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terça-feira, novembro 29, 2022

Steven Meisel / Lanvin

Os códigos da moda e continuam a ser, de uma só vez, percorridos e desafiados por Steven Meisel. O seu mais recente portfolio, para a marca Lanvin, cruza uma poética de raiz feminina com a austeridade clássica do retrato — a preto e branco, como a tradição exige.

terça-feira, julho 10, 2018

Steven Meisel, a cores

A campanha Outono/Inverno da marca Moschino está a cargo de Steven Meisel. Subitamente, compreendemos que o visual (por certo, no plural: os visuais) da era digital envolve uma perversa reconversão dos elementos clássicos da moda — dos corpos, em particular, esses instrumentos diáfanos em que, como se prova, a pele passou a ser entendida como novo mapa de experimentação figurativa e cromática. Onde está o desejo? Não sabemos. Mas desejamos saber. E a beleza do evento passa também pelo nosso tocante desconhecimento.  

quinta-feira, julho 14, 2016

"Glamour", por Steven Meisel

Com que então, queriam glamour? — pergunta a Vogue italiana.
A resposta é dada através de um magnífico portfolio de Steven Meisel, o americano cuja arte da pose se tornou indissociável da trajectória de muitas top-models (Linda Evangelista, Naomi Campbell, etc.) e também de Madonna (com quem realizou o livro Sex, em 1992). Na capa, Vittoria Ceretti surge transfigurada quase como sósia de Virna Lisi; as imagens decorrem de uma nostalgia em que se cruzam as memórias da idade de ouro de Hollywood e a herança dos mestres de Meisel, com inevitável destaque para Irving Penn — a descobrir no site da Vogue.

sexta-feira, julho 05, 2013

Meisel: a arte de (não) ter cor

Christy Turlington
Poderemos evocar a herança do mestre Vincente Minnelli: por vezes, a arte de compor a infinita pluralidade das cores passa por uma pudica contenção das suas variantes. Assim acontece com o mais recente portfolio de Steven Meisel, para a marca Prada. Em sete fabulosas imagens [models.com], Meisel experimenta uma metódica interdição das cores quentes, como se tudo nascesse de uma impossível nostalgia do preto e branco — enfim, corrigindo a ironia do título, importa dizer que a ausência de cor é coisa que não existe, sendo o invisível apenas o fantasma do (também infinito) desejo de ver.
Caroline de Maigret

sábado, março 16, 2013

Prada por Meisel

Uma pequena obra-prima da mais recente paisagem publicitária: com direcção fotográfica do grande Steven Meisel, a colecção Primavera/Verão da casa Prada recebe um sofisticado tratamento visual (estilista: Olivier Rizzo) de cerca de um minuto e meio, ao mesmo tempo passagem de modelos e labirinto de variações narrativas sobre clichés do imaginário da moda — para ver aqui mesmo; informações em models.com.

sábado, janeiro 05, 2013

"Vogue" em pose chinesa

Não é todos os dias que uma modelo de 21 anos tem o privilégio de protagonizar um portfolio do grande Steven Meisel. No caso de Fei Fei Sun (nascida a 21 de Fevereiro de 1981, em Xi'an, província de Shaanxi), tal facto envolve um acontecimento emblemático na história da moda (e, em boa verdade, na partilha das imagens entre o mundo ocidental e o oriente asiático): ela tornou-se a primeira modelo chinesa a figurar numa capa da Vogue (Itália) — a provar, afinal, que a vida contemporânea das imagens está a reconverter as fronteiras no nosso imaginário.

sexta-feira, novembro 30, 2012

20 anos a falar de "Sex"

Um dos princípios mais rasteiros das "polémicas" em torno das imagens das estrelas não é o seu empenho em reduzir tudo ao gratuito... Basta-lhes mentir. O Daily Mail, por exemplo: para comentar a imagem que tem servido de promoção ao novo perfume de Madonna, Naked, o tablóide "denuncia" o facto de ter sido fabricada a partir de uma fotografia do livro Sex.


Que publicações como o Daily Mail mostrem grande espanto pelo facto de as imagens das estrelas serem tratadas, depuradas e manipuladas, eis uma questão pitoresca: digamos que é uma "descoberta" que chega com cerca de um século de atraso, mas não é grave... Pelo menos desde Jean Harlow (1911-1937) que uma estrela é, afinal, um ser que, entre outras coisas, vive disso mesmo: uma política formal e simbólica de permanente reconversão e diversificação do património iconográfico que corporiza, sustenta e protagoniza.
Acontece que a fotografia "copiada" não é de Sex, mesmo se é verdade que também é assinada por Steven Meisel, o fotógrafo que fez o livro com Madonna. Dá-se o caso de se estarem a assinalar vinte anos da edição de Sex, pelo que dá jeito proclamar semelhante falsidade...


Este 20º aniversário faz-nos recordar a peculiar batalha jornalística que, em Outubro/Novembro de 1992, envolveu o aparecimento de Sex, religiosamente guardado na sua gélida embalagem metalizada. De facto, para alguns tratava-se de empolar o facto de Madonna ter decidido mostrar-se... "ao natural" (entenda-se: trabalhando com imagens de nus). Para outros, entre os quais me incluo, o que estava em jogo era bem diferente. Era mesmo a discussão, ao mesmo tempo visual e cultural, da nudez como um código que, em boa verdade, não tem nada de natural.
Dito de outro modo: Sex não é um livro confessional, mesmo se é um livro que explora as fronteiras do que designamos por intimidade. Aliás, os mais precipitados, por certo vidrados nas representações que queriam "denunciar", nem se deram ao trabalho de observar como o labor das imagens é, como sempre, em Madonna, indissociável de um sofisticado exercício de escrita. Ela o diz, logo a abrir o livro: "(...) E a propósito: qualquer semelhança entre as personagens e os acontecimentos retratados neste livro e pessoas e acontecimentos verdadeiros não é apenas pura coincidência. É também ridículo. Nada neste livro é verdade. Fui eu que inventei tudo."
Semelhante artifício não exclui o cristalino reconhecimento de que passam por aqui imagens e imaginações que desafiam muitas certezas, a começar pelas certezas que os próprios protagonistas poderiam alimentar através das suas poses fotográficas. No final de Sex, o longo texto de agradecimento de Madonna conclui mesmo com uma terna referência ao seu fotógrafo: "Acima de tudo, obrigado a Steven Meisel por não ter sentido medo quando eu senti."
O escândalo continua a ser esse: o de o leitor reconhecer, não o choque da nudez (qual choque?...), mas a nitidez do medo que se encena. E a cumplicidade com o próprio medo de quem olha. Eu. Tu.


>>> Os 20 anos de Sex na revista Clash.

quinta-feira, agosto 30, 2012

As cozinhas de Steven Meisel

O título fala de personagens de guarda-roupa devidamente elaborado, mas... sem lugar para ir. Dito de outro modo: Steven Meisel decide ficar em casa, literalmente, combinando o glamour da moda com cenários correntes de... cozinhas! O resultado, imbuído de uma poética desconcertante, fala-nos de um mundo liberto de imanências, de vocação tão vulgar quanto inapelavelmente grave. De uma tristeza tocante. Está tudo nas páginas da Vogue italiana de Agosto, podendo ser visto no FashionProduction.

segunda-feira, junho 04, 2012

"Like a Virgin": 1984 - 2012

Fotografada por Steven Meisel, Madonna impôs na capa do seu segundo álbum de estúdio, Like a Virgin (1984), e também no teledisco da canção-título, uma revolucionária inversão simbólica da iconografia feminina: a roupa interior transfigurava-se em guarda-roupa exterior, sancionado pelos valores do entertainment. A sua indumentária, misto de provocação e desarmante candura, entrou no imaginário pop das últimas décadas, com muitas recriações, incluindo no universo da própria Madonna — por exemplo, pela sua filha, Lourdes Maria (nascida em 1996), no teledisco de Celebration (2009).
Agora, em Tel Aviv, no concerto de abertura da MDNA Tour, surgiu uma nova encenação da mesma canção. E as diferenças coreográficas e simbólicas, patentes nestes dois videos, são significativas. Assim, nos MTV Awards de 1984 (14 Setembro - Radio City Music Hall, Nova Iorque), Madonna encena-se como uma noiva exuberante, quase burlesca, afinal solitária; agora, no concerto da nova digressão (31 Maio 2012), a brancura das vestes deu lugar a uma intimidade de cor negra, por assim dizer confirmada pelo ritual imposto por uma figura masculina [registo amador, qualidade sonora deficiente].
Em qualquer dos casos, a imaginação da personagem oferece-se como um jogo lúdico que, como sempre, deixa incólume a identidade da performer — fala-se, aqui, de uma virgindade figurativa, serenamente liberta da severidade do tempo acumulado. É também uma maneira de envelhecer.


segunda-feira, agosto 15, 2011

sexta-feira, julho 22, 2011