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quinta-feira, janeiro 09, 2014

“A homenagem que o vício costuma prestar à virtude”

Hoje no Público

Augusto Santos Silva, no Facebook:
    1. Nuno Crato participou ontem numa ação de promoção do uso de 'tablets' na sala de aula, numa turma de uma escola. Teve o cuidado em dizer que isso não era o equivalente do Programa Magalhães.

    2. Tem toda a razão o ministro.

    3. É que o Programa Magalhães não era uma ação de promoção ocasional. Era um programa, pensado e concebido como tal, com um objetivo preciso: usar as tecnologias de informação e comunicação como recurso pedagógico, isto é, como instrumento de melhoria do ensino e da aprendizagem dos alunos.

    4. Era um Programa dirigido a todas as crianças e jovens, apoiando mais aqueles que, por pertencerem a famílias carenciadas, eram beneficiários da ação social escolar. Quer dizer: era também uma estratégia de redução das desigualdades sociais na escola, num recurso chave para a sociedade de hoje. Ou seja: era um programa de democratização das TIC.

    5. O que Crato fez ontem nada tem a ver com o Magalhães, de cuja liquidação foi ator, num dos gestos mais reacionários, em todos os sentidos da palavra, a que o País já assistiu. Mas, ao aparecer ontem de sorriso postiço a caucionar o uso de 'tablets' na escola, não deixou de prestar involuntariamente uma homenagem ao Magalhães: exatamente a homenagem que o vício costuma prestar à virtude.’

sábado, agosto 24, 2013

O CEO das Laranjeiras

Provavelmente a ultimar o guião da “reforma” do Estado, Paulo Portas, concentradíssimo — na “ampla sala
octogonal (por pouco não é a ‘sala oval’)” —, nem dá pela presença do fotógrafo do Expresso

Dois anos de “diplomacia económica” made by Paulo Portas já permitem avaliar resultados. Com a poeira assente, vê-se que, depois de todo aquele escarcéu, o líder do CDS-PP não conseguiu ir além de dar sequência ao projecto do computador Magalhães (como este vídeo tão bem documenta). Tudo o mais foi spin para português ver (e uns passeios à conta).

De facto, que poderia ele mais vender se o Governo abandonou outras apostas de Sócrates na produção de bens com alto valor de incorporação tecnológica e não estimulou o investimento em nenhum sector? O Álvaro viu — embora tarde de mais — a desgraça em que se traduzia este abandono das apostas de Sócrates por parte do Governo e procurou retomá-las através da badalada reindustrialização.

Propõe-se agora Paulo Portas ser o promotor dos negócios (dos) estrangeiros. Exímio camaleão que é, já se reinventou como executivo de topo: “A minha função é coordenar todos, articular estratégias, motivar para objectivos e delegar em cada qual o que sabe fazer melhor”. Para além de mais uns passeios à conta (“planear missões de diplomacia económica e empresarial”), quais as ideias que Paulo Portas irá desenvolver? Não se sabe. Uma página inteira do Expresso não deu para tanto.

sábado, junho 29, 2013

Falta de memória ou falta de vergonha?


Sem memória, os homens ficam perigosamente perto das bestas.
Vale a pena recordar - a propósito da promoção que Paulo Portas anda a fazer do computador Magalhães - que o CDS/PP foi um dos partidos mais activos na Comissão de Inquérito à Fundação para as Comunicações Móveis, sem a qual não haveria hoje um único computador desses à face da Terra.

O anúncio da morte da secção laranja do DN foi manifestamente exagerado

Estou como a João — “Como a crónica não está online (e juro que procurei afincadamente) aqui fica em imagem”:

quinta-feira, junho 27, 2013

Portas no México (em tradução simultânea): — Obrigado, Sócrates!


Paulo Portas anda pelo mundo a promover a herança de José Sócrates. No México, está a mostrar os avanços das empresas portuguesas no âmbito das tecnologias da educação (ou seja, do Magalhães rebaptizado de Camões), das energias renováveis, do governo electrónico e da capacidade de internacionalização da construção de infra-estruturas. Vale a pena ver Portas a promover o Magalhães Camões.

A reindustrialização de que o Governo falou não passa de uma tentativa de correr atrás do prejuízo — para tentar recuperar o que antes havia sido vilipendiado e criminosamente abandonado.

quinta-feira, junho 06, 2013

A terrível herança dos governos de Sócrates

Da verdadeira situação na Horta Seca e da natureza do seu anão [3]

O computador Magalhães é um excelente exemplo de como a ignorância de muitos se alia às más intenções de poucos com resultados desastrosos. Apesar do abandono do projecto nas escolas públicas portuguesas, a empresa que o produz continua a acumular prémios e atinge 2013 com mais de 350 milhões de euros de facturação e 240 milhões de euros de exportações. O segredo: inovação, design diferenciador e capacidade de assumir o papel de integrador de produtos tecnológicos para exportação, que permite a uma só empresa assegurar o equivalente a mais de 5% do total das exportações do sector têxtil. Imaginem o que seria de Portugal com 20 empresas destas. Bem pode Paulo Portas esforçar-se por corrigir o tiro que, enquanto o anão da Horta Seca por cá andar, a JP Sá Couto saberá que não contará com o apoio do seu país.

[a continuar]

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* Uma série de textos escritos pelo leitor Filomeno Carranca.

segunda-feira, fevereiro 11, 2013

As energias renováveis, os "magalhães", o TGV…

• Maria Manuel Leitão Marques, Voltem depressa estão perdoadas:
    ‘Voltaram à agenda, para consumo próprio ou para exportação, as energias renováveis, os "magalhães" e esta semana até o projecto do TGV. Voltou alterado, é certo, mas veremos ainda quanto.

    Com jeito, regressarão os programas para a qualificação, com o nome de novas oportunidades ou qualquer outro; para a redução da burocracia, em especial para as empresas, chame-se Simplex ou tenha nova designação; para o incentivo à investigação científica e à inovação, em forma de plano tecnológico ou com diferente papel de embrulho; para o alargamento da rede das lojas do cidadão, como meio de racionalização dos serviços públicos existentes e não da sua replicação. Mesmo que tudo isto volte avaliado, corrigido e melhorado, como é óbvio deve sempre acontecer, mude o governo ou não, é um regresso de quem já andou por cá!

    Lamento mais ainda que o Partido Socialista tenha, pelo silêncio, consentido um tal enjeitamento, em vez de ter sido o defensor das políticas que iam no bom sentido, as quais devia conhecer por dentro nos seus pontos fortes e nos seus pontos fracos (que tinha até a legitimidade de alterar).’