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domingo, dezembro 06, 2015

terça-feira, novembro 17, 2015

Defender a democracia representativa

• Porfírio Silva, Defender a democracia representativa:
    (…) Não posso precisar onde Manfred Weber anda a informar-se sobre Portugal, mas vejo evidências de insuficiência nas suas fontes. Quando escreve “torna-se evidente que o Partido Socialista atravessa um vazio ideológico e trilha um caminho populista”, fica claro que as falsas evidências enganam muito quem quer ser enganado. Aconselharia o sr. Weber a ler o programa de governo do PS, antes e depois dos acordos à esquerda. Decerto, lendo-o, verificará que se trata de um programa social-democrata, moderado, à altura das tradições e das responsabilidades da família política socialista no contexto nacional e europeu. O PS, pelo papel que tem desempenhado e desempenha na democracia portuguesa, não tem lições a receber sobre empenhamento democrático.

    Aliás, quando o Partido Popular Europeu aspirar a dar lições sobre democracia no espaço da União, bom será que comece por explicar as responsabilidades da sua família política, por exemplo, na deriva autoritária a que assistimos com preocupação na Hungria.

    A arrogância infinita dos que pensam que a Europa é deles, de alguma direita que pensa que para haver democracia só ela pode governar, essa arrogância é que é um perigoso tique antidemocrático. É também contra essa arrogância que temos de defender uma democracia representativa completa.»

sexta-feira, maio 29, 2015

As campanhas sujas fazem-se assim

    «Ora bem, já deviam estar admirados de eu ter passado dois dias sem resmungar com o que leio na imprensa. Vamos lá a uma fácil, mas absolutamente necessária:
      1. O Diário de Notícias titula hoje, na p. 14: 'Centeno colaborou em estudo que fala em corte de pensões. PS incomodado'.

      2. Qual é o estudo? É o estudo de Pais Antunes, ex-secretário de Estado do PSD, feito para a Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa, que o tornou público.

      3. Então, qual foi a colaboração de Centeno? Leia-se a própria notícia do DN: a) Pais Antunes diz que é o autor do texto, que só o vincula a ele; b) que, para fazê-lo, consultou várias pessoas, entre as quais Centeno. (Portanto, para o DN: se um jornalista do DN falar comigo sobre o que eu acho que vai acontecer amanhã e depois publicar uma notícia defendendo que amanhã é o dia de ontem, eu sou co-responsável por esse seu golpe de génio).

      4. O 'Diário Económico' de hoje é mais preciso. Pais Antunes escreveu, num parágrafo de apresentação do seu relatório, que ele é da sua 'exclusiva responsabilidade', sendo 'injusto' atribuí-la a qualquer das pessoas com as quais só 'brevemente' trocou ideias. Este parágrafo, diz o DE, foi retirado da versão final publicitada pela Câmara de Comércio.

      5. Amigos, vamos lá a ver: como qualificam tudo isto? Talvez trafulhice fosse uma palavra adequada.»

    «Ainda o debate sobre a Segurança Social

    Há um estudo, da autoria de Paes Antunes, que parece que propõe a redução do valor médio das pensões em pagamento. O ex-secretário de Estado da Segurança Social do Governo de Durão Barroso é o coordenador do estudo e o único autor das propostas.

    Paes Antunes conversou com várias pessoas durante a elaboração do estudo. Também conversou com Mário Centeno, coordenador do estudo dos economistas para o PS. Paes Antunes diz que nem falou sobre Segurança Social com Mário Centeno. E Paes Antunes repete que as propostas são suas e só suas. E (repito eu) que com Mário Centeno nem sequer falou de Segurança Social.

    E, contudo, há quem queira aproveitar isto para baralhar a posição de Centeno - e do PS - sobre a Segurança Social. Posição que o PS e António Costa já deixaram muito clara: o PS garante as pensões já formadas, as pensões em pagamento e a proteção da confiança para os pensionistas futuros.

    Debate é debate, terrorismo é terrorismo. Pelos vistos, quem não aguenta o debate opta por mudar para o estilo terrorismo. É pena.»

A confiança do governo em Carlos Costa

    «Pelos vistos, o Governo continua a ter confiança em Carlos Costa para Governador do Banco de Portugal. E deve ter dados para crer que o Presidente da República também continua a confiar em Carlos Costa para Governador. Isso é muito esclarecedor: significa que não foram levados ao engano na confiança que expressaram sobre o BES e pela qual enganaram milhares de investidores. Mais uma vez, “diz-me em quem confias, dir-te-ei quem és”.»