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sexta-feira, janeiro 17, 2014

As prioridades do Governo

Ao mesmo tempo que desinveste na investigação científica, que pode levar a um retrocesso de décadas nas palavras do Prof. Alexandre Quintanilha, o Governo revela as suas prioridades: Mais vale prevenir…

domingo, dezembro 08, 2013

Quando as prioridades mudam


Carlos Garcia, presidente da Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal, comenta assim o facto de a PSP e a GNR estarem a ser dotados de meios que não são dados à Polícia Judiciária: “A verdade é que não somos ‘guarda-costas’ dos políticos, o que nesta conjuntura nos desvaloriza.” Bem, pode também ter sido entendido não transformar o combate à “impunidade” numa prioridade.

sexta-feira, junho 28, 2013

Vêem porque é que o orçamento da polícia foi o único a ser aumentado?


O julgamento dos 226 detidos no dia da greve geral serve para avisar o país de que, em defesa do PREC de direita, o Governo está atento e não transigirá. E aproveita-se a oportunidade para “a realização de ficheiros políticos com dados de activistas sociais que vão a manifestações”.

quinta-feira, junho 27, 2013

A lição do Brasil

• Rui Pereira, A lição do Brasil:
    ‘A terceira e última lição, que Dilma Rousseff compreendeu bem, revela que as notícias sobre a morte do Estado Social são tão exageradas como o apontamento necrológico que Mark Twain teve o gosto de ler sobre si próprio. A expressão liquidatária "Estado pós-social" inspira a maior desconfiança, tal como sucede com o nome de qualquer sistema ou ideologia que se sirvam de prefixos para montar o seu ninho de cucos. No Brasil, jovens e velhos não pediram menos Estado, exigiram mais e melhor Estado na educação, na saúde, na habitação e nos transportes.’

quinta-feira, fevereiro 21, 2013

Da série “Post-it”


Fazer vir à memória que no Estado de direito há umas regrazinhas, definidas no artigo 250.º do Código de Processo Penal, a observar na identificação de suspeito e no pedido de informações.

sexta-feira, janeiro 18, 2013

A polícia da direita


A polícia usou gás pimenta para dispersar miúdos de uma escola de Braga, que protestavam — sentados — contra a agregação do estabelecimento de ensino que frequentam num mega-agrupamento. Como é que isto é possível?

sexta-feira, novembro 23, 2012

Intimidação

Estas manobras de intimidação só revelam que o Governo está apavorado.

Imagens

Bons tempos esses em que a Inspecção Geral da Administração Interna investigava a PSP. Agora, é a PSP que averigua a PSP. O inspector Gonçalves, se não estivesse amordaçado pelo Dr. Relvas, explicaria isto melhor do que eu (como já o fez antes de ser uma arrastadeira).

Kafka e as bicicletas

Fernanda Câncio, O processo das bicicletas:
    ‘(…) não há qualquer contradição em repudiar as agressões à polícia e ao mesmo tempo considerar que esta, tendo mais que motivo para agir, agiu mal. Exigir à polícia discernimento é um dever de todos os cidadãos de um Estado democrático, a começar pelos seus representantes, como é dever de quem tem a tutela das polícias instaurar inquéritos sempre que situações destas, com suspeita (evidência?) de má prática, ocorrem. Tal não enfraquece a polícia: reforça-a e enobrece-a.

    Inquérito - aliás, dois, um na RTP e outro na PSP, "ordenado pelo ministro com caráter de urgência" - já temos. Até temos demissões. Mas a propósito das imagens da carga, não da carga em si. Vai-se inquirir sobre se na RTP alguém permitiu à PSP visionar imagens não públicas do ocorrido (sobre o ocorrido, nada). É um assunto importante? É. E merece um inquérito - até dois -, merece. Algo vai mal, porém, no discernimento de um País, a começar pelo dos media, quando nos interessamos mais pelo possível prejuízo de valores abstratos e por prováveis jogadas políticas que pelos direitos de pessoas concretas. Kafka, parece, escreveu sobre isso.’

segunda-feira, novembro 19, 2012

A quem serve a martirização policial?

• Ana Sá Lopes, A quem serve a martirização policial?:
    ‘A edição do “Correio da Manhã” de ontem dava conta de um mal-estar instalado dentro da polícia pela demora em actuar. À pergunta sobre a demora em actuar ainda não houve uma resposta cabal. Não há uma única razão de segurança aceitável para manter a polícia e o parlamento sujeitos à martirização transmitida em directo. Mas pode haver razões políticas: o argumento da martirização conseguiu transformar uma carga policial num acto aceitável para a maioria dos portugueses; e em imediata sequência transformou as manifs em territórios de risco. Se isto interessa a alguém, não é seguramente ao Menino Jesus.’

sexta-feira, novembro 16, 2012

'Quem nos condena a "passar pelo desemprego" como quem diz "o que arde cura" e "se morreres, morreste" não arrisca passar por nós sem boa proteção'

Fernanda Câncio, Portugal já arde?:
    ‘Foi uma semana em cheio. Aquela em que o Governo assumiu o Estado de sítio ao receber Merkel num forte e não na sede do Governo, para em sua augusta presença jurar que queremos muito fazer do trabalhador português um alemão, e que, portanto, os insultos mentirosos que a chanceler disse na terra dela sobre os povos do Sul, e que a própria imprensa alemã desmentiu, para o Executivo português são verdade e inspiração. Aquela de uma greve geral em que o PM chamou cobardes aos grevistas, ao elogiar a coragem dos que trabalham, enquanto reconhecia ter ficado surpreendido com a brutalidade dos números do desemprego para logo nos sossegar com o facto de ter "corrigido" as previsões: espera que ele suba mais, porque é algo "por que temos de passar". Aquela em que Passos, ao discursar na inauguração de uma fábrica que ardeu, a comparou ao país para nos certificar de que não estamos enganados: temos um PM que sonha com uma reconstrução radical a partir de escombros fumegantes, um glorioso amanhã que cantará depois de todo o desemprego e pobreza todos por que temos de passar até que, milagre, dos portugueses nasçam alemães - ou lá o que é.’

quinta-feira, novembro 15, 2012

"São pessoas crispadas, com as veias do pescoço dilatadas de gritar irados, à beira do desespero"

Eles não aprendem nada.

Com um Presidente em serviços mínimos

Na sua linha habitual de prestação de serviços mínimos, Cavaco Silva veio elogiar a intervenção da polícia na Assembleia da República. O costume… O Presidente da República bem podia dispensar a Casa Civil e a Casa Militar e contratar alguém que lhe enviasse os telegramas de felicitações e de pêsames que chegava e sobrava. Para os discursos do 25 de Abril, do 10 de Junho e do 5 de Outubro, sempre poderia pedir a ajuda de António Barreto ou, em caso de doença deste, ao tradutor Graça Moura.

Não tivéssemos um Presidente da República em serviços mínimos, talvez se justificasse fazer estas perguntas:
    1.º Por que demorou mais de uma hora a polícia a intervir, quando, feita mais cedo, poderia ter sido menos violenta?
    2.º Por que não foi permitido aos advogados contactar os clientes durante mais de uma hora, a pretexto de que estava a ser elaborado o expediente?
    3.º Por que razão foram detidos manifestantes relativamente aos quais não foi feita acusação nenhuma?

Na falta de um Presidente da República, talvez o Senhor Provedor de Justiça, que tem uma formação democrática, possa fazer estas perguntas. Será assim?

quarta-feira, novembro 14, 2012

quinta-feira, novembro 08, 2012

Haja quem nos defenda

Depois do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público ter combinado à socapa com a ministra da Justiça uma alteração à proposta de lei do OE-2013 de modo a que os seus associados continuem a ter direito a transportes públicos gratuitos, chegou a vez de também os agentes da PSP e da GNR verem satisfeita a mesma exigência. É capaz de haver uma lógica nestas sucessivas cedências do Governo nas áreas da justiça e da segurança.

quarta-feira, novembro 07, 2012

Estado de sítio

A actividade política corre o risco de ser substituída na actualidade pela vigilância policial. Ontem, o ministro-em-risco-de-ser-deslicenciado Miguel Relvas foi vítima de um perigoso e quase letal ataque de um ex-jornalista.

Que fez o atacante? Diz-se que tentou entrar no quarto do Dr. Relvas. Como se sabe que ia atacar o Dr. Relvas? Estava a dar murros na atmosfera e pontapés em seco antes de tentar entrar no quarto. Tentativa de agressão, sem dúvida, e crime muito público até, visto que foi cometido num hotel. Valeu na circunstância que elementos da polícia salvaram o indómito ministro, a bem da República.

Já hoje, o ministro da Saúde foi palestrar ao Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP). Não fosse o diabo tecê-las, como aconteceu recentemente na visita de Passos Coelho, que foi injuriado por um adolescente com perigo para a sua própria vida, Paulo Macedo fez-se acompanhar por mais de uma dúzia de polícias, que se fizeram transportar numa daquelas carrinhas da ramona que eram usadas nas antigas rusgas. Com ar infeliz, os polícias lá estavam a cumprir ordens, mesmo à entrada do ISCSP, enquanto os convidados para a palestra olhavam atónitos para tão insólito espectáculo. Na sala, houve quem comentasse que nem antes do 25 de Abril se via coisa semelhante. O antigo regime mandava gorilas à paisana para a universidade para não darem nas vistas.

Se as coisas continuarem a este ritmo, corremos o risco de Portugal ser transformado num campo de concentração quando a chanceler alemã visitar o país.

Entretanto, talvez valha a pena rever o conceito estratégico de segurança, que anda a ser trabalhado por um grupo de sábios: objectivo n.º 1 passa a ser proteger as altas entidades nacionais e estrangeiras. Mais crime menos crime, não faz grande diferença — até porque já não há muito para roubar.

segunda-feira, outubro 01, 2012

O regresso dos gorilas à Universidade

Passos Coelho atreveu-se a ir ao Instituto de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP) rodeado de seguranças. Um estudante terá assobiado e insultado o alegado primeiro-ministro e um membro do corpo de segurança, à paisana, deteve (?) o jovem dentro das instalações da escola para que fosse identificado — depois de esse mesmo segurança se ter mostrado violento para com um operador de câmera da TVI para assim o impedir de filmar a cena.

Perante a inaceitável actuação do corpo de segurança, ao qual incumbe proteger Passos Coelho e não retomar práticas antigas dos gorilas nas universidades, que fez o presidente do ISCSP (e deputado do PSD com mandato suspenso)? Insurgiu-se contra os “excessos” do corpo de segurança dentro da escola a que preside? Não, mandou instaurar um inquérito ao estudante, naturalmente com base nos dados obtidos na sequência da desproporcionada operação do corpo de segurança de Passos Coelho.

É um aviso à navegação: não assobiem nem insultem porque a gente anda por aí.

segunda-feira, agosto 13, 2012

Longe vão os tempos em que o direito à manifestação era sagrado

Hoje no DN, p. 9
Pensavam que as mesuras com que foi tratado Mário Nogueira eram para continuar?

terça-feira, julho 31, 2012

Os amanhãs que cantam


Na primeira página do Público de hoje, Passos Coelho aponta às forças de segurança os amanhãs que cantam:
    — É ali, diz ele, por detrás das nunvens. Mas, para isso, é preciso que vocês assegurem cá em baixo o respeitinho.