Actualmente a promover o seu novo libro (Bread of Angels... lá chegaremos), Patti Smith esteve em The Late Show, à conversa com Stephen Colbert. No final, interpretou Peaceable Kingdom, uma das canções do álbum de 2004, Trampin' — uma verdadeira cerimónia de redenção.
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segunda-feira, novembro 10, 2025
sexta-feira, agosto 22, 2025
Patti Smith, Snowball
Disco do ano? Disco do ano de 2025? Ou disco do ano de 1975?
Tanto faz... Patti Smith acaba de anunciar uma edição comemorativa dos 50 anos de Horses (10 outubro), sendo, por isso, nosso dever divulgar e celebrar a notítica. Com uma das canções nunca editadas: Snowball.
terça-feira, agosto 12, 2025
Novo livro de Patti Smith
Patti Smith tem um novo livro: Bread of Angels será lançado a 4 de novembro, pela Random House, com uma foto de Robert Mapplethorpe na capa — na sua conta de Substack, encontramos a notícia, e também algumas memórias para explicar de que memórias se trata.
segunda-feira, julho 28, 2025
Patti Smith, Beneath the Southern Cross
Beneath the Southern Cross
[do álbum Gone Again, 1996,
e da antologia Outside Society, 2011]
Oh
To be
Not
Anyone
Gone
This maze
Of being
Skin
Oh to cry
Not any cry
So mournful
That
The dove
Just laughs
And
The steadfast
Gasps
Oh to owe
Not anyone
Nothing
To be
Not here
But here
Forsaking
Equatorial bliss
Who walked
Through
The callow mist
Dressed in scraps
Who walked
The curve
Of the world
Whose bone
Scraped
Whose flesh
Unfurled
Who grieves
Not
Anyone gone
To greet lame
The inspired sky
Amazed to stumble
Where gods
Get lost
Beneath
The southern
Cross
segunda-feira, abril 21, 2025
sexta-feira, abril 11, 2025
terça-feira, abril 01, 2025
domingo, março 16, 2025
Na companhia dos livros com Patti Smith
Das notas privadas de Wittgenstein ao desejo infantil de ser uma cientista, podemos reencontrar Patti Smith na plataforma Substack. Neste caso, a deambulação errática (mas não errante), incluindo a dificuldade de encontrar os óculos adequados a cada momento, oscila entre revelações recentes e memórias antigas, num ziguezague de maravlhosos 20 minutos em video — ela pede desculpa pela longa duração, mas nós não levamos a mal.
Dreams of science by Patti Smith
Wittgenstein's work ethic, Leeuwenhoek and the lens
Read on Substacksegunda-feira, fevereiro 10, 2025
Patti Smith, a slow start
Patti Smith esteve doente e tem tido uma recuperação algo complicada — como ela diz, foi compelida a começar 2025 de forma lenta. Na sua mensagem, além do mais, confirma que brevemente dela teremos um novo livro. Sem esquecer que este é o ano do 50º aniversário de Horses.
quarta-feira, dezembro 18, 2024
Patti Smith
— uma canção dos U2
Na sua conta da plataforma Substack, Patti Smith dá notícias do livro que está a escrever, partilhando uma sua performance ao vivo, com Tony Shanahan no piano — é um tema dos U2, Love is all we have left, do álbum Songs of Experience (2017).
quinta-feira, novembro 07, 2024
sexta-feira, novembro 01, 2024
Patti Smith / Halloween
Apesar do barulho dos vizinhos, ou precisamente por causa disso, Patti Smith celebra o Halloween — é mais um video no seu espaço na plataforma Substack, desta vez na companhia do seu pequeno morcego...
segunda-feira, janeiro 01, 2024
Uma mensagem de Patti Smith
| PATTI SMITH Cairo |
Patti Smith celebrou, há dias (30 dez.), o seu 77º aniversário. Agora, no primeiro dia de 2024, depois de uma série de concertos, escreveu uma mensagem em que refere que está a terminar um livro e que, no novo ano, quer manter-se "tão resistente quanto possível". Evoca também duas perdas de 2023: a sua gatinha Cairo e Tom Verlaine — daí que tenha decidido republicar o seu video de há um ano, registado pouco depois de ter estado ao telefone com Verlaine, que viria a falecer a 28 de janeiro; Cairo está do video, e viveu ainda até 23 de setembro.
sábado, dezembro 30, 2023
Patti Smith canta Bob Dylan
Há 60 anos, mais precisamente no dia 27 de maio de 1963, foi lançado The Freewheelin' Bob Dylan, segundo álbum de estúdio de Bob Dylan. No alinhamento, para lá de alguns temas que edificariam a sua própria lenda (incluindo A Hard Rain's a-Gonna Fall), surgia Masters of War, prodigioso panfleto contra a indústria da guerra cuja actualidade simbólica, infelizmente, não se desvaneceu. Foi isso mesmo que Patti Smith recordou, no dia 30, na sala do Brooklyn Steel, em Nova Iorque — a rosa que serve de fundo ao palco foi fotografada por Robert Mapplethorpe.
You that build all the guns
You that build the death planes
You that build the big bombs
You that hide behind walls
You that hide behind desks
I just want you to know
I can see through your masks
You that never done nothin’
But build to destroy
You play with my world
Like it’s your little toy
You put a gun in my hand
And you hide from my eyes
And you turn and run farther
When the fast bullets fly
Like Judas of old
You lie and deceive
A world war can be won
You want me to believe
But I see through your eyes
And I see through your brain
Like I see through the water
That runs down my drain
You fasten the triggers
For the others to fire
Then you set back and watch
When the death count gets higher
You hide in your mansion
As young people’s blood
Flows out of their bodies
And is buried in the mud
You’ve thrown the worst fear
That can ever be hurled
Fear to bring children
Into the world
For threatening my baby
Unborn and unnamed
You ain’t worth the blood
That runs in your veins
How much do I know
To talk out of turn
You might say that I’m young
You might say I’m unlearned
But there’s one thing I know
Though I’m younger than you
Even Jesus would never
Forgive what you do
Let me ask you one question
Is your money that good
Will it buy you forgiveness
Do you think that it could
I think you will find
When your death takes its toll
All the money you made
Will never buy back your soul
And I hope that you die
And your death’ll come soon
I will follow your casket
In the pale afternoon
And I’ll watch while you’re lowered
Down to your deathbed
And I’ll stand o’er your grave
’Til I’m sure that you’re dead
quinta-feira, novembro 23, 2023
Patti Smith no cinema...
... não os filmes "com" Patti Smith, entenda-se, mas os filmes em que, directa ou indirectamente — sobretudo através da sua música —, Patti Smith marca de forma indelével o próprio acontecimento cinematográfico. É uma das mais recentes edições do programa Blow up, do canal Arte, e serve de exemplo de um didactismo televisivo — raro em televisão — que nasce do gosto de conhecer os labirintos das linguagens artísticas, partilhando os seus insubstituíveis prazeres.
segunda-feira, outubro 09, 2023
Patti Smith: "lágrimas
pelo nosso mundo conturbado"
John Lennon nasceu no dia 9 de outubro de 1940 — faria hoje 83 anos. Patti Smith evoca a data com "lágrimas pelo nosso mundo conturbado", recordando a canção Peaceable Kingdom, do seu álbum Trampin' (2004) — o registo é do Festival de Montreux de 2005 (3 julho).
quinta-feira, setembro 28, 2023
Paul Verlaine lido por Patti Smith
Patti Smith publica esta foto no seu site, intitulando-a "Outono em Berlim". Serve de imagem para um post sobre a continuação das suas viagens, depois da morte de Cairo, a sua gata que viveu quase 22 anos.
Sempre marcada pela herança literária e moral da poesia de Paul Verlaine e Arthur Rimbaud, Patti Smith partilha connosco uma tradução de um poema de Verlaine, lido por ela própria — aqui fica também o original.
Chanson d'automne
Les sanglots longs
Des violons
De l’automne
Blessent mon coeur
D’une langueur
Monotone.
Tout suffocant
Et blême, quand
Sonne l’heure,
Je me souviens
Des jours anciens
Et je pleure
Et je m’en vais
Au vent mauvais
Qui m’emporte
Deçà, delà,
Pareil à la
Feuille morte.
* Paul Verlaine e Arthur Rimbaud [ France Culture ].
sábado, julho 29, 2023
A IMAGEM: Steven Sebring, 2023
| STEVEN SEBRING Patti Smith Six Avenue, NY, 28-07-2023 |
quinta-feira, fevereiro 02, 2023
"Ele era Tom Verlaine"
| [ FOTO: Howard Barlow / The New Yorker ] |
Tom Verlaine faleceu no dia 28 de janeiro, em Nova Iorque — contava 73 anos. Na revista The New Yorker, sob o título 'He was Tom Verlaine', Patti Smith recorda o seu amigo e companheiro num texto tão breve quanto comovente. Como ela escreve, o som das gotas de água a cair numa superfície ferrugenta bastava para que ele criasse um acontecimento poético. Aliás, diz mesmo que foi assim que nasceu a canção Marquee Moon [letra + video], do álbum de estreia, homónimo, dos Television, lançado em 1977 — é um belo texto que vale a pena ler.
How the darkness doubled
I recall
Lightning struck itself
I was listening
Listening to the rain
I was hearing
Hearing something else
Life in the hive puckered up my night
A kiss of death, the embrace of life
There I stand neath the Marquee Moon
Just waiting
I spoke to a man
Down at the tracks
And I ask him
How he don't go mad
He said, "look here, junior, don't you be so happy
And for heaven's sake, don't you be so sad"
Life in the hive puckered up my night
The kiss of death, the embrace of life
There I stand 'neath the Marquee Moon
Hesitating
Well, the Cadillac
It pulled out of the graveyard
Pulled up to me
All they said, "get in, get in"
Then the Cadillac
It puttered back into the graveyard
Me, I got out again
Life in the hive puckered up my night
A kiss of death, the embrace of life
Ooh, there I stand neath the Marquee Moon
But I ain't waiting
I remember
How the darkness doubled
I recall
Lightning struck itself
I was listening
Listening to the rain
I was hearing
Hearing something else
>>> Tom Verlaine na Wikipedia.
>>> Site oficial de Patti Smith.
terça-feira, janeiro 31, 2023
Patti Smith no país da poesia
| Patti Smith, Poeta do Rock: um filme sobre a construção de uma identidade artística |
Eis uma bela surpresa com chancela da Zero em Comportamento: Patti Smith, Poeta do Rock é um filme do canal Arte capaz de nos devolver a energia e os contrastes de uma trajectória criativa sem equivalente — este texto foi publicado no Diário de Notícias (16 janeiro).
No panorama da distribuição/exibição cinematográfica em Portugal, a diversificação da oferta é uma questão de sempre, cada vez mais importante. De uma maneira ou de outra, todos os agentes do mercado estão sensibilizados para tal questão e é um facto que, mesmo reconhecendo os desequilíbrios que persistem, algo mudou nos últimos anos, em particular através do labor das empresas da chamada área independente.
No caso da Zero em Comportamento — que organizou o primeiro IndieLisboa, em 2004, tendo mantido uma ligação com o festival até 2013 —, a sua oferta decorre de uma especial relação de trabalho com as escolas, organizando programas de sensibilização e formação artística em que o cinema desempenha um papel nuclear. Ao mesmo tempo, através de estreias ou da recuperação de títulos já lançados no mercado, a sua actividade reparte-se pelas salas e pelos videoclubes (o próprio e também os das operadoras).
Com uma presença ainda limitada no circuito das salas, a Zero em Comportamento tem apostado em exibir cada um dos seus lançamentos regulares (“Filme do mês”) em sessões em espaços alternativos, nomeadamente em auditórios de associações culturais. Uma estreia a merecer destaque neste janeiro tem a sua chancela: passou na última edição do IndieLisboa, chama-se Patti Smith, Poeta do Rock e terá a sua primeira exibição amanhã, em Lisboa, no City Alvalade (21h30). Seguir-se-ão a Biblioteca de Marvila (dia 20, 21h00, incluindo debate com Inês Meneses), a Nova SBE - Campus de Carcavelos (dia 25, 19h00), a Biblioteca Orlando Ribeiro, Telheiras (dia 27, 21h00) e a Biblioteca de Alcântara (dia 28, 18h00 e 19h15).
Realizado por Sophie Peyrard e Anne Cutaia, Patti Smith, Poeta do Rock é, de facto, uma bela surpresa, tanto mais motivadora quanto, à partida, poderia esgotar-se numa função “descritiva”, característica de muitos produtos de raiz televisiva. Daí a inevitável ironia: estamos, de facto, perante uma típica produção do Arte, uma das muitas que o canal franco-alemão tem dedicado a figuras marcantes das artes contemporâneas. O certo é que assistimos a algo que nem sempre é perceptível em propostas documentais da mesma natureza: não apenas um acumular de dados mais ou menos enciclopédicos sobre a figura retratada (o que, como é óbvio, não exclui a importância didáctica de tais dados), mas uma narrativa que nos faz descobrir, ou redescobrir, a trajectória de Patti Smith a partir da singular elaboração de uma genuína identidade artística.
Nesta perspectiva, creio que o valor primordial de Patti Smith, Poeta do Rock decorre do modo como nos dá a ver a criadora de canções como Redondo Beach, People Have the Power [video] ou Because the Night (esta resultante de uma lendária colaboração com Bruce Springsteen) enquanto protagonista de um curioso “desvio” criativo. Dir-se-ia que ela vive uma aventura em que a escrita se abre ao mundo, transfigurando-se em música.
Em 1967, aos 20 anos de idade, quando abandona os estudos em New Jersey e tenta a sua sorte em Nova Iorque, Patti Smith afirma-se como alguém que está à procura da sua própria linguagem poética. Define-se mesmo como uma artista de performances em que a palavra (poética, justamente) surge como matéria decisiva.
O contexto da “contracultura” da época — em parte ligada aos crescentes protestos contra a guerra do Vietname — gera em Patti Smith uma energia e um desejo de auto-descoberta que não será alheio à sua convivência com Andy Warhol, William S. Burroughs, Bob Dylan ou Allen Ginsberg, sem esquecer, claro, a ligação amorosa com o fotógrafo Robert Mapplethorpe, tão admiravelmente evocada no seu livro Just Kids/Apenas Miúdos (ed. Quetzal, 2011).
Lançado em 1975, Horses, o primeiro álbum de Patti Smith — com a célebre fotografia da capa, em pose andrógina, da autoria de Mapplethorpe — surgiu, assim, como a proeza de alguém que, concebendo a escrita da sua poesia como indissociável do acto de a dizer em público, ao mesmo tempo recebe, transfigura e reinventa a força de um som rock marcado pela convulsão do punk. Para resumir o fascinante caldeirão cultural da época, lembremos apenas que 1975 é também o ano de álbuns como Blood on the Tracks, de Bob Dylan, Born to Run, de Bruce Springsteen, e Acid Queen, de Tina Turner, ou de filmes como Tubarão, de Steven Spielberg, e Voando sobre um Ninho de Cucos, de Milos Forman.
Patti Smith, Poeta do Rock evoca tudo isso através de uma imensa antologia de imagens emblemáticas, dos concertos à agitação política nas ruas, passando por vários registos de bastidores (incluindo, por exemplo, a Factory de Andy Warhol) e algumas das mais antigas entrevistas de Patti Smith. Aliás, vale a pena recordar que foi também em 1975 que Bob Dylan organizou uma mítica digressão, “Rolling Thunder Revue”, em que participaram Joan Baez, Joni Mitchell e… Patti Smith — as respectivas memórias estão registadas num admirável filme de 2019, homónimo, assinado por Martin Scorsese e disponível na Netflix.
Ainda em 1975, numa performance pública, na sequência das celebrações do fim da guerra do Vietname, Patti Smith recusava o uso de “metralhadoras e bombas”, exibindo a sua guitarra “o nosso instrumento de guerra” e “o nosso instrumento de combate”. Por isso, faz todo o sentido que o título português do filme exalte a sua condição de “poeta do punk”, tal como o francês Patti Smith, La Poésie du Punk. Seja como for, lembremos a opção em inglês: Patti Smith, Electric Poet — dito de outro modo: com ela, a linguagem poética é uma questão de electricidade.
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