 2025 |
domingo, outubro 26, 2025
A miragem de Taylor Swift
Ser ou não ser uma estrela, eis a questão: subitamente, há uma canção que nos fala de Elizabeth Taylor... — este texto foi publicado no Diário de Notícias (10 outubro).
| [Instagram] |
Identificar assim as duas figuras e as respectivas imagens não significa qualquer aproximação (seja ela ecuménica ou conflituosa) das respectivas formas de existência mediática, nem sequer através do factor “feminino”. Afinal de contas, Thunberg tem 22 anos e Swift está a poucas semanas de completar 36, pelo que até mesmo o eventual uso da palavra “juventude” para classificar a sua coexistência no espaço da comunicação global não passaria de mais um gesto gratuito do pobre imaginário “juvenil” com que muitas formas de televisão tentam resumir a complexidade das pessoas, dos seus contextos e também do seu papel simbólico. Trata-se apenas de reconhecer que, em última instância, tal coexistência enriquece e alimenta a pluralidade do mundo.
No território específico do espectáculo, o protagonismo de Swift é tanto mais interessante quanto a sua trajectória profissional nunca dispensou alguma reflexão sobre as formas de representação do seu trabalho — e também, necessariamente, de auto-representação (a começar pelos estereótipos juvenis do seu primeiro álbum, homónimo, lançado em 2006). Acontece que para The Life of a Showgirl as escolhas dessa teatralização, afinal inerente a qualquer linguagem do espectáculo, se faz através de um insólito recuo temporal, tão conciso quanto irónico — as sofisticadas imagens de Allas/Piggott são a bandeira ambivalente desse verdadeiro processo dramatúrgico.
Poderemos considerar que o título do álbum se refere a “A vida de uma bailarina”, destacando a dança como valor inerente às suas performances (dos palcos aos telediscos), à semelhança de várias estrelas contemporâneas da música popular. O certo é que a palavra “showgirl” arrasta uma antologia de memórias que, pelo menos no contexto do “entertainment” americano, excede os limites de um estilo ou uma técnica.
Nos primórdios do cinema sonoro, e através de muitas associações com o imaginário da Broadway, a “showgirl” pertence ao mundo das chamadas Gold Diggers que, além do guarda-roupa exuberante (que Swift recria com grande pormenor), se distinguem pelas monumentais coreografias dos seus números musicais — lembremos, a esse propósito, o génio de encenação de Busby Berkeley em filmes como Gold Diggers of 1935 (1935), Gold Diggers of 1937 (1936) e Gold Diggers in Paris (1938). Para lá do género musical, o artifício da “showgirl” é mesmo um elemento espectacular que contamina muitas personagens do espectáculo, de uma vedeta do mudo como Theda Bara (Cleópatra num filme de 1917) até aos delírios visuais de Lady Gaga na sua emblemática digressão "The Monster Ball" (2009-2011).
Com Taylor Swift, tudo isso se reencena num jogo contido de humor e nostalgia, já que a “showgirl” que ela elege como modelo é alguém cujo imaginário se rege por componentes artísticas e simbólicas bem diferentes. A saber: Elizabeth Taylor (1932-2011). Encontramos mesmo no álbum uma canção intitulada Elizabeth Taylor, espelhando as amarguras decorrentes da conjugação de euforia e solidão, celebração e abandono, que a condição de estrela pode arrastar.
Lembrando os filmes de Elizabeth Taylor, de A Coragem de Lassie (1946) a Quem Tem Medo the Virginia Woolf? (1966), passando por Um Lugar ao Sol (1951), Gata em Telhado de Zinco Quente (1958) ou Cleópatra (1963), será que todos os ouvintes do novo álbum têm imagens para associar ao nome da “showgirl” que ela evoca? Movemo-nos, assim, num deserto de símbolos: num misto de pedagogia e poesia, Swift assume-se como miragem de uma ideia de “star” que se vai apagando nas nossas memórias.
terça-feira, outubro 21, 2025
A IMAGEM: Thomas Hoepker, 1983
| THOMAS HOEPKER / Magnum Washington Square Park, New York City, EUA 1983 |
quarta-feira, outubro 15, 2025
sábado, setembro 27, 2025
A IMAGEM: Martin Parr, 1997
| MARTIN PARR / Magnum Benidorm, Espanha 1997 |
domingo, setembro 21, 2025
A IMAGEM: Thomas Hoepker, 1972
| THOMAS HOEPKER / Magnum Berlim Leste 1972 |
terça-feira, setembro 09, 2025
A IMAGEM: Niranjan Shrestha, 2025
| NIRANJAN SHRESTHA / New York Times Protestos em Kathmandu, capital do Nepal 09 set. 2025 |
sexta-feira, setembro 05, 2025
Taylor Swift, superstar
O anúncio do novo álbum de Taylor Swift (The Life of a Showgirl) envolveu algumas imagens da cantora marcadas pela nostalgia de antigas formas de espectáculo. Assim (re)nasce uma estrela — este texto foi publicado no Diário de Notícias (15 agosto).
“Showgirl” — a palavra não se encontra no dicionário da cultura politicamente correcta destes nossos dias atribulados, mas Taylor Swift não receou recuperá-la do armário das nostalgias, chamando ao seu novo álbum: The Life of a Showgirl.
O anúncio desse que será o 12º registo de estúdio de Swift (35 anos) teve a candura ambígua que algum marketing ainda sabe produzir. Aconteceu no podcast “New Heights” apresentado pelo seu namorado, o jogador de futebol americano Travis Kelce, na companhia do irmão Jason Kelce. E se é verdade que tudo isso envolveu mais de duas horas de animada conversa, não é menos verdade que o impacto da notícia ficou a dever-se em grande parte ao facto de Swift ter revelado a capa de The Life of a Showgirl.
Nessa capa, Swift surge mergulhada numa banheira, numa pose de calculado artifício, usando uma indumentária de actriz de um espectáculo musical (“showgirl”, justamente) cujo top é feito de diamantes. Da autoria de Mert Allas & Marcus Piggott, a imagem reflecte um gosto de festiva reconversão de formas primitivas de encenação da figura feminina, gosto com que a dupla de fotógrafos já marcou os universos de Madonna [foto, 2010], Lady Gaga, Julia Roberts, Shakira ou Scarlett Johansson.
Observando outras variações da capa, sempre com Swift embrenhada em cenários e luzes que não disfarçam a sua teatralidade, parece haver uma clara vontade de apropriação e reconversão de iconografias passadas (digamos, para simplificar, de Jean Harlow a Marilyn Monroe). Aliás, tal vontade está expressa em diversos momentos da videografia da cantora, incluindo Bad Blood, que lhe valeu o prémio MTV de melhor teledisco de 2015.
Como a própria intérprete esclareceu, esta “vida de uma showgirl” (com lançamento marcado para 3 de outubro) reflectirá acontecimentos e pensamentos do período em que decorreu a sua mais recente digressão ('The Eras Tour'). O que, bem entendido, não exclui a possibilidade de a dimensão confessional do álbum coexistir como as formas, os brilhos e as cores de uma verdadeira estrela — superstar será, por isso, um epíteto que Taylor Swift pode usar sem se confundir com o fogo fátuo das vedetas mais ou menos efémeras do nosso mundo digital.
domingo, agosto 31, 2025
A IMAGEM: Constantine Manus, 1978
| CONSTANTINE MANUS / Magnum Grécia 1978 |
sábado, agosto 16, 2025
A IMAGEM: Saher Alghorra, 2025
| SAHER ALGHORRA / New York Times Campo de deslocados numa praia de Gaza 2025 |
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História,
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Jornais,
Política
terça-feira, agosto 12, 2025
Novo livro de Patti Smith
Patti Smith tem um novo livro: Bread of Angels será lançado a 4 de novembro, pela Random House, com uma foto de Robert Mapplethorpe na capa — na sua conta de Substack, encontramos a notícia, e também algumas memórias para explicar de que memórias se trata.
segunda-feira, agosto 11, 2025
A IMAGEM: Annie Leibovitz, 2006
| ANNIE LEIBOVITZ Scarlett Johansson e Keira Knightley Vanity Fair, 2006. |
sábado, agosto 09, 2025
A IMAGEM: Haiyun Jiang, 2025
| HAIYUN JIANG Donald Trump New York Times, 8 agosto 2025 |
quinta-feira, agosto 07, 2025
sábado, agosto 02, 2025
A IMAGEM: Bruce Davidson, 1958
| BRUCE DAVIDSON / Magnum Clyde Beatty Circus Palisades, New Jersey 1958 |
terça-feira, julho 08, 2025
A IMAGEM: Burt Glinn, 1959
| BURT GLINN / Magnum Elizabeth Taylor Rodagem de Bruscamente no Verão Passado Sagaro, Espanha (1959) |
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